Recomeços e lembranças boas ♡ Capítulo 43
Minha mãe sempre me ensinou que o amor não andava junto a sentimentos como orgulho, covardia, ganância ou até mesmo o medo. Eu cresci em um lar muito farto de amor e também dinheiro, o que me fez aprender desde muito cedo que algumas pessoas se aproximariam de mim visando o que eu tinha, isso aconteceu muitas vezes ao longo da minha vida por isso sinto quando tenho pessoas verdadeiras ao meu lado.
Quando eu tinha treze anos, comecei a entender que eu não era como os meninos da minha roda de amigos, eu não paquerava as meninas ou sonhava em casar com uma mulher e ter milhares de filhos. Pensando bem, acho que minha mãe percebeu primeiro que eu e me acolheu quando senti muito medo do que poderia passar em uma cultura preconceituosa e machista. Infelizmente a homofobia no mundo ainda é uma coisa cada vez mais forte e na Coreia do sul não é diferente, costumo dizer que é pior, então no início foi bem difícil para mim. Eu pensava no que as pessoas iam pensar de mim, nos olhares, nas fofocas e na violência de modo geral, eu pensava no que minha família poderia passar, mesmo que eu não tivesse cometendo crime nenhum, então nunca fui de abrir minha vida pessoal para qualquer pessoa.
Bom, meus pais me acolheram bem e afirmaram que o amor que sentiam por mim ia continuar a crescer e isso me ajudou muito, mas eu sentia que meu pai tinha uma parte em seu coração fechada para isso mesmo que falasse: Você é nosso filho maravilhoso, te amamos muito e sentimos orgulho do seu coração bom. Eu sabia que ele tinha receio que minhas escolhas, o prejudicassem nos negócios, mesmo que isso não faça sentido para mim até hoje. Sei que no fundo ele sempre achou que fosse uma fase, e isso nunca foi. Antes de a minha mãe partir ela me ensinou que toda forma de amor era linda e justa.
Eu fui crescendo, conhecendo pessoas e claro que passei por cenas de preconceito, mas nunca me deixei abalar por isso mesmo que doesse, sempre recordava das palavras da minha mãe e seguia. Conheci pessoas que me acolheram, que nunca questionaram minha opção sexual e tive algumas paixões que me fizeram ver o mundo com mais brilho. Eu tive a oportunidade de conhecer muitos lugares do mundo, muitas pessoas incríveis, me formei em medicina e após isso entrei para trabalhar no hospital da minha família, que sim, é um conglomerado da saúde na coreia.
Foi ali que tudo começou a acontecer na vida de um medico recém-formado, que trabalhava muito e em folga ia a boates. Nosso hospital sempre teve uma avaliação muito boa para tudo, inclusive na área vip que só ricos pisavam, nossos profissionais constantemente trabalhavam para empresas da musica e do entretenimento em geral por suas formas de confidencialidade e segurança. Quando comecei minha residência em ortopedia como clinico, me achei na área e realmente era bom no que eu fazia, os méritos não eram apenas por ser o filho do dono.
Quando comecei a me destacar, foi também quando o kpop dava as boas vindas a um novo grupo que tinha tudo para dominar o mundo, mesmo que pouco conhecido na época. Foi ai que tudo começou de fato, meu pai com orgulho do filho promissor me indicou a Bighit que procurava por um ortopedista competente, assim entrei na empresa que estava começando.
Os sete meninos eram novos, tímidos e talentosos ao extremo, fui recebido por todos com alegria e confiança. Foi sem duvidas uma das melhores épocas da minha vida, até por que o conheci, o gerente Song, que era encarregado de cuidar daqueles meninos como se fosse um pai, e fazia isso muito bem.
Conhecemo-nos lentamente, com poucas interações diárias e quando vimos éramos ótimas companhia para beber em noites estreladas. Conheci um rapaz doce, gentil, tímido, que antes vivia sozinho em Seul e ganhou sete filhos. Coisas em comum nós tínhamos de sobra, desde comidas a sempre procurar uma forma de ver as estrelas em uma cidade que nunca apaga as luzes, desde sempre senti que ele era uma pessoa que se valia a pena ter por perto, e meu coração sentiu isso também quando começou a acelerar apenas ao vê-lo sorrir.
