O natal e seus milagres ♡ Capitulo 45
Taehyung
Viajar de carro me fazia bem apesar de ser cansativo, eu adorava dirigir sem receio de alguém perceber quem estava no volante, era uma sensação de liberdade que só conseguia em estradas. Sentia meu corpo implorando por férias após todos os lançamentos e viagens para apresentar nossos trabalhos, porem sempre preciso ser grato por todo amor que recebemos diariamente por todos os lugares do mundo, o army estava aceitando melhor o fato de estarmos construindo nossa vida e isso deixava nossa família e a empresa tranquilos.
Coisas estão acontecendo aos poucos e sempre quando paro para pensar sinto um frio na barriga, minha vida está sempre em constante mudança desde que entrei para o grupo, mas após conhecer a Laura mudou muito mais, talvez por agora eu está me sentindo um pouco mais normal. Ela me ensina muitas coisas diariamente como paciência, fé e desacelerar a mente. Nunca pensei em ter ao meu lado uma pessoa de uma cultura diferente da minha, já era difícil imaginar que eu conseguiria ter alguém em paz.
Quando estamos juntos aprendo sobre uma cultura diferente e muito bonita, comecei a aprender outra língua fora o inglês e percebi que o inglês é muito fácil se comparado a um idioma de tem quatro tipos de porquês. Coisas assim vem me fazendo descobrir em mim uma parte que achei não ter mais, a vontade de desbravar o mundo, confesso que na vida de idol com toda correria tudo que queremos é parar e dormir por horas. -Encarei a menina dormindo ao meu lado, coberta com um casaco e sorri.
A caminho da fazenda dos meus pais, a noite havia chegado e Laura após conversar sobre tudo, havia dormido mesmo afirmando está sem sono. Minha mãe estava ansiosa, meus irmãos haviam arrumado meu antigo quarto e meus amigos mesmo cada um em sua casa, mandavam mensagens para saber se havíamos chegado bem. -Meu celular tocou e fixado no painel vi a foto do nosso gerente.
Atendi e no viva-voz, falei baixo.
-Oi hyung. -Falei e ele bufou. -Estou na estrada.
-Às vezes acho que vocês irão me matar do coração em breve, como assim foi tão longe sem me avisar e sem segurança? Fico preocupado, o Namjoon não atendeu e o Suga apenas visualizou minha mensagem e ignorou como quase sempre.-Song falou e eu sorri. -Se tiver com o celular na orelha, solte.
Ele cuidava muito bem de nós mesmo que não estivéssemos trabalhando, a empresa não saberia viver sem ele e nós não conseguiríamos nos manter em ordem sem sua ajuda.
-Calma, é natal. Eu deixei avisado na empresa e voltarei no dia marcado, estou indo para fazenda com a Laura e meu celular está fixado no painel. Tem algum aviso sobre o ano novo? Por que não pode ser gravado? -Perguntei.
Laura se mexeu e tornei a falar mais baixo.
-Certo e sim, não mexa no seu cabelo pois todos mudarão de cor, o senhor sairá do preto para um azul royal, e não pode ser gravado, como ficará real? É ano novo... -Ele explicou e bufei.
Não gostava muito de mudar a cor de cabelo mas procurava não reclamar de nada, eu sabia que as fãs gostavam e era aviso para novidades.
-Nossa, meu cabelo está saudável agora e já mudará... Onde você está? -De longe vi as luzes da fazenda acesas e diminui a velocidade.
-Sim, mudará até por que ano quem vem iniciará uma nova era e uma nova turnê e eu estou jantando. -Ele explicou e consenti.
Ele parecia está em casa ou em algum lugar calmo.
-Estamos jantando, cuide da minha amiga. -Jung Soo falou em seu lugar e arregalei os olhos.
Ouvi Song o mandando parar e gargalhei, apesar da descrição eles pareciam estar se resolvendo mesmo após anos separados.
-Cuidarei sim, vocês aproveitem a vida e a data. -Falei e os dois consentiram. -Song, é natal, pode descansar, por favor?
