Deveres

O olhar se dirige a um horizonte distante, quase como se buscasse o abraço das sensações de recordações doces e protetoras.

Um xale de seda, que uma rajada de vento preenche como uma vela, emoldurava seu rosto. O tecido teria voado para longe se não uma tivesse no lugar com um gesto decidido da mão.

A fraca a luz do Amanhecer não define seus contornos. E seria impossível, sua beleza na verdade é contada por milhares de pequenas latojas de pedra que compõem suas formas sinuosas no centro de uma sala.

É o som de uma vestes finíssimas que se aproxima, tocando o piso ponto de repente para ir com a delicadeza de uma pluma, repousa um pé pequeno e bem cuidado.

Demora um instante sobre o mosaico, então prossegue pela sala sem fazer barulho, acompanhando apenas pelo favalhar das vestes que toca o chão.

A cada passo a vestimenta branquíssima balança, Seguindo os movimentos do corpo como um dançarino agarrado à sua amada. Quem dirige esse movimento cadenciado são os quadris, que afloram por um instante da brancura da túnica como flores de lótus na superfície da água, para depois submergir e sumir, deixando aos longos pisados apenas poucos instantes para restabelecer sua organização elegante.

A túnica parece flutuar no semi escuridão do Corredor, Só poucos fachos de luz cortam a penumbra, projetando de forma ritmada o brilho das vestes sobre os afrescos nas paredes, é uma carícia luminosa que toca as pinturas, leve como uma nuvem ponto segue na direção de uma janela distante, e a figura destaca-se contra a luz. A túnica então parece dissolver-se, transformando-se em uma auréola brilhante ao redor do corpo que envolve.

O corpo de uma jovem mulher de pouco mais de seis e vinte dias de nome, levemente alta, esbelta na medida certa, mas com formas muito sinuosas. Cada movimento dela sussurra uma indefinível combinação de harmonia, curvas e elegância, dando vida a uma profunda sensualidade.

Seus passos lentos e o desenho dos quadrinhos contra o céu fazem o resto. O fascínio dessa mulher é tão impalpável quanto o rastro de perfume que deixa atrás de si. E, assim como os perfumes, seu verdadeiro segredo, mais do que em sua beleza, reside nas Sensações que evoca em quem se aproxima. Um segredo que ela aprendeu a dosar e utilizar com uma estria.

Pois ela é Rhaera, filha da Casa Targaryen.

Senhora Nohaelor.

Descendente da Antiga Valíria.

Cavaleira de Dragão.

O amanhecer imunda de luz o castelo de Valhalla Negra, assim como toda a terra do Mar Fumegante. E anima e anima suas cores, aquele véu cinza azulado que envolvia desde Aurora desaparece aos poucos deixando o emergir vermelho dos telhados ponto nessa primeira respiração do dia as terras áridas surge como uma revolto, uma extensão infinita formada por ondas que corresponde a edifícios de alturas diversos com terraços distantes, lucarnas e verdadeiras escadarias de telhados como se fossem colinas. Aqui ali como flores em uma pradaria destacam-se os cumes verdes e escuros dos antigos templos dos Deuses valerianos negro e bronze dourado que já oxidou.

Por todos os lados levantam-se pequenas colunas de fumaça branca no ar fresco, sinal de que alguém acendeu uma lareira para parar uma refeição para Celebrar rituais nos antigos templos, para acender os grandes fornos das termas ou simplesmente para começar o trabalho nas oficinas.

Os muros ao redor trabalhados em tijolos mármore e pedras vulcânicas, assim como vidro de dragão, em momentos como esses, com o sol, iluminasse, revestindo a cidade de luz natural. Uma luz que desce aos poucos pelos becos ainda imersos em semiescuridão, como um vapor luminoso.

A mulher observa a cidade ganhar vida ao seu redor ainda pensando sobre todo o trajeto feito até ali, e tudo que ainda será feito em diante. Projetos,  planos e idéias são trazidas e executadas quase todos os dias, as terras, conhecida como Principado de Valíria não parava em mudanças e crescimento.

