Capítulo 01
Capítulo 01: Investidas Mal Feitas e Músicas Muito Mal Cantadas Em Um Idioma Inexistente.
Eu, Boo Seungkwan (e meu esposo, Hansol Vernon), através deste blog, neste dia, 29 de setembro de 2020, venho lhes contar minha tão incrível, bela e boiola história de amor.
Atenção: todos os atos imaturos, micosos, dramáticos, idiotas e emocionados serão responsabilizados pelo meu 'eu' de 16 anos.
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Tudo começou quando eu resolvi cantarolar umas músicas brasileiras por qualquer canto daquele colégio. Fosse no refeitório, banheiro, pátio, nas salas dos clubes que eu ia de vez em nunca ou na minha sala e corredores (principalmente na minha sala e corredores). Ok, beleza, não foi exatamente nesse ponto que tudo começou de fato; tudo começou quando eu conheci um americano insuportável de bonito e me vi tendo um fudido Crush por ele, ou seja, a mais ou menos 2 anos atrás - e eu sei também que isso tudo não começou por esse ponto porque eu já tinha percebido algumas olhadas não-tão-discretas dele em mim quando não estava "olhando", mas isso, definitivamente, não importa.
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Enquanto assistia minha aula de História, fazendo minha atividade sobre a segunda guerra mundial, na maior paz, conseguindo resolver as questões com meu conhecimento máximo no assunto - modéstia à parte, sou ótimo nesta matéria -, escutava música no fone numa altura média e cantando numa altura considerável baixa para não atrapalhar ninguém. Eu só não esperava ser observado tão atentamente aos olhos de Hansol Choi em plena 9h27 da manhã. É um pouco assustador porque ele tá parecendo muito um stalker ou pervertido observando todos os meus movimentos, mas ao mesmo tempo é bom saber que ele está olhando pra mim. E pode até ser, até ser, que eu esteja alucinando... mas eu prefiro acreditar que o jeito que ele me olha é com carinho do que pensar que o olhar, na verdade, é de psicopatia.
Tenho de confessar que nas primeiras vezes eu mal percebia, jurava que ele estava a olhar para um ponto fixo da sala ou alguém atrás de mim, até eu perceber que ele estava olhando apenas e exclusivamente para minha pessoa - sim, eu surtei internamente. Pode se dizer também que eu não tenha percebido de primeira por ser um tanto lerdo às vezes - ou seja, sempre -, mas o que você pensaria se, por acaso, deixasse sua borracha cair bem na direção do seu crush e ele não parasse nem por um segundo de te olhar?
"Ele, no minimo, quer desovar seu corpo no primeiro terreno baldio que encontrar", meu subconsciente teimou em dizer, mas eu, gamado demais naquele estrangeiro safado, não dei ouvidos.
Sinistro. Mas um sinistro bom... eu acho.
Quando nossos olhos se encontraram, de imediato ele abriu um sorriso, lindo demais para um adolescente gay como eu pudesse suportar.
Maldito seja Hansol Vernon Chwe e seu sorriso de diamante.
Podemos dizer que quando eu vi aquele sorriso tão lindo sendo direcionado para mim e só pra mim, eu quase chorei de constrangimento. Eu sempre fico envergonhado perto daquele cara, eu tenho, sim, uma timidez escondida, em certos tipos de situações e com algumas pessoas, é óbvio, só que com ele as coisas vão além... simplesmente saem do controle. Talvez deriva do fato de eu me interessar por ele, isso eu tenho certeza. Devolvi o sorriso com um outro, meio tímido e meio trêmulo, até porque é de Hansol que estamos falando, o cara mestiço do 1C, que arrasa corações por aí só com um sorrisinho; então, automaticamente, é meio impossível você não ter as paredes do seu coração balançadas, seja numa intensidade forte ou não - e não, não importa se você seja hetero ou não. Aquele americano vai mexer com todas as suas estruturas. Não tem como resistir.
Depois daquele dia, achei que os olhares (nem um pouco discretos) fossem parar e... é... não pararam. Eu me enganei legal.