-Sim descansarei, se cuidem por favor. Se precisar de algo, me ligue que irei até vocês. -Song pediu e consenti.
Desliguei a ligação e minha namorada ainda dormia ao meu lado, a fazenda dos meus pais não eram o local que eles moravam, mas onde descansavam. Manter meus pais e meus irmãos em anonimato foi a melhor coisa que fiz por eles, assim todos podem viver suas vidas normalmente. Meus irmãos por exemplo não sentem vontade de aparecer em nosso mundo, e respeito muito isso, sendo assim as poucas pessoas que moravam ao redor da fazenda não eram curiosas, então tudo seguia calmamente.
Entrei com o carro no local que não havia cerca, e estava orgulhoso da reforma que pude proporcionar a casa para um conforto da minha família. Era uma casa grande, cada um tinha seu quarto, os cômodos eram grandes e a área de fora havia uma piscina que agora no inverno estava seca, redes, a horta da minha mãe e sorri ao ver a casa toda enfeitada com coisas natalinas, o que não era tão comum na tradição coreana.
A preocupação dos meus pais e irmãos era se a Laura iria gostar de tudo, então eles pesquisaram sobre o natal brasileiro e viram que eles amavam enfeites, luzes, uma arvore colorida, e algumas comidas típicas que compraram em mercado brasileiro. Minha família acabou fazendo um natal coreano e brasileiro. -Parei o carro e sorri ao ver a neve por todo lado.
Laura abriu os olhos quando o carro parou e retirou o casaco do seu corpo, ela encarou a casa decorada com luzes piscando, enfeites fofos na entrada como uma rena em tamanho real cheia de luzes, e uma placa na porta eu dizia feliz natal em coreano e português. -Ela sorriu tapando a boca e me encarou.
-Uau que lugar lindo e você não falou que era uma fazenda simples? -Ela me interrogou sorrindo e consenti. -Todas essas decorações são como no Brasil, meu coração está acelerado... -Seus olhos nem pisavam ao ver tudo. -Feliz natal, olha escrito em português na porta. -Ela apontou e vibrou. -Essas luzes pequenas se chamam pisca-pisca no Brasil, uau.
Eu não fazia ideia do que minha mãe havia feito até ver, mas após ela conhecer Laura e adora-la, eu esperava algo com muito amor. Minha namorada estava realmente bem surpresa e falava como tudo se chamava em português, essa era sua tática para me ensinar as coisas de forma mais rápida.
-Estou surpreso, tudo isso é incomum para a cultura coreana, está tudo tão lindo. -Falei e ela tirou varias fotos. -Irá mandar para seus pais?
Ela consentiu sorrindo e podia sentir sua felicidade genuína, essa era uma das coisas que mais me faziam admirar nela. Tudo nela era transparente, do ciúme a felicidade ao ver luzes pequenas piscando. Laura tirou muitas fotos e quando ficou satisfeita, começou a se arrumar e perguntar se estava bem para ver minha família.
-Precisa ser sincero, sempre diz que estou bonita e isso nem sempre é verdade. -Ela virou-se para o meu lado e encarei seus lábios rosados e sua maquiagem simples. -Tae... -Ela falou seriamente e consenti.
-Está bonita mesmo, sua roupa está ótima e seus cabelos estão ótimos. -Arrumei um cacho que estava em seus olhos e a mesma apertou as mãos. -Não precisa ficar nervosa, todos já adoram você. -A abracei e senti suas mãos apertando minha cintura rapidamente.
Assim que ela se acalmou, descemos do carro com as sacolas de presente e antes mesmo de chegarmos a porta, minha irmã a abriu e gritou que havíamos chegado. Meu irmão correu em nossa direção, em seguida minha irmã fez o mesmo e meus pais sorridentes nos esperavam na porta.
-Hyung, estava com muita saudade. -Meu irmão mais novo me abraçou e toquei seus cabelos.
