Dragões

Olha pessoal. Tudo bem?

Alguém lê isso? Porque esta tendo pouco movimento e estou com receio de continuar e acabar "perdendo" meu tempo quando podia estar elaborando mais os outros, oh criar uma versão mais curta dessa.

O que acham?

Preferem que retire?

@JulianyNeriFerreiraR e @VitoriaaSantos7?

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“ Você sabe, meu ovo também nunca chocou…” Comentou ela gentilmente,  entrando nos aposentos do filho mais velho.

Geralmente seu filho não ligaria tanto para a falta de dragão, pelo menos tentaria nao demonstrar isso abertamente, mas com o novo ovo de sua irmã finalmente chocando, e Yraelys mostrando uma boa relação, e conexão, com um dos dragões selvagens que mais se aproximava da ilha, sabia que o mesmo retornaria com o desejo de ter uma das magníficas criaturas.

Amante de toda a história e cultura valiriana, não era do mais incomum o seu desejo. E no fundo, ela também tinha o mesmo.

Mesmo com seu estagmatismo como bastardo nem ela e nem mesmo Eamon tiveram problemas em lhe dar um ovo de dragão no berço. Esperavam com todo o fervor que chocasse, mas não foi o caso.

O ovo em cor cobalto é cobre vívido simples endureceu mais a cada lua, e esfriou completamente com o passar dos anos.

Havia dragões selvagens e alguns ovos sob o domínio dos Nohaelor's, todos aqueles eram muito bem cuidados e protegidos.

Seus três primeiros filhos receberam ovos de berço, enquanto os gêmeos, eles decidiram esperar até seu primeiro dia de nome, por conta da baixa quantidade.

O ovo de Yraelys nunca esfriou, mas também nao deu nenhum sinal de chocar nos últimos dez anos.

Polirys teve um segundo envolvo após sentir uma conexão profunda com o ovo mantido no templo da deusa Shrykos, era um ovo negro com escamas esporádicas em um tom de púrpura escuro, que se tornava novamente preto. O ovo chocou menos de duas luas depois.

O ovo dela, que virou pedra, foi enviado ao templo psra ser protegido e servir em homenagem aos deuses.

Os gêmeos então receberam seus ovos em seu segundo dia de nome. Um ovo branco perolado que lembrava cristais e vidro de dragão, enquanto outro era um dos mais escuros tons de prata e aço.

Ambos eclodiram em seu quinto dia de nome, a um ano. Ainda eram pequenos, embora o ato de crescerem livres ajudasse em seu desenvolvimento, os deixando já alcançar o tamanho de um cachorro menor.

Um filhote de escamas cinza esfumaçadas que mudam para uma prata brilhante e chifres de obsidiana, olhos dourados como estrelas espreitando através de nuvens escuras de tempestade, o outro, uma bela dragão pintada com o mais brilhante cobalto e o mais puro cobre, com um coroa para combinar e olhos de um azul impressionante. Gaelithox e Moonlight.

Sendo assim, era compreensível a tristeza de seu filho, pois Rhaellar não tinha um dragão, mas seu ovo ainda estava quente e mostrava movimento, enquanto seu filho estava em seu terceiro ovo e nada aconteceu.

“ Precisei reinvindicar Canibal. Alguns são simplesmente assim, precisam provar seu valor, e conseguir algo maior.”

“ Acha que eu posso?” Perguntou claramente ansioso, segurando o ovo frio em suas mãos. “ Mesmo com…”

Ele não precisava terminar. Rhaera respirou fundo enquanto entrará mais no quarto, se aproximando de um dos triclinum, sentando-se enquanto o chamava para seu lado.

“ Você mais do que todos têm esse direito. Não importa o que os outros pensem. Você é o sangue da antiga valíria. Fogo corre em suas veias, e tenho certeza que o dragão que o merece esta esperando por você. E será grande e poderoso.”

Alexios observa a mãe com determinação, uma admiração mal escondida e excitação em seus olhos. Pois ele acredita nela, sua mãe nunca mentiria para ele, nunca o fez.

“ Conta a história de como reinvindicou Canibal, por favor?”

Rhaera sorriu ajeitando-se no sofá e pegando a mão de seu filho e a colocando em seu colo enquanto acariciava-lhe.