Eu me apaixonei gradativamente com o passar os meses naquela empresa e eu sabia que tudo estava apenas começando. Em minha cabeça martelava como pude me apaixonar por um hetero, isso é impossível. Quando as turnês começaram, viajávamos muito e éramos a companhia um do outro conhecendo países incríveis, e em uma bela noite de volta a Seul quando já não aguentava mais esconder tudo aquilo que estava prestes a explodir em mim, coragem e falei: Eu sou gay, e me apaixonei por você, desculpa.
Ele me encarou, e gargalhou. Ali foi o momento mais estranho de todos, eu não sabia se ele estava rindo da minha cara ou de nervoso. Ele apenas passou alguns minutos me encarando e perguntou: Por que está pedindo desculpas, essa parte ficou confusa, que alivio, pensei que havia me apaixonado por um medico muito gato e hetero.
Então naquele momento conheci o que era está apaixonado de verdade e amar uma pessoa, a pessoa certa para mim. E o melhor de tudo, era reciproco. Naquela noite nos beijamos pela primeira vez, sorrimos ainda mais e decidíamos que não importava as opiniões, era o nosso começo. A empresa nos acolheu apenas pedindo para que não atrapalhasse nossas tarefas diárias e conheci sua família que me acolheu tão bem. Quando fizemos um ano juntos decidi que estava na hora de contar ao meu pai da mesma forma que Song fez com sua família, meu pai já sabia da minha orientação sexual então não era um segredo, apenas queria que ele conhecesse a pessoa que eu amava profundamente.
Maldita hora.
Aquela ideia foi péssima, mas hoje vejo que culpar apenas meu pai é inútil. Em uma noite jantamos nós três, meu pai recebeu muito bem o Song e afirmou que estava feliz em tê-lo na família, senti que minha felicidade estava completa e tivemos uma noite feliz do inicio ao fim, pelo menos até meu então namorado ir embora. Quando levei o Song em casa e voltei percebi que meu pai havia fingido a felicidade. Quando o mesmo percebeu que minha sexualidade não era apenas uma fase, ele me chamou para conversar e expos todos os receios que tinha, os supostos medos e que por nossa influencia poderia prejudicar o Song caso as pessoas soubessem.
Ele falou muitas coisas, de como a sociedade era impiedosa e poderia destruir nossa vida por mero preconceito. Ele encheu minha cabeça sobre como isso faria o Song infeliz ao expor nosso relacionamento e de tudo que ele poderia passar junto à empresa dos meninos que estava apenas começando.
Meu maior erro? Eu acreditei em todas as palavras de falsa preocupação do meu pai e contei ao meu namorado que passou meses tentando me convencer do contrario. Eu o amava mais do que tudo, mas a ideia de vê-lo sofrer, de ver minha família ruindo ou os meninos sendo prejudicados, tomou conta de mim como um turbilhão de emoções. Foi assim que terminei nosso relacionamento, pedi demissão e fui embora para longe de todos, bem longe da coreia do sul.
Fui o maior dos covardes com a pessoa que me amou e cuidou de mim, porém quando o perdi me perdi junto. Eu o magoei, parti seu coração e não serei perdoado, justo por isso quando voltei não achei justo procura-lo. Mas a vida era louca e a coreia não era tão grande como as pessoas pensavam, estudei por anos nos estados unidos, voltei como cirurgião e os meninos já haviam alcançado patamares mundiais, eles haviam levado a coreia para todos os cantos do mundo. Quando eu voltei, fiz novas amizades que foram como presentes e nunca mais me senti sozinho e da mesma forma que anos atrás nos encontramos a trabalho em uma turnê, foi então que percebi que eu sempre o amei e bom, sempre o amarei.
