Kepus Por Escolha
Em homenagem ao Dia dos Pais, eu trago aqui a relação mais forte de pai e filho que essa história terá!!!
Desejo a todos um feliz dia dos pais, e lembro a muitos que mesmo aqueles que não tiveram pais presentes; nossas mães também são pais.
Beijos,
Desejo uma ótima leitura.
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Andando ao redor do rio das Águas Sangrentas, um dos rios mais próximos do Castelo, Alexios refletiu pensativo sobre sua vida e seu futuro.
Havia tido uma discussão forte com seu kepus após um desentendimento com sua mãe.
Ragnar e ele haviam brigado, alguns garotos não estavam satisfeitos por um bastardo recebendo uma adaga de aço valíriano, e então tentaram lhe tirar.
Ele não era tolo. Mais do que sabia se defender. E os guardas que ficavam a suas costas não ficariam parados também, sabendo que suas cabeças estavam em jogo.
Ainda assim tentaram o pegar, no pátio de treinamento junto a Ragnar. Seu primo o defendeu, e ambos acabaram apanhando, mesmo sendo muito bom, não era uma luta justa oito contra dois.
Eles foram longe demais quando um deles pegou um martelo para os atingir. Outro pareceu recobrar a consciência e tentar impedir, mas seu primo acabou sendo acertado no meio da luta.
Uma grande confusão se seguiu disso, seus guardas o tiraram de lá rapidamente enquanto sor Amund levava Ragnar ao curandeiro.
Os meninos foram levados para Kepus, mas isso não mudou o resultado final. O martelo atingiu a coluna de seu melhor amigo, e ele agora ficaria preso a uma cadeira eternamente.
Seu pai enviou os três garotos mais velhos foram mandados para a Baía Sangrenta, a margem da ilha de Tyria, onde pagariam suas penitência cuidando dos dragoes selvagens na ilha desabitada. Só havia uma pequena construção onde dormiam e comiam, e mais nada a existir na ilha.
Embora não tido, todos sabiam seu verdadeiro fim; a morte. Afinal a alimentação dos dragões eram feitas por caça deles mesmos e não havia carne, isso sempre terminou da mesma forma, todos mortos. Contato que a última notícia que tinham foi que a construção havia sido afetada pela aproximação de um dos dragões.
Eles estavam mortos. Nem mesmo havia uma chance de fugir pois após sua chegada, o barco voltava com o soldado e marinheiro que garantiu suas chegadas.
Três outros, que tinham entre dois e dez dias de nome, e três e dez dias de nome, foram mandados para a jaula.
O último, que tinha a mesma idade que eles, foi forçado a see assistente do curandeiro durante toda a recuperação de Ragnar e também se tornaria seu apoio depois, atuando como um empregado direto dele.
O castigo foi brando, mas principalmente pois foi ele quem tentou impedir o outro de usar o martelo, e mostrava verdadeiro remorso.
Ainda assim, nem tudo ficou bem e a relação entre eles ficou fraturada. Alexios tentou se aproximar do primo, mas tudo o que recebeu foi gritos de culpa e choro.
"isso é culpa isso. Sua, seu maldito bastardo."
"Eu...eu... nao queria isso, juro que não..."
" Eu te odeio. Te odeio seu bastardo. Eles tinham razão, pessoas como você são amaldiçoados e destroem tudo o que tocam. Eu quero que você morra!"
Eles não se falaram desde então.
Sua mãe o lembrava que não foi culpa dele, que os verdadeiros culpados já foram punidos. Mas Alexios não conseguia esquecer o grito de dor de seu primo quando tudo aconteceu. Como ele foi o primeiro a ser acudido quando ele era claramente pior.
Observando o rio vermelho de águas ferventes, ele lamentou mais uma vez quem ele era.
Isso o deixou mal, e mesmo quando sua mãe o consolava nada o ajudava. Isso só piorou, porque irritado, insultou sua mãe, afirmando que era culpa dela ele ser conhecido como um maldito bastardo.
Ela não o castigou, nem gritou de volta. Foi seu kepus quem o chamou, quem gritou e o comandou a ir para o escritório.
Algo que nunca aconteceu antes.
Foi sua mãe o defendendo, e afirmando que isso não foi nada demais que ele percebeu seu erro. Ele atacou a única coisa que estava firmemente ao seu lado. Mais do que seu kepus ou seus irmãos, do que qualquer outra pessoa.
Com raiva de si mesmo, ele correu enquanto chorava, ignorando os gritos preocupados de sua mãe.
Ele correu e correu, seguiu para longe, irritado e triste consigo mesmo. Chateado e irado. Talvez ele realmente fosse isso, um bastardo selvagem. Um inútil, imprestável...
As lágrimas escorriam atrapalhando seu caminho enquanto corria em meio a mata até ali, onde parou e sentou-se de joelho chorando e com sua voz engasgando com sua própria saliva e dor.
Poderia parecer pouco para muitos. Que ele tem mais sorte do que consegue ver. Ser criado ao lado de seus irmãos legítimos, tratado com a mesma deferência, poder e proteção.
