Coração maluco 💜 Capítulo 8
Felicidade era a palavra que poderia descrever o rosto de cada um dos meninos à minha frente. O fundador batia palmas, igualmente surpreso, enquanto os sete foram abraçando cada uma das pessoas na sala. Um por um, me abraçaram, alguns com mais delicadeza, como Namjoon e Suga, e outros com euforia. J-Hope era sempre o mais empolgado e pulou com um prêmio na mão.
— Como prometido, aqui está o jantar brasileiro, então saibam que não tem nada coreano, a não ser a cerveja. — Apontei para a mesa cheia de comidas, e os garotos se animaram. — Então, pode ser que gostem ou não, mas está aí. — Bati palmas, enquanto Oh Sun me observava de longe.
Os meninos se aproximaram da mesa, eufóricos, e eu sorri com lágrimas nos olhos.
— Está tudo lindo, me deixem provar algo, pois precisarei me ausentar. — O fundador se aproximou da mesa, parecendo satisfeito. — Hoje à noite é de comemorações, parabéns meninos e equipe, nosso esforço é refletido de uma forma sensacional.
Os gerentes falaram um pouco, a equipe toda compartilhou algo sobre a luta diária dos meninos, e, mesmo tomada por uma tristeza imensa, eu sorria. Todos se sentaram à mesa grande, e expliquei o que eram as comidas. Ian dizia gostar de todas, e um dos gerentes, que sempre ia ao Brasil, era louco por coxinha com guaraná.
— Isso foi tudo ideia da Laura, ela cronometrou tudo, e corremos para arrumar as coisas como se fosse uma prova de algum programa. — Ian falou, e todos bateram palmas em minha direção.
— Ela roeu todas as unhas. — Oh Sun falou, e eu sorri, negando.
Oh Sun confirmou, e alguns diretores diziam querer provar um pouco de cada prato, assim como os sete meninos, que já olhavam o bolo de chocolate com gula.
— Está tudo lindo, Laura, e mesmo nosso paladar sendo diferente, o importante é que foi feito de coração. — Jimin falou, animado. — Gastou muito? Oh Sun, pode ver isso, por favor?
Bati palmas, assustando-o, e o fundador sorriu.
— Não, esse jantar é totalmente por minha conta, e se não aceitarem, vou ficar chateada. Vocês querem isso? — Apontei para todos, e todos na mesa negaram, fazendo-me sorrir.
Todos na mesa negaram minha pergunta, e eu me senti satisfeita com suas reações.
— Quero comer até não conseguir andar. Estou tão nervoso ainda, todas as células do meu corpo estão trêmulas. — Jungkook falou, e acreditei de imediato pela sua face pálida. — O cheiro está ótimo, como faz? Começaremos pelo salgado?
— Sim, o bolo é a sobremesa. — Falei, e o mais novo consentiu.
— Tem algo que você não sabia fazer, Laura? — Kim Taehyung perguntou, me fazendo negar.
— Sou boa em tudo o que faço. — Falei, com um sorriso orgulhoso.
Todos riram do meu ego, e eu expliquei que foi graças às aulas com o Jin, que me parabenizou por aprender com ele. Todos começaram a comer, e ficaram impressionados com as comidas diferentes, principalmente o estrogonofe. Suga comparou à comida chique de algum país por aí, e minha mãe ficaria feliz com a comparação.
— Nossa, sua comida é muito boa. Os temperos são suaves e isso aqui é tão macio. — J-Hope apontou para o purê, e Ian concordou. — Comi isso em algum lugar, mas não lembro. — Ele comia com gosto.
— Isso é um creme de batatas temperado. — Ian explicou de uma forma que todos pudessem entender, e eu consenti.
Senti-me feliz ao ver todos colocando muita comida no prato, então, fiz o meu também.
— Adorei essas comidas, esse prato com frango ganhou meu coração. — O fundador levantou-se, limpando a boca e demonstrando estar feliz. — Obrigado por isso, Laura. Está tudo divino, e me sinto completamente satisfeito.
Ele comeu mais um pouco de frango frito, já em pé, e eu bati palmas.
