Segunda parte do final que nunca é final...

Eu outra vez...vamo ver se fica decente esse final♥♥♥

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Quando aproxima a hora de eu descer pra garagem, meu celular toca e eu atendo rindo daquela previsibilidade...

— Liseu, já cheguei.

Eu desço e ele desencosta da moto, segura meu rosto de me dá o "nosso beijo", daquele jeito que caracterizamos como sendo nosso. Um longo selo molhado, alguns suspiros e selinhos carinhosos, seguidos de um abraço dele que traduz saudades do meu ser.

Durante as explicações e pequenas pausas, ele tenta me sacanear com mensagens sacanas e eu as ignoro ou dou umas cortadas e levo uma ameaça no final:

"vai apanhar nessa bunda, to falando".

Eu dou aquela risadinha idiota que meus alunos não entendem, por sorte!

Ele me busca a pé, pois mora próximo a escola, segura firme minha mão, entrelaçando seus dedos grossos com os meus, afirmando que somos um do outro por onde passamos. Em casa, tomamos banho calmamente, namoramos e ele me pega de lado, tocando no meu corpo inteiro e principalmente meus mamilos que são sensíveis e carentes ao toque. Delícia rebolar com seu membro duro e grosso inteiramente dentro, quando ele levanta minha coxa e mete com mais força, torcendo-me os bicos e mordendo minha nuca, que é castigada pela barba dele. Eu dou uma gozada forte e fico manhoso em seus braços...

— Não gozou? ... Tô destruído. — Pergunto, ele sorri e pede que eu termine chupando seu pau, que é uma delícia tão grande ou maior que seus gemidos e urros ao gozar.

Achei que ele ia me dar aqueles tapinhas que me dão um tesão dos infernos, mas ele optou pelo dengo hoje...

Sábado o Chico, mais uns PM e amigos dele assaram carne e ficaram conversando e eu preferi ajeitar o apartamento, limpar e fazer umas compras, inclusive comprei uma calça nova, porque perdi uns quilos, desses que a paixão tira e o amor traz de volta.

Pulando a informação de chuca, que quase todo mundo sabe no que consiste, me depilei com um creme que comprei de uma colega, aliás que creme desgraçado de fedido. Deixei tudo liso, fiz a barba, sequei meu cabelo e fiquei pronto pra levar rola, porque sábado a noite é sagrado que acontece.

Marçal não é de beber muito, então três latas de cerveja deixam ele todo bobinho, imagina que ele tomou banho e pediu uma língua no rabo... affs... Não que eu não curta, mas me sinto estranho como ativo.

Aí ele cumpre a promessa que me dar aquela "surra", delícia que é tomar tapa na bunda quando o macho pega a gente de jeito e põe de quatro. Marçal é foda pra chupar um cuzinho, eu sinto calor só de lembrar. Sabem aquele boy que não tem pressa pra meter e castiga de toda as maneiras? Marçal!

Oh homem pra falar putaria e castigar gostoso.

Quem não tomou surra de piroca no meio da raba, onde é sensível, não sabe do que eu tô falando. Meninas, provem! Mas não com o meu Marçal, claro.

Até a dorzinha do sexo anal é gostosa, porque depois vira loucura. Foram algumas horas de "combate" e o meu fiofó ficou dolorido, mas meu sorriso lembrava a Glória Menezes no domingo.

Ai outra semana que fico todo carente, depois desse "findi" cheio de dengo e sexo gostoso. 

Pra compensar, o sábado do meu chá com as minhas putianes, a semana se arrastou feito lesma e na sexta a Rê veio me convidar pro chá da Maria Eduarda e como ela havia se recusado em ir ao meu chá com algumas professoras, deixamos o assunto "tampado".

Dia 20 de maio que foi apenas ontem, é memória fresca. Registrada por fotos, será aquela data entre as mais importantes de minha vida. Como minha formatura da faculdade ou quando minha irmã me disse que eu seria padrinho de seu filho ou quando a irmã mais nova casou ou quando meu pai me abraçou um dia que eu comentei que a tia Elizete, da Luz da Vida disse que orava pra eu me curar da homossexualidade e senti-me doente, o pai me abraçou sem dizer uma palavra e aquilo disse todas que eu queria ouvir. Como foi a memória do pedido do Marçal, ou aquele "eu te amo" que não veio no meio de uma foda, mas quando o coração está calmo.