E neste momento ela lembraria das grandes diferenças entre sua terra natal e seu novo lar.

Onde em Westeros havia constantes lutas entre lordes de grandes e pequenas casas, onde somente aqueles em alta posição ficariam satisfeitos com o que tinham, embora sempre procurassem mais, deixando o povo em mejo a fome, dor e sujeira, em Valhalla Negra, crescia com os povos satisfeitos e bem cuidados, senhores conscientes e inteligentes e terrras independentes e autossuficientes.

Grandes exemplos Claros entre westeros e Valhalla Negra era a higiene do Povo a água, como uma necessidade básica. Em suas terras dificilmente existe como um bem privado, ao invés de suas terras natais, ela é um bem público de larga de fusão e disponibilidade; nunca falta. No entanto, é preciso descer ao nível da rua, onde nós vemos diante de uma milhagem de fontes públicas estratégicamente posicionadas. A distância entre elas nunca é grande demais para não fazer com que aqueles que enchem baldes e jarras com a finalidade de levar para casa precisem andar muito; um sistema capilar de distribuição que satisfaz a sede da maior cidade.

Algo extremamente difícil de ser elaborado e tem sido uma grande conquista que os Nohaelor's levaram com orgulho,  Afinal viver em terras conhecidas por Mares Sangrentos terras áridas e fumegantes, não era de facilidade lidar com a distribuição de água natural e utilizável a todos.

Em um respiro satisfeito, sua Persona se vira e segue de volta para dentro do Castelo, agora percorrendo um grande corredor entre duas aulas de Guardas que se inclinam silenciosamente a sua passagem esta se a reapropriando desses espaços tão queridos, com os cheiros, os sons, a luz…

Seguindo em direção a ala de seus filhos, observa as pinturas elegantemente elaboradas com tintas a óleo, esculturas rupestres de dragões, tapeçarias delicadamente descidas retratando a história da antiga valíria.

O orgulho de suas ancestralidade clara e declarada a todos que possuem olhos.

Aproximando-se dos apartamentos particulares de seus filhos observou os empregados irem e virem entre seus afazeres.

Havia dois andares entre os aposentos de seus filhos, e outros do castelo. Com os quartos de Senhor e Senhora sendo os mais altos e protegidos, chamados de ala Púrpura, os apartamentos do Herdeiro um andar abaixo, na ala Obsidiana, e então a dos segundos filhos, e a seguir os lordes visitantes e outros familiares, nas alas Realgar, Orpiment e Azurita. Os empregados ficavam na ala Malaquita, no andar mais baixo.

Seguindo seu caminho, observou com um sorriso que os apartamentos de Alexios era o mais movimentado, com empregados já lhe trazendo baldes de águas ferventes para um banho.

Seu precioso filho mais velho era provavelmente seu maior orgulho, e não se deixava levar por falácias ou mentiras, pelo menos não mais.

Ele ainda era um menino, mas crescia mais a cada dia, se tornando um homem forte, inteligente e perspicaz.

Ela o deixou consigo mesmo para se aproximar e se dirigiu aos aposentos da filha. Seus três filhos mais velhos dividiam a ala obsidiana, mesmo somente Polirys e Yraelys tendo o suposto título de herdeiro.

Os Nohalor não seguiam as tradições andalas da sociedade, e escolheram permanecer com a difusão de primogenitura absoluta como Valíria, assim, sua filha era a Herdeira, e Yraelys sendo o seu herdeiro até que ela cresça, seja estabelecida como Herdeira e tenha seus próprios filhos.

Mas nem tudo era tão fácil assim, embora sua posição seja segura, Yraelys também era herdeiro, com o Principado de Valíria sendo dividido em Oros e Tyria, mesmo que a última seja desabitada.

