15 de janeiro, 2019 - Terça (21h36)


Como estão?

Perdoem o hiato dos capítulos... Estou lutando contra algumas dificuldades pessoais aqui, mas sempre em frente, gente!

Dificuldades são nossa escola da vida, e é graças a elas que surgem as oportunidades de nos fazermos melhores.

Em vez de lamentar eu tento, a cada dia, evoluir espiritualmente.

💙 Força, a todos nós! 💙


Antes de iniciar o novo capítulo, quero recomendar uma música que tenho ouvido bastante (e ando cantando pelos cantos, quando menos percebo). Ei-la:

https://youtu.be/cT-Ma9nMVys

Boa leitura, povo!

💙


15 de janeiro, 2019 – Terça (21h36)


De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Temos um plano, e não temos medo de usá-lo!


Hey, amiga! Boa noite. A impressão que eu tenho é que aquele ignorante lesado do meu progenitor fez aquela ligação na semana passada só para atrasar todos os planos que eu estava criando para minha vida. Desde aquele dia parei de ver sobre a faculdade de psicologia, parei de ler os artigos que me interessavam... Tudo para focar no pedaço de lixo humano cuja herança genética está emaranhada dentro de mim de forma que me dá vontade de arrancar as células de meu corpo e queimar uma a uma. O problema é que isso implicaria em me jogar inteiro numa fogueira.

Queria ter sido levado para adoção para nunca ter o desprazer do conhecimento sobre quem foi o desgraçado responsável pela minha falecida mãe engravidar.

Caso você esteja se perguntando se naquele dia ele fez mais alguma coisa com minha avó, eu lhe respondo com certo alívio no coração que ele não fez mais nada depois do que contei no último email. Mas aquilo gerou uma onda que está reverberando até agora, e vou explicar o porquê.

Antes é importante dizer que na sexta-feira que lhe escrevi eu estava com a cabeça tão quente que sequer lembrava que era o dia de o Nicolas ficar totalmente livre da imobilização da perna. Meu primo o levou até o mesmo hospital da outra vez, e novamente optei por ir junto. Desta vez, consegui não passar mal apesar da sensação ruim que me tomou. Sentei com eles na sala de espera, e olhei para aquela mesma porta da outra vez, da psiquiatra. Estava fechada. Me perguntei se ela estava lá, conversando com algum paciente. Mas antes que eu descobrisse, meu namorado foi chamado. Em poucos minutos um Raio-x foi tirado, e o médico que analisou disse que ele estava novo em folha. Antes de sairmos, o Nick perguntou:

"Hãã... Eu já posso dirigir então, certo?"

O médico o olhou por uns segundos. Esse pequeno suspense me irritou e quase gritei para que o cara desembuchasse.

"Ééé... Até pode, mas espera um pouco, né? Você acabou de tirar a tala. Deixa seus colegas aí te levarem para casa, se exercita um pouco, e depois você pega no volante. E vê se toma cuidado da próxima vez".

Fervi de raiva: "Você acha que foi ele que causou o acidente?"

Sim, o idiota aqui peitou o médico. Quer dizer... Não literalmente. Não dá pra dizer que de fato peitei ele, porque estávamos distantes. Mas a irritação estava bem evidente em minha voz.

O Nicolas colocou a mão em meu ombro: "Zak, esquece isso. Vamos".

Enquanto fui empurrado para fora do consultório, me mantive encarando o "doutor", que provavelmente nem tinha feito doutorado. Devia ter uma lei proibindo esses arrogantes de colocarem "Dr" na frente do nome só porque fizeram a porcaria de uma faculdade de medicina. Ou de advocacia, que seja. Se algum dia alguém ver um "Dr" na frente de meu nome, poderá ter certeza de que não sou um desses nojentos, mas sim que fiz o curso que me dá direito a usar isso. Se bem que pensar nisso é sonhar alto demais, e sei que estou exagerando.

Mas me deu raiva.

Enquanto eu o encarava, fui encarado de volta. O cara parecia ter certeza que estava lidando com um paciente irresponsável no trânsito. Ah, se ele soubesse...

