Final
O movimento estava calmo na cafeteria de estilo retrô. Jimin ainda limpava as mesas quando a porta foi aberta, fazendo o sininho preso na porta soar e anunciar assim um novo cliente.
Namjoon foi direto onde ele estava e viu o rosto surpreso de Jimin se transformar em puro pânico ao lhe reconhecer.
ㅡ Preciso falar com você.
ㅡ E-estou trabalhando.
ㅡ Só preciso de um minuto... por favor?
Namjoon procurou o olhar de Jimin até esse soltar o ar e anunciar:
ㅡ Tudo bem, vou pedir ao meu chefe. ㅡ disse engolindo em seco. ㅡ Então conversaremos lá fora.
[...]
O sol estava forte, mas pouco importava a tempetatura para os dois homens que se encararam com certa perspetiva.
Namjoon chegou a ver o ex-prostituto no alge de sua beleza, rodiado por todo que luxo que o dinheiro poderia proporcionar, por isso olhou com um certo ar de pena o jovem à sua frente, parecendo apenas uma sombra do antigo Jimin. Estava mais magro, visivelmente abatido com olheiras profundas no rosto, agora sem as suas adoráveis bachechas salientes.
ㅡ Jungkook te mandou isso. ㅡ foi a primeira coisa que o assistente falou quebrando o silêncio.
Jimin olhou para a mão estendida do outro e pegou o papel, ainda hesitante. Tirou do pequeno envelope uma única folha que desdobrou com cuidado, reconhecendo a letra ao qual se costumou ver. Jungkook sempre tinha tempo para lhe acompanhar nas suas tardes de estudo. O Park amava ouvir suas histórias sobre o colegial, desejando realmente ter sido colega de escola de Jungkook, ter lhe visto com o uniforme escolar e até feito parte de alguma panelinha, talvez a dos mais descolados e o Jeon dos nerdes. Riu de tal pensamento bobo, tentando se concentrar na letra tremida.
"Eu pensava que meu orgulho ferido fosse imutável. Ah, como eu estava errado! Mesmo tendo a alma protegida com o escudo do meu próprio ego, escolhi lutar contra meus próprios hábitos e ligar-me a você. Eu me desarmei por você, Jimin. Largaria tudo para ficar só com você, lutando contra as amarras cruéis, procurando um jeito de nos amarmos livremente.
Acredito que mesmo que você tenha receio de ficarmos juntos, mesmo que tenha medo de lutar por nosso amor, eu serei capaz de me equilibrar e estender os braços para você, descendo buracos até chegar ao seu coração.
Me sinto extasiado ao lembrar de seu sorriso encantador, dos seus olhinhos virando apenas dois risquinhos quando o chamei para vir comigo. O "sim" contagiante que atingiu meus ouvidos como se fosse a única canção existente que eu desejasse ouvir.
Sei que não nasci para te salvar, nem para ser salvo por você, também sei que, mesmo ferido, devo deixar você voar com suas próprias asas.
Por ter ficado tão cego pelo ciúmes, te assustei com minha insegurança, falei coisas horríveis... Estou envergonhado. Pude melhorar ao entender que eu devia guiar a mim mesmo antes preencher meu coração com tais sentimentos. Somos livres para deixar o que passou para trás, tudo vai ficar bem se você voltar para casa, Jimin.
Porque quando fecho os olhos, entendo que alguns corpos foram feitos para também ficarem separados, nossas almas podem suportar o tempo e a distância, como se um fio tecido de esperança estivesse esperando o mundo nos colocar na mesma reta. Eu posso te tocar mesmo estando do outro lado do mar, posso te ouvir mesmo separados por vozes barulhentas, mas ainda assim sinto sua falta. Consegue entender o quanto te quero ao meu lado? De como me tornei dependente do seu calor?
So me dá outra chance para te fazer feliz, passarinho.
Jungkook"
Jimin terminou de ler com os olhos avermelhados pelo choro contido, todavia suas mãos tremiam, denunciando seu emocional abalado ao guardar a carta no bolso do avental.