Além disso, não era incomum irmãos se casarem e assim ambos permaneceriam juntos

Isso no entanto levantava outra questão em sua mente, a fazendo suspirar. Rhaera não era tola, via os olhares trocados por Alexios e Polirys, assim como suas poucas carícias gentis e amigáveis.

Agora não passava de amor gentil e fraterno, mas claramente havia chances de evoluir e a mesma não sabia o que fazer com isso.

Embora em Valíria o sinônimo de bastardo não fosse algo tão arrisco e insultante quanto nos dias atuais, era claro que muitos não ficariam satisfeitos. Além disso, ela não se enganava sobre o interesse de Yraelys em comandar Valhalla Negra, e por assim precisar se casar com sua irmã.

Ela não queria brigas entre seus filhos, mas não deixava de pensar que olhar para seus dois filhos mais velhos juntos era como olhar para um passado que não foi. Com ela e Jacaerys.

Ambos extremamente parecidos uns com outros. Por mais que tentasse evitar pensar nisso, era praticamente impossível.

Seu filho crescia a cada dia para ser ainda mais parecido com o seu pai, o de sangue, embora com os cabelos claros característicos e seus olhos. Todo o resto era de Jacaerys, e ela não deixou de pensar que se amaldiçoou quando afirmou que o menino seria parecido com ele, provando sua paternidade.

Até em temperamento eram parecidos, quietos e tímidos, dedicados, preferindo ações as palavras, mas que também poderiam explodir quão se sentiam verdadeiramente insultados por aqueles que amava.

Não levantaria um dedo para se defender, mas se alguém acusa-se alguém que detinha sua lealdade e amor, seu filho lembraria a todos que tinha o sangue do dragão em suas veias.

Suspirando, entrou nos apartamentos de sua filha.

Os quartos de Polirys estão repletos de faixas de seda púrpura, pêssego e branca. Dos triclinum acolchoados às pesadas colchas forradas de pele e enormes travesseiros perto do fogo.

Ela viu a Ama espiando da sala ao lado e fez uma pequena reverência em saudação, com um sorriso no rosro.

Rhaera compreenderia muito bem tal alegria. Muitas vezes viria verificar seus filhos durante a noite, e a última vez que visitou-a, tarde da noite, ela ainda estava ligeiramente acordada e levaram horas para fazê-la dormir novamente. Ate entao, Polirys a convenceu a encomendar-lhe um guarda-roupa de roupas totalmente novo com tecidos de Myr e Naath, com mais joias do que provavelmente usaria em vinte anos e um conjunto de roupas de montaria em couro aveludado roxo real.

Assim, ela poderia entender o sorriso contido da mulher em só lhe ver neste momento. Até seu marido estava satisfeito por suas andanças não acordar seus filhos depois que Yraelys foi prometido a uma águia real dornesa e os gêmeos foram prometidos a receber cavalos da areia, um rebanho para ser mais exato.

Sua filha estava ainda despertando, sentada em meio aos lençóis da cama, com os cabelos grossos e negros ondulados até próximo dos bustos e olhos ametistas vibrantes ainda desconectados, a fazendo rir.

Tirando Alex, nenhum dos seus filhos parecia ter puxado sua característica matinal. Se fosse por eles e seu marido, o dia só começaria após o meio dia.

“ Rytsas…” (Olá.. )

“ Muña…”

A mesma diz desorientada, fazendo a mulher rir enquanto se aproxima.

O valiriano era a língua mais comumente conhecida nas dependências da ilha, falada por todos como a língua padrão, embora também tentassem ao máximo manter a língua comum com a mesma fluidez, para as ligações comerciais em outros lugares.

Também era incentivado, entre os mais nobres, que aprendessem o dothrakis.

“ Como está?”

“ Bem… mas talvez pudesse dormir um pouquinho mais?”

Questionou com um leve bico do qual a mulher sorriu enquanto negava e pegava seu queixo entre os dedos delgados.

“ Não, querida… nenhum pouco se quer…”

“ Muña….”

