Detalhes sobre a obra
À princípio, havia um só O Papiro, que começava contando a estória de um faraó fictício, passando pelo seu descobridor. No final, o livro ficou enorme! Por sugestão de Marlyane, foi dividido em dois volumes.
Eu decidi alterar a linha linear de tempo do enredo. O Papiro ficou em primeiro plano; e depois O Papiro Revelado. Os capítulos de cada volume não se apoiam exclusivamente na tradicional linha cronológica. Claro que as alterações foram sutis, nesse aspecto, para não descaracterizarem a história original.
Infelizmente, o manuscrito que se perdeu continha todas as referências das fontes pesquisadas. Eram livros e revistas antigas, alguns semanários da época em que se desenrola o enredo... Moda, costumes, trejeitos, acontecimentos... Seria praticamente impossível reencontrá–los depois de tantos anos, pois não me recordo de todos que foram utilizados. Por causa disso, optei em fazer um romance histórico convencional, mas com ficção histórica aplicada, deixando para o leitor mais curioso a busca pelas explicações que possam tranquilizá–lo. Receio que a maioria das fontes não esteja disponível na internet. Mas encorajo o leitor a pesquisar informações alternativas, sem esquecer de que elas não são informações isentas de influências, mas interpretadas. Portanto, servem a um propósito.
Na verdade, não existem ideias puras – puras, no sentido de livres de influências externas. O que existe é o rigor metodológico, apoiado na neutralidade que, por sua vez, vai se modificando diante de um contexto. Trata–se de uma neutralidade relativa. Os egiptólogos, ao tentarem reconstruir a vida dos antigos egípcios, esbarraram nesse problema, que é o grande nó da neutralidade em geral (filosófica ou científica). De que maneira conceituar como os egípcios viveram, se os textos remanescentes provêm de manifestações oficiais daqueles egípcios que detinham o poder? No caso, tratava–se da elite egípcia. Além disso, são retratos congelados no tempo, de símbolos cujos quais não compreendemos o significado em sua profundidade, dado a formação moral de hoje – diferente da formação moral da Pré–História e da Antiguidade.
Naturalmente, alguns textos sobre o cotidiano do povo egípcio, de caráter informal, também sobreviveram. Isso auxiliou em grande parte na reconstituição de seus costumes. Só que muitos faraós reescreveram ou se apropriaram de ideias e ações desenvolvidas por seus antecessores. Dessa forma, como determinar o que realmente aconteceu? Isso vale para qualquer aspecto da História, enquanto ciência. Temos evidências, não certezas absolutas. Portanto, em analogia, convido o leitor a fazer uma arqueologia dos meus escritos.
O Papiro conta com a inserção de instituições e personalidades históricas famosas em seu tempo, que realmente existiram. Gaston Maspero, Dr. Franco da Rocha, William FlindersPetrie... Algumas licenças artísticas foram tomadas e personagens fictícias interagiram com personagens reais. Maspero, por exemplo, nunca teve um sobrinho chamado Fabian. Nenhuma expedição multinacional foi organizada pela Companhia Alemã, e muito menos, esta foi presidida por um certo Gerhard Von Hausen. As distorções se fizeram necessárias em benefício do enredo.
Sem mais, em nome das outras três autoras, apresento–lhes o faraó e seu descobridor... Duas personagens marcantes, impetuosas, que viveram intensamente ao longo das páginas desse romance – o qual foi dividido em dois volumes.
"Esta obra reproduz comportamentos e costumes das épocas em que foramabstraídos recortes conceituais para sua escrita, bem como da época retratada no enredo".
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