04 de Outubro, 2018 - Quinta (22h13)

Hey, como vai? Lyan aqui 😁.

Antes do capítulo eu gostaria de perguntar: você tem ideias únicas, mas não sabe como tirá-las da imaginação e organizá-la de forma que se torne uma boa história?

Não deixe passar a oportunidade de contar sua história. Acredite: se tiver a técnica correta, você tem o poder de encantar pessoas. Afinal, você é a única pessoa que pode contar essa história da forma certa (essa mesma, que está escondidinha em sua imaginação).

Então, assim que terminar este capítulo, dá uma olhada no link que vou deixar no final.

Garanto que é uma indicação imperdível 😍


04 de Outubro, 2018 – Quinta (22h13)


De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Não sei como consegui me conter... Só Deus sabe como me segurei!


Boa noite, amiga! Hoje o dia foi bem cheio. E ontem eu não te escrevi porque... Bom, aconteceram coisas... Mas calma.

Para começar, fico feliz (demais) em dizer que os dias estão voltando ao normal. Ou melhor, acho que seria mais correto dizer que estamos entrando numa espécie de "novo normal", já que agora o Lucas mora na Casa das Flores oficialmente. Na terça-feira, dia seguinte à nossa comemoração no Shopping, voltamos a abrir a Belson's Flora, e já tinha um monte de encomendas e arranjos para arrumar.

A Jaqueline e o Jonas estão o tempo todo falando sobre o casamento, fazendo planos, e isso meio que cria um clima de pré-festa entre a gente (mesmo sabendo que esse evento ainda vai demorar bastante para chegar). Já o Nicolas parece que engoliu uma pílula de felicidade: de manhã ele prepara um banquete para o café de todos nós, depois se arruma para a faculdade (eu não falei nada, mas dá um pouco de ciúme ver ele ficando tão lindo para estudar... Deve ter um monte de gente de olho... Mas enfim).

E o Lucas? Ah esse sim está radiante. Nem parece que tinha "cebolas" nele dias atrás. Ele até pergunta sobre a mãe, quer saber quando vai vê-la, e tudo o que falamos é que ela está dodói e que vai demorar um pouco até poder visitá-la. E realmente, os médicos da clínica disseram que ela precisa se recuperar um pouco antes de receber a visita do Pinguinho, pois ela entrou numa crise de abstinência, e está tomando calmantes e coisa do tipo. De acordo com o enfermeiro que falou com a Jaqueline ao telefone, a Sônia poderia ficar agressiva com o Pinguinho, por conta da crise. Quando a Jack nos contou isso, acabei não me segurando: "A Sônia, agressiva? Ok, e qual foi a novidade?". E minha cunhada concordou comigo.

Como antes o Lucas só ficava na casa dos Belson nos finais de semana, ele está achando o máximo estar aqui por tanto tempo. Mesmo que já tivéssemos falado para ele que agora moraria ali, acho que o Pinguinho ainda é "pinguinho demais" para entender que é para sempre. De vez em quando ele pergunta quando a mãe irá buscá-lo, e vou te contar uma coisa... Notei que todas as vezes que ele pergunta isso é com certa apreensão.

Antes de começar esse rolo (de a Sônia impedi-lo de ver o Nicolas), era comum ela sempre armar alguma discussão ao trazer ou buscar o Lucas. Em outras palavras, o coitado acabava sempre tendo uma experiência desagradável nesses momentos de leva e busca. Creio que por isso ele tem essa apreensão sobre o momento de ir embora. Sem falar que ele saía da Casa das Flores, um lugar leve e agradável, para voltar para uma casa imunda, cheia de lixo jogado e com uma mãe desnaturada que se drogava com um cara diferente por semana. A sorte dele é que a Dona Rosa o tirava daquele buraco e o levava para a edícula dos fundos, senão a cabeça dele já estaria pastosa e derretida igual a da mãe monstra.

Por isso, sempre que ele pergunta sobre ser buscado, fica radiante ao ouvir a resposta de que vai continuar lá "com o papai, a titia Jáki e o tio Dáki". Tadinho... Ele mais do que merece ser feliz e ficar tranquilo sem medo de ser levado embora para o lixão que a mãe morava.

Como o Lucas está dormindo no quarto do Nick, ele está ficando na sala para dormir (naquele sofá macio e espaçoso que eu amo). Ele até poderia ficar no quarto com o filho, mas sempre fica até tarde estudando, e não quer acordá-lo. De segunda para terça (quando eu escrevi aquele e-mail enorme para você) acabei dormindo com o Nicolas na Casa das Flores. Mas de terça para quarta eu falei para o Nick que seria melhor eu ficar aqui, em minha casa, pois ainda não sabemos como o conselho tutelar pode encarar essa coisa de eu ficar dormindo na casa deles.

