Capítulo 15 - Boatos.
Oásis - Castelo real
20 do ano de XXXX
Horário:13:55
~~<○EMILY○>~~
Descia as escadas olhando ao redor sem jeito vendo todos sorrindo e me cumprimentando e apenas andava explorando o lugar para tentar esquecer sobre esse boato que se espalhou de alguma forma e entro por uma porta vendo uma grande sala com um piano de cauda em um canto e em outro lado prateleiras de livros e poltronas cor vinho enquanto ouvi uma conversa e paro vendo James e Ana juntos conversando.
— Oi Emily! — Ela acena fazendo James me olhar — Estamos fazendo um cachecol!
— Legal — Chegava perto me abaixando vendo ela tricotando.
Ana fazia isso devagar, mas preciso e logo parou parecendo confusa e olha James como se pedisse ajuda com olhinhos nervosos e ele indica com a mão o movimento que ela tem que fazer e ela o imita conseguindo continuar e ele ri:
— Ela ainda aprende direito, comete poucos erros — Ele sussurra para mim.
— Você sabe tricotar? — Pergunto-lhe olhando.
— Minha mãe me ensinou — Ele deu de ombros rindo.
— Então para quem vai ser o cachecol? — Pergunto com Ana me olhando.
— Não posso contar, segredo — Ela fala fingindo um tom sério.
— Ela vai contar em dois minutos só espera — James fala.
— Tio James! — Ela resmunga com ele.
— Okay, okay, calma — Ele fala revirando os olhos — Você é igual ao Lunion quando resmunga..
— Papai ainda está em reunião? — Ela pergunta.
— Reunião? — Questiono.
— Conversando com os temores, eles estão resolvendo uns assuntos, mas assim que acabar ele falou que quer falar com você mocinha, parece que aprontou alguma coisa hein?
— Oque eu fiz!? — Ana abria os olhos nervosa.
— Eu não sei, mas melhor já ir pensando em como se desculpar — James enrolava mais uma linha do novelo na mão.
— Como se desculpar de algo que ela não sabe que fez? — Pergunto.
— Exatamente — Ana soltou o cachecol que fazia suspirando abraçando os joelhos — Papai estava bravo quando falou isso?
— Não diria bravo, mas ele está lidando com outra coisa, então poderia estar só incomodado por outra coisa e soou meio irritado — James fala e Ana engole em seco.
— Agora ele vai me proibir de brincar com o familiar dele — Ela fala inflando as bochechas.
— Provavelmente — James fala.
Eu arrisco um pouco e passo minha mão nas costas dela tentando a acalmar sabendo que ela estava meio nervosa, logo olho James como se pedisse uma ajuda e ele deu de ombros sem saber bem oque dizer e suspiro:
— Bem, talvez ele só converse com você...Não deve ter sido nada demais — Falo.
— ANA ROSEMARY BELIAL!! — A voz de Lunion ecoou pelos corredores e Ana se agarrou em mim depressa.
— Me salva — Ela fala depressa.
Lunion apareceu na porta depressa como se tivesse apressado com olhos brilhando e olhou para Ana enquanto James e eu levantamos e Ana agarrava a saia do meu vestido tensa ficando um pouco atrás de mim:
— Oi papai, algum problema? — Ela pergunta.
— Que tal mocinha me explicar porque disse às empregadas que eu vou me casar com a Emily!?
— Espera, Ana...Você espalhou isso? — Viro para ela vendo ela ficar com o rosto meio vermelho pela vergonha.
— Ana, filha... — Ele para um pouco respirando fundo juntando as mãos na frente do rosto chegando perto e se abaixa perto dela — Achei que combinamos que era um assunto entre nós..
— Escapou — Ana encolhe os ombros escondendo o rosto no tecido do meu vestido.
— Espera, você pensou sobre... — Questiono vendo Lunion olhar para mim.
— Não! Não! Não me entenda errado Emily, oque conversei com ela foi a conversa que tive com James sobre gostar de você que ela ouviu "acidentalmente" e isso conversamos um pouco já na pousada, casamento não foi o assunto...Mas o boato se distorceu assim — Ele ergue a mão se explicando e volta a olhar Ana — Ana...
— Desculpa papai — Ela fala soltando meu vestido ficando na frente ele segurando seu próprio vestido.
