IV

Wei WuXian estava acabando de se arrumar quando as servas o informaram que a refeição estava posta. Ao sair do lavado e passar pela porta quase caiu para trás, havia uma enorme mesa com os mais variados pratos alguns de sua própria terra.

— Mestre Wei, foi nos informadas que era para preparar refeições de seu clã, uma forma de acolhimento e que no caso a princesa não sentisse tanta falta de sua terra. – Mei estendeu a mão para ele se sentar.

Wei WuXian estava faminto e ao sentar pegou os palitos e sorriu para ambas as servas.

— Nem em minha casa eu vi tanta comida, está com aroma de dar água na boca, mas... – Olhou na mesa por algo para beber. – Tem alguma bebida?

— Temos chá verde.

— Hahahahahaha... Eu digo outra bebida. – Falou mais baixo.

— Ahhh, entendo. – Mei sorriu baixinho e se ajeitou para continuar a falar. – Não é permitido bebidas nos Recantos da Nuvem.

— O que? – Wei WuXian bufou. – Não acredito que vou passar a eternidade aqui sem uma gota de um bom vinho.

— Existe o Sorriso do Imperador. – An estava entrando com a bandeja cheia de frutas para colocar a mesa. – Apesar de ser proibido, os nossos senhores guardam para uma ocasião especial.

— Eu não entendi, não pode ter bebida, mas eles guardam vinho? – Enquanto comia um pedaço de carne prestava atenção na jovem.

— Jovem mestre, o vinho é fabricado por eles e vendido no mundo humano em algumas vilas. – Mei corou leve e continuou. – Os dragões não bebem o vinho.

— Mei, acredito que não há problema se servirmos um pouco de vinho a mestre Wei. – An sorriu baixinho. – Afinal, devemos deixar a "princesa YanLi" acolhida e famializada para não sentir falta de seu lar, certo?

— Exatamente, uma boa serva sabe como ser boa anfitriã, me traga o vinho Sorriso do Imperador. – Wei WuXian estava totalmente à vontade com aquelas damas e começou a tagarelar de como era a vida em Píer Lótus.

As horas passaram e já era quase final da tarde quando as jovens decidiram que iriam chamar Lan XiChen para conversar com o rapaz e esclarecer o que para elas foi considerado uma prova de amor fraternal entre irmãos. Ficaram comovidas pela atitude e queriam ajuda-lo a resolver de uma vez com os dragões.

Wei WuXian concordou com a dupla e esperou que ambas saíssem para finalmente escapulir, saindo pela janela dos fundos correu sorrateiro pelos telhados do lugar até chegar a uma pequena floresta com caminho de pedra.

— Vamos ver, segundo as srtas. Mei e An, para sair do lugar preciso de um amuleto de jade, talvez eu possa pegar de algum dragão que esteja distraído ou observar as casas até conseguir pegar um desses amuletos. – Falando consigo continuou a caminhar até parar diante de um portal de madeira onde a placa dizia: Fonte Fria.

Wei WuXian podia ouvir som de cachoeira vindo daquele lugar, caminhou esgueirando entre os pequenos arbustos imaginando que aquele lugar fosse uma espécie de lago termal. Tentou olhar aonde estava, mas só conseguiu ver que havia uma pequena cachoeira no centro do lago.

Quando de levantou, acreditando estar sozinho até que ouviu um barulho de algo mexendo na água, rapidamente entrou no aglomerado de bambus e esticou o pescoço até ver o contorno de uma figura mergulhada no lago. Um largo sorriso brotou nos lábios, afinal se aquele dragão estava tomando banho era certo que tivesse colocado suas vestes perto do lago e consequentemente o amuleto de jade deveria está junto com as roupas.

Afastou silenciosamente dos bambus e abaixou para olhar a margem do lago, assim que avistou um amontoado de panos brancos muito bem dobrados e claro como adivinhado o amuleto de jade, sorriu satisfeito.

"Wei WuXian tirou a sorte grande, agora é pegar o amuleto e sair desse lugar, posso chamar Suibian e escapar."

Deitou no chão de pedra e arrastou-se até perto das roupas e devagar enfiou a mão entre as peças de pano. O som da água mexendo lhe atraiu atenção, ao olhar para o dragão no lago seus olhos se abriram surpresos.