"Prefiro assim, Zak. A história verdadeira é muito complicada", explicou o Nicolas quando já havíamos saído.

Quando me acomodei no banco do carro, ele escolheu ficar atrás, comigo. Meu primo reclamou.

"Desse jeito vou ficar parecendo motorista particular!"

Meu namorado apenas riu e segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Foi isso que fez eu voltar a mim, e focar nas outras merdas que nos envolviam. Olhando para fora pela janela lateral, comentei.

"E aí... Alguma ideia do que fazer?"

"Cê tá se referindo ao tio?", perguntou Jonas.

"Estou me referindo ao traste. Eu não tenho pai, então você também não tem nenhum tio".

No volante, ele deu de ombros. Estávamos chegando no Pântano dos Mosquitos e, como ainda era horário de expediente, o portão com a placa da Belson's Flora estava aberto. Ele estacionou o carro em baixo de uma árvore frondosa, no gramado oposto ao local onde ficam as flores. O Lucas, que estava brincando quieto num canto, correu para nos receber. Assim que ele viu que o pai não tinha mais nada na perna, perguntou:

"Agora cê pódi mi carregá?"

E a resposta do Nicolas foi um sorriso com mãos estendidas. A cena foi simples, mas deixou meu coração quente. Fui atrás dele, que se direcionava para a casa, nos fundos do terreno.

"Eu vou tomar um banho. Depois a gente vê com a Jack e Jonas o que a gente faz. Mas já tenho uma sugestão".

"Me fala!", pedi.

"Primeiro quero tomar um banho. Mas não é nada de mais, Zak. Nada que você mesmo já não tenha sugerido antes".

Esse suspense só serviu para me deixar ainda mais curioso. Ele pegou a toalha e entrou sozinho no banheiro. Fiquei com o Lucas, que também pediu meu colo. Segurei-o e o abracei por um tempo.

"Qui ti foi, tio Dáki?", ele estranhou.

"Nada", respondi, já descendo as escadas. "É que gosto muito de você".

Ainda em meu colo ele se afastou um pouco de meus ombros para conseguir me ver.

"Eu tamém! Você é tipo igual o papai".

Meu coração pulou, dando aquela pequena beliscada de alegria.

"Ah, eu sou, é?"

"Aham! Você junto com o papai é... É o papai. Então tenho dois papai. A tia Jáck é tipo minha mamãe, e o tio Jonas é o tio, igual o tio Claus que me dá chocolate".

Dei risada pela explicação específica, e o abracei novamente para que eu tivesse tempo de dar umas piscadas e secar os olhos.

"Obrigado, Lu. Me deixou feliz".

Mas ele já estava querendo sair do colo para correr lá fora. Me sentei na escadinha da varanda, esperando o Nicolas terminar o banho. Essa pequena declaração do Lucas mexeu comigo de forma que esse pingo de gente não tem ideia. Ele é pequeno demais para entender o efeito que essas palavras podem ter num cara quebrado como eu.

Nunca imaginei que eu fosse ter uma família, e muito menos que alguma criança poderia me chamar um dia de "pai", mesmo que seja um pai de faz de conta. Em minha cabeça, essa palavra era amaldiçoada. E quem mudou isso foram o Nicolas e o Lucas.

Fiquei sentado lá, observado ele correr até a tia, tropeçando no caminho e voltando a correr sem chorar. Se fosse eu, naquela idade, teria desistido de correr e teria andado. Mas ele continuou correndo, e não caiu de novo.

Não vi o tempo passar. Quando menos esperava, levei um susto com o Nicolas aparecendo pela porta e descendo os três degraus da varanda onde eu estava sentado. Com ele andando sem muletas, ficou mais furtivo. Ou apenas tenha sido eu a estar muito distraído.

"Vou ajudar a Jack a fechar, e depois a gente come alguma coisa na mesa de piquenique, pode ser? Aí a gente conversa sobre o plano".

