Capítulo Dois

Vicente Johnson:

Continuo olhando para Pedro que está à minha frente, assim como a família do ex-namorado da minha amiga e por último minha prima com seus cabelos ruivos que ainda segurava o punho da irmã de Felipe.

— Escutem aqui, vocês sabem que somos, rapaz está atrapalhando uma conversa importante! — A víbora da mãe do Felipe falou. — E não me importo com quem você seja ou o que desse garoto de merda!

O lugar caiu num silêncio quando ela falou isso e só vi uma jato d'água passar por mim e atingir os quatro que gritaram de surpresa. minha prima havia surgido ao meu lado com um sorriso gigante surgindo no rosto completamente divertida na situação. Pedro estava perto mas consegui só ter os sapatos molhados.

— Vi! — Donald falou atrás de mim. — Precisar arrumar essa mangueira que você lava a varanda, o jato d'água está muito forte.

— Verdade pode ser muito perigoso você escorregar — Jéssica falou, mas ainda prendia uma risada.

Olhei pra trás e Donald sorriu inocentemente.

— Olha o que você fez com as minhas roupas de grife! - A irmã vadia de Felipe gritou. — Seu... Seu...

Donald a cortou jogando um dos brinquedos dos meninos. Que reconheci ser o chocalho da Otávia.

— Opa! — Donald falou. — Escorregou da minha mão! Olá, Shirley!

Minha vizinha da frente estava ali e prendia o riso. Ela vestia uma calça jeans e blusa preta e com os cabelos arrumados.

— Olá Donald — Shirley falou e olhou para as cinco pessoas na frente da minha casa. — Porque esses quatro estão molhados? E quem é esse com cara de bunda?

— Você acredita que a mangueira do Vicente estourou na cara deles? — Donald falou. — E também estavam arrumando um barraco na frente do apartamento e xingando e assustando os bebês, Jéssica e a Milena são provas vivas do que aconteceu.

Com isso minha doce vizinha fechou a cara, pois se tem uma coisa que ela detesta é quando machucaram ou xingam bebês e crianças.

Por isso gosto dela demais.

— Melhor vocês irem antes que chame a polícia para os Cinco — Shirley falou se controlando para não acabar com eles podia perceber isso.

Soca o Pedro e depois o restante do pessoal.

— Eu nem fiz nada — Pedro falou com um sotaque ainda atrasado. — Acabei de chegar aqui e presenciei a cena.

Shirley revirou os olhos e me encarou.

— Então o que faz aqui na frente da minha casa arrumando confusão? Esses aí devem ter dito ao porteiro que são conhecidos do Vicente para entrar no condomínio — Shirley falou irritada e se virou para abrir a porta da casa dela. —Se vão ficar com essa cara de bunda pra mim, vou dar uma de louca!

Ela destrancou a porta e retirou de dentro um bastão de madeira.

— Escolhem sair por bem ou por mal? — Donald completou por ela. — Ela vai rodar a baiana.

— Escolham a opção mal — Jéssica falou.

Os quatro nos encaram e se viram, mas como meu amigo é louco ele saiu para a varanda com a mangueira na mão e apontou.

— Ei Felipe! — Donald chamou ele, que se virou. — Isso é pela minha amiga!

O jato d'água voou com tudo na direção dele e agradeci por ser muito amigo dos vizinhos para não ouvir a reclamação tão facilmente.

— Seu...seu... — Felipe falava engasgando com a água. — idiota!

— Essa é a educação que sua mãe te deu? — A mãe do Felipe falou.

— Vocês são sem classe nenhuma — A que imagino ser a noiva do Felipe falou.

Olhei para Donald assim como Felipe que viu que agora cruzou uma linha sem volta. Meu amigo soltou a mangueira com tudo no chão e vi a tempestade se formar em cima da cabeça dele.

Tentei me aproximar, mas Jéssica puxou meu braço e Shirley puxou o de Pedro que estava a frente do olhar predatório de Donald.

— Quer saber o que a vaca da minha mãe me deu? — Donald perguntou e senti a atmosfera ficar mais tensa do que já estava antes. — Ela me ensinou a odiá-la, foi pra cama com meu namorado! E me ensinou a sempre me livrar de pessoas indesejáveis.

Num minuto só vi ele dar uma voadora na garota que estava à frente da família tóxica de Felipe que entrou na frente do golpe de Donald.