Ser o irmão mais velho era um misto de sempre se achar bem mais velho e perceber como o tempo passa rápido, principalmente quando os via pouco. Meus irmãos eram maravilhosos, Eon Jin que é uma menina muito bonita e falante, ela ama coisas tecnológicas, é vaidosa e segundo minha mãe ela já é uma adolescente, Jeong Gyu é o mais novo e o tímido, ama esportes, está na pré adolescência e expressa diariamente sua saudade de uma forma mais carinhosa.
-Tae, por que demora tanto para vim. -Minha irmã sorriu e me abraçou, já sorrindo para minha namorada.
Eles pararam a nossa frente e se curvaram para Laura que fez o mesmo.
-Calma, vamos com calma. -Falei e eles sorriram. -Finalmente podem conhecer a Laura, ela é minha namorada e Laura esses são meus irmãos mais novos que estavam loucos para te conhecer.
Eles eram simpáticos e inteligentes, ou seja, bem curiosos.
-Estamos felizes em te conhecer unnie, sou a Eon Jin a filha do meio, você é bem bonita e nossa primeira cunhada. -Eon Jin tocou os cabelos da Laura e sorriu. -Meu irmão fala muito de você, vamos nos dá bem, somos agradecidos por salvar nosso irmão. -Minha irmã se curvou e Laura corou.
Sorri ao vê-las juntas e minha irmã cutucou meu irmão após se apresentar.
-Olá, me chamo Kim Jeong Gyu e seja bem vinda a nossa família. Minha mãe disse que você fala coreano, mas nasceu em outro país. Obrigado por protege-lo, sabemos que se machucou. -Ele falou se curvando e Laura consentiu gesticulando está tudo bem.
Parados na entrada da casa ainda conversávamos deixando meus pais a espera.
-Olá, me chamo Laura e sou do Brasil. Vocês são lindos, eu pensava que ele era o mais bonito dos Kim. -Ela falou apontando para mim e os fez sorrir negando. -Vamos nos dá bem, e está tudo bem mesmo, hoje só existe a marca em minha barriga. -Ela fez todos sorrirem e afirmou estar super bem.
-Falaram que ele é o homem mais bonito do mundo por dois anos. -Meu irmão apontou o número dois com os dedos e Laura arregalou os olhos.
Minha namorada sorriu tocando a cabeça de ambos e minha mãe acenou de longe.
-Crianças, podemos conversar perto da lareira? Irá começar a nevar em breve. -A senhora sorridente gritou e consenti.
Meus irmãos correram na frente com suas roupas quentes e peguei a mão da minha namorada seguindo para casa. Está em casa deixava meu coração em festa e ao mesmo tempo já sentia falta dos meus seis companheiros de vida, era engraçado como o tempo sem eles passava devagar, talvez fosse por que nunca ficamos parados.
Minha mãe abraçou Laura de imediato com alegria e meu pai apertou sua mão após a menina se curvar para eles, em vários momentos da vida pensei sobre como seria apresentar alguém aos meus pais, por outras vezes pensei em como faria para ter momentos normais como esse. Meu pai sorria e minha mãe elogiava a roupa da minha namorada, ela se vestia de modo simples e formal desde quando nos conhecemos, o que agradava as mães coreanas.
-Mãe, senti sua falta. -Abracei minha mãe e a mesma tocou meus cabelos com lágrimas nos olhos me deixando chocado. -Senhora Kim, por que está chorando? -Toquei suas bochechas e ela sorriu me mandando parar.
-Como por que? Sinto sua falta e acha que não vi por todo sufoco que vocês passaram? Sei que sofreram muito e não pude está perto. -Minha mãe falou com um tom sério e meu pai a mandou se acalmar. -Abrace seu pai. -Ela me soltou e consenti.
-Pai, como tem passado? -Abracei o senhor quase grisalho e ele me abraçou com força.
-Estou bem meu filho, estou vendo tudo e tem feito um ótimo trabalho. -Sorri ao solta-lo e ele gargalhou. -Tenho ouvido a musica nova, como está linda.