Não permaneci sentado. Me levantei e ajudei a fechar a floricultura. Neste processo, alguns vasos precisam retornar à pequena estufa de lona para não ficarem diretamente expostos durante a noite. Tem também a parte contábil, que geralmente é o Nicolas que faz, por ser quem menos detesta números dentre todos nós. Na verdade, ele é até bom demais com isso.

Depois que o portão foi trancado, sentamos todos na mesa de piquenique perto da casa e levamos pães, frios e frutas. Era horário de janta, mas como era sexta-feira isso não importava. Foi só depois de comermos um pouco – e de o Lucas perder o interesse em nossa conversa, indo brincar um pouco longe – que a pauta da reunião foi à mesa.

"Sobre as mensagens que recebeu... A gente não pode simplesmente deixar por isso mesmo", começou o Nicolas. "Você não devia ter falado aquilo para ele. Só atiçou o bicho".

"Eu sei..."

"Ainda bem que você não falou que sua avó poderia depor contra ele, senão seria pior. Sabe-se lá o que um bêbado nervoso pode fazer".

Me encolhi no banco.

A Jaqueline se inclinou mais para frente, na mesa e falou olhando para mim:

"Eu acho que não há problema nenhum em você contar sua versão, Dáki. Você estava se defendendo... A gente pode ir até o escritório da Lílian amanhã e ver o que ela sugere pra gente".

Cabisbaixo, suspirei. Não abri a boca.

"Eu já tenho uma sugestão", contou o Nicolas. Olhei-o com certa esperança, como se a nova sugestão fosse me isentar de ter nova reunião com a advogada. Ele certamente percebeu isso, pois foi logo dizendo: "Mas você ainda terá que contar seu lado para a Lílian. Não murche desse jeito, Zak... Isso é crucial... Minha ideia é de adiantarmos aquele convite que você fez para sua avó, e a trazermos para cá. Vamos ter que convencê-la de qualquer jeito. Dessa forma a mantemos segura, e você poderá denunciar o que ele faz com ela... E os maus tratos que fazia com você".

Assim como todas as ideias que já passaram pelo histórico da humanidade, aquela era boa na teoria. O problema é, e sempre foi, a hora da prática. Temos que contar que tudo estará sempre favorável para nosso lado e que todos vão desempenhar seus papéis maravilhosamente. Em nosso caso, os complicadores eram... Eu mesmo, e minha avó teimosa.

Tentei não estragar tudo e concordei, permitindo que marcassem um horário com a advogada Lílian na segunda-feira (ontem). Como essa pequena reunião foi na noite de sexta, eu tive bastante tempo para ficar remoendo o plano, ansioso, e essa parte foi horrível. Parece que meu sábado e domingo foram infinitos, mesmo com os gêmeos tentando conversar comigo para me distrair. Mesmo tentando ler ou assistir coisas, eu cheguei ontem no escritório dela como uma pilha de nervos. A sorte é que eu já a conhecia, senão creio que eu teria petrificado.

Fomos apenas eu e o Nicolas, com ele relativamente animado por voltar a dirigir depois de tanto tempo. E foi exatamente ele quem puxou o bonde. Meu namorado começou explicando melhor o contexto das ameaças do meu progenitor, e finalizou dizendo que o que aconteceu aquela noite não foi exatamente acidente, mas que foi para nos defender. E olhou para mim, passando a bola do relato. Respirei fundo, com medo de ela arrancar algemas de sei lá onde, e me mandar para a cadeia acusado de assassinato. Eu sei que advogados não têm esse poder, mas minha mente fértil cria facilmente esse tipo de cenário.

Respirei fundo e falei. Fui sucinto para acabar logo com aquilo, como esparadrapo arrancado de uma vez:

"O Marcus não tropeçou. Fui eu que o empurrei, e só depois ele tropeçou nas calças arriadas e caiu na frente do caminhão".

"Então... Você o empurrou propositalmente, mesmo vendo o que vinha na estrada?"

Concordei com a cabeça, completando:

"Eu não estava pensando direito. Eu tinha acabado de ser... Ah... Ele tinha acabado de me..."