Tanto a Jaqueline quanto o Nicolas disseram que não tinha nada a ver, então expliquei: "A gente não tem um quarto de casal, nem nada do tipo... Acho meio complicado ficarmos os dois na sala, sei lá... É meio problemático". Eu não entrei em detalhes para a Jack, mas ela não é besta e deve ter entendido. É que, de segunda para terça, quando dormimos juntos, nosso beijo de boa noite esquentou um pouco. Mas não fizemos nada exatamente pelo fato de o Lucas estar dormindo no quarto ao lado da sala. Se ele resolvesse levantar à noite e pegasse a gente no ato, eu iria pedir pro Seu Antônio me enterrar vivo numa das covas do cemitério.

E creio que foi por causa desse meu argumento que a Jack, na quarta-feira (ontem), sugeriu de... Ah, espera! Estou me esquecendo de contar uma coisa importante antes!

Amiga, você não acredita... Por falar em pedir para o Seu Antônio me enterrar vivo, eu quase quis entrar num buraco terça-feira. É que nesse dia o Lucas meio que fez jus ao nome. Sabe aquela história de que toda criança chamada Lucas é uma peste? Bom, ao menos era o que minha avó sempre falava. O Pinguinho é sempre meigo e comportado, mas na terça-feira ele estava parecendo um furacãozinho. Primeiro brincou com a bicicleta em meu quintal até "atropelar uma árvore" (palavras dele) e abrir um corte na boca. A cena foi engraçada, mas a gente ficou com dó dele, então fizemos força para não rir. Depois do almoço o susto já tinha passado, então ele continuou com a bicicleta. Mais tarde, quando o Nicolas já tinha voltado da faculdade para ajudar na floricultura, acabou tendo uma quantidade grande de clientes, então pedimos para o Lucas entrar e brincar com os blocos de montar dentro de minha casa. Ok, ele foi, todo bonzinho. Cerca de uma hora depois, quando estávamos fechando o portão e encerrando o expediente, o Lucas veio andando até nós com algo na mão. Ah, Jesus... Eu estava ao lado do Nicolas, estendendo a tela de proteção para as plantas, e o Pinguinho perguntou: "O que é isso, pai? Quando eu ligo aqui, treme tudo!". Assim que olhei, notei meu vibrador na mãozinha pequena dele...

Ah, puta que pariu, parecia que eu tinha levado um tiro de gelo no coração, tamanho foi o pânico! Olhei rápido para o Nicolas, e ele estava com a testa franzida, confuso. Provavelmente porque as peças "criança + brinquedo erótico" não combinam, então demorou para ele se ligar do que se tratava.

A primeira reação que eu tive foi gritar: "Não, Lucas! Porra, onde você achou isso?".

Agora me dá uma culpa enorme de ter sido grosso com o Pinguinho, porque no segundo seguinte ele começou a chorar... Mas eu realmente fiquei apavorado, amiga. Olhei para o Nicolas, que elevou as sobrancelhas e arregalou os olhos (pois finalmente entendeu o que era a coisa comprida e cilíndrica), e saí correndo pro meu quarto antes que ele falasse qualquer coisa.

Por que corri? Bom, por dois motivos: o primeiro era para guardar novamente a Bala de Prata (apelido que dei a meu vibrador, lembra?), e que fosse num lugar que criança nenhuma alcançasse. O segundo motivo pelo qual me mandei dali era porque a vergonha estava me matando. Tive vontade de me afogar na privada, porque eu nunca havia contado para meu namorado sobre um vibrador. Aliás, fazia muito tempo que eu não usava... Então acabei fugindo (de novo...). Quando dei uma espiada pela sacada de meu quarto, vi o Nick falando com o Lucas, e levando-o até a Jack, que fazia o fechamento diário do caixa (ainda bem que ela estava longe naquela hora, senão minha vergonha seria ainda maior). Em seguida o Nicolas veio onde? Adivinha? Lógico que veio até meu quarto.

Quando ele abriu a porta eu estava sentado no chão, diante de meu guarda-roupas, abraçando meus joelhos e escondendo meu rosto. Ouvi a porta ser trancada, e notei que ele sentou ao meu lado. De início, não falou nada... Era só silêncio. Continuei com o rosto escondido, esperando a bronca por ter gritado com o Lucas (até falei palavrão na frente dele), mas em vez disso o que ouvi foi tão inesperado que tive que levantar a cabeça e olhar para ele: o Nicolas estava caindo na gargalhada.

"Zak, você estava pálido! Por acaso eu vi direito? Aquilo é o que eu acho que era?"