Choramingou, ao que até mesmo os empregados ao redor escondiam sorrisos afetuosas enquanto a mulher obrigava sua filha a se levantar e seguir para o banho, antes de seguir para seus armários e escolher uma veste para o dia.

O sol começava a se tornar alto e o dia já prometia ser quente, assim entre os vestidos e anaguas de sua filha e retirou, entregando aos empregados, uma toga leve de tecido branco com um sobreposto leve em lilás com adornos na altura dos ombros em prata, que deixavam seus braços livres e o tecido maior para suas costas e lado.

Suas sandálias eram de couro claro com fechos de prata, que deixavam a mostra suas unhas pintadas, isso depois de pedidos incessantes para ser permitida a tal coisa.

Tudo pronto, seguiu para fora seguindo até o próximo corredor, vendo os empregados quietos andado de um lado para o outro, enquanto os soldados a postos próximos da porta se curvavam em reverência.

Ela suspirou entrando e vendo seu filho, Yraelys, jogando sob os lençóis, com sua abata branca amarrotada e seus cabelos desgrenhados.

Rhaera amava todos os seus filhos, mas seu segundo filho mais velho parecia ter como promessa lhe apurrinhar em toda e qualquer oportunidade.

Ela se aproximou e fez cócegas em seus pés, o fazendo reagir instantaneamente e gritar raivoso, antes de ficar vermelho e ver sua pessoa.

“ Muña.”

“ Rytsas, ñuha zaldrīzes. Levante-se, vamos querido. O dia já começou e seus irmãos já estão se aprontando, sim?!”

“ Sȳz ñāqes… Muña.” (Bom dia, Mãe.) Disse envergonhado.

“ Vamos, levante, os empregados fizeram alguns dos seus pratos favoritos.”

“ Mesmo?”

“Junto ao de seus irmãos, sim.”

“ Mesmo? Merbun.”

E ela riu o vendo literalmente saltar das cobertas e seguir para a sua casa de banho particular.

Ela sorriu negando com a cabeça e simplesmente seguiu para seus armários, onde escolheu uma anágua branca pura com cinturão preto de couro e adornos pretos para os ombros em forma do contorno de um dragão com asas abertas e cabeça erguida, como se cuspisse fogo.

Sandálias pretas de couro com tiras altas até o joelho e ela assentiu entregando aos empregados antes de sair.

Sabia que não havia a necessidade de verificar seu filho mais velho. Seu menino era ágil, prático e independente, mas ainda assim era era mãe e sempre procuraria lhe cuidar.

Rhaera entrou em seus aposentos já o vendo vestido para o dia, tendo seu cinturão sendo ajustado por um dos empregados, enquanto outro estava a ajustar as tiras altas de suas sandálias de couro claro.

O tecido de sua toga era vermelho terra, com cinturão preto e sem adornos de ombros, com o tecido caindo por seus braços até próximo dos cotovelos, onde terminava.

Pelo clima excessivamente quente das terras ao redor do mar fumegante, era mais costumeiro, e consciente, utilizar roupas leves e arejadas.

Por isso o uso de todas e anaguas, mesmo entre os rapazes, era um costume. Todos sabiam e utilizavam calções e giboes quando necessário, mas isso não era algo preferivem no dia a dia.

Além disso, os fazia ficar mais próximo de sua cultura ancestral, entre os valirianos. Que antes de tudo, foram pastores de ovelhas e criadores de dragões, próximo a vulcões excessivamente quentes, e por isso usavam roupas tão leves quanto estas.

“ Sȳz ñāqes, Muña.” ( Bom dia, mãe.)

“Sȳz ñāqes, ñuha zaldrīzes…”(Bom dia, meu dragãozinho).

“ Merbun…” (Estou com fome.)

Ela sorriu assentindo, enquanto aproximava-se e retirava pelos inexistentes de suas vestes.

“Pedi aos cozinheiros fizessem seus favoritos, junto com dos seus irmãos.”