“ Eu tinha oito dias de nome. Havia nos mudado a pouco para Dragonstone, uma ilha que era o assento de herança da Princesa Rhaenyra, era uma demonstrando de seu título como Herdeira do trono de Ferro. Eu ainda estava chateada por conta de uma brincadeira que os meus irmãos,  os príncipes Jacaerys e Lucerys haviam feito junto com nossos tios, o príncipe Aegon. Eles haviam dado a mim e ao nosso tio do meio, Príncipe Aemond, um porco com asas de papel, já que não tínhamos dragões como eles.”

‘ Isso não é brincadeira. É humilhante. Eles só apontaram uma ferida que vocês compartilhavam.”

“ Infelizmente crianças não veem dessa forma, querido. Contudo, é sim triste, pois além de só ter fraturado a já tensa relação que tínhamos com nossos tios, que tinham idade próxima a nós, também me machucou na confiança que tinha em ambos. Embora nunca tivesse admitido isso em voz alta, ser a única filha da princesa sem um dragão era algo… incômodo, me deixando realmente triste e irritada. Assim como você, eu era a que mais me dedicaria aos estudos, as histórias da antiga valíria e seus costumes, não achava justo todos terem um dragão menos eu. Então…quando nós mudamos para Dragonstone, fiz o impensável e passei a procurar os dragões selvagens, ovos e qualquer filhote que pudesse me aceitar."

Ela acariciou s rosto.

" As zombarias, mesmo de crianças, podem ser cruéis, eu sei, e é muito difícil simplesmente ignorar isso o tempo todo. Acabei ouvindo quando um dos guardiões de dragões avisaram a princesa Rhaenyra, que Cabinal parecia…estranho, e possivelmente poderia ter colocado ovos no monte de dragão, do outro lado da ilha. Confesso que foi uma ideia impensada, tola e extremamente arriscada, mas pensei que poderia pegar um dos ovos e o substituir pelo meu ovo frio. Peguei um dos cavalos mais rápidos do estábulo e guardei o ovo de pedra em uma bolsa de couro forrado, antes partir.”

Ela continua, mudando suas carícias para os cabelos claros e levemente ondulado do filho.

“ Devo ter me perdido umas cinco ou dez vezes, cai do cavalo duas e havia me machucado já, mas nos dois não somos conhecidos pela desistência, não é?!”

Afirmou rindo com seu filho pela característica compartilhada de ambos. A teimosia.

“ Continuei e quando cheguei ao Monte Dragão onde estaria os ovos de Canibal, tinha certeza que conseguiria. Não havia pensado nos riscos, nem mesmo avisado alguém, o que foi extremamente tolo e perigoso, sim… mas então percebi que meu maior desafio não era chegar até ali, era subir a montanha íngreme e esgia até lá em cima, deveria ter por volta ds dezoito ou vinte metros de altura. Ainda assim tentei, amarrei meu cavalo a uma copa de árvore e comecei a escalada. Isso foi verdadeiramente estúpido e embora tenha conseguido um dragão, admito que nunca deveria ter feito. Cai pelo menos umas oito vezes e quebrei meu braço, mas minha vontade de ter um dragao, de não ser mais considerada uma estranha me movia com mais força e continuei. Embora tivesse saido no começo do raiar do sol, acreditando que voltaria antes do almoço, ja se passava do meio da tarde e sol estava próximo de se pôr quando finalmente cheguei no topo. Machucada, suja e desajeitada, mas com uma vontade enorme. O que não pensei foi que encontraria Canibal lá. Tolice da minha parte invadir um ninho de dragão acreditando que não o encontraria, mas ele era conhecido como o carniceiro não era a toa, e além de comer ovos de dragão, era de conhecimento geral que ele atormentava e poderia engolir outros dragões menores. Foi quando então percebi onde estava, com a incrível fera de olhos verdes e corpo preto, com dentes afiados manchados de sangue e garras longas. Ali sabia que não conseguiria sair com um ovo novo, mal era garantido que sairia com vida. Havia tentado pensar em diversas formas de sair correndo, mas além da morte certa de pular dezoito metros até o chão, não havia muitas escolhas. Quando então ele se mostrou agitado e ergueu-se pensei em todas as aulas e instruções que os guardiões de dragões e meus pais teriam nos passado. Como um último recurso, após tentar cantar as músicas de antigos cavalheiros valirianos e também recusar devagar, sem lhe dar as coisas, o que só o erriçou mais, então lentamente retirei o meu ovo de dragão frio e o ofereci, como uma oferta de paz…”

Rhaera lembrava-se do dia com um sorriso ambíguo no rosro.