Recebi os amigos na casa do Marçal, sim porque ele até ficou fora na data pra que eu pudesse ter esse "última" reunião, vieram todos que eu esperava. Nem foi tanta gente assim, foram menos de vinte pessoas, exatamente aquelas com quem poderei contar, cinco colegas minhas na área da educação e o restante, meus colegas de outros momentos, a quem chamo de família. Porque fazem esse papel muitas vezes.

Eu quis matar o Carlinho quando esse "santinho" me apareceu com TODOS os doces com miniaturas de PINTOOOO. Essa peste decorou tudo com mini pênis e aquilo só por si fez um sucesso com as meninas. Fora o monte de sacanagens que fizeram comigo, como um dos "castigos" tive que chupar um pintão de chocolate imenso até jorrar leite moça que tinha de recheio e eu quase não gosto dessas coisas. Sei dizer que me maltrataram e eu errei quase todas os palpites que ficou parecendo que foi de propósito da minha parte. Jura?

Nota: se alguma criança o ver, diz que é o nariz da Peppa Pig.

— Quem é o próximo, Fefê??

— Nem vem, sou sagitariano e sagitarianos não casam.

— Oh viado pra gostar de me enrolar, eu desisto!

— Ah que eu quero contigo, Abi. Gente, pensa numa praga que engana todo mundo... Com esse jeito de mulher a gente pega a maior confiança, e ela PAU no nosso rabo.

— Já disse pra ti, não quer eu não insisto.

Esses meus colegas, são aqueles que fazem parte das manas excluídas por muitos da comunidade, que esquecem que começou por nós essa luta, quando aparecemos dando pinta e a cara a tapas, como até hoje acontece. Nenhum dos viados, sim, viados que aqui estão fazem a menor questão de mudar de atitudes para que o mundo lhes aceite de braços abertos. Tem muitos caras discretos que são glamourizados por isso e a gente respeita, só que nem sempre o respeito volta pra nós. Aí tem alguns que vão ler o conto do Professor biba e o Policial discreto e vão achar que ele é maluco por ter se apaixonado por mim e outros acharão que tive sorte de achar um macho tipo o Marçal.

Sorte eu tive de achar um cara querido, que afirma ser homo e me aceita desse jeito. E mais sorte teve ele em achar um cara igual eu, porque tenho muito valor dentro dessa carcaça afeminada que é tudo que uns idiotas da sociedade vêem.

A cada dia em que passei com esse cara, eu pude sentir o quanto o mereço ao ouvir dele aquela frase: não é "eu te amo", mas sim: "Liseu, você é um cara incrível, quero ficar sempre do seu lado só pra te dizer isso".

Assim ele acaba comigo e eu choro, hahaha. Não é pra chorar?

A noite ele volta com cheiro de suor e a cabeça fedendo a fumaça.

— Oh Liseu, meu cabeludo gostoso...

— Uia isso tudo aí em baixo é saudade? Foi onde?

— Lá no Chicão, lembra que eu disse que ele queria por uns pisos na churrasqueira? Então, eu sei colocar piso porque ajudava o pai na obra. Ele comentou que o Carlinho comprou o piso e ficou miando: "ai Chico, ia ficar tão bonitinha a churrasqueira com piso".

A gente dá uma risada da forma que meu doce amigo achou de conseguir algo com o marido dele.

— Ei Liseu, ganhou muita coisa?

— Ah Marçal, as coisas que eu pedi são meio simbólicas. A intenção mesmo era reunir as meninas. Eu tô feliz, sabia.

Ele ri junto comigo e me abraça.

— Sobrou doce, meu formigão, olha lá...

— Liseu, meninaaaaa!!! Que tanto pintooo. — Ele me dá um tapa no braço e olha para os doces que sobraram e vai rebolando até a mesa. Morro quando ele faz isso. Aí ele se volta e faz uma cara feia. — Gente esse pintinho não tem graça...