Ele sorriu levemente para ela, e Rhaera ressentiu-se do crescimento rápido dos seus meninos, aos doze duas de nome, seu filho estava lhe alcançando e logo mais lhe passaria em altura, a impedindo de lhe beijar a testa ou simplesmente acariciar seu rosto.

“ Kirimvose…”

Ela negou levemente, como se não fosse nada.

“ Não é todos os dias que meus filhos atuarão como representantes de nossa casa pela primeira vez.

“ Na verdade não sei porque iremos os três. Yraelys sabe muito bem o qie fazer.”

Sim, isso era verdade, mas tanto ela quanto Eamon não perdiam a arrogância de seu filho, e isso poderia se tornar um problema.

Assim, Yraelys iria como representante da Casa Nohaelor com sua irmã como herdeiros da família, e Alexios seria como um intermediário, se necessário, e atuaria como um protetor.

Na verdade seu objetivo, junto com seu marido, era proporcionar a mesma experiência aos três, principalmente a seu filho mais velho, e os deixar aprender sobre as relações comerciais.

Não era como se realmente fosse um acordo importante, mas era significativo, e seria um bom ensinamentos aos meninos.

Um barco de comerciantes andarilhos parou no porto e estaria procurando comercializar na vila do comércio, Redautumn, e pediram um encontro para acertarem a autorização.

Embora não tivessem exigido que agissem de tal forma ou oferecessem ou pedissem qualquer coisa, deixando tudo nas mãos dos meninos pela primeira vez, Rhaera trocou pequenos comentários com os três, lembrando-se das trocas costumeiras entre comerciantes, como as cinzas vulcânicas por trigo e cevada entre Elyria e nós, ou alvumas especiarias que tinhamos com Tolos.

Isso claramente agiu entre Alexios e Polirys, poderia ver em seus olhares enquanto pensavam e analisavam mentalmente o que poderia ser dito ou não dito na conversa, mas seu filho Yra era excêntrico e arrogante, a fazendo esperar que isso mudasse rápido se não poderia chegar longe demais.

Suas palavras, castigos e ações não pareciam surgir efeito, e nem mesmo muito do que Eamon fazia ou dizia parecia obter a reação desejada.

Ambos estavam pensando que talvez o susto de see capaz de perder seu título como Lorde de Tyria o assustasse se tudo chegasse longe, mas não desejavam tanto. Isso poderia trazer mais ressentimento do que qualquer coisa.

Ambos seguiram para fora, e seu filho lhe beijou a bocjdcja antes de seguir pelas escadarias até o térreo, enquanto ela parava no próximo andar atrás dos seus outros filhos.

Quando mais nova, a ideia de ter seis filhos não se passava em sua cabeça, na verdade até hoje era difícil ver o quanto fez. Mas não diria se arrepender.

Claro, os gêmeos foram uma surpresa, e Rhaellar também, quando todos acreditaram que não teriam mais crianças, mas ainda assim eram surpresas agradáveis e ela os amava tanto quanto podia.

Aproximando-se do primeiro corredor, viu seu filho mais correr porta a fora meio vestido, mas com toga torta e desajustada, sem cinto ou calçados.

O interceptando no meio do corredor, o pegou nos braços o ouvindo rir alegremente e o balançou levemente em um giro enquanto o cumprimentava pela primeira vez no dia.

“Sȳz ñāqes, ñuha zaldrīzes…”

“ Rytsa Muña.”

A cumprimentou de volta, abracando-lhe pelo pescoço enquanto tocava seu nariz com o dele em um beijo fofo, a fazendo sorrir largamente.

“ Vamos incompletos hoje? Pensei que estava animado para cumprimentar seus irmãos antes de saírem.”

“ Estou, por isso corri, não quero perde-los!”
Afirmou animado.

“ Não precisa correr, acabei de os mandar para baixo, você os encontrará. Agora volte e termine de se arrumar, ñuha zaldrīzes…”

“ Okay…”

Ele disse sério, mas com um sorriso leve, e desce de seus braços, antes de correr de volta aos quartos, onde três empregados o observavam das portas.

