Vicente Johnson:

Quando Ava apareceu em casa me pedindo para termos uma reunião amigável, achei meio estranho ir até a casa que ela e o irmão estavam morando perto da creche com os gêmeos.

Mesmo que os gêmeos quando a viram se divertiram com a tia Ava querendo brincar com ela.

Mas entre ter que ficar enfrentando o observador Luciano grego ou ir na casa de Ava com duas crianças que queriam brincar com os tios, coloquei os gêmeos no carro e saí de casa assim que viram Rafael pularam para fora querendo brincar com o segundo tio alto que eles viram.

Então saíram correndo atrás de Rafael, que foi pego desprevenido e caiu sentado no chão com as crianças rindo, fazendo poses de vitória com Rafael rindo divertido segundos.

Então fomos atrás de Pedro e o vi completamente apavorado ao ver Ângelo se aproximar lentamente, ava passou para proteger o irmão e fiz o mesmo para defender Pedro daquele monstro.

— Pedro, está tudo bem? — perguntei e ele me olhou antes de suspirar e balançar a cabeça.

— Sim, muito obrigado aos dois — Ele disse e deu um fraco sorriso. — O que está fazendo aqui?

— Sua irmã me convenceu a vir ver você — falei calmamente.

— E quem diria que iríamos ver aquele demônio desgraçado assim que chegássemos — Ava falou soltando um suspiro e colocou a mão no ombro do irmão. — Deveria ter pensando em uma maneira de estrangular ele.

— E ir para prisão — Pedro falou.

— O que quer que faça? Ele fez um monte de coisa de um verdadeiro psicopata com o Vicente e ainda está passeando livremente — Ava falou irritada. — Isso tudo me deixa revoltada com a impunidade dessas coisas.

— Não adianta ficar irritada afinal você sabe como ele tem o apoio da família e ainda sabe esconder as provas dos seus envolvimentos quando Rafael descobriu sobre os acidentes as pessoas que estavam envolvidas misteriosamente desapareceram — Pedro falou. — Temos que nos livrar da influência da família dele e ainda ter provas das coisas que ele faz.

— Então praticamente estão de mãos atadas — Falei.

— Mais ou menos, Rafael mandou ficarem atentos a qualquer coisa — Ava disse e olhou ao redor. — Vamos contar todos os fatos.

Voltamos para sua casa e senti o olhar atento de Pedro em cima de mim, era um pouco estranho vê-lo andando ao meu lado depois de muito tempo.

Não sabia ao certo o que deveria sentir se seria uma mistura de sentimentos, que pode variar de nostalgia a tristeza, de felicidade a arrependimento.

À medida que caminhamos, posso sentir uma tensão no ar, como se houvesse algo não dito entre nós. Às vezes, isso pode ser desconfortável, e o silêncio parecia ser ensurdecedor. Da parte dele havia um desejo de se reconectar comigo e de conversar sobre alguma coisa.

Tendo ele ao meu lado, me faz lembrar de momentos bons e ruins que compartilhamos juntos. Posso sentir uma onda de saudade e nostalgia, coisas que guardei em meu peito nos últimos três anos. Mas quero esquecer ainda não vejo mais ficando com ele romanticamente aquela minha versão que acreditava no amor tão facilmente desapareceu em segundos.

Em última análise, estar ao seu lado desencadeia uma série de emoções, memórias e sentimentos que podem ser difíceis de descrever nesse segundo.

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— Papai! — Os gêmeos desceram as escadas da varanda e caíram em meus braços. Eu sorri brilhantemente.

— Papai! Olha isso! — Otávia falou e apontou para Rafael que estava usando maquiagem mal acabada. Pedro e Ava soltaram uma risada. — O tio Rafael disse que poderiam usar a maquiagem da tia Ava nele!

Olhei para Rafael que simples deu de ombros, mesmo que estivesse parecendo um palhaço que foi molhado na chuva. De tudo o que me deixou surpreso foi como as crianças conseguiram passar tão bem a maquiagem.

— Ele disse que era melhor do que ficarmos jogando ele no chão quando se distraía — Gabriel falou e olhou para Rafael, imagino que pensando em qual seria o momento para pegá-lo desprevenido.

— Uau? De verdade, vocês deixaram ele muito elegante e bonito — Falei e soltei uma risada ao ver a expressão orgulhosa de ambos. — Vocês são tão incríveis que detalharam bastante as feições do tio Rafael.