ㅡ Ele veio com você? ㅡ perguntou nervoso mordendo os lábios.
ㅡ Sim, está no banco de trás do carro estacionado do outro lado da rua, com certeza está nos observando agora. ㅡ o ruivo prendeu a respiração, parando por um segundo antes de virar o rosto para uma BMW preta, mas os vidros escuros impediam de ver quem estava dentro. ㅡ Ele ainda te ama, Jimin. ㅡ continuou Namjoon. ㅡ Eu nunca vi Jungkook tão transtornado em toda minha vida, ele sofreu demais todo esse tempo.
ㅡ E você acha que foi fácil pra mim? ㅡ indagou Jimin voltando a lhe encarar. ㅡ Acha que foi fácil sufocar esse sentimento tão intenso que vivemos? Eu acreditei que poderíamos ser feliz, era um conto de fadas perfeito até a carruagem voltar a ser uma abóbora e toda beleza da noite encatada ser apenas lembrança. ㅡ Jimin trocou o peso da perna e cruzando os braços, se controlando para não chorar ali. ㅡ Eu construí minha vida do zero, Namjoon... Dessa vez sem a ilusão do príncipe ou do "felizes para sempre". A vida não é a droga de um filme da Disney.
ㅡ Ele quer passar por cima de qualquer obstáculo pra ficar com você, Jimin!
ㅡ Mas eu não tenho nada a oferecer a ele, nada! ㅡ aumentou o tom de voz, passando as mãos cabelo e descendo para o rosto, angustiado com aquela conversar.
Ele evitou pensar no empresário em todos esse meses, trabalhava exaustivamente até chegar em casa, que ficava no segunda andar da cafeteria, tão cansado que não tinha forças sequer de ficar em pé. Era assim que fazia no começo, se vendo distraído com clientes frequentes, que mais tarde viraram amigos sinceros. Um deles chamou ele para sair e fugir um pouco da rotina entediante, então Jimin imaginou estar bem. Começou a fazer um cursinho nos fins de semana e jurava estar em paz consigo mesmo, até Namjoon aparecer e lhe entregar aquela carta, então a dor da ausência lhe atingiu como um soco no estômago.
ㅡ Talvez... ㅡ balançou a cabeça tentando expressar aquela confusão que encontrava sua mente, fazendo a voz falhar. ㅡ por estar apaixonado demais, eu me deixei levar. Não pensei nas consequências. ㅡ disse apontando para o próprio peito. ㅡ Mas eu não quero destruir a vida dele. Não vou me perdoa nunca se ver ele se sacrificando por mim.
ㅡ Mas Jimin...
ㅡ Não! A minha respostas é não! ㅡ ele transpirava visivelmente, sentindo o ar rarefeito. ㅡ Nós vamos... vamos superar esse erro, nunca deveríamos ter ficado juntos. Jungkook é um grande empresário, uma pessoa incrível, inteligente e ao mesmo tempo sensível, merece ter uma linda família... ele vai ser muito feliz sem mim, tenho certeza. Vai ser melhor assim... - sussurrou, como se tentasse convencer disso também.
E nada que o mais alto tentou argumentar, fez Jimin voltar atrás, no final ele acabou se irritando com tanta insistência e entrando apressado na cafeteria.
Então, foi com passos incertos que Namjoon chegou até o carro estacionado no outro lado da rua, sem Jimin, tendo a missão de contar a decisão do outro.
O ruivo se trancou no banheiro para chorar escondido, por isso não viu quando Jungkook abriu a porta do automóvel e tentou ir atrás dele, mas os braços fortes do amigo o impediram. O moreno estava desnorteado, se contorcendo para dar pequenos murros nas costas de Namjoon enquanto falava palavras incompreensíveis, até o corpo se sacudir em um choro dolorido, virando no final, um abraço.