Vendo a situação ao resolvida, foi para os corredores dos gêmeos, observando a alra movimentação também.

O quarto de Vysena era juvenil, mas ainda assim mostrando a todos sua herança da antiga valiria e dragões, com tapetes de myr no chão, bordados com o que deveria ser a Cidade Franca em seu explendor,  com Torres altas, dragões voando e vulcões cuspindo fogo baixo, então cortinas de seda brancas com bordados de dragões prateados com asas abertas e cabeça erguida.

Seus triclinuns eram acolchoados como de Polirys, embora fosse em branco ao invés de lilás, e suas almofadas variavam entre branco, prata e púrpura.

Havia inúmeras pinturas ao redor, feitas em maioria por seu irmão gêmeo, Jaegel, que amava as artes tanto quanto ela poderia amar os animais e precisaria de ar para viver.

Para sua surpresa, sua filha já estava de pé, acima de um pequeno branco com suas vestes sendo ajustadas, branco com um sobreposto em amarelo claro, com adornos e cinto dourados e pequenos.

Ela sorriu com orgulho para sua filha, que assim que a viu, assentindo a cumprimentando calorosamente.

“ Muña. Rytsa. Sȳz ñāqes.”

“Sȳz ñāqes, ñuha dārilaros. Skorkydoso glaesā?”
(Bom dia, minha princesa. Como vocês está?)

“ Merbun.”

Ela sorriu pensando que todos seus filhos puxaram não só o sono, mas a fome de seu marido. Pequenos dragões todos eles eram.

“ Não se preocupe, a comida foi preparada e já deve estar sendo servida neste momento.”

Ela assentiu sorridente enquanto era ajudava a descer. Seus cabelos brancos prateado constratava com o tecido e pele, dando-lhe p ar etéreo que todos em sua família pareciam possuir.

Beijando sua testa, a dispensou para seguir, enquanto ia atrás de seu último filho, para simplesmente o encontrar já a espera delas na saída dos quartos de sua irmã, com Rhaellar ao seu lado.

Todos vestidos e preparados para o dia, ela pegou seu filho mais novos pela mão e deixou os outros dois do seu lado direito, seguindo para baixo e fora, onde tomariam a primeira refeição no átrio.

Atrium, era uma das menores alas do castelo, embora fosse dividida em cinco ao redor de rodo ele, que era mais como um pátio interno aberto, no meio do qual agua da chuva é colhida num tanque e o peristilo, pelos quais se fazem iluminação e ventilação do primeiro andar da casa e circulação de pessoas.

Cada um deles foi projetado com o comodismo de uma área leve e delicada, com pequenos jardins de concreto no centro e triclinuns e árvores ao redor de alguns deles, servindo as crianças um lugar para brincarem mesmo dentro do palácio.

Seguindo para o principal deles, observou a luz do sol refletindo nos tecidos pendurados ao redor da área aberta, trazendo uma miríade de luzes coloridas a todos ao redor.

Era um verdadeiro oásis dentro do Palácio, com plantas perfumadas vírgulas muitas vezes florescendo. Momentaneamente ela para a fim de observar e admirar esse paraíso, o som da água que jorra de algumas Fontes cria uma trilha sonora natural junto ao chamados de tantos pássaros coloridos que bebem ordenadamente nas bordas de uma bacia de mármore.

A grande mesa posta possuía todos os tipos de alimentos leves e saudáveis para as crianças. Todos seus filhos estavam de pé ao redor da mesa, ao lado de seus lugares, enquanto esperavam por ela e seu marido, já presente, mas também de pé.

Eamon lhe ofereceu a cadeira e logo depois se sentou, assentindo para seus filhos fazerem o mesmo em ordem.

Embora geralmente cada senhor ficassem nas pontas da mesa, o mesmo não era seguido se estivessem em particular. Assim estava seu marido na ponta, com ela a sua direita, Polirys a sua esquerda como filha mais velha, Yraelys depois dela, e então os gêmeos. Do seu lado estava Alexios e Rhaellar.