— Não é para mim que tem que pedir desculpas minha estrelinha — Ele deixa a mão delicadamente sobre a cabeça dela.
Ana concorda e logo virou para mim segurando seu vestido se curvando um pouco:
— Desculpe Emily — Ela fala sem jeito.
— Está tudo bem — Me abaixo perto dela fazendo ela erguer o rosto e sorri levemente — Sei que não fez por mal, foi só um mal entendido.
— Então não chora ouviu? — Lunion fala fazendo Ana secar o rosto com a manga do vestido depressa.
— Eu não choro! — Ela vira para ele me fazendo rir.
— Aham — Lunion desvio o olhar rindo de canto e Ana dava pequenos tapinhas no braço dele sem efeito — Mas ainda vai levar uma leve advertência por isso...
— Eu não vou poder ir ao evento de cavalaria? Diz que ainda vou papai, por favor! — Ana fala depressa parecendo nervosa.
Fiquei um pouco tensa lembrando da minha visão e olho Lunion vendo ele de pé com a mão no queixo a olhando implorar um pouco e suspira colocando as mãos na cintura:
— Vai ficar uma semana proibida de entrar na sala de música — Ele fala.
— Mas! Tá bem — Ana cruza os braços.
— Lunion, podemos conversar rápido — Pergunto chamando atenção dele para mim e ele concorda.
(.....)
— Vai levar ela a esse evento de cavalaria, não é arriscado? Tipo você e eu vimos oque vai acontecer e...
— Eu sei Emily, eu sei, não precisa me lembrar — Ele se senta à mesa da sala no qual entramos.
O piso da sala era preto tendo paredes brancas e cortinas pelas janelas com alguns quadros de cenários de batalha pelas paredes e uma longa mesa com assentos acolchoados na cor vinho e no centro da mesa uma travessa de vidro com flores um lustre com cristais azuis também estava preso ao teto e uma lareira apagada ficava atrás da cadeira que Lunion estava:
— Então...?
— Por mais que eu queira evitar, Ana precisa comparecer comigo, se Reis vão estar presentes os primogênitos para os tronos tem que vir junto, esse não é um evento de apreciação, também é político...Eu ensino coisas para Ana também sobre governar um reino, apesar de que ensino de forma mais lenta, não quero sobrecarregar a cabeça dela com tanta coisa de uma vez — Ele fala.
— Essas coisas de casamento arranjado? — Pergunto, sentado na cadeira próxima a ele.
— Nem ferrando, minha filha não vai passar por isso eu garanto, já tive que ver minha irmã ser preparada para isso toda sua vida, nem me atrevo a fazer o mesmo — Ele fala suspirando — Enfim...Eu vou ser forçado a levar ela, por isso vou levar os temores comigo..
— Era sobre isso que estava falando.... — Começo a entender um pouco — No que eu puder ajudar eu ficaria bem, se precisar posso tentar ver mais sobre..
— Não, não — Ele segura minhas mãos — Olha Emily, temos outra situação para lidar agora com esse boato se espalhando...Melhor darmos um jeito de tentar resolver, porque francamente você não vai querer que pensem sobre isso....
— Ah, sim, sim...Como vamos resolver isso, porque devido ao nosso acordo não posso ir embora também e muito menos me afastar de você então, qual seu plano? — Pergunto.
— Eu não tenho um plano ainda, francamente o povo está ansioso para que eu consiga uma rainha, mesmo com minha maldição...Eles se preocupam bastante — Ele solta minhas mãos afundando na cadeira — Você realmente mexe comigo, mas começamos devagar né? Partir para casamento não é meu plano enquanto tiver.....Isso...
Ele movia a mão na frente dele enquanto desviava o olhar indicando seu desgosto entendendo seu ponto e logo enrolo uma mecha de cabelo em meu dedo pensativa:
— Sua corte pode mesmo ajudar?
— Eles são os melhores que conheço, se tem alguém que pode ajudar são eles — Lunion fala.
— Sei pouco sobre eles, são no total sete não é? — Pergunto.
— Oito na verdade, só que ele não me deu a resposta ainda, então está meio que em espera — Lunion fala rindo como se lembrasse de algo — Eu lembro de como conheci cada um..
— São muito amigos?