— No Brasil, após uma festa que tenha bolo, os convidados próximos levam um pedaço para casa. Vou colocar para o senhor levar!— Levantei-me lentamente, e, apesar de o fundador dizer que não precisava, fui em busca de um pote. — Meus dias aqui estão acabando, e precisa provar meu bolo como agradecimento por tudo. — Sorri, e ele aceitou.
Coloquei um pedaço generoso de bolo para ele, e ele o levou com cuidado. Eu sabia pelos staffs que ele morava no mesmo condomínio que essa casa, ou seja, puro luxo. Não sabia mais detalhes, e não precisava saber, mas ele era uma boa pessoa, apesar de não o ver com tanta frequência.
Encostei-me ao balcão da cozinha após o entregar o bolo e me perdi em pensamentos por alguns instantes, minha mente viajou para minha casa no Brasil e nas férias com a família toda em volta da mesa, meu avô sempre tirava a ordem da minha vó sobre não comer muito doce, o mesmo dizia que a vida era uma só, por isso mesmo doente deu a maior força do mundo para eu seguir meus sonhos.
— Laura, está tudo bem? — Oh Sun se aproximou, e eu enxuguei uma lágrima. — Não está bem, minha linda. É péssimo te ver assim, eu sinto muito... — ela disse com tristeza.
— Eu vou ficar bem, não é como se eu não soubesse que isso poderia acontecer. — Expliquei, e ela concordou comigo.
Ela me abraçou rapidamente, e eu enxuguei minhas lágrimas novamente, sorrindo para ela. Parecia triste por mim, pedi sua ajuda e fomos levar os pratos limpos para a mesa. Os funcionários e os membros já haviam terminado com todas as comidas, e as latas de cerveja vazias já enfeitavam a mesa. Todos estavam conversando com euforia, inventando formas de abrir o soju.
— Gostaram mesmo das comidas? — Perguntei, arrumando meus cachos que estavam presos em uma trança lateralizada.
— Sua comida é ótima. Posso colocar na minha lista de desejos que provei uma comida da América do Sul. — Uma staff comentou, me fazendo ficar visivelmente feliz.
Aproximei-me, e algumas pessoas começaram a tirar os pratos sujos e latas vazias para ajudar Oh Sun.
— Adoramos mesmo, obrigado por essa surpresa. Precisamos fazer uma receita que una os dois países. — Jin disse, mordendo uma coxa de frango. — Esse molho aqui está ótimo.
— Eu apoio, e quando voltar para casa, vamos te ligar para pegar a receita. Quem sabe marcamos algo. — Namjoon disse, fazendo Suga concordar com a ideia. — Pode vir aqui sempre que quiser também, é só avisar que liberamos.
Meu coração floresceu ao ouvir aquelas palavras. Fazia muito tempo desde que me sentia assim, acolhida.
— Ela já vai? — Jungkook arregalou os olhos. — Como assim já passou dois meses?
Jungkook parecia impaciente, e eu toquei sua cabeça, fazendo-o sorrir. Ele tinha uma dualidade impressionante de macho alfa e menino envergonhado.
— Não, claro que não. — Kim Taehyung exclamou. — Ainda temos mais cinco semanas. — Ele sorriu envergonhado enquanto contava nos dedos.
— Está contando? — Jimin perguntou, e Taehyung deu de ombros.
— Claro, Jiminie... — Taehyung falou de forma carinhosa, e todos rimos.
Oh Sun e os staffs taparam os ouvidos quando começaram a discutir sobre o dia em que eu iria embora e que claramente eu ainda não estava bem. Bati palmas altas, fazendo todos se calarem.
— Não é como se eu fosse morrer, podem me ligar ou me sequestrar em um carro preto. — Sorri. — Prometo ir sempre aos shows que eu puder e gritarei tão alto que vai ser impossível não me ver.
Funguei tentando não chorar, e Suga me encarou.
— Estava chorando? — Ele apontou para mim, e eu passei a mão sob os olhos, tirando o borrado da maquiagem.
— Claro que não, isso é suor. Perdi peso fazendo esse jantar. — Dei de ombros e fui encarada por quem não acreditou. — Bolo de brigadeiro, quem quer?