Como eu estava olhando nos olhos dele, vi que não estava bravo. Pelo contrário, parecia que estava tendo dificuldades de segurar uma nova onda de risos. Isso obviamente me deixou mais tranquilo, mas mesmo assim ainda me sentia mal.

"Desculpa por falar daquele jeito com o Lucas... Você teve que ficar um tempo lá consolando ele, né..."

"Consolando? Não, não... Eu estava dando uma bronca no Lucas."

"Quê? Mas por que? Eu achei que eu merecia isso por ter falado daquele jeito! Nick, eu fiz ele chorar..."

"É, eu vi. Mas ele tem que entender que não pode sair mexendo nas coisas dos outros sem permissão. Ainda mais quando essa coisa é um... Pfff..."

E ele começou a rir novamente, então não aguentei e acabei rindo junto.

"Para, seu besta. Eu tô com vergonha por você ter visto aquilo..."

"Desde quando você tem? Me mostra?"

"Cê tá louco? De jeito nenhum! É muito vergonhoso!"

"Não é, não. Me mostra, por favor!"

Ah, amiga... Ele me olhou com uma cara de piedade, e uniu as mãos em súplica então acabei cedendo. Levantei e peguei, no fundo do guarda-roupas, no ponto mais alto, o vibrador. Dei na mão do Nicolas e me afastei dele, indo sentar em minha cama. Fiquei encarando-o morrendo de vergonha enquanto ele girava a coisa nas mãos.

"Vai, me julga... Fala logo o que tá pensando antes que eu morra sufocado."

Ele ligou o vibrador, e deslizou-o nas mãos. Depois me olhou e deu a porra dum riso safado. Meu Deus do céu, eu não estava pronto para aquilo. E estava menos pronto ainda para o que ele disse em seguida: "Quero ver você usando."

"Hein? Do que você tá falando? Tipo... O quêêê? Mas, c-como assim? Usando o que? H-hein?"

Sim, amiga, foi patético. Eu praticamente estava tendo um treco. O Nicolas se levantou e sentou junto a mim, em minha cama de solteiro apertada demais. "Quero ver..."

"Eu... a... agora? Nick, eu... É que... Não, eu..."

Deus, se houvesse uma cova no chão, eu juro que entraria. O Nicolas parecia estar se divertindo com meu embaraço, porque ficou me olhando, ainda com aquele riso enviesado que eu simplesmente amo. Aquele riso que faz eu querer tirar a roupa e dar pra ele a noite toda até meu cu arder! Ah, céus... O Nick sabe ser malvado quando quer.

Então ele riu novamente: "Relaxa, Zak... Estou só te zoando. Bem, ao menos por enquanto. Então... Desde quando você tem um vibrador tão chique? Parece um projétil cromado..."

"Erm... Eu chamo de Bala de Prata... Tipo o que usam para matar vampiro e talz."

"Oh! Gostei do nome."

Então contei a ele sobre quando eu ainda trabalhava no escritório, lembra? Sobre eu ter entrado por acaso naquela loja, e sobre a vendedora ser tão boa de lábia que saí de lá com o vibrador numa sacola. Ele ouviu atento, e de vez em quando mordia os lábios. Fiz questão de avisar que eu não usava há tempos (não que isso importasse, mas eu queria que ele soubesse). Então ele fez a pergunta mais indecente que eu já ouvi: "Em quem você pensava enquanto estava usando?"

Eu arregalei os olhos, e provavelmente fiquei vermelho, porque senti minhas orelhas e bochechas queimando. "Acho que isso é meio óbvio, né, Nick... É claro que eu pensava em você, tonto."

"E que tipo de fantasia você tinha comigo?"

"Ah, não! Nem vem! Esse tipo de coisa eu não vou ficar falando!"

Então ele veio pra cima de mim com cócegas, e disse que só pararia quando eu contasse. E sabe o que é pior? Ele falava sério. E sabe o que é pior ainda? Quando sinto cócegas eu praticamente travo... Meus braços e pernas amoleceram e eu virei uma gelatina inútil, rindo e implorando por misericórdia, porque mal conseguia respirar.

"Tá bom, tá bom! Ahh... Porra, você quer me matar?"

"Conta."

"Você tá insistente hoje, hein?"

"É que sinto que a gente perdeu muito tempo nesses últimos dias. E também... Porque de certa maneira quero te punir, mas de uma forma não tão cruel."

"Onde que isso não é cruel? Eu quase morri sem ar!"

"Então conta..."

Ele havia me prendido na cama. Meus braços acima da cabeça, e ele segurando meus pulsos. E como eu estava mole pelo excesso de cócegas (isso é uma arma!), não conseguia me soltar. Não tinha para onde correr, e o Nicolas estava mesmo insistindo naquilo.