"Sim, eu sei", ela falou, compreendendo minha dificuldade em falar do estupro. Continuei:

"E o Nicolas estava daquele jeito, com a perna estourada, sangrando... E tinha a arma. Eu simplesmente não estava com a cabeça no lugar. Eu só queria que aquele pesadelo acabasse logo... Então vi que o caminhão estava perto, e o empurrei para a estrada. Como ele estava com as calças baixas, se desequilibrou e caiu bem quando o caminhão passou. O resultado você sabe. Foi aquela atrocidade grotesca espalhada no chão".

A advogada pediu mais alguns detalhes sobre como estava meu "pai" nessa hora, e ficou pensativa. Disse para agirmos com calma no caso de meu progenitor, pois minha avó poderia sofrer as consequências de um ato impensado – como de fato ocorreu. Essa foi a deixa para o Nicolas comentar com a advogada sobre a ideia de a trazermos para a Casa das Flores, e a Lílian concordou ser o melhor a fazer, já que estava sob ameaça. E enfatizou:

"Mas você tem que estar disposto a contar essa nova versão para a polícia, Isaac".

Eu sabia disso.

Em momento algum falei sobre a vontade que eu já estava de vê-lo desaparecer de minha vida. Mas é verdade também que não planejei o que fiz. Eu estava mesmo alterado naquela noite.

Ficou decidido então que, assim que tivéssemos minha avó em segurança, seguiríamos com uma acusação formal, para que ele se mantivesse, por lei, longe da gente. Não que eu ache que uma ordem judicial vá fazer o traste desgraçado respeitar qualquer coisa, mas já é um começo. Quero ter a possibilidade de olhar na cara feia dele e dizer que se ele não se afastar eu chamo a polícia. É a realização de um desejo de criança.

A parte difícil do plano vai ser convencer minha avó a sair de lá. Mas acho que talvez isso já esteja encaminhado. Afinal, da primeira vez ela negou sem sequer ouvir a proposta inteira. Mas da segunda vez foi bem evidente que estava pensando no assunto. Tanto que abriu a boca pro filho lixo dela, e deu no que deu.

Assim que voltamos do escritório da Lílian, mandei uma mensagem pedindo a ela para me ligar no momento em que estivesse sozinha. Não demorou muito para meu celular tocar.

"O que você está inventando agora, Isaac? Eu não aguento mais esses castigos de Deus... Por favor, não complique mais as coisas".

Sequer disse oi. Foi assim que ela falou logo que eu atendi.

"Não quero complicar as coisas, vó... Só quero que você fique segura, sem o desgraçado te ameaçando o tempo todo".

"É o jeito dele. Não tem o que fazer. Só me resta orar. Ele é sei pai..."

"Ele não é meu pai! Ah, esquece..."

Respirei fundo. Tive vontade de responder que ficar apenas orando não adiantaria no caso dela, mas se eu dissesse isso desencadearia mais coisa ruim, com a pauta preferida dela: me acusar de ser comparsa do demônio. Em vez disso, tentei entrar na onda dela:

"Talvez Deus tenha ouvido suas orações, vó..."

"Que quer dizer? Não me venha com piada, Isaac, senão você sabe que..."

"Não é piada, estou falando sério", respondi, interrompendo o sermão que eu sabia que estava na ponta da língua dela. "Me fala uma coisa... Qual é o dia e horário que o traste fica mais tempo fora de casa?"

Ela ficou quieta por um momento. Quando eu achei que ela desligaria na minha cara, veio a resposta:

"De sexta-feira ele sai bem cedo, e só volta de madrugada. Por quê?"

A última pergunta veio ácida e enfática.

"É que a Jaqueline e eu queremos te fazer uma visita... Podemos?"

Eu não iria contar nosso plano verdadeiro, senão ela daria com a língua nos dentes e estragaria tudo. Citei minha cunhada porque sei que minha avó tem certa afeição por ela. No dia das mães, quando ela ficou o fim de semana aqui, amou tê-la conhecido.

"Ah... Vocês têm alguma notícia para me dar?"