Naquele dia ele não tentou mais falar com Jimin, mas isso não quis dizer que Jungkook não voltasse no dia seguinte para deixar outra carta, assim sucessivamente respeitando o espaço do ruivo. Contudo, nunca foi respondido.
Ao passar do tempo as correspondências foram diminuindo gradativamente, até um dia Jimin receber o convite de casamento de Jungkook.
Foi o fim que o empresário precisou dar para aquele amor que o machucava tanto.
[...]
Eram gritos, tapas e chutes, misturados ao cheiro forte de iodo espalhado pelo pequeno ventilador, que rodava preguiçosamente com suas hélices desgastadas. O lençol e a fronha, antes tão branquinhos, estavam manchados com a sujeira do líquido escuro, assim como o colchão fininho que foi jogado no chão com o surto do paciente.
ㅡ Aish, ele me mordeu!
ㅡ berrou o enfermeiro mostrando a marca impressa em seu braço, deixando assim, a injeção escapar, displicentemente, de seus dedos.
ㅡ Bom dia. O que está acontecendo? Quem é ele? ㅡ sussurrou Jimin colocando os óculos de grau que estavam pendurados por um cordão em volta do pescoço. Sendo essa a melhor forma que encontrou para não perder o objeto que, vez ou outra, esquecia por aí.
Sua memória após os sessenta, já não era a mesma.
ㅡ Oi, ajushi. ㅡ bufou a companheira de profissão, cruzando os braços. ㅡ Na verdade ele não é ninguém, só um velho rabugento que faz nosso trabalho ficar ainda mais enfadonho e cansativo. Olha só essa bagunça!
ㅡ Não diga isso... ㅡ disse o mais velho compadecido, encarando as costas do senhor que ainda se debatia para não lhe aplicarem a tal injeção.
ㅡ Mas é verdade! Nem mesmo a família veio mais lhe visitar. Me disseram que um parente só veio checar se o plano de saúde cobriria a carência e foi embora!
ㅡ Nossa... isso é muito cruel. ㅡ lamentou.
A confusão permaneceu por mais alguns minutos, porém cansados e vendo que não adiantava "bater de frente" com a teimosia do paciente, a equipe médica se afastou para traçar outro plano. Mas o Park não ficou a ver esse desfecho, pois tinha muito o que fazer naquele dia que antecipava as vésperas de Natal.
[...]
Já era bem tarde quando o senhor Park andou pelos corredores do hospital. Com a correria do dia a dia, não tinha notado as paredes que ganharam desenhos coloridos das criança da ala pediátrica, nem as caixinhas de papelão com um furinho no centro, onde as doações seriam destinadas a uma instituição de caridade. Também não tinha visto a árvore de plástico enfeitada com luizinhas que piscavam em uma velocidade diferente a cada cinco minutos, muito menos prestou atenção nas guirlandas igualmente colocadas encima de cada portal com os respectivos nomes dos pacientes.
De repente seus pés cansados travaram e, involuntariamente, colocou a mão no peito sentindo seu coração acelerar.
ㅡ Não pode ser... Jeon Jungkook?
Tirou seus óculos de armação redonda e limpou para ter certeza de que estava enxergando direito ou era apenas a fadiga pelas horas em pé, forçando sua saúde que já não andava tão boa assim.
Distraído em meio as lembranças que um simples nome lhe causava, sobressaltou-se, tampando a própria boca para não gritar ao ouvir um barulho vindo do tal quarto. Curioso, com uma ansiedade enorme para descobrir se suas suspeitas eram concretas, andou silenciosamente para verificar o que estava acontecendo ali.
Se tratava do mesmo senhor "rabugento" que viu mais cedo, tentando levantar do leito a qualquer custo, por isso se enrolou com os fios do soro enquanto com a outra mão, tentava esconder a fenda enorme da roupa hospitalar.
Era mesmo o "seu Jungkook"? Ele ficou hesitante, pensou em dar as costas e ir embora, mas também queria saber se o destino foi seu amigo ou se ainda brincava consigo ao lhe enganar pelo simples fato de sentir tanta falta do dono daquele nome estampado no lindo enfeite natalino.