Felipe caiu no chão e Donald deu um chute nas bolas dele e outro no estômago.

— Isso é por magoar a Milena! — Felipe disse e deu outro chute. — E isso por casar dizer coisas que não deveria para minha amiga.

Cuspiu na cara dele e deu um olhar venenoso para as três mulheres que o olhavam apavoradas e se virou.

— Who is he? ( Quem é esse? ) — Pedro perguntou nervoso que trocou o idioma e respirou fundo. — Seu amigo?

Olhei pra ele, mas não respondi só vi quando meu amigo passou por mim entrando na minha casa.

— Vou ver como ele está — Jéssica falou. — Aqueles escritos irritaram ele para valer!

— Vai lá — Falei. — Vou resolver uma coisa aqui e já vou!

Ela olhou para Pedro e depois para mim com um olhar que dizia"Qualquer coisa só chamar". Passou pra mim e entrou na casa.

Me virei para o homem que amei no passado e só quero esquecer de sua existência.

Shirley me olhou novamente antes de ameaçar os outros quatro para irem embora, então quando viu o segurança junto do porteiro começou a se afastar dizendo toda a situação.

Olhei para Pedro soltando um enorme suspiro.

— Como me encontrou? — Falei indo direito ao tópico principal. — Sei que não foi com a ajuda do meu pai, afinal ele te odeia pelo que fez comigo.

— Não foi, seu pai que me ajudou — Ele confirmou. — Foi o meu cunhado que me ajudou com a ajuda da agência de investigação particular da família dele.

— Ele perguntou o motivo de você querer me encontrar ou porque nunca quis dizer onde estou para você? — Perguntei e ele ficou em silêncio. — O quê você falou para ele?

Ele ficou sem graça e quase não quis chutar a cara dele. Ênfase no quase

— Eu falei que você fugiu no dia do nosso casamento e ficou bem escondido durante três anos — Pedro falou e me contive soquei sua barriga.

Mas como sou menor e fraco ele nem se mexeu, e em encarou surpreso afinal detesto violência.

Esse foi um outro Vicente, que desapareceu a muito tempo atrás.

— Agora quis me difamar para os outros — Falei apontando para ele. — Já não basta a humilhação de ter transando com o vagabundo do Ângelo no dia do nosso casamento. Agora fala que fugi por não saber que queria ir pra frente com você, colocando toda a culpa em mim.

— Eu...... — Pedro começou a falar e o cortei.

— Você nada! — Falei ríspido e cansado. — Eu odeio você, te amar foi o pior erro da minha vida!

Ele me encarou e nada disse mais vi a tristeza em seu olhar.

— Vai embora e não volte mais aqui — Pedi quase sem voz. — Me deixe em paz!

Ele se virou e foi embora sem nem olhar pra trás, quando ele sumiu da minha vista encostei na parede ao lado da porta e me senti acabado até a alma.

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Após isso entrei pra dentro e fiquei com todos ali e meus bebês que pareciam sentir quando precisava de apoio moral pois não quiseram desgrudar de mim. Donald parecia um pouco melhor mas ainda podia ver a tempestade através dos seus olhos.

Jéssica ficou com junto e disse que tivemos sorte de termos conseguido ficar de férias.

A manhã e à tarde passaram entre conversar e baboseiras de todos, e quando deu cinco horas Jéssica resolveu ir embora.

A noite chegou e vi que meus amigos pareciam cansados ainda do nosso ocorrido de manhã, então falei para dormirem aqui hoje e os dois aceitaram.

Ainda bem que deixo roupas deles aqui em casa.

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Comemos um pouco das almôndegas que fiz e ficamos conversando enquanto dava as mamadeira para as crianças que dormiram e os coloquei nos berços. Quando deu nove horas fomos dormir.

— Boa noite — Falei para meus amigos que iriam dormir no quarto de hóspede.

— Boa noite — Responderam.

Fui andando até o quarto dos gêmeos pra conferir se estavam bem e vi que dormiam tranquilamente. Conferi se estavam quentinhos e fui pro meu quarto.

Ao encostar na cama olhei pra janela e uma estrela cadente passou por ela.

— Só quero ser feliz com meus filhos e em paz — Pedi e me deitei. — É o que mais desejo.

E fechei os olhos.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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