Na minha percepção, no entanto, acredito que só ficaram mais intensos, pois nem mesmo quando íamos almoçar com nossos amigos ele parava de me observar, eram poucas vezes, porém que me deixavam ainda mais envergonhado. Ah, pois é, já não basta ter um crush em um cara meio que inalcançável, eu ainda tenho que fazer parte do mesmo grupo de amigos que ele e (in)felizmente não éramos próximos o bastante para sermos considerados amigos - talvez conhecidos, no máximo. Mas pelo menos nossa relação é boa o bastante, compensa um pouco o fora indireto.
Oh, cagada!
Um bom exemplo de como tudo estava ficando muito estranho em nossa "relação" foi quando eu estava ouvindo "Tratamento Perfeito" e cantarolando, porque eu realmente amo essa música, e já estava chegando no refrão, mas então...
"Meu carma tem sabor perfeito pra você, remédio para curar a dor e eu não tô te cobrando nada. Tenho o tratamento perfeito, posições que você não conhece, eu sou aquele um somado ao meia-oito, pensa bem... - Cantei baixinho, tentando entender o que diabos era aquele pacto satânico em forma de questões de física.
E antes mesmo de chegar ao refrão, alguém continuou:
"Deixa. Deixa que eu te levo pra tua casa, já te conquistei não tem mistério, e o meu coração já é só seu, tão simples quanto o eu. Eu canto pra tu. Deixa. Deixa que eu te mostro sem certeza. Que a tristeza e a mágoa já passou. Você que manda aqui, eu te enlouqueço, meu amor. Meu amor, meu amor".
A carteira dele não ficava muito longe da minha. Na verdade, a carteira dele ficava na fila do lado da parede e a minha logo ao lado, então, é muito fácil ouvir a voz dele e reconhecer também de tanto ouvir aquela beldade que era a voz daquele nova-iorquino ordinário. Se a voz dele já é uma gostosura só de ouvir ele falar, imagina só ouvir ele cantar baixinho quase sussurrando? Minha nossa...
O português todo embolado, melhor que a minha pronúncia até, não que isso importe, o que importa mesmo é como a voz dele é tão maravilhosa de ouvir. Minhas pernas tremiam, meu coração pulava como louco no peito e até minha boca secou. E o porquê? Isso tudo é o efeito que Vernon me causa. Que inferno!
Claro que depois do acontecimento - icônico e nada programado - , voltei a cantar, fingi que nem ouvi ele completar a minha linha e que muito provavelmente eu estava imóvel por estar muito concentrado na explicação. E eu acho que ele percebeu a minha farsa, pois pelo canto do olho pude perceber seu sorrisinho de canto. Olha só que garoto abusado, ele claramente sabe o que me causa. Ele não é nem um pouco inocente.
Tá sendo tão difícil lidar com ele. Mas, veja bem, é o Hansol Vernon Chwe! E não quero idolatrá-lo nem nada, mas já fazendo um pouco disso, é muito difícil não cair no seu charme. Não esqueço de quando precisei sair da sala e quando o olhei pela última vez para dentro do ambiente, recebi um aceno e um sorriso. Essa eu realmente não esperava, nem nos meus melhores sonhos.
Conclusão deste dia: Boo Seungkwan está lascado e muito por causa de um estrangeiro que não faz ideia que ele tem um baita de um penhasco em si - ou sabe, sim. Eu sou péssimo em disfarçar.
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Oláa!!
Bom, com uma nova conta, resolvi repostar aqui a minha bebê mais velha.
Espero muito que gostem de MBEC, essa fanfic que eu gostei tanto de escrever lá entre 2020-2021. Tenho muito carinho por ela e espero que a acolham bem <3
Temos uma super playlist com as mais legais músicas do MPB no Spotify, que você pode ouvir enquanto lê e você pode a encontrar pesquisando por "BR&VERKWAN" ou só clicar no link que tem na minha bio. Ela tá bem legal.
Boa leitura!!
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