“ Canibal devorou o ovo na minha frente, despedaçando-o sem qualquer cerimônia, o que no fundo me deixou triste pois além de não conseguir um novo ovo, nem mesmo tinha o meu de infância. Acho que talvez tenha sido essa a nossa primeira ligação. A ideia de solidão, de sermos diferentes dos outros. Canibal não era próximo de nenhum outro dragão por seu temperamento, enquanto eu… bem, mesmo sendo filha de uma princesa, não era vista melhor do que qualquer senhora de uma casa menor, pela falta de dragão. “

“ Isso é ridículo. Eles são estúpidos.”

Ela sorriu acariciando seu rosto levemente enquanto o beijava na testa.

“ Canibal não reagiu furiosamente como o esperado, mas quando tentei seguir para trás, pareceu extremamente irritadiço. Foi quando ele se contornou e afastou o rosto, deixando sua curvatura a mostra que comecei a perceber, quase não acreditei, e foi quando bufou perigosamente descontentes que me fez reagir e aproximar, mesmo temerosa. Foi quando Canibal alçou voo que entendia a sensação libertadora e imponente de eatae nos céus. De ter um dragao. Ver toda a ilha, aa pessoas, construções e mar do céu era uma sensação incomparável… era… livre."

Rhaera afirmou, perdida em memórias antigas.

"Embora extremamente difícil, já que não havia cela ou cordas de segurança. E com um braço quebrado, me segurar se provou uma tarefa quase impossível, e no entanto Canibal parecia perceber a necessidade de ser mais calmo e devagar. Quando poussamos, na frente do castelo Targaryen, após o circular duas vezes anunciando nossa chegada, foi para encontrar desde empregados, lordes, visitantes, comerciantes e a família toda ali, nos observando chocados e chocados. Foi provavelmente um dos melhores dias da minha vida, mesmo com todos os ferimentos e castigos por fugir e me aproximar de um maldito dragão selvagem e temperamental. “

Ri largamente com as lembranças.

“ Fiquei dois meses com o braço imobilizado e todo esse tempo não podia voar, mesmo que fosse o mais forte e puro desejo do meu coração. Ainda assim, tinha aulas de comando de dragão e de valiriano, os guardiões me ensinavam não só os comandos, mas dicas de como lidar com o temperamento hostil de Canibal. Ele era quase impossível de me ouvir no começo, e colocar uma cela nele foi talvez mais difícil do que o reivindicar. Mas ele era meu, e eu sou até hoje dele. Sempre senti como se fosse uma parte de mim que havia faltado até então…”

Terminou com um sorriso leve e sobrancelhas arqueadas.

“ Você se vingou da brincadeira, não é? Fez Canibal os assustar?”

Rhaera riu da única informação que seu filho achou importante guardar na história toda, mesmo que nao fosse a primeira vez que ouvia.

“ Na verdade não….” Alexios a olhou desacreditado e com o semblante vazio, a fazendo rir. “ Canibal pode ou não ter aparecido nas praias e docas toda a vez que um dos príncipes estavam lá. Só…. Uma coincidência, é claro.”

Ambos riram forte então, animados pela história e lembrança.

“ Agora cama… você precisa estar bem descansado para iniciar o dia. E lembre-se,  nem todos estão destinados a nascer com um dragão, mas todos temos a chance de provar nosso valor e conquistar um. Não se preocupe, sei que terá um dragão um dia, e será tão especial e forte quanto você, ñuha zaldrīzes…”

Ela o levou até a cama larga e cheia de tecido e almofadas. Com o constante clima quente, peles não eram um gasto necessário na ilha, o que ajudava na economia local.

Deitado, ela o acariciou o rosro gentilmente e lhe beijou na testa.

“ Bons, sonhos, meu dragão. E que Ēdreus cuide de você e o trate com bons sonhos.”

“ Igualmente,  Muña. Bons sonhos.”

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