Epílogo

Nosso filho, fruto de uma relação entre uma humana e um nephilim. Uma criança que está herdando poderes de anjo, demônio, e que nasceu de uma humana. Uma criança mais do que especial.

Ela será protegida, será criada com todos os valores absolutos que acreditamos ser verdade. Será uma criança boa, que terá uma família de verdade, que viverá para o bem. Eu tenho esse dever de guiá-lo para um crescimento saudável e correto.

Meu filho conhecerá os valores morais desde cedo. Será um indivíduo íntegro, cheio de honra e espiritualidade. Terá boas amizades e não viverá com medo, pois eu o protegerei. Terá cultura, boa escolaridade. Irá ouvir boas músicas, apreciar entretenimentos sadios e ter prazeres lícitos. Meu filho será guiado a todo instante.

Eu, o maior caçador de demônios da história e protetor da humanidade, daria minha vida pelo meu filho. Ele terá a vida que eu não tive, não a que levei, mas a que deve ser vivida – como dizia Sêneca.

Ainda estou pensando no nome. Não é urgente, afinal, sempre fui problemático com nomes. No entanto, uma coisa é certa: o amor prevaleceu e esta criança é minha maior prioridade a partir de agora.

Porém não acabou ainda. A história não acabou, só deixou lacunas sem preencher, perguntas em aberto e vários furos e pontas soltas.

Quem é o novo líder das tropas do céu? O que os anjos estão fazendo? O que aconteceu com os Orbes? Quem assumiu o lugar de Miguel? Quem é o novo senhor do inferno? Quem assumiu o lugar de Samael?

O que houve com os quatro cavaleiros do apocalipse?

Não sabemos. Nem sequer sabemos se corre risco do Apocalipse acontecer de novo, pois foi algo profetizado pela Bíblia Sagrada e interrompido por dois irmãos que nem deveriam ter nascido. Não sabemos qual o futuro da humanidade ou da vida humana, se ela realmente terá uma segunda chance de viver na santidade ou se ela de fato se acabará.

Mas O JUÍZO FINAL vem aí.

E eu rezo todos os dias para que a humanidade realmente não se desvirtue do que é certo. Eu rezo e zelo para que a sociedade seja pautada na virtude, na moral e nos bons costumes.

A história diz tudo. Eu lembro de quando eu vivia naquela boate e todos os dias fazia coisas que destruíam minha dignidade, e via pessoas fazendo a mesma coisa como se nada daquilo fosse danoso. Vivi num mundo onde existia corrupção, existia corporativismo, existia mentira, existia falsidade, traição, etc. Um mundo onde existia suicídio, depressão, tristeza, miséria, injustiça, e tudo o que há de ruim. Coisas estas que nunca esquecerei, e que não quero ver de novo.

Posso não conseguir mudar o mundo, mas vou contribuir com TUDO o que eu puder para torná-lo um lugar melhor. Seja escrevendo livros, artigos, disseminando conhecimento, experiências de vida, professando, etc. Quero mostrar ao mundo que o certo é certo e o errado é errado. E somente assim o mundo deixará de ser esse apocalipse de cada dia. Afinal, vivemos num apocalipse, não é mesmo?

...

<Jun>

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Jun

Los Angeles, CALIFÓRNIA.

<Narrador Jun> Já que meu irmão está na Europa cuidando de sua família, está na hora de eu formar a minha. Já estive numa jornada de redenção, compensando meu temperamento desequilibrado e minha falta de moralidade. Agora sinto que preciso de alguém para me acompanhar no resto da minha jornada na Terra.

Meu irmão me mandou uma carta dizendo que o filho dele nasceu. Escrevi uma carta parabenizando, e claro, desejando toda a felicidade do mundo. Ele merece, diante de tudo o que ele construiu com amor e carinho. Agora preciso trabalhar para ser um tio legal, e também dar ao meu irmão um sobrinho... ou uma sobrinha. <//Narrador Jun>

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