— Ei, eu não acredito... – Wei WuXian levantou rapidamente olhando figura que de pé no lago. – Essa marca no peito... – Os olhos vagaram em todo o corpo do homem dragão que ainda não havia notado. – É você... Lan Zhan... Hahahaha... Lan Zhan!

WangJi estava virado de costas meditando embaixo da pequena cachoeira quando se virou para sair do lago, passou a mão nos longos cabelos negros deixando a mostrar parte de seu corpo. Nesse mesmo momento ouviu seu nome, mas não era o nome que todos habitualmente o chamavam, era seu nome de nascimento. Uma jovem dama acenava da margem do lado para ele, WangJi se agitou e rapidamente saiu da água para o outro lado da margem entrando na pequena floresta de bambu.

— O que deu nele? – WuXian ficou confuso e caminhou até o lugar onde o outro entrou para se esconder.

— Não é permitido a dama entrar na fonte fria. – A voz suave entoava aquelas palavras quase em sussurro. – Por favor, volte. – WangJi escondia-se entre os bambus, estava nu e sentia-se constrangido.

— Ah?! Dama? – WuXian lembrou que apesar de está com uma roupa mais masculina ele ainda tinha a maquiagem a face e os cabelos soltos.

As servas pediram para ele ainda permanecer fingindo ser a princesa YanLi até que conversasse com Lan XiChen. Por esse motivo para Lan Zhan ele estaria parecendo uma dama.

— HAHAHAHAHAHAHA... Entendi, calma Lan Zhan... – Wei WuXian tentou se aproximar das colunas de bambus. – Lan Zhan, olha para mim não sou uma dama... – WuXian esticou a mão para o outro. – Olhe para mim e vai se lembrar... Sou eu, Wei Ying.

WangJi estava entre as colunas de bambu olhando aquela mão esticada e assim que ouviu o nome, seu corpo ouriçou e ligeiramente os olhos dourados se abriram surpreso.

— Wei Ying?!

— Sim, sou eu, Wei Ying hahahahaha... – Wei WuXian sentiu um enorme alívio chegando a suspirar. – Ah, sim se ainda desconfia deixa eu te mostrar. – No mesmo instante Wei WuXian afastou a gola de seu robe e mostrou a marca no peito, era a mesma parecida com a de WangJi.

— Wei ... Ying... – WangJi abriu ainda mais os olhos maravilhado por ver o outro e sem notar saiu de trás dos bambus.

— Ahhh, Lan Zhan... – Wei WuXian ao deparar-se com o outro nu virou de costa imediatamente corando a face. – Melhor pegar suas roupas.

WangJi voltou para de trás dos bambus e concordou. Os lóbulos de suas orelhas pontudas tomaram um tom rosado pelo constrangimento de aparecer nu na frente do outro.

— Lan Zhan, pegue, estou de olhos fechados. – Wei WuXian esticou o braço com as peças de roupa do outro.

WangJi pegou e rapidamente vestiu uma túnica, saindo logo em seguida de trás dos bambus.

— Wei Ying.

Virando-se devagar, WuXian suspirou aliviado que agora poderia conversar com o amigo de longa data.

— Lan Zhan, isso é incrível. – Sorrindo continuou a tagarelar. - Estou salvo, ao menos com você terei chance de voltar para casa.

WangJi sacudiu ligeiramente a calda curioso com aquelas palavras.

— Wei Ying, como chegou a Gusu?

— Xiiii, Lan Zhan é uma baita confusão que eu me meti e até minutos atrás estava preste a roubar seu amuleto de jade para fugir hahahahahahaha...

"..."

— Olha só para você, Lan Zhan que dragão forte e bonito você ficou... – Wei WuXian se encostou em uma pedra. – Quanto tempo passou?

— Seis anos. – WangJi estava um pouco ansioso e se aproximou olhando para a face do rapaz. – Você cresceu, está bem.

— Hahahahahaha... Eu não ia ter 12 anos para sempre, certo? – Piscou se divertindo com a situação. – Ah e por favor, essa maquiagem. – Apontou para a face. - É só disfarce... – Levou a mão na nuca sem jeito. – Eu não uso maquiagem normalmente.