Muitas pessoas gritaram querendo, e eu sorri. Com certeza, não havia nada melhor para curar a tristeza do que algo bem doce. Cortei uma fatia para cada pessoa e fechei os olhos de alegria ao mastigar o bolo, o gosto de casa como imaginei.
— Esse bolo me lembra da minha casa no Brasil, meus pais amam esse bolo. — Falei.
— Uau, isso é bem doce e gostoso. — Jungkook gritou, batendo na mesa. — Se você não me ensinar a fazer, não sou mais seu amigo. — Ele fez drama, e eu sorri.
— Está bom demais, e sua boca está suja. — Taehyung falou, e eu passei a mão rapidamente pela boca, parando, quando ele afirmou que já estava limpa.
— Senhorita, está ótimo. — Um staff sorriu e me mostrou o polegar. — Se me permite, posso levar um pedaço para minha esposa, que ama o Brasil? — O encarei e ele consentiu.
— Claro, e eu farei um para ela, ainda tenho ingredientes. — Pisquei para ele, e o mesmo comemorou. — Você diz que comprou de uma menina que estava vendendo para pagar as despesas?
Todos aprovaram a ideia e eu servi mais pedaços.
— No meu aniversário, não quero mais morangos. — J-Hope falou, e eu sorri. — Ouviram, não é? — Ele tentou falar, apontou para os amigos e todos consentiram.
Rimos do menino coreano tentando falar em português, era engraçado.
— Comam tudo, nada pode sobrar e levem para suas crianças também, no Brasil toda criança ama brigadeiro — Falei, e alguns staffs agradeceram felizes.
As risadas eram certas, as comidas estavam boas graças às receitas da minha mãe. A noite passou sem pressa, com muita música, danças engraçadas, e nenhuma comida sobrou, o que me deixava muito feliz, apesar de tudo. Antes de o jantar acabar de fato, arrumei uma desculpa e subi. Minha cabeça precisava processar tudo e falar com meus pais novamente.
Deitada na cama, encarava o teto, deixando as lágrimas caírem.
— Sentirei sua falta, senhor Zé, está descansando agora? Não há nenhuma dor aí? — Encarei nossa última foto e sorri. — Irei realizar meus sonhos, creia. — Sorri, encarando seu sorriso. — Como prometi, não vou chorar por muito tempo, tudo bem? Irei ficar feliz por ter tido a honra de ser sua neta.
Meu coração doía, mesmo sabendo que, em algum momento, isso aconteceria. Afinal, câncer é câncer. Já passava da meia-noite e eu havia falado por horas com meus pais. O silêncio pairava no ar, e eu imaginava que os meninos já estavam deitados. Sentia que tinha feito um bom trabalho.
As batidas na porta me assustaram, mas ignorei. Não queria falar, nem explicar nada. Só queria ficar sozinha. As batidas continuaram insistentes, por dez, vinte minutos. No final, desisti de ignorar.
— Quem é? — Perguntei do outro lado da porta.
— Sou eu. — A voz grave ecoou. Abri um pouco a porta. — Desculpa a hora, é bem tarde.
Eu gostava de vê-lo, sempre tão gentil e calmo... Estava mal, mas realmente gostava da sua companhia.
— Oi, senhor Kim. — Sorri, abrindo um pouco mais a porta. — Quer entrar? — Perguntei, e ele confirmou com um gesto.
— Senhor Kim é como chamam meu pai. — Ele entrou, com seu cheiro doce, que parecia desestabilizar todo o meu ser.
— Entendi, jovem Kim. — Arrumei meu roupão e o ouvi bufar, como sempre.
Ele entrou lentamente, sem gracinhas ou animação. Estava vestindo um pijama quadriculado, e seus cabelos estavam molhados. Mesmo sem olhá-lo diretamente, sabia que ele estava ainda mais bonito.
Ele se sentou no amplo sofá, e eu fiz o mesmo, entregando-lhe uma xícara de uma das bebidas preferidas de Jungkook, que me deu três caixas. Sabia que ele não suportava café, então ofereci-lhe um kombuchá de limão.