Com o elevador ocupado, corri por as escadas como um louco e minha visão turva com lagrimas, precisava ao menos pedir perdão. Na sala com todos, ele deixou claro gostar de alguém e meu coração sentiu por um mero segundo que tudo estava vivo, mas ele saiu primeiro e tive que correr atrás dele. –Sai da empresa por a saída de emergência e parei na rua.
-Song... –Sussurrei olhando para os quatro cantos e não o achei.
Olhei para o céu estrelado e cocei a cabeça. Encarei o céu por alguns segundos e os prédios acesos me traziam lembranças que doíam como um corte aberto, a dor me martirizava todos os dias. –Olhei para o topo do prédio onde ficava terraço da empresa e lá estava ele de cabeça baixa.
Corri de volta para a empresa e peguei o elevador até o terraço.
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Minhas mãos estavam suadas, vestindo uma camisa de gola alta e um sobretudo me sentia com calor apesar do frio. Abri a porta do terraço lentamente e ele ainda estava em pé de cabeça baixa com os braços apoiados na grade.
-Song... –Falei e ele levantou a cabeça sem virar para mim.
Aproximei-me lentamente e meus sapatos faziam barulho no piso.
-Para. –Ele sussurrou levantando a mão e pausei meus passos. –Não se aproxima, por favor.
Sua voz calma fez minha garganta secar, e apenas parei. Apertei meus olhos e senti uma imensa vontade de chorar, mas segurei. Aquela seria a primeira vez que ficaríamos em um local a sós após tantos anos.
-Me deixar falar, por favor. –Falei e ele baixou a cabeça em negação.
-Jung Soo me faz o favor de ir embora, facilita as coisas para mim e para as pessoas a nossa volta. Apenas faz como fez anos atrás, vá sem olhar para trás. –Sua voz embargada apertou meu coração.
Aproximei-me mais sem respeitar seu pedido e o mesmo virou-se repentinamente me assustando. Sua camisa estava com os botões meio abertos como quem buscou ar, meus olhos vermelhos me encararam e ele retirou os óculos.
-Superar você foi difícil demais, não ouse voltar. A Coreia é famosa por seus dramas, mas não estamos em um deles ok? Temos amigos em comum que são pessoas ótimas e não precisam se envolver nesse emaranhado de magoas. Acha que pode ir e vir da vida das pessoas assim? –Ele apontou para meu rosto com a voz alterada e estava vermelho como um tomate.
Era raro o ver nervoso e bravo daquela forma, porem mesmo assim me aproximei do seu corpo e fui empurrado. Voltei a me aproximar e fui empurrado com mais força.
-Não estou aqui para pedir meras desculpas, estou aqui para pedir perdão mesmo que seja a ultima vez que me ouça. Quero dizer que eu mereço todos os seus piores sentimentos e pode me bater se quiser. –Abri os braços e ele me encarou. –Pode me espancar e me deixar no chão, isso não doerá um por cento do que te deixar me doeu. Eu fui covarde, burro e me destruí, mas eu não consegui arriscar ver você machucado e cedi chantagem emocional do meu pai.
Ele me ouvia ainda me encarando, seus punhos ainda estavam cerrados e podia ouvir sua respiração. Poderia sentir o mesmo prendendo o choro e a cada passo que dava em sua direção, ele dava um para trás.
-Quer falar? Fale, mas nada do que falar sobre o passado mudará o presente. Podemos continuar no mesmo grupo de amigos por anos, nada mudará. Mas fale, e após isso vá embora. –Ele falou e apontou para porta de ferro atrás de nós.
Murchei meus ombros e enxuguei uma lagrima que caiu, não conseguia prender ou fingir que tudo estava bem apenas por passar dos anos.