Laura sorria ao lado dos meus irmãos e minha mãe nos mandou entrar, a casa estava muito bem decorada para o natal, uma decoração bonita e com muitas coisas fofas. Laura sorria ao ver tudo aquilo e minha mãe mostrava tudo e como pensou, em pouco tempo todos falavam ao mesmo tempo, na sala havia uma mesa de jantar enorme com pratos bonitos, taças, velas, enfeites de natal, um bolo bonito e algumas comidas que não precisavam ser comidas quente.
Sentamos nos sofás e não conseguia parar de sorrir.
-Laura, eu tentei fazer um natal em brasileiro para nos reunirmos pois sei que não pode ir para seu país sempre, nós pesquisamos muito e quero conhecer seu país em breve pois é lindo. -Minha mãe falou e Laura consentiu feliz.
-Sim, nós adoramos tudo e tentamos deixar parecido. -Meu pai consentiu e concordei.
Sorri junto ao meu pai, estava orgulhoso por essa atitude e todos pareciam bem animados.
-Eu estou realmente emocionada com tudo e sei que não é comum para a cultura coreana, parece que entrei em uma casa no Brasil. Isso significa muito para mim senhora Kim. Quando li escrito feliz natal em português meu coração acelerou. -Laura encarou a imensa árvore de natal. -Quero muito que todos vocês conheçam minha casa, eu e o tae faremos de tudo para unir as famílias em breve, muito obrigada por tudo.
Meus irmãos encaravam minha namorada falando e meu pai afirmava que ela não precisava agradecer pois tudo tinha sido de coração.
-Me chame de sogra e ele de sogro, não precisa ser tão formal querida. -Minha mãe tocou o ombro dela a recebi um sorriso da minha namorada. -E são culturas bem diferentes, mas nos juntamos agora.
Encarei as luzes piscando na arvore e sorri, nunca tinha visto tal decoração em minha casa e tudo estava lindo.
-Unnie, nós pesquisamos muito e até tentamos fazer um frango com seus temperos, mas é bem difícil, compramos toucas de natal iguais olha. -Minha irmã começou a entregar toucas vermelhas e típicas do natal e fomos colocando.
-Eu amei tudo, foram perfeitos e me senti em casa. -Laura sorriu unindo as mãos. -E olha, futuramente irei fazer um jantar brasileiro e ensino tudo, o que acham? -Ela encarou minha mãe e minha irmã que consentiram.
Minha mãe sempre foi uma pessoa falante e extremamente mente aberta em relação a tudo, ela sempre prezava por o que faria seus filhos felizes, justo por isso nunca relutei em apresentar minha namorada não coreana para minha família.
-Sim, eu também quero aprender. -Meu irmão levantou a mão. -Quero cozinhar bem igual ao Jin hyung, precisa trazer eles aqui.
-Uau, que família atenciosa eu tenho, minha primeira namorada sendo tratada tão gentilmente e sua cultura sendo abraçada me deixar feliz. -Falei arregalando os olhos. -Vamos ao Brasil assim que for possível, prometo.
Consenti e meu irmão me fez jurar com os mindinhos sobre ir ao brasil e convidar os meninos para virem aqui novamente, fazendo todos sorrirem.
-Claro que tem uma família atenciosa, estamos felizes por estarem felizes. -Meu pai explicou e Laura consentiu.
-Sogro, eu já conhecia minha sogra porém mesmo assim estava nervosa para hoje. -Mais à vontade, Laura falou. -Nós que somos de fora levamos um tempo até entender que nem toda família coreana é igual e eu sei que nem todos os pais querem seus filhos se relacionando com estrangeiras, principalmente se for o filho mais velho. -Ela explicou e minha mãe sorriu compreendendo.
Ela estava sendo sincera e expondo pensamentos que já havia me falado.
-Querida seus pensamentos não são errados, boa parte da coreia tende a demorar para se acostumar com um relacionamento de filhos e filhas com pessoas estrangeiras e tem pais que não aceitam, mas quanto a isso não precisa se preocupar. -Minha mãe negou e meu pai a imitou. -Nós sempre criamos nossos filhos para seguirem os sonhos e meu filho mais velho seguiu e hoje nós orgulha todos os dias, meus filhos mais novos estão começando a sonhar agora e terão nosso apoio. Não nos importa de você é coreana ou não, mesmo que as culturas sejam diferentes podemos nos arrumar e aprendermos juntos, contanto que sejam felizes. -Laura sorriu ao ouvir minha mãe e se curvou agradecendo.