— Não bebeu? Só comeu? — Perguntei, e ele consentiu após tomar o chá. — Bom garoto, seu fígado está sorrindo.
Bebia meu chá lentamente, enquanto ele fazia o mesmo. Então, de repente, virou-se para mim, me assustando.
— Você não está sorrindo de verdade. — Ele afirmou, e eu arregalei os olhos.
— Estou sim. — Sorri, mostrando os dentes. — Só me conhece há três semanas, como pode afirmar isso?
Kim Taehyung bufou, virando-se ainda mais em minha direção.
— Não sei como posso afirmar isso, e não estamos falando de tempo aqui. Como ousa esconder sua tristeza de mim, depois de tudo o que passamos juntos? — Ele me encarou, e meu coração acelerou. — Dividimos curiosidades importantes, observamos as estrelas, ouvimos músicas juntos... até te dei um spoiler da minha mixtape. — Ele puxou um dos meus cachos, suavemente.
— Está passando na minha cara os momentos que compartilhamos? — Falei com seriedade, o que fez ele parar por um segundo. — Não foi obrigado a nada.
Ele negou, sem desviar o olhar.
— Estamos discutindo, Laura?
— Não. — Respondi rapidamente.
Eu o encarei sem piscar, tentando entender como ele podia trazer à tona tudo o que já vivemos, sabendo que logo teríamos que seguir nossos próprios caminhos e deixar tudo para trás.
— Sei que pareço distante às vezes, mas me importo com todos aqui. Com os membros, com o fundador, com os funcionários... e agora com você — Ele falou com calma, e eu continuei o observando, sem desviar o olhar.
— Taehyung, não parece distante... — Comecei, mas ele me interrompeu.
— A Oh Sun me contou sobre seu avô... Me senti mal por não ter percebido o quanto você estava triste. Sei que ninguém está preparado para perder alguém. Mas não passe por isso sozinha... — Ele enxugou uma lágrima que escorria pela minha bochecha com o polegar, e eu consenti em silêncio. — Não sei o que dizer, pois ainda sinto a perda da minha avó. Mas como sou o único sóbrio... Quando Oh Sun me avisou, não pude me segurar.
Consentia em silêncio, absorvendo suas palavras, mas algo dentro de mim se rebelava. Seu jeito calmo me fazia bem, mas também me martirizava, porque eu sabia que seria difícil seguir em frente depois de tudo isso.
— Não quis cortar o clima de festa com meus problemas pessoais... Obrigada por estar aqui. Sua calma é boa. Que ninguém me ouça, pensariam coisas demais... — Sorri forçadamente, e ele consentiu com a cabeça. — Preciso passar por isso sozinha... Quando eu for embora, não terei você... — Engasguei, como se a verdade saísse com dificuldade. — Quer dizer, não terei sua companhia... — Corrigi-me, tentando esconder a dor na minha voz.
Sua mão tocou meu rosto enxugando uma lagrima e meu corpo gelou, por que ele estava fazendo aquele tipo de coisa? Talvez esteja percebendo que mexe comigo? Fechei os olhos para não encara-lo, e tentei controlar minha respiração, apenas o deixei enxugar minhas lagrimas e orei para ele não perceber meu nervosismo.
— Vamos sair por algumas horas, tomar um ar... Sei que não pode sair ou se machucar, e não deixarei isso acontecer. Sei que podemos nos meter em problemas, e eu assumirei a culpa... — Ele falou com um tom baixo, e eu consenti sem hesitar.
Levantei lentamente da cama, sentindo o peso de tudo ao meu redor. Estiquei a mão em direção a Taehyung, tentando não pensar demais sobre o que estava acontecendo. Sabia que precisava por um fim a isso antes que fosse tarde demais... ou talvez já fosse tarde demais. Ele olhou para minha mão por um momento, a expressão dele quieta e quase indecifrável, antes de finalmente pegar minha mão.
Sua mão era maior que a minha, mais fina, e quando ele percebeu esses detalhes, uma risada baixa escapou de seus lábios.
— O que foi? — Perguntei, sem saber se estava sendo séria ou se ele poderia sentir a tensão que havia entre nós.