— Bem, metade se toleram e outra metade se detesta — Ele explicava me olhando enquanto seu familiar aparece e ele faz um leve carinho em sua cabeça — Mas sabe de uma coisa, acho que somos uma boa família...Ana vê todos como seus tios...E um deles é o padrinho dela até.
Ficamos ambos em um silêncio desconfortável, ele continuava a fazer um carinho em seu familiar e logo ele solta um resmungo baixo fechando os olhos falando algumas coisas que não entendo, seu familiar logo ergue as orelhas e andava ao redor da mesa e logo aparece do meu lado descansando a cabeça em meu colo me deixando tensa:
— Familiares são ligados a vontades, se quer conversar sobre algo podia me falar — Falo olhando para ele, deixando a mão devagar sobre a cabeça de seu familiar.
— Sobre esses boatos... — Ele começou.
— Eu sei que não vai ser difícil apagar isso, boatos desse tipo são difíceis de sumir — Falo baixo fazendo um carinho com cuidado.
— Eu sinto muito por isso, espero que não tenha ficado chateada....Eu sei que pedi para irmos devagar naquela viagem, ainda estamos passo a passo então não queria jogar esse peso sobre seus ombros, já que temos um acordo e nem sei como vai ser quando ele for completo.
— O que na verdade pode demorar — Respondo vendo ele rir concordando.
— É, e transformar você em um alvo não era bem meu plano — Ele fala.
— Perdão..? — Olho ele mordendo sua unha estando pensativo.
— Emily — Ele chama meu nome virando o olhar para mim me dando certo frio na espinha — Por ser uma "Pretendente" tem dois tipos de alvo para você se tornar, aqueles que...Por eu ter interesse em você, eles sem dúvida vêem que você tem valor e tentarão atrair você e aqueles que para me ferir, podem ferir você...Nenhum desses me agrada...
— Eu menos, mas oque fazer? — Pergunto sentindo meu rosto esquentar um pouco — Você não tem nenhuma idéia?
— No momento não, mas garanto que vai estar segura aqui — Ele fala e seu lobo soltou um som baixo.
— Agradeço...Apesar que ficar sozinho comigo em uma sala não melhore a situação — Respondi.
— Bem, me crucifiquem por gostar de falar com você sozinho.
Ele apoia a cabeça nos braços deitando a mesa e concentro meus dedos no pelo de seu familiar era mais macio do que pensei, desço devagar entre suas orelhas quando passo levemente por baixo da orelha esquerda sentindo uma parte mais grossa de pelo e o familiar move a cabeça depressa me assustando e ele suspira:
— Desculpa, isso é uma cicatriz — Ele ri e notei ele cerrando os punhos desviando o olhar.
Olho novamente vendo que meus dedos apertavam seu pelo e solto depressa percebendo que ele sentiu ficando sem graça e ele relaxou os ombros:
— D-Desculpa..
— Tudo bem, relaxe, foi um puxão...Não disse que não gostei — Ele riu com meu rosto vermelho chegando perto com seu familiar sumindo e ele se sentou do meu lado no chão deitando a cabeça sobre minha coxa fechando os olhos — Se quiser fica a vontade..
— O que? — Pergunto, mas ele não responde e hesitante toco seu cabelo penteando um pouco com meus dedos — Você realmente é direto..
— Perdão? — Ele questiona.
— Bem, se você queria que eu tocasse sua cabeça como de seu familiar era só pedir...Achou que iria ser estranho? — Pergunto e ele abre os olhos.
— Então posso só falar e você pode decidir se fará ou não? — Ele pergunta.
— Bem, você é o rei... — Respondi vendo ele olhar para mim pensativo cruzando o braços — Lunion..
— Um beijo — Ele me interrompe e abro bem os olhos surpresa — Você me daria um beijo?
— Achei que iríamos devagar...
— Um beijo é devagar — Ele fala rindo e desvio o rosto porque era um argumento até válido — Se não quiser, tudo bem, eu vou entender, só dizer não...Não tem que se forçar a um "sim" para me agradar, assim não é uma coisa especial.
— Estou pensando — Falo corada vendo ele rir.
— Ficou nervosa?
— E se alguém ver? Não vai só aumentar os boatos?
— Okay, bom ponto — Ele fala e logo se levanta — Eu sei que isso é controverso a nossa conversa...Se não gostou eu posso..