Sem pensar muito, pigarriou, aquecendo a garganta antes de perguntar:
ㅡ Posso ajudar?
Jimin lhe encarou com as sobrancelhas franzidas, até olhar nos fundos do olhos redondos e todo seu mundo parar. Era sim Jungkook! Mesmo com a pouca luz vinda do corredor banhando o rosto agora enrugado, a figurava miúda a sua frente de cabelos ralos salpicados em tons branco, era a essência do seu primeiro e único amor.
ㅡ Eu não preciso de ajuda! ㅡ vociferou o outro, tentando se equilibrar em um pé só para não colocar o que estava engessado no chão. Segurava com força o ferro onde estava pendurado o soro, fazendo desse uma espécie de muletas. Jungkook não lhe reconheceu e ao tentar se mexer quase caiu, fazendo o enfermeiro correr, segurando-lhe a tempo.
ㅡ Me solta! ㅡ disse ríspido ao se desveciliar dos braços do profissional. ㅡ Esses remédios que vocês me obrigam a tomar, me deixa tonto!
ㅡ É necessário, senhor. ㅡ sussurrou Jimin com a voz embargada.
E nem mais um segundo foi preciso para o outro lhe encarar assustado.
ㅡ Ji...Jimin?!
Os lábios do Park tremeram e um soluço escapou ao ver de pertinho os olhos redondos e negros com rugas ao redor. Era Jungkook, sim, cinquenta anos mais velho. A marca do tempo estampada em cada mancha do corpo magro e fragilizado. Mas ainda sim, o Park via aquele brilho nos olhos ao qual se apaixonou tão perdidamente quando jovem.
Então não pôde julgar a atitude compulsiva do outro ao lhe abraçar. Só restou abraçar de volta o corpo esguio, tremendo devido tanta emoção.
ㅡ É você mesmo? Isso é um sonho? ㅡ perguntou Jungkook abraçando mais forte, com medo de tudo ser uma mera alucinação. ㅡ Meu Deus, por favor, que seja verdade dessa vez...
Jimin sorriu em meio às lágrimas e disse um "sou eu mesmo" com a voz abafada.
Após findarem o abraço cheio de saudade, continuaram de mãos dadas, ao se sentarem na cama hospitalar. Era estranhamente confortável estarem novamente juntos. Tinha muita mágoa, claro, principalmente da parte do Jeon que se sentiu, de uma certa forma, abandonado. E qual não foi sua surpresa ao saber que todas as cartas que escreveu, Jimin respondeu sim, mas as guardou covardimente. Também confessou que foi ao seu casamento, não chegou a entrar na igreja e fazer toda aquela cena de filmes de romance quando o padre pergunta "se alguém tem algo contra, que fale agora ou se cale para sempre". Só esperou ver o jovem casal correndo até a limosine depois da chuva de arroz com as felicitações de parentes e amigos. Jimin precisou ver de perto que o amado seguiria em frente e que ele também precisava.
Tinham tanto o que conversarem que não perceberam as horas correrem, logo amanheceu. Um novo dia surgiu cheio de significados e Jungkook foi abordado por alguém da equipe médica para tomar a medicação.
O boato de que os dois velhinhos dormiram abraçados na cama estreita, correu o hospital, mas não foi um escândalo desde que souberam que eram antigos namorados e no amor, nada é feio ou ultrapassado.
É apenas amor e ponto final.
"Afinal, o que é felicidade, se não, pequenos momentos em que sentimos uma profunda paz? A felicidade é abstrata para cada um. A minha alegria difere da sua, ela não é algo palpável, infinito ou comprável.
Mas era minha busca incansável.
Engraçado que um dia você roda pelo mundo e percebe que seus pensamentos ainda recaem sobre aquele que amou. Seus olhos percorrem cada milímetro dos lugares que compartilharam momentos juntos, tentando reviver o passado, desejando com todas as forças ser jogado de volta ao presente. E quando as almas ligam-se novamente, por um mero e certeiro tiro do destino, elas finalmente se resgatam.