Laura me encarou e apertou minha mão discretamente, me fazendo balbuciar "eu te falei" e ela consentiu.
Estávamos com as toucas na cabeça conversando com empolgação, a neve caia lá fora e em silêncio observava aquelas pessoas felizes e sentia meu coração leve como se não tivesse mais lugar para preocupações.
Comecei a tirar muitas fotos de toda a decoração, todos queriam tirar todos junto, meus pais tiraram fotos com a nora e comigo junto em um selfie, minha família não era tão grande e muitas pessoas moravam em outras cidades, quando minha avó era viva todos eram quase obrigados a se reunirem, mas com o tempo tudo ficou mais quieto.
Quando chegou a hora dos presentes, dei aos meus irmãos o que eles queriam muito e os mesmos vibraram, minha irmã queria maquiagens novas e meu irmão por algum motivo queria um drone. Eles quatro deram a Laura uma bolsa, que foi escolhida por minha irmã e eu ganhei alguns discos de vinil de cantores antigos que realmente amava e fiquei muito feliz.
-Sogra e sogro eu também pesquiso sobre a cultura coreana e trouxemos um presente para vocês, é bem simples e de coração. -Laura entregou a sacola de papel a minha mãe e ela logo sorriu.
Meus irmãos e meu pai estavam curiosos e eu estava feliz por aquilo, de fato era comum aquele tipo de presente para sogros coreanos.
-É uma forma de nos deixar perto de vocês. -Falei e apontei para o porta-retratos na mão da minha mãe.
Minha mãe abriu o presente e sorriu ao ver nossa foto, na foto eu e minha namorada estamos fazendo corações com os dedos juntos a uma paisagem linda. Meu pai sorriu e minha mãe tocou na foto.
-O melhor presente, vocês lindos e em breve quero outros. Isso me emocionou sabia? -Ela sorriu piscando para mim e minha namorada sorriu. -Colocarei junto as fotos no aparador, jamais tirarei.
-Esperamos muito por isso filho, são um lindo casal e expressam felicidade. -Meu pai gesticulou para a foto e apontou para minha mãe que já estava em pé. -Precisamos tirar uma todos juntos para fazer um quadro.
Concordei com meu pai e me certifiquei de os dá de presente o tal quadro.
Meus irmãos seguiram minha mãe para colocar o porta retrato em algum local visível e ao meu lado, Laura sorria bem mais tranquila, ela apoiou a cabeça em meu ombro para ouvir meu pai falar de quando entrei para a empresa e sua preocupação era como eu teria minha família um dia, ele contou sobre minha falecida avó sempre me apoiar muito e como eu era pequeno quando sai de casa.
-Eu queria que a vó tivesse conhecido a Laura. Ela ia ficar feliz... -Falei e minha mãe voltou para a sala com meus irmãos.
-Ela está vendo tudo do céu, como você encontrou uma namorada muito bonita e que trabalha em um hospital de pessoas poderosas. -Meu irmão comentou e fez todos sorrirem.
-É verdade. -Sorri concordando e Laura tocou os cabelos lisos do meu irmão.
O clima leve e com muitas curiosidades perdurou, todos tinham muitas perguntas para Laura e ela fazia questão de responder todas. Ela contou sobre seus pais e que eles apoiavam muito nosso relacionamento, eles eram pessoas simples e gentis. Naquela noite enfeitada e gelada, fizemos planos em família para o futuro e meus pais até cogitaram se mudar para Seul no próximo ano quando minha irmã começar o ensino médio, eles a queriam em uma escola muito boa e no interior isso era mais difícil.