Ele balançou a cabeça, um sorriso suave no rosto, como se tentasse aliviar o momento, mas algo no ar indicava que ele estava tão consciente quanto eu do que estava acontecendo.
S2
Estava me sentindo uma boba, saindo de casa escondida, de mãos dadas com um garoto que fazia meu coração acelerar. Estávamos vivendo tantas primeiras vezes em tão pouco tempo que parecia até impossível. Eu sentia coisas que teria que guardar no fundo do coração, momentos que, embora fugazes, se tornariam memórias eternas.
Depois que ele trocou de roupa, saímos discretamente, quase pisando em ovos. Ríamos como dois adolescentes em segredo, nos escondendo nas pilastras da garagem. Ele pediu silêncio ao segurança, aquele que já conhecia há anos, e nos olhou com um sorriso cúmplice.
O carro dele era enorme, com os vidros escurecidos de tal forma que nada era visível do lado de fora. Ele estava animado, como se aquele fosse um luxuoso passeio noturno. E, de certa forma, era. Dentro do carro, as ruas vazias da Coreia nos recebiam, e eu me sentia mais livre do que havia me sentido em semanas, após tanto tempo trancada.
— Sua vez de escolher a música, pode pegar meu celular — ele disse, apontando para o banco do lado. Peguei rapidamente, animada, e ele soltou uma risada. — Pode falar que minha playlist é de um senhor — ele brincou, e eu ri.
A música estava boa, quase todas as faixas eu conhecia, e ele percebeu.
— Nossa playlist é quase a mesma — comentei, sorrindo. — Mas essa música aqui é perfeita. — Coloquei uma música lenta, e ele me olhou, sorrindo de maneira suave. — Eu gosto dessa , e acho que nem era nascida quando gravaram.
Ele riu baixo, e a tensão no ar se desfez por um momento, preenchendo o carro com um sentimento quente e confortável. Eu me sentia como se tivesse encontrado algo raro e valioso, algo que talvez nem soubesse que estava procurando.
Seguimos pelas ruas, como se estivéssemos livres, e, de fato, estávamos. Eu observava as ruas e, em alguns momentos, o observava também. Ele dirigia com uma calma impressionante, e em nenhum momento, pensei que teria a chance de viver algo como aquilo. Era uma sensação nova, desconcertante e confortável ao mesmo tempo.
Após algum tempo, ele estacionou em uma rua estreita, colocou um chapéu e uma máscara, me fazendo apenas observá-lo.
— Me dá seu celular — ele pediu, e eu franzi o cenho, sem entender. — Vou pegar comida. Eu levo o seu celular e você fica com o meu. Qualquer coisa, ligue para o seu que atendo — explicou, esticando a mão.
Sem muitas palavras, entreguei-lhe o celular e peguei o dele.
— Onde estamos? E é seguro? — perguntei, preocupada, enquanto pegava o celular dele já desbloqueado.
Ele consentiu com a cabeça e, sem dizer mais nada, me mostrou o desenho da senha.
— É super seguro, vou pegar comida — ele sorriu e desceu do carro.
Fiquei ali, com o celular dele nas mãos, observando o que ele havia deixado para trás. Um simples restaurante de esquina, simples, mas acolhedor. Eu estava ali, sozinha com o celular de Taehyung. E então, a curiosidade, como sempre, falou mais alto.
O celular estava cheio de fotos de paisagens, selfies, momentos com os membros, e algumas fotos com seus cachorros. Mas lá estavam as fotos mais recentes... estavam nossas fotos. Abri uma delas e encarei nossos rostos tão próximos.
— Não faz isso, coração — sussurrei para mim mesma, colocando a mão no peito, o coração batendo mais forte. — Isso não pode estar acontecendo.
Com a sensação de estar invadindo algo íntimo, me estapeei mentalmente e bufei, tentando afastar a ansiedade que se formava. Mas a imagem de nós dois, tão próximos, continuava na minha mente, como uma marca que não queria sair.
💜
Não podemos controlar os sentimentos não é mesmo? Aperta nessa estrelinha aí se gostou ♥️
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