Conosco foi exatamente assim, nossos corações cicatrizados foram capazes de deixar as mentes suspirarem em alívio ao aceitarem que mudanças aconteceram. O que nos deixou doentes e feridos, acabou se transformando em uma linda história de amor entre dois velhinhos que se reencontraram no hospital por causa de ossos frágeis.
Quando acordei do seu lado após quase cinco décadas, eu percebi que o amava. Vendo-o deitado tão serenamente sobre os lençóis esterilizados do hospital, com o Sol permeando a janela, batendo em seu cabelos avermelhados, percebi que você ainda era a única pessoa que me fazia sentir vivo.
Poderia esquecer que você foi embora quando ainda éramos jovens, afinal, não passávamos de duas crianças que não sabiam o significado do amor verdadeiro. Me casei, mas nunca quis ter filhos, imaginando como seria triste ter um pai que fingia ser quem não era o tempo todo. Dediquei minha vida, então, ao trabalho, fui bem sucedido e alcansei o sucesso. Ainda sim, tratei bem a mulher ao qual me acompanhou por muitos anos, até Deus a levar antes de mim.
Dizem que depois disso me tornei mais ranzinza, talvez fosse mesmo. Acabei afastando as pessoas de mim, então me acostumei com a solidão..."
ㅡ Querido, você estava aí esse tempo todo? Faz horas que te procuro. ㅡ Jimin foi até o marido sentado em uma poltrona do escritório. Jungkook ainda usava seu pijama confortável de calça e blusa xadrez quando o amado deu uma volta na mesa para dar um beijo singelo na sua testa esposta. ㅡ O que é isso?
ㅡ Era para ser surpresa.
ㅡ resmugou fazendo um bico, então virou a folha contrariado.
Jimin riu abraçando os ombros alheio.
ㅡ Eu já esperava, meu amor. Você sempre, sempre... ㅡ enfatizou divertidamente. ㅡ sempre me dá uma carta nas datas comemorativas!
ㅡ E você não gosta? ㅡ perguntou preocupado.
ㅡ Oh, eu amo! Tudo em você é precioso demais para eu não valorizar. ㅡ se apressou em dizer carinhosamente. - Agora vamos, fiz uma mesa bonita para comermos no jardim, o clima lá fora está bem agradável.
ㅡ Me dá só mais um minuto, estou quase acabando... ㅡ pediu, já pegando na caneta novamente.
O Park suspirou.
ㅡ Okay, seu teimoso. Só não demore muito, hum?
ㅡ Jimin selou os lábios do amado, se afastando em seguida.
ㅡ Amor, espera! ㅡ perguntou o mais novo quando Jimin estava quase fechando a porta para lhe dar privacidade. ㅡ Valeu a pena o nosso amor suportar tantos anos de espera? Digo... Você mudaria algo se pudesse voltar no tempo?
O sorriso do outro ainda aquecia o coração de Jungkook, principalmente quando aqueles olhinhos sumiam por detrás dos óculos redondos.
ㅡ Cada minuto que não te tive ao meu lado foi um lembrete de como você era importante. Por isso não mudaria nada. Eu te amo muito mais que antes, senhor Park Jungkook.
Jungkook também sorriu emocionado com a declaração sincera.
ㅡ Eu também... e vou te amar quantas vidas forem necessárias após essa, meu passarinho, infinitamente, pra todo sempre.
FIM
Tô muito soft. Foi intenso esse amor, heim? Um amor que rompeu a barreira do tempo... chorei escrevendo, porque desejo muito um amor assim, acho que todo mundo quer viver algo intenso e recíproco. Enfim, vocês gostaram? Agradeço minha amiga Melzinha632 que deixou eu adaptar o texto. Era uma oneshot e virou essa shortfic lindona. Vou indo, beijos!
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