A alimentação deles consistia principalmente com frutas e vegetais, e certas carnes selecionadas. Por conta da dificuldade em cultivar na terra.

Ainda assim, tinham a sua disposição bem apreciada algumas especiarias, assim como alho, cebola e nabos.

As crianças adoravam feiras frescas e cítricas,  como figo, romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas.

Eles começaram a refeição leve com interesse baixo em conversas, todos ainda se orientando  em suas agendas do dia.

Todos seus filhos foram servidos com mingau de água com cevada, uma versão mais sofisticada e leve de vinho diluído, tirando Rhaellar, também receberam dois grossos pedaços de pães cada, dois ovos e queijo e leite de cabra.

“ Entao… o que faram hoje?”

Perguntou Eamon encarando os filhos, todos os seis. Embora fosse uma pergunta tola, já que ambos os pais eram os principais cuidadores de suas rotinas, mas servia de maneira a lembra-los de seus afazeres e importância.

Yraelys arrumou sua postura olhando diretamente nos olhos do pai, enquanto dizia com voz firme.

“ Irei com meus irmãos ao cais das Águas Sangrentas e então negociarei com os comerciantes de Dorne, trarei para casa um acordo vantajoso, embora justo.”

Isso era treinador, claro, dava para se ver pela maneira ppuco ansiosa ou nervosa, pela indiferença em sua voz, mas pelo menos ela daria ao filho a convicção do qual tratava o assunto. Polirys e então Alexios, deram sua própria opinião alternativa sobre o assunto enquanto também acrescentaram seus outros afazeres do dia, como aulas de valiriano, Westerosis, harpa ou esgrima.

Os gêmeos já tinham outros compromissos, suas aulas do período da manhã com contas, literatura e geografia. Assim como leitura e escrita em valiriano e westerosis, enquanto no período da tarde tinham ua tarde de brincadeiras com crianças das famílias mais aristocrática e bem-nascidas próximas, que constituiriam basicamente sua primeira corte. Em resumo, desde pequenos todos eram habituados a viver em um mundo, que no futuro, seria sua cotidianidade.

Era uma boa forma de prepara-los, sempre pensou.

Rhaellar, sendo ainda o mais novo, com somente cinco dias de nomes, ainda estava em sua primeira integração social, sendo principalmente com crianças menores, com sua idade, e pouco pensamento político ou cortes.

Ainda era um menino livre que correria pelos corredores, seguido de perto pela babá e por uma escolta que nunca o perderia de vista. Era aquele que ainda tinha em seu quarto roupas da primeira infância de linho, joias falsas e um cavalo de balanço.

Terminada a refeição, todos se despediram, com Eamon desejando boa sorte a todos os filhos e os acariciando gentilmente com beijos, para suas desordeiras filhas, e bagunçando seus cabelos claros dos garotos animados. Assim como um leve beijo em seus lábios fazendo risos e sons de desgostos soarem das crianças.

“ Agora rapazes…. E minhas amadas filhas.” Disse, atraindo risos e resmungo injuriados. “ Lembrem-se de agir com cautela e pensar bem antes de falarem, principalmente quando estão lidando com estranhos, nunca sabemos a lealdade de alguém…”

Rhaera antes se aproximou, beijando cada uma de suas crianças na testa.

“Vocês são dragões”, ela murmurou, falando em comum, quando tantas vezes se dirigia à sua ninhada em valiriano. "Sua raiva é algo assustador, mas você deve aprender a controlá-la… lembrem-se de pensar antes de agir impulsivamente…” afirmou seriamente, olhando entre Alexios e Yraelys. E Polirys, principalmente.

“ Independente do resultado de vocês hoje, saibam que confiamos e amamos vocês. Todos vocês.”

E assim se despediram, pois todos tinham compromissos e horários apertados no dia.

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