Não faz muito tempo, comecei a perceber que eles estavam crescendo tão rápido para fazer as coisas. Até como falam uma língua estrangeira e memorizei uma frase inteira.

Meus filhos podem ser gênios!

— Na verdade essa maquiagem não é minha — Ava falou e olhei para Rafael. — Ele usa quando ajuda na ala infantil do hospital em que estou trabalhando, ele se fantasia como vários personagens.

— Eles encontraram na sala de estar e deixei fazerem alguma coisa — Rafael falou soltando uma risada.

— Papai, deixa a gente fazer em você para o encontro de hoje — Otávia falou e puxou minha mão.

— Sim, o papai vai ficar lindo — Gabriel disse e me olharam com olhos brilhantes.

— Não tem que me maquiar, só vou fazer o que sempre fiz — Falei rindo.

— Você tem um encontro? — Pedro perguntou.

— É uma festa da família da minha amiga, fui convocado a aparecer — Respondi.

Os gêmeos estreitaram os olhos ligeiramente e fizeram beicinho.

— Então porque o tio Donald disse que a única coisa boa vai ser os convidados? — Otávio perguntou com uma expressão confusa.

— Ele disse ainda para que você aproveitasse para ir atrás de alguém que te trate como um rei — Gabriel falou. — Para que tenha um grande par romântico.

Congelei no lugar, acho que tenho que tomar cuidado ainda mais com que os gêmeos escutem com relação a uma simples brincadeira do Donald.

— Pai, o que seria um par romântico? — Os gêmeos perguntaram-me olhando com pura curiosidade.

— O mesmo que os pais da tia Milena são um para o outro — Falei me agachando na frente deles. — Um par romântico é alguém que seja amável e cuide do parceiro de todo coração.

— Papai, você quer alguém assim? — Gabriel perguntou.

— Na verdade não quero — Falei. — Já tenho duas pessoinhas amadas ao meu lado.

— Quem são essas pessoas? — Otávia perguntou.

— Meus dois bebês — Falei com um sorriso e puxei ambos para perto dando beijos em suas bochechas redondas.

Você não deveria continuar me provocando assim, com. Sua fofura meu coração não aguenta.

— Então vamos ficar com o vovô — Gabriel disse.

— Bem, vocês não precisam vir comigo e o seu avô já disse que vai cuidar de vocês — Falei. — Também disse para ficarem longe dos doces essa noite e dormirem na hora certa.

Quando coloquei um olhar neles, ambos me olharam com uma expressão de fofura com olhos enormes fazendo com que soltasse uma risada, conhecia muito bem esse método deles.

Desistiram de tentar mudar minha mente e foram na direção de alguém para ajudar, ambos correram na direção de Pedro abraçaram suas pernas com olhos brilhantes.

— Tio Pedro ajuda a gente — Otávia falou com uma voz fofa.

— Sim, tio Pedro ajuda a gente — Gabriel falou com uma voz baixinha e tímida.

Se estivesse dentro de um desenho consegui ver um medidor de fofura surgindo ao lado de Pedro que estava no máximo então o mesmo me olhou perdido com essa reação das crianças e chamando por ajuda para saber o que deveria fazer nesse momento.

Soltei uma risadinha com Ava tirando uma foto do irmão, imagino que para mandar para seus pais.

— Crianças... Vocês têm que obedecer seu pai — Pedro falou em pausa. — Não posso ajudar em muita coisa.

— Mas você já foi amigo do papai, sabe como convencer ele — Gabriel disse e novamente o desespero na expressão dele surgiu.

— Sim, pode ajudar com o papai — Otávia falou.

— Crianças... — Pedro começou e congelou.

Dando uma risada, chamei as crianças que me olharam em segundos.

— Vamos fazer um trato se ambos se comportarem até a hora que voltamos para casa enquanto estamos aqui, vou pensar no assunto. — Falei calmamente.

— É verdade que você vai pensar? — Otávia falou.

— Sim, mas ambos têm que se comportar — Falei.

A resposta foi um pouco lenta porque eu queria provocá-los um pouco mais. Meus lindos filhos, vocês são tão fofos que ainda querem usar isso ao seu favor. Abracei ambos e esfregando suas bochechas. Ambos comemoraram e falou como se estivéssemos fechando um acordo.

— Pode deixar vamos nos comportar — Ambos falaram.

— Obrigado meus amores. — Falei e continuei abraçando eles com delicadeza.

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Gostaram?

Até a próxima 😘