Mandei muitas fotos para meus amigos e recebi muitas, cada um estava com sua família e pareciam felizes e descansados. Suga já havia jantado com sua família e estava em seu apartamento com Bo-mi comendo um bolo e assistindo vídeos de filhotes de gatos, e eu sabia que Song estava com Jung Soo. Tudo parecia estar em seu devido lugar, as pessoas ao meu redor estavam em paz após momentos de constante preocupação.
S2
O sol apareceu e a neve havia parado de cair por alguns momentos, encarei o teto do meu antigo quarto e bufei ao ver o lado direto da cama vazio, não passava das sete horas e meu sono havia sumido.
Ontem após as conversas a sala, jantamos todos juntos e foi um dos momentos mais divertidos pois conseguimos competir para ver quem comia mais bolo e meu irmão ganhou. O jantar estava maravilhoso e foi quase todo com comidas coreanas, minha mãe até arriscou fazer um arroz ocidental e um frango enorme com temperos brasileiros que viu na internet e ficou muito bom. Laura ajudou a arrumar a cozinha mesmo minha mãe negando ajuda e no fim todos nós ajudamos em tudo deixando a cozinha arrumada, após a arrumação fizemos um karaokê na sala e rimos muito ao perceber que eu era o único da família que havia nascido com o dom para cantar, mesmo meu pai bêbado insistindo que eu havia herdado a voz dele.
Na hora de dormir mesmo minha mãe não vendo problema de a Laura dormir comigo, precisávamos manter os costumes pôr os dois adolescentes que estavam moldando as mentes ainda, minha irmã chamou Laura para dormir com ela após afirmar que casais dormiam juntos apenas após casar e concordamos sem reclamar. -Levantei da cama e abrir as cortinas.
O sol havia aparecido mais tudo ainda estava coberto por neve, teríamos em inventar alguma coisa para fazer na neve e aproveitar o dia. Fui fazer minha higiene matinal e ao sair do quarto a casa estava silenciosa, meu irmão dormia profundamente com a porta do quarto aberta, o quarto dos meus pais ainda seguia fechada assim como a da minha irmã.
Desci as escadas lentamente ainda sonolento e vestindo um pijama listrado, sentia um cheiro de comida e ouvi algumas vozes. Me aproximei da cozinha e a mesa do café da manhã estava posta e panelas no fogo pareciam recém aquecidas. Continuei andando para a sala e pausei meus passos quando percebi que minha irmã e minha namorada estavam conversando juntas, minha intenção não era bisbilhotar, mas vê-las sorrindo juntas, sentadas no chão e Laura fazendo um penteado em Eon Jin, era uma boa visão.
-Ter uma cunhada é como ter uma irmã, ter irmãos meninos as vezes é bem solitário e sinto falta do meu irmão todos os dias. -Eon Jin falou e Laura sentada atrás dela, arrumava seus cabelos.
-Estou feliz por ter uma irmã mais nova, eu não tenho irmãos e ganhei vários em fração de meses. -Laura falou, e sorri ouvindo aquilo.
Elas conversavam e apenas continuei ouvindo sem culpa.
-Ano que vem entrarei para o ensino médio e se nos mudarmos para Seul, podemos sair juntas. Somos anônimas mesmo. -Eon Jin sorriu batendo palmas. -Você não acha estranho namorar um famoso? Não teve medo unnie?
Eon Jin era curiosa e falante, mas Laura parecia gostar daquilo.
-Vamos sair juntas sim. -Ela sussurrou, fazendo minha irmã sorrir. -Minha história com seu irmão foi bem diferente e gradativa, não teve espaço para achar estranho, eu precisei
a morar ao lado dele por meses e nossa amizade cresceu, depois a paixão entrou com tudo e quando percebi estava amando-o, mas sabia que senti medo a ponto de deixa-lo? -Laura falou e Eon Jin arregalou os olhos, fazendo-a sorrir.
Parado ao lado de uma pilastra, encarava aquela cena de aproximação e estava aliviado.
-Você o deixou unnie?
Laura consentiu fazendo cachos nos cabelos da minha irmã.
