Chama da Vinganca - Rhaenerys Targaryen Velaryon

Está história deu uma pequena paralisada, eu sei, mas assim como voltei com as outras, estou voltando com essa também, e também com algumas novidades planejadas para o ano que vem!!!!

Mas por enquanto, me digam o que acham dessa pequena.... bem pequena, ideia aqui;

COMENTEM, POR FAVOR, NAO SOU LEITORA DE MENTES PARA SABER O QUE PENSAM🤣🤣🤣

____________________

Naquele tempo, quando ela era simplesmente ingênua e cansada depois de tanto tentar se provar, Rhaenerys havia há muito abandonado a ambição de fazer algo por si mesma realmente.

A capacidade de ser egoísta foi tirada dela assim que ganhou consciência do que envolvia sua família .

Assim, no dia em que morreu, pela primeira vez, sentiu como se não tivesse arrependimentos. Sua mão fria e flácida estava vazia, sem nenhum apoio ou conforto. Só, foi como passou a vida e a morte.

Abandonada por aqueles que deveriam ser sua família. Traída por aqueles que deveriam a amar e proteger. Vendida como gado em busca de apoio e violada por aquele que deveria ser o seu protetor.

Assim, quando toda a vida que ela tinha foi arrancada de si, sorriu, sentindo-se finalmente em paz.

A morte era um manto leve e gentil para sua pessoa,como um bálsamo para os ferimentos causados em vida.

Ah, a vida. Uma mera ilusão. Enganadora e delirante nos deixando acreditar sermos invencíveis, intocáveis...

Ela preferia a morte.

Embora dura e solitária. Era uma verdade indiscutível. Inegável.

Rhaenerys nunca planejou acordar, mas abriu os olhos para o seu eu mais jovem. Ela estava na frente do Castelo negra de sua família, Dragonstone, um dos poucos lugares do qual tentou chamar de lar.

O lugar estava completamente vazio além de si e sua outra versão. Ficou em silencio, antes da velha mulher se virar para sua contraparte esperando por ela.

A morte tinha vindo para magoá-la depois que não visitou a entidade por quase  cinco décadas.

Ambos sorriram para si, e por im momento ela sentiu o vento fresco, com o ar carregado com o cheiro de cinzas e da maresia atingindo seu nariz.

Ela fora casada a força com o homem que a odiava, uma tentativa vã de consolidar o apoio dos traidores.

Ela pegou o preço com o corpo, orgulho e dignidade.

E não importa o quanto implorasse, quanto jogasse ou se esforçasse, isso não mudaria.

A verdade era que ela não era mais do que uma moeda de troca nas mãos do seus pais.

Aqueles que deveriam a amar e proteger. Que juraram sempre os ouvir e não cometer os mesmos erros que seus pais cometeram a eles. E ainda assim ela terminou só, mal e ferida.

A dor da traição era pior do que os maltratos de seu marido.

Isolada. Abandonada e machucada.

Ela suportou tudo, todas as vezes. Cada vez. O estupro parecia ser o menos das suas dores, marcando sua alma silenciosamente, mas não como as outras, que eram marcadas em corpo.

Daelon, Valaena, Gaerion e Vaeryon.

Mortos por nada além de existirem, de serem seus. Atacados pela crueldade de um homem do qual deveria os proteger.

Monterys, Polirys e Aeryon.

Fogo. Água. Terra.

Queimado em uma lareira enquanto era obrigada a assistir, simplesmente a maldade de um homem louco e distorcido que se achava no direito.

Afogada viva enquanto ela gritava e se debatia freneticamente t3ntanso a salvar. Enquanto o corpo minúsculo se debatia em busca de ar, em busca da ajuda da mãe que falou com ela.

Terra. Enterrado. Morto vivo pela areia das praias de sus Terra Natal antes de ao menos saber distinguir o que era vida ou morte.

Dor.

Dor.

Dor.

Daelon, Valaena, Gaerion e Vaeryon.

Vida.

Morte.

Dor.

Sangue.

Desejo.

Pedido.

"Eu imploro, por favor, por favor não... eles são seus filhos. Meus filhos... eu imploro."

O orgulho deixa uma mãe na hora do desespero.

A força desconhecida que atravessa o corpo enlutados, machucado e morto.

Nada além de uma casca vazia da pessoa que já existiu um dia.

O que vale a vida?

Existe verdadeiramente um descanso após a morte?

Ela lutou.

Lutou.

Brigou.

E gritou.

Daelon, Valaena, Gaerion e Vaeryon.

Que os deuses me ouçam.

Que abençoem e protegam seus filhos onde ela falhou.

Lhes dê outra chance...

Outra vida..

Os deixe viver como deveriam.

Amados. Protegidos. Cuidados....

Monterys, Polirys e Aeryon. Crianças tão novas que mal reconheceram a vida.

Daelon, Valaena, Gaerion e Vaeryon. Que mereciam mais do que um mulher quebrada, ferida e doente.

Seus filhos...

Sete filhos...

Que mereceram mais.

Que mereciam viver.

Que deveriam existir na história e foram apagados pelo próprio pai.

Assim, quando finalmente saúda a morte, com o gosto de sangue de seu marido nos lábios e nas mãos. Sozinha, pois foi assim que passou a vida e deveria passar a morte, ela não chora, não sente-mal.

Não.

Ela está pronta.

Pronta para conhecer seus filhos perdidos e amá-los. Para protege-los onde em vida não pode.

Estava pronta.

Extremamente pronta.

E no entanto, não foi isso o que encontrou. Não...

A visão de Dragonstone era imponente. Fria, mas ao mesmo tempo acolhedora, ao menos pars ela. Uma memória desbotada dentro de sua cabeça que então voltava a ganhar vida própria.

Se prestasse atenção, poderia ouvir os risos ao fundo que dividia com seus irmãos na praia. Ou o foalhar dos livros na biblioteca enquanto estava fascinada por mais um conto antigo, bebericando uma xícara de chá.

Uma vida muito mais feliz. E distante.

Assim, quando olha e vê sua versão mais jovem. Menos marcada, ela sorri, pois está em casa, e sabe que em algum lugar daquele castelo, encontrará seus filhos.

Ali poderão viver tranquilos e protegidos. Eles viveram amados pela eternidade, sendo as doces crianças que ela sabe que seriam se tivessem tido a chance.

Assim, mesmo quando as palavras sussuradas em valiriano por sua outra versão lhe assustam, mesmo quando o vento grita ao seu redor e mesmo quando o chão parece tremer sob seus pés, ela segura a mão disposta e segue psra dentro.

Porque ela deseja a a liberdade. A possibilidade de sentir. De ser minimamente egoísta e amada um pouco mais.

Porque anseia por toque, por vida e amor. Mas também por vingança, ódio e fúria.

Porque ela morreu.

E sua vida foi péssima.

Porque tiraram tudo dela e a derrubaram, mesmo quando continuava a tentar se levantar.

Porque para a cada tentativa a sua de se reerguer era frustrada por cinco ou mais mãos a derrubando.

Porque...a dor muda uma pessoa.

Porque a mudou.

A transformou do gado manso e gentil que queriam. Ferida e intimidada. E a formaram em um dragão.

Furioso, cheio de dor e ressentimentos...

E eles agora descobririam o que significava acordar um dragão.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top