-Eu sou o culpado, eu sou o pior dos homens que já passou por sua vida. Mas você lembra quando te contei tudo que aconteceu e perguntou o por que eu tinha te contado, se ia embora? –Perguntei e ele nada falou. –Você odeia mentiras, eu contei por que a verdade ia doer, mas era a verdade. Eu fui embora por que senti medo, a possibilidade de te ver machucado acabava comigo e eu sabia que você não ia desistir. Só estou aqui hoje para falar que nunca fui feliz sem você, ir embora não me fez feliz. Eu não mereço perdão e sabe por que voltei e não te procurei? –Perguntei e ele bufou. –Por que eu sabia que me ver, doeria em você.
Ele voltou a encostar-se à grade e a primeira lagrima caiu. Ele estava escondendo seu rosto para que eu não o visse chorar.
-Eu te magoei quando quis te proteger e hoje após meu pai armar aquele circo tenho a certeza que ele teria feito algo com nós, não quis te ver sofrer, eu fui embora por que...
Minha voz baixa o fez virar-se para mim novamente e sem óculos, podia ver claramente seus olhos vermelhos.
-POR QUÊ? –Ele gritou. –Por que não me deixou tentar também? Não me deu nem a permissão de tentar, o que seu pai poderia fazer? Fazer-me perder o emprego? Expulsar-me do apartamento que nem era meu? Quebrar o cartão do ônibus? Nada disso importava se eu tivesse você, mas o que você fez por mim? –Com a voz mais calma, ele tornou a falar e gritar.
Aproximei-me dele e o mesmo não recuou como de inicio, eu via a raiva em seus olhos.
-Eu te amei mais que a mim mesmo, não te deixei fazer nada por que quando sabemos que algo que amamos corre perigo, fazemos de tudo para salva-la. Eu pensei que se eu ficasse longe, seria melhor para você. –Falei e ele apertou os olhos com impaciência.
-Não faz sentido nenhum, sabe como eu fiquei desde que você foi embora? Eu morri lentamente todos os dias, me senti abandonado por anos. Eu jurei nunca mais pisar onde você estivesse, quando foi embora levou um pedaço de mim que nunca consegui reparar. Isso não foi o melhor para mim, isso foi o pior e quando ti vi naquela turnê quis ir te espancar... –Ele respirou fundo, passou a mão entre os cabelos e consenti.
Ele falava sem pausas para respirar e jogava as verdades em minha cara sem receio de nada.
-Acha que foi fácil para mim? Eu morri indo embora, deixar você foi como me deixar. Todos esses anos nada pode compensar você, nada. –Ele deixava as lagrimas caírem e as minhas tornaram a cair. –Minha vida sem você foi vazia, escura e monótona. Quando eu te vi de novo, quando te vi sorrindo de novo... Quando ouvi sua voz e quando senti que você ainda era a mesma pessoa sem mudar uma virgula, tomei coragem para tudo que não tinha tomado antes, e percebi que não consigo... –Chorando tentei falar, e ele me encarou.
Aproximei-me dele, e enxuguei sua lagrima. Sempre fomos da mesma altura, então era comum nossos olhos se cruzares com facilidade, vê-lo chorar era ruim, eu não aguentava.
-Eu não consigo mais ficar sem você, e sabe que eu não minto. Não posso mais viver sem amar você e me perdoa por ter demorado tanto, ter te feito esperar e por ser medroso. –Sussurrei e ele ainda deixava as lagrimas caírem. –Eu fui corajoso tarde demais, mas se ainda sentir ao menos uma faísca, prometo fazer incendiar novamente mesmo que leve anos, eu não posso desistir.
Só eu falava, estava tentando tudo que podia mas não sabia se ele me perdoaria, eu nem sabia se tinha esperanças.
-Jung Soo, quando eu preciso me preparar mais vê-lo indo embora novamente? –Ele sussurrou e aquilo entrou em meu coração como uma faca afiada. –Eu não consigo, não posso. –Ele se afastou e segurei seus ombros.
-Song, não se mexa. Não precisa fazer nada, me deixe ir ate você e te mostrar que ainda te amo mais que qualquer coisa desde da primeira vez que você sorriu. Não faça nada, me deixe tentar, apenas isso. –Segurei seus ombros e sorri. –Nunca mais irá me ver indo embora, vai me ver por todos os lugares e nas ruas e lojas. A pessoa que eu gosto é você e sei que a pessoa que você gosta sou eu, você não mente, estou certo?