— Disfarce?

— Lan Zhan, se lembra de minha irmã YanLi?

— Hn.

— Sim, ela é a noiva do príncipe daqui... – Virou os olhos. - Você sabe, claro, já que mora em Gusu... hahahahahaha... – Ele olhou-o ainda impressionado com a beleza e porte do amigo a sua frente. – Minha nossa, vocês dragões crescem muito, ainda lembro de Lan Zhan que era pequeno na altura de minha cintura hahahahaha... - Cruzou os braços e continuou a tagarelar. - Não é atoa que as moças que o príncipe rejeita logo arrumam marido, todos tão bonitos e super atenciosos, qual a moça que resistiria a tanto encanto? hahahahahaha... 

"..."

— Lan Zhan, falo sério. - Inclinou a cabeça para olhar a face do outro. - Já era um filhote de dragão muito bonito e agora um homem dragão ainda mais belo hahahahaha...

WangJi disfaçou virando o rosto para o lago, as orelhas pontudas ainda mais coradas quando ele falou:

— Wei Ying, como conseguiu entra em Gusu?

— Ah, então, Lan Zhan essa é a parte engraçada. – Levantou e se apontou. – Eu vim no lugar de YanLi, usando as roupas de noiva.

WangJi abriu ligeiramente os olhos surpreso e se aproximou mais de Wei WuXian.

— Wei Ying, se descobrirem...?

— Lan Zhan, eu nem quero imaginar, então agora mesmo estou tentando fugir antes que as servas que Lan XiChen enviou voltem para me levar até ele e contar o que fiz. – Inclinou para o outro e cochichou. – Elas disseram que o pior será com o ancião QiRen, esse não me perdoaria.

WangJi caminhou um pouco a frente e falou a ele.

— Não posso sair de Gusu, mesmo que pegue o meu amuleto, ele não funcionara.

— Por quê, Lan Zhan?

— O tio teme que o passado se repita.

— Ah! O passado, quer dizer quando nos conhecemos, certo?

— Hn.

— Você disse que voltaria para brincarmos... – Wei WuXian suavizou a face e sorriu baixinho. – Eu esperei, todas as noites frias por sua volta.

WangJi estava visivelmente emocionando com aquelas palavras, seus olhos dourados brilharam sutilmente conforme recordava. As lembranças que tanto lhe eram dolorosos, tinham aquele alento, afinal no dia que perdeu sua mãe foi o dia que conheceu Wei Ying.

Pier Lótus, 6 anos antes...

A nevasca fria assolava as terras de Yunmeng aquele ano, muitos diziam que havia algo sobrenatural assolando a região e que os céus estavam os castigando.

E com o frio que a morte chegou, foi com o frio que do céu caiu aquele enorme ser ensanguentado que se arrastou pela grande montanha de neve. Ferida a fera albina tentava inutilmente levar algo preso nos dentes.

— Encontrei! – Um discípulo do clã Wen voava em sua espada quando avistou o corpo do dragão se arrastando na neve.

Outros membros do clã, se aproximaram e rapidamente cercaram o animal que ferido continuava a lutar para se proteger. Batendo a longa calda, arremessou enormes blocos de neve conseguindo acertar alguns dos seus perseguidores.

A criatura continuou se arrastando conforme era atingida com diversas flechas que nas suas pontas queimavam o vermelho incandescente. Urrando alto o dragão branco já não tinha mais forças para se arrastar até a beira do lago, esticou a longa pata onde havia um cesto e o empurrou deixando cair nas águas frias e ser levado pela correnteza.

— Conseguimos!!! – Os cultivadores gritaram felizes com a presa que capturaram, era o prêmio de mais uma caçada noturna.

Na neve o rastro do sangue da enorme fera branca que em seu último suspiro olhava fixo no cesto que desaparecia no leito do lago que levava ao Píer Lótus.

*****

Na manhã seguinte a notícia correu todo o mundo da cultivação, o clã Wen havia abatido um dragão celestial. Todos estavam amedrontados com o fato de ser a fera que nunca deveriam toca.

— O clã Wen acredita que são os soberanos no mundo do cultivo sinto que teremos graves consequências com ocorrido na caçada noturna. – Jiang FengMian estava preocupado enquanto falava com Madame Yu.