— Vai come a vontade, gato... eu tenho que cuidar um pouco.

— Eu também cuido, Liseu, eu engordo fácil. Na academia, que consegui fazer esse corpo, mas já tô com essa barriguinha aqui.

— Ah, nossa, de lado nem passa na porta. Para né!

— Tô dizendo que eu me cuido, entendeu, não por gordura, mas por saúde. Você disse que quer fazer caminhada... isso não vai te fazer secar, mas tira devagar alguns quilos e ganha em saúde. Fico pronto só esperando pra te acompanhar...

— Lógico que eu vou, imagina que não vou ostentar um macho desse pela praia.

Ele ri muito e comenta que não se acha mais tão feio com seus dentes separados. Mas ainda fica me olhando distraído com eu sorrio. Acho que causo efeito nesse homem de verdade.

— Acho que vou cortar o cabelo...

— Nunca! Hã... é que eu acho sensual você com cabelo solto. Seu cabelo é liso, é muito lindo. Mas você quem sabe...

— Então ele fica comprido por mais um tempo...

— Depois que a gente adotar o neném, aí talvez..

— Adotar neném, eu até concordei, mas tem uns anos pela frente. Tem a casa que a gente quer fazer no lote que comprei, tem o meu pai que quer dar aquele pedaço de terreno lá na colônia pra nós construirmos lá... Vamos com calma daqui pra frente PM.

— É...

Ele fica sem graça, mas preciso segurar esse macho ou ele faz tudo apressado e apressado foi bom até agora. Demais momentos eu quero saborear bem lentamente...

— Vai dormir aqui né?

— Lógico! Eu ia estranhar se não perguntasse...

— Quem disse que eu ia deixar você ir...Você só meu...

— Meloooso... — Falo quando ele me abraça.

— Sou mesmo, vai se acostumando...

Bom, digamos que isso acaba aqui com o clichê: viveram felizes para sempre. Isso serve para contos de fadas, onde a princesa casa com 17 anos e vinte anos depois tá com mesma cara e corpo fitness, ou seja, nada acontece com essas criaturas. Porque as madames ficam saltitando pelo bosque, cantando e levando rola do príncipe, nada de acordar cedo, comer pão com ovo pra economizar ou trocar uma fralda. Assim até eu...

O fato que é fato, é que o amor não depende de um longo tempo de convivência, mas do que essas duas pessoas colocam dentro da relação. Respeito, carinho, amizade, paixão, paciência, perseverança... Com isso sendo adicionado moderadamente consegue-se uma relação perfeita, no ponto perfeito sem ser surreal. Sendo possível tocar todos os dias com as mãos.

Comecei sozinho neste conto mencionando algo que me irritava no passado, que era a cobrança para perder o excesso de peso. Eu sentia como cobrança, hoje acho bacana que eu tenho vontade de mudar alguns resultados, mesmo que eu não me torne a "miss" fitness no próximo verão e minhas neuras com pneuzinhos permaneçam, (neuras, que eu juro não ter) continuo sendo o cara com conteúdo e atitude. E melhor terminei o conto de aliança no dedo...e um macho apaixonado que me aperta contra o peitão forte todas as noites com intento de me proteger e afirmar que pertenço aqueles braços.

Não é final doce, tipo o conto do meu amigo Carlinho, porque ele é doce! Eu sou ruim mesmo e não ouço desaforo calado, não só por mim, mas pelas bibas que são hostilizadas, as manas trans e todo aquele que é chamado de viadinho pelas costas. Só um recado a quem interessar: não gosta de nós? nos atacam quando pegam um de nós sozinho? tente nos pegar quando estamos em bando pra ver!

Enfimmm e vivemos felizes, até as crises conjugais começarem.

FIM (?)

Nunca é o fim...    

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Ouuu até os bônus começarem...kkk

Obrigado a todos pelo carinho e pelo apoio a essa simples escrita onde tento colocar nossos sonhos.

Amo vocês!♥

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