— Não é que não gostei! — Interrompi ele cobrindo minha boca em seguida envergonhada vendo ele sorrir de canto — Você joga sujo...
— Heh, desculpe...Mas gostei também — Ele se senta na mesa perto de mim parecendo constrangido — Já que aqui não posso ficar sempre por perto de você gostaria de relembrar a sensação....Esses boatos vão me atrapalhar já que Oliver também vai virar um chato...
— Você é apressado, acho que devia imaginar — Brinquei vendo ele desviando o olhar, me levanto tocando seu braço o fazendo virar o rosto para mim.
Mesmo sem jeito, junto nossos lábios em um beijo leve, senti suas mãos me puxarem me dando um susto deixando minhas mãos em seu peito enquanto ele aprofundava o beijo com uma de suas mãos em minhas costas e outra segurando meu rosto, tinha olhos fechados sentindo um leve sabor de vinho em seus lábios e subo as mãos em seu peito abraçando seu pescoço com meu coração batendo forte.
Ele pedia passagem com sua língua durante o beijo me dando arrepios enquanto estávamos com os corpos colados, senti a mão dele descendo por minhas costas e percebi estarmos prolongando demais e solto um som baixo para avisar com meus dedos segurando seu cabelo dando um puxão e ele solta um gemido entre o beijo mordendo meu lábio um pouco me dando arrepios fazendo ambos pararmos e parecendo contra vontade, ele me solta:
"Quase perdi todo ar.....Meu deus.."
— Desculpa...Não me segurei — Ele fala enquanto penteava o cabelo para trás.
— Controle suas mãos — Falo enquanto passava o dedo em meu lábio corada.
— Heh, fazer oque você beija muito bem — Ele fala levantando enquanto ajeitava sua roupa esfregando atrás do pescoço.
— Desculpe, eu puxei com força?
— Eu já disse, não é como se não gostasse desse tipo de situação — Ele fala.
— Você é um pouco masoquista? — Pergunto e ele virou o olhar para mim já me dando sua resposta com um sorriso — Esqueça...
— Vocês terminaram? — Ouvimos nos fazendo parar.
Olhamos em direção a porta vendo Ana com os olhos cobertos envergonhada, mas notava ela sorrir e olho para Lunion vendo ele rir:
— Pode olhar Ana, estamos conversando — Ele fala.
— Eu trouxe os papéis do que vou precisar no evento da escola depois de amanhã — Ana mostrava o papel olhando para ele chegando perto.
— O que? — Lunion se abaixa segurando o papel lendo murmurando baixo.
Ana olhava para mim e aceno sem jeito ajeitando algumas mechas do meu cabelo e ela sorria animada acenando de volta enquanto segura a saia do meu vestido de novo olhando Lunion, mesmo hesitante deixo minha mão sobre sua cabeça:
— Então, você e o papai estão juntos? — Ana pergunta.
— Quase isso — Lunion fala e olha ela — Estamos conversando...
— Nunca vi adultos conversarem com bocas coladas — Ana fala me deixando vermelha com Lunion começando a gargalhar.
— Haha, meu deus, pestinha de língua afiada — Lunion ria se abanando com o papel.
— Não tem graça, eu disse que alguém poderia ver! — Falo colocando as mãos em minha cintura.
— Ana já sabe mesmo e metade do reino, provavelmente, já ouviu sobre o boato....Um beijo, que foi ótimo, admito e nunca direi o contrário, é uma mínima coisa no meio dessa bagunça de emoções — Ele pega Ana nos braços — Agora mocinha, me explica, porque precisa de tudo isso?
— Papai, sobre a reunião da escola...
— Eu sei, eu sei, os professores nos chamam para dizer como estão indo e eu vou ter que ficar sentado por duas horas ouvindo sobre como todos se desenvolve com magia e ensinamentos que francamente eu sei até de trás para frente — Lunion a interrompe e ela segura a mecha branca dele fazendo ele parar de falar.
— Papai, eu já tenho quase dez! A invocação com o familiar é depois de amanhã! — Ana fala e Lunion parece empalidecer nesse instante.
— Oh Merd..
— Lunion! — O repreendo enquanto Ana cobre os ouvidos.
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Vamos admitir a dinâmica dessa familia é fofa demais.
Apesar que Ana é bem espertinha kkk
Lunion e Emily não vão conseguir esconder isso por muito tempo kk
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