— Esse inverno rigoroso só pode ter ligação com a caçada que os Wens vem fazendo atrás dos dragões. – Tensa com toda aquela situação a senhora Yu observava a montanhas de neve que se formavam em um vasto campo branco em todo Píer Lótus.

Jiang Cheng, Wei Ying e YanLi estavam sentados perto da lareira em suas almofadas tomando goles de sopa quando ouviram as preocupações de seus pais.

— Wei Ying, ouviu isso? Eles mataram um dragão branco. – Jiang Cheng soprou um pouco do caldo da sopa de lótus da colher.

— É ruim, se os dragões vierem se vingar? – Wei Ying olhava as labaredas que queimavam a senha cortada por ele.

— A-Ying... A-Cheng... – YanLi era a mais velha e serviu a eles chá. – Não devem se preocupar, logo nossos país terão uma solução.

Wei Ying pegou a xícara com o chá e tomou um gole. Jiang Cheng foi o próximo a ser servido. Ambos os garotos estavam um pouco preocupados, aquele ano iriam passar por treinos mais pesados para começarem a sair em caçadas noturnas. Afinal, tanto Wei Ying quanto Jiang Cheng entraram na adolescência e deveriam ser preparados.

— A madeira está acabando, vou buscar no galpão. – Wei Ying levantou e colocou seu manto de frio.

O galpão onde haviam estocado lenha ficava as margens do lago de lótus. O garoto saiu com o balde de madeira a mão, a neve aquele momento parecia dar uma trégua, facilitando para ele chegar ao local.

Wei Ying entrou no galpão e acendeu as lanternas só então, começou a colocar os tocos de madeira dentro do balde, em um dado momento ouviu um barulho, parou o que fazia para olhar o lugar, como o fundo do galpão estava escuro, resolveu voltar para pegar uma lanterna.

Voltando para os fundos do galpão, olhava todo local até se assustar com um vulto branco passar por ele. Um grito alto foi o suficiente para jogar a lanterna longe e correr para fora do galpão e fechar a porta.

Wei Ying estava assustado, porém ao mesmo tempo curioso, poderia ser algum animal que procurou o local para se esconder do frio ou uma entidade e até mesmo um ghoul aquático. Pensativo, decidiu voltar e caçar o quer que estivesse se escondendo dentro do galpão.

Wei Ying com 12 anos já era muito habilidoso com arranjos e talismãs, apesar de ainda não ter uma espada espiritual, conseguia se defender com o que conhecia. Era um desafio e criando coragem voltou a abrir a porta do galpão, tirou do bolso de seu robe um talismã de papel e fez ilumina-se. Lançou no alto do telhado e satisfeito por ter dado certo, repetiu algumas vezes o mesmo arranjo até que todo o lugar ficou iluminado.

— Muito bem, se estiver por aí, eu vou te encontrar... – Murmurou para si mesmo andando sorrateiro entre as pilhas de lenha cortadas.

Em todo canto, Wei Ying olhou, até que mais perto da baia que ligava o galpão ao lago de lótus viu um cesto enorme de palha, estranho a primeiro momento já que não havia visto antes aquele objeto. Aproximando lentamente levou outro susto quando o cesto balançou. Havia algo dentro e estava tentando se esconder. 

Wei Ying pegou um pedaço de lenha e encantou-o com arranjo para acertar o que estivesse naquele cesto e tão logo levantou a cabeça para olhar dentro, a criatura gritou assustada. O ser que estava dentro do cesto estava encolhido e tremia muito. Enrolado com a calda em volta de seu pequeno corpo alvo o ser choramingava.

Wei Ying voltou à beira do cesto esgueirando e olhou para a criatura. Era diferente e lembrava um menino.

— Ei... Você?! - Falou sussurrando com o garoto.

O ser estava encolhido e cobria o rosto com os braços, ao ouvir o outro se encolheu no fundo do cesto.

— Ei, garotinho, você está bem?

Wei Ying não conseguia se aproximar, notou que a perna do menino estava ferida, suas roupas brancas estavam molhadas e manchadas de sangue.

— Garotinho, está ferido?

Esperou alguns segundos e como não recebeu resposta levantou e ficou parado de frente ao cesto pensativo.