-Sim, quando eu recebi alta e sai do dormitório nos separamos, mas eu cortei todos os laços com ele mesmo o amando pois tinha medo de machuca-lo. Eu tinha muitos medos até um tempo atrás, é inevitável quando amamos alguém. Sentimos medo de vê-la machucada ou chorando, eu sentia medo de o colocar em uma situação difícil por me amar, mas eu quase morri quando o deixei. -Laura sorriu e Eon Jin ouvia com atenção. -Hoje em dia, meu medo é perde-lo. Sempre terei esse medo, por que o amo...
Sorri com vergonha ao ouvir aquilo e meu coração palpitou, eu a amava tanto...
-Bom dia meninas. -Fingir descer as escadas e elas se calaram. -Me aproximei e beijei a testa das duas, me jogando no sofá. -Estavam conversando sobre o que?
Elas levantaram do chão e sentaram no sofá, Eon jin estava feliz com seu penteado e Laura ao meu lado arrumou meus cabelos.
-Nada, não seja curioso. -Minha irmã sussurrou e a mandei uma careta.
-Aish. -Resmunguei e Laura sorriu. -Caíram da cama.
Laura pareceu lembrar de algo e começou a me cutucar, ela ficou empolgada em questão de segundos e arregalei os olhos.
-Acordei bem cedo com uma ligação dos meus pais, a farmácia deles recebeu uma compra gigante, foi muito grande como nunca viram, uma pessoa irá doar para asilos e orfanatos como presente de natal, e isso foi tão bom para eles, que poderão vir para cá sem se preocupar. -Ela falou empolgada e sorri vibrando também.
Minha namorada estava radiante pois finalmente iria levar seus pais para conhecerem o país que a mesma escolheu para morar, os mesmos também queriam me conhecer e agora isso seria possível.
-Uau, isso é incrível de verdade. -Sorri com animação e Eon Jin sorriu também. -Poderemos sair juntos, isso será maravilhoso.
-Sim querido, foi um milagre de natal. -Laura me abraçou, encarei Eon jin que piscou para mim e pisquei de volta para minha irmã a pedindo silencio.
Vê-la feliz era uma recompensa muito boa, sua felicidade transcendia e era um combustível para mim. Fiz o que meu coração mandou, eu sabia que a mesma recusaria ajuda e jamais ousaria deixar seus pais sem jeito, então fiz algo que ajudou muitas pessoas ao mesmo tempo como um milagre de natal.
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Nós iriamos passar mais alguns dias no interior aproveitando as coisas mais simples da vida como correr na neve, tomar coisas quentes e apreciar a paisagem congelada ao redor da fazenda. Após o café da manhã ajudamos meu pai a tirar neve que estava cobrindo o carro, vimos filmes juntos e após o almoço brincamos na neve como crianças até meus irmãos cansarem. -Andando de mãos dadas com Laura, tirávamos fotos em meio a neve.
-Neve é bem romântica. -Ela encarou uma árvore congelada e sorriu.
-E gelada. -Falei e ela sorriu. -Pode dormir comigo hoje? -Sussurrei a abraçando.
Ela negou e sorrimos, a abracei mais forte e beijei sua testa.
-Irei ver, precisamos nos comportar na casa dos seus pais. -Ela falou e arregalei os olhos.
Ainda abraçados, a neve tornou a cair em nós e não nos importamos.
-Eu não falei nada, não gosto mais de dormir abraçado com travesseiros, apenas isso. -Prendi o riso e ela consentiu. -Sério...
Laura me encarou e pegou minhas bochechas com as mãos enluvadas, seus olhos escuros e brilhantes me encararam e senti seus lábios tocarem os meus com delicadeza como da primeira vez. Toquei seu rosto correspondi o beijo lento, senti seus braços em volta do meu pescoço e a mesma ficou de ponta de pé, me fazendo sorrir ainda no beijo.
Era tudo sobre aquilo, sobre aproveitar as coisas mais simples da vida ao lado de quem eu amava profundamente e fazer isso durar até o meu fim, só assim enxergava uma vida boa e feliz junto a minha musica.
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Meu casal feliz, me deixa feliz.
Vou ali chorar pois já sinto saudades deles gente.
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