Perguntei com medo da reposta e soltei seus ombros já arrependido de tal atitude. Apenas não poderia desistir outra vez, não podemos desistir da pessoa que amamos, pelo menos foi isso que aprendi quando ao perdi.
-Sim... –Ele sussurrou.
Ao ouvir seu sim, apenas o abracei sem medo de nada o deixando imóvel, apertei seu corpo e com a cabeça em seu ombro deixei lagrimas caírem quando senti suas mãos em volta da minha cintura. Sentia sua respiração profunda, suas mãos me apertavam com força e seu choro começou a ficar mais alto.
-Tudo bem, estou aqui e nunca mais te deixarei. –Dei batidinhas em suas costas e ainda abraçados ele consentiu. –Me perdoe, eu errei.
-Não ouse voltar e ir embora novamente, eu não aguentarei. –Sussurrando e ainda em lagrimas, ele me soltou. –Seu pai...
Seguei seu rosto com as duas mãos e neguei, o beijei após muitos anos e fui correspondido na mesma sintonia, nossos corpos se encontraram e se reconheceram de imediato como se nunca tivéssemos nos deixado.
-Nunca mais se preocupe com isso, foque apenas em mim e nunca deixarei nada atrapalhar. Pode me deixar tentar do zero deixando tudo que passou para
trás? –Perguntei com o coração acelerado.
Seus olhos diziam muitas coisas, e sentia o medo.
-Podemos conversar com mais calma, sem pressa e só assim tentarmos recomeçar se for possível... –Ele sussurrou e sorri.
Ele estava apenas sendo ele, cuidadoso e meticuloso para tudo que o cercasse. Segurei sua mão após anos e entrelaçamos em dedos, combinamos de retomar a sala e terminar a noite com calma para ai sim, recomeçar nossa vida.
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Voltamos para a sala juntos e mais parecia que todos os membros já estavam atualizados sobre tudo e não tocaram no assunto. Todos eram naturalmente divertidos e discretos quando se era preciso, Song estava com eles há muitos anos e realmente o consideravam como pai.
-Então, já nos emocionamos, conversamos e rimos muito. A noite está passando, e quero fazer uma coisa. –Laura com sua simpatia sorriu e bateu palmas.
-O que é? –Song sorriu ao meu lado e gesticulei não saber.
Os membros começaram a falar ao mesmo tempo curiosos e a menina com seus cachos soltos pegou sua mochila que parecia bem pesada a ponto do seu namorado prestativo ajuda-la.
-Uau, o que tem ai? –J-Hope arregalou os olhos e Jimin se aproximou.
-Ate eu estou aflito. –Namjoon sorriu sem jeito e rimos.
-Calma, ela está sorrindo não é coisa ruim. –Suga gargalhou e Laura abriu a mochila retirando caixas do mesmo tamanho.
A menina começou a entregar as caixas de mão em mão, peguei a minha e notei que não era tão pesada, mas parecia frágil.
-Estou curioso. –Jungkook analisou toda a caixa com seus olhos redondos e nada constatou.
-É um presente? –Jin e Taehyung falaram na mesma hora.
Isso sempre acontecia, pareciam que dividiam o mesmo neurônio.
-Vamos amiga, estou curiosa. –Bo-mi cutucou a amiga e sorriu impaciente.
Laura nos deu permissão para abrimos os presentes e assim fizemos, eu abri com paciência junto ao Namjoon e o suga, já outros como o J-Hope, o Jungkook e o Jimin abriam com voracidade e impaciência. O jin abriu primeiro e arregalou os olhos sorrindo de orelha a orelha, e também fiz o mesmo ao abrir o meu e da de cara uma das coisas mais significativas que já havia ganhado.