Mas o que é tudo isso diante das zombarias, dos constantes maus-tratos escondidos e da solidão interna. Não importa o quanto ele tente, isso nunca vai embora.
E foi assim que seu kepus o encontrou. Com sua toga branca imunda por terra e lama, com lágrimas e ranho manchando seu rosto. Com seus olhos lilases dolorosamente vermelhos.
O homem suspirou, andando lentamente em sua direção, antes de simplesmente cair sentado ao seu lado.
" Sinto muito por ter gritado com você."
" Eu... eu mereci... me desculpa kepus, desculpa..."
Ele voltou a chorar, principalmente quando foi acolhido pelo homem, que praticamente o colocou em seu colo, mesmo aos doze dias de nome, e o acalmou gentilmente.
" Respire, respire. Esta tudo bem filho, está tudo bem..."
" Mas... mas eu..."
" shi...shi..." Ele o abraçou, o aconchegando em seu peito como uma criança pequena. " Eu sei. Eu sei, é terrível como se sente, mas você não está sozinho Alexios, só precisa abrir os olhos. Veja e entenda que todos nós estamos ao seu lado. Eu estou ao seu lado garoto, você pode não ter sangue, mas é meu filho em tudo o que importa."
Ele chora mais, sentindo seu peito arder e sua cabeça latejar. Sentindo uma pressão invisível sair de seus ombros enquanto ouve essas palavras com tanta clareza.
Seu coração estava ferido e partido, dolorido por todas as provações, mesmo as mais pequenas, que precisou enfrentar durante todos os seus anos de vida. Mesmo que seus pais o defendessem, mesmo que seus irmãos o vissem como parte deles e não só meio, ou como um intruso, era tão... doloroso.
" Posso te dizer algo?"
Kepus disse, não o olhando, mas apoiando seu queixo em sua cabeça, ele suspirando em meio aos espaços pós chorou enquanto assente.
" Sabe qual foi o único pedido de sua mãe quando conversamos, antes de nós casarmos?" Ele negou. " Sua mãe me jurou dar o dobro filhos homens por você, ela sabia com todo o seu ser que seria um menino, e jurou que ele seria o mais amável e gentil entre todos. Que seria um guerreiro temível e um jovem incrível."
Alexios se afastou, olhando para seu pai. Ele não sabia disso. Nunca iria imaginar sua mãe fazer isso por ele.
" Afirmei que não precisava, que não me incomodaria em ter ou não mais filhos. Quando ela teve Polirys, ela jurou imediatamente que me daria um filho homem assim que os curandeiros a cuidassem, eu me recusei, afirmei que não estava com problemas. Isso não era importante psra mim, já tinha tudo o que poderia desejar. Mas ela persistiu, ela jurou e cumpriu cada uma de suas promessas... cada uma. Ela afirmou, quando chegou aqui, que não se incomodaria como fosse tratada, desde que você fosse protegido e cuidado. Sua mãe luta por você desde antes de você nascer Alexios, e eu te gritei, te repreendo não por qualquer coisa, mas porque a cada vez que você se chama de bastardo, que aceita o desprezo e se sente menos, você está desperdiçando cada pequena e grande ação da sua mãe. Toda a luta que ela fez por você rapaz."
" Eu não queria... eu só... às vezes é demais... e não desejava ser visto assim."
" Eu sei, mas ao invés de se encolher, então dei-lhes motivos para o ver como algo além. Você é um dos melhores escudeiros de toda a Valhalla Negra. É um dos mais inteligentes aprendizes e o mais prestativo."
Ele afirmou, o segurando pelos ombros gentilmente enquanto o encarava seriamente.
"Você não poderá se encolher e fugir sempre, meu filho. Você precisará aprender a lidar com isso de frente. Todos, em algum momento, vão querer te desmerecer. Você é quem tem que se negar a receber e aceitar isso."
Alexios fica mais um tempo nos braços do seu Kepus, pensando e refletindo nas palavras que ouviu.
" Não importa o que digam Alexios. Você é meu filho, isso é tudo o que importa."
Assim, quando finalmente de pé, seguindo de volta para o castelo segurando a mão do seu pai, ele entendeu que realmente nao deveria, ou precisava, pensar menos de si mesmo.
Ele era quem era.
Filho de sua mãe.
O Escolhido por seu Kepus. Que não era seu pai de sangue, mas era melhor, porque o escolheu.
Ele poderia não ser um Nohaelor de sangue. E nem mesmo um Targaryen, mas ainda assim ele era Alexios, filho de Rhaera Nohalor, nascida Targaryen e Velaryon, Descendente da Velha Valíria e Sangue do Dragão.
Ele não iria mais se vitimar e aceitar o que os outros o impunham. Não. Ele faria seu próprio caminho, seria alguém de sua própria escolha. Seria grande.
Será o orgulho de sua Muña.
De seu Kepus e dos seus irmãos.
Acima disso, será grande psra provar a todos que ele era mais do que um simples bastardo, inútil, imprestável ou mimado.
Ele era ele mesmo, e faria seu próprio sobrenome!
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