Senti uma fagulha de esperança na voz de minha avó. Tive até pena, coitada. Certamente está pensando que voltarei atrás para me tornar hétero. Talvez ela pense que vou anunciar um casamento com a Jack – mesmo ela já sabendo que é meu primo que está noivo dela. A lógica de minha avó corre por caminhos estranhos. Eu meio que já desisti de compreender.

"Sim, temos uma notícia para dar, mas não é o que você talvez esteja pensando. Eu ainda sou namorado do Nicolas".

"Então o que é? Fala antes que teu pai volta. Se ele me ouve falando com você, vai ficar nervoso de novo. Anda! O que é?"

Não sei se ela estava ansiosa, ou apenas com raiva, mesmo. Certamente a raiva. É, deve ser isso. Me ouvir falar que ainda ando me atracando com macho deve pegar de jeito no preconceito dela. Aposto que arde lá no fundo, e eu não estou nem aí em fazer esse tratamento de choque até ela parar de ser tão azeda (se eu fosse psicólogo com um pensamento desse, iriam me perseguir e me emparedar vivo).

Mas, que seja. Ainda não sou porcaria nenhuma – se é que vou ser algum dia – e o plano foi montado. Minha cunhada cheia dos contatos já conversou com um rapaz que faz mudanças, e marcamos um horário na sexta-feira bem cedo, já que a viagem até lá dura umas quatro horas. O Jonas vai fazer as vezes de agente secreto, indo conosco e ficando perto dos bares que o traste frequenta, de olho para que ele não resolva voltar antes do esperado e estragar a mudança secreta de minha avó.

A parte desafiadora vai ser convencê-la. Mas acho que, tendo a Jaqueline comigo, a coisa fica mais fácil. Aquela garota faz mágica onde anda.

Então é isso. Deixei minha avó curiosa sobre o motivo da visita, mas quem está com os nervos à flor da pele sou eu. Queria esvaziar a casa toda e deixar aquele imprestável sem absolutamente na-da, mas meu namorado disse que assim ele sequer teria como sobreviver, e que estaríamos descendo num nível semelhante ao dele em escalas de "escrotice". Concordei.

Como a Casa das Flores ainda tem algumas coisas básicas que não precisaram ser trazidas para cá, só precisaremos trazer o essencial. Coisas como geladeira e fogão os gêmeos não precisaram trazer, já que eu tinha aqui.

Isso vai deixar o filho inútil de minha avó com tudo o que ele precisa para não morrer de fome. Quero ver o que ele faz com isso. Se botar fogo na casa e for com Deus, vai ser uma pena perder o imóvel, mas eu não lamentaria por ele. Afinal, órfão eu já sou. Apenas iria constar no papel o óbito de um ser que nunca contribuiu para nada em minha existência além dos genes nojentos dos quai não consigo me livrar.

Pensando nisso, é até bom que eu não tenha filhos biológicos. Seria um desastre perpetuar a coisa ruim dentro de mim. Meus espermatozóides vão continuar dando de cara com o ralo do chuveiro ou com o corpo do Nicolas... Nada além disso.

E não quero nem imaginar como eu fui gerado. Deus me livre e guarde de tal pensamento. Tenho até medo de descobrir como aconteceu. Juro, amiga... Às vezes penso que fui fruto de um crime velado, sabe? Você entende o que quero dizer, não é? Sinceramente, eu prefiro a ignorância. Do fundo de meu coração, não quero saber disso nunca. E torço para que não passe de uma suposição absurda de minha cabeça doente por conta do que passei.

Ah, chega. Já estou começando a escrever umas coisas bem cabulosas aqui. Pra mim já deu. Não quero te atormentar com esse papo horrendo. Vou ficar um pouco na sala com o pessoal. Estão todos assistindo ao jornal da noite – coisa que não gosto muito, mas vou encarar depois dessa suposição que me atormenta a mente.

Bye irmã-anjo! Estou torcendo para não sonhar com essa baboseira obscura que contaminou minha imaginação.




Um abraço a todas as leitoras e leitores 💙

Atenciosamente,

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