-São todos iguais, para todos nós. –Laura falou, quando viu os sorrisos. –Quero falar algumas coisas que podem ser bregas, mas não ligo, esse é um presente de natal antecipado para todos você que fizeram meu ano o mais divertido e surreal. Nunca imaginei que tantas coisas aconteceriam comigo e ganhei todos vocês, e para mim todos os natais do mundo foram compensados. –Ela falou e todos sorriam, sem exceção. –Isso é bem simples, mas obrigado por os maiores idols do mundo me deixarem entrar em suas vidas junto a você Song, obrigado a Bo-mi que é minha amiga há anos e nunca me deixou, ao Jung soo que sempre foi o melhor companheiro de trabalho e em resumo, essa é uma lembrança simples de quem somos quando nos juntamos. Eu amo todos vocês. –Ela sorriu e gesticulou um coração para nós.
Uma chuva de palmas e gritos ecoou na sala e todos mostram gratidão por o presente.
-Que coisa linda Laura, você é maravilhosa e guardarei com todo meu coração. –Jimin sorriu.
-Uau, eu amei e tenho mais amigos agora. –Jungkook falou com alegria. –Laura, você é a mais nova da turma e nunca fique longe.
-É uma enorme família. –Song apontou para ele mesmo e sorriu encarando. –Agradeço por tudo sempre querida, por toda sua paciência e compreensão.
Laura tinha nos dado um porta retrato com a ultima foto que havíamos tirado todos juntos no aniversario do Namjoon. A foto em um porta retrato fofo era uma selfie tirada pelo aniversariante, onde todos nós sorriamos e gesticulávamos corações. Estávamos com soju na cabeça, felizes e não pensávamos em mais nada.
-Vai para minha casa, com toda certeza. –Suga sorriu. –É um presente especial de uma pessoa especial, minha primeira cunhada.
-Eu te amo amiga. –Bo-mi abraçou a Laura. –Você é a baixinha mais perfeita do mundo e isso ficará na minha cabeceira.
-Eu amei, nunca ganhei algo assim. Muito obrigado minha amiga. –Falei a dando a mão e a mesma apertou. –É um dos presentes mais simbólicos que já recebi.
-Essa é nossa família, eu amo todos vocês. –Kim Taehyung falou e J-Hope bateu palmas. –E eu amo a senhora mais ainda. –Ele deu um selinho na sua namorada e sorrimos tapando dos olhos.
-Olhem como estávamos bêbados e ainda sim bonitos. –Jin apontou para si mesmo e sorrimos da sua modéstia. –Laura, você é a melhor de todas as cunhadas, mas não deixa minha outra cunhada ouvir isso. –Ele sorriu piscando para ela.
-Laura, você é surreal. –J-Hope levantou e abraçou a brasileira que estava visivelmente feliz. –Levarei para minha casa, irá ficar ao lado da foto das pessoas que mais amo.
A sala estava e em festa e cada um com seu porta retrato se gabavam e afirmavam que ia colocar em sua mesa de cabeceira ou em sua sala. Mas ainda faltava o aniversariante falar e ele levantou como um bom líder que sempre foi.
-Calma, me deixem falar. –Ele sorriu mostrando os dentes e todos sentaram. –Laura eu sempre fui muito grato por você ter aparecido e salvado o bts, isso já te falei mil vezes. Aquele foi um dos aniversários mais legais que já ganhei e nunca havia bebido tanto, são lembranças lindas. Queria mostrar isso ao mundo, mas não posso, porém irá para meu quarto e sempre que olhar serei ainda mais grato. –Ele se curvou para a menina e ela se curvou de volta.
Assim eram nossos momentos juntos, ao encarar todo aquele ambiente me perguntei como pude algum dia falar que está sozinho era o melhor para mim. –Encarei o Song arrumando a pulseira do Jimin e meu coração estava tão aliviado que poderia dormir por dias em paz. Nossa historia não iria retornar de onde parou, mas sim recomeçar de uma maneira nova, da nossa maneira sem medo ou orgulho e sim, eu irei mover céus por ele.
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O amor tem muitas faces não é mesmo?
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