— Eu já volto.

Wei Ying correu para fora do galpão levando o balde de madeira carregado de lenha, chegou na sala principal e deixou ao lado da lareira. Sorrindo disse a todos que iria para seu quarto descansar e praticar cultivação.

Ao entrar no quarto, procurou por roupas secas e mantas fez um amarrado e pendurou pela janela, voltou para fora e olhando todo o lugar para ver se não vinha ninguém, satisfeito por está sozinho saiu da residência e ao passar por sua janela pegou o amarrado com as roupas, juntando na sacola que haviam medicamento, faixas e panos limpos.

Pouco depois, entrou no galpão e acendeu novos talismãs, caminhou até o cesto e parou para olhar dentro. Estava vazio, virou o corpo olhando tudo em volta, começou a chamar pelo garoto.

— Ei, garotinho apareça eu não vou te machucar... – Wei Ying parou e sorriu consigo. – Que tal em vez de eu ficar aqui atrás de você, esperar vir até a mim... – Assim caminhou pelo corredor e colocou a sacola no chão e abriu tirando de dentro as roupas secas e alguns bolinhos de arroz e algas.

Abriu uma manta no chão de madeira e colocou no centro a comida, sentou em seguida esperando até o garoto aparecer. Brincando com um dos amuletos de sino ouviu um barulho e ao olhar notou o pequeno rosto entre as colunas de madeira, olhava para ele e depois para o alimento na toalha.

— Pode vir, trouxe para você. – Sorriu para o garoto. – Eu não vou te machucar, está com fome?

Os olhos dourados do garoto focavam o prato com os bolinhos, era nítido que estava faminto, mas ao mesmo tempo arisco e assustado, voltou a se esconder entre as madeiras.

— Vamos fazer assim, eu saio de perto e você pega os bolinhos, certo? – Wei Ying levantou e afastou-se da manta e ficou de longe observando.

O garoto voltou a olhar para ele de trás das madeiras e caminhou mancando da perna até chegar na toalha, abaixou com dificuldade e pegou vários bolinhos colocando na boca um atrás do outro.

— Nossa, você realmente está faminto. – Wei Ying começou a se aproximar lentamente enquanto falava com o garoto. – Olha só, você tem chifres e calda, isso quer dizer que é um dragão.

Assustado o garoto largou os bolinhos e tentou se afastar, mas sentiu a perna doer e caiu. Wei Ying, rapidamente baixou ao lado dele e tentou acalma-lo.

— Esta tudo bem, não vou machuca-lo eu só quero te ajudar. – Pegando o remédio de dentro da sacola mostrou ao garotinho. – Eu trouxe remédio.

O filhote de dragão levantou a cabeça e olhou para o remédio e depois para Wei Ying, dessa vez ele não fugiu.

— Muito bem. – Wei Ying virou-se e pegou mais bolinhos entregando para o filhote. – Coma mais, deve está fraco. – Olhou para a perna ferida. – Posso passar o remédio?

O filhote pegou o bolinho e levou a boca, dessa vez ele mordeu uma pequena porção e mastigou mais devagar. Balançou leve a cabeça para o outro passar o remédio.

Satisfeito, Wei Ying prontamente rasgou a calça que estava manchada de sangue seco e começou a aplicar na perna unguento em tom claro na ferida.

— Viu só, nem foi tão ruim. – Olhou para o filhote e sorriu animado. – Você entende o que falo, deixa eu me apresentar, sou Wei Ying e qual é seu nome?

— Lan Zhan... – Sussurrando seu nome o filhote olhava para Wei Ying com curiosidade.

— Lan Zhan hahahahaha... Que maravilha, vamos ser amigos e pode ficar despreocupado eu cuidarei de você. – Wei Ying colocou a mão sobre o peito firmando aquela promessa.

Aquela recordação WangJi carregava em seu coração durante todos aqueles longos seis anos. Olhando para o atual Wei WuXian ali ao seu lado mal podia se conter, afinal diante dele estava o motivo de todas as rejeições de futuras esposas. Wei Ying estava justamente na posição que a elas competia.

"Não se preocupe Wei Ying, mesmo que não possa voltar, eu cuidarei de você."

Continua...

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