Minhas fantasias... Bom, você sabe. A fantasia que mais tenho, e que me levou a fazer aquela merda com a Hellen é a de poder inverter os papéis com o Nick. Em outras palavras, eu sou louco pra comer aquele pedaço de delícia. Olhar para a bunda gostosa dele e meter com vontade, até gozar dentro de meu namorado.

Mas não falei isso... Não sei se ele está pronto para saber dessa intensidade toda (ou sou apenas eu que tenho vergonha de ser sincero demais?), então virei o rosto, na tentativa de me esconder no travesseiro, e falei: "Quero te tocar... Lá atrás."

Ele soltou meus braços e ficou me olhando. Não respondeu nada, e me beijou. E não foi um beijinho qualquer. Foi delicioso, quente e molhado... Passei a mão sobre a calça dele, e notei que estava tão duro quanto eu. Mesmo ouvindo meu desejo, sobre tocá-lo lá atrás, ele não brochou. Bom sinal. Então me sentei na cama e dei uma rápida espiada pela varanda da sacada do quarto, para ver se não havia ninguém vindo entre as árvores.

"No que está pensando, Zak? Sabe que não podemos fazer nada demorado, não é?"

"Eu sei... Só quero sentir seu gosto um pouco..."

E abri a calça dele enquanto o olhava de forma intensa. Meu namorado estava sério demais, e aposto que deve ser por ter lembrado da merda que fiz com a Hellen. Certeza que sim... Mas ele não me parou, e quando comecei a chupar, ele segurou meus cabelos e se deitou em minha cama, gemendo de vez em quando e movendo os quadris.

Ah, que saudades eu estava de ouvi-lo gemer (e se mover) daquele jeito... Só fez com que eu pensasse ainda mais nele fazendo este mesmo som enquanto eu o penetrava. Mas continuei apenas com a boca e língua, delineando todo o comprimento do pênis gostoso de meu namorado. Por um momento pensei em tirar minhas roupas e sentar nele, mas eu não estava pronto. Precisaria de um banho, e também me limpar por dentro (sabe, a tal "chuca"... Odeio esse nome, e o termo correto é pior ainda: "enema").

Enfim. Tive que me conter apesar daquela delícia de homem com pau duro na minha frente. Quando ele gozou, fiz questão de engolir tudo. Não que eu ame o sabor, mas é uma forma de mostrar a ele que estou entregue. Que sou dele, e que o quero por inteiro. Ah, e como quero...

Ele começou a mexer em mim, dando a entender que tiraria minhas calças para retribuir (ao menos eu acho que era para isso, pois eu não deixaria que me penetrasse naquela situação), mas nessa hora ouvimos a Jack chamado lá de baixo. Ela precisava da chave do carro, que estava com o Nicolas, e também tinha o Lucas que estava nos procurando.

"É... Deixa pra outra hora", ele falou.

Descemos para que ele entregasse a chave para a irmã, e vimos o Lucas agarrado na perna dela, com uma carinha meio amuada. Assim que ele me viu, a Jack o encorajou para ir até mim.

"Dicupa, tio Dáqui..."

Então a Jack insistiu: "Desculpa pelo quê, Lucas?"

"Dicupa por mexer nas suas coisas..."

Eu me ajoelhei, para ficar na altura dele: "Eu te desculpo. Mas você promete que não vai mais mexer nas coisas sem permissão?"

"Uhum..."

"Então me dá um abraço! Me desculpa também, Lucas, por gritar com você."

"Tá bom."

Então a Jack pegou a chave e se despediu de nós. Assim que ela saiu, cochichei para meu namorado: "O que, exatamente, você contou a ela?"

Ele deu aquele risinho enviesado, provavelmente porque se lembrou de meu vibrador: "Só falei que o Lucas mexeu onde não devia... Relaxa, seu segredinho erótico está bem guardado comigo."

Depois disso, fomos os três para a Casa das Flores, jantar, e depois voltei para meu casarão. E essa foi minha terça-feira.

E agora que surge a última parte do que eu tinha para te contar... É que ontem, depois que o Nicolas chegou da faculdade, a Jaqueline disse que iria Levar o Lucas para passear num parque da cidade, junto com o Jonas, e depois ficariam com ele durante a noite toda.

"Para que o casalzinho possa ter um momento à sós", ela completou.

"Valeu, Jack!", foi o que o Nicolas falou.

Ela piscou e respondeu com um riso: "Tranquilo! Me deve uma!"

Isso que ela falou fez eu ter a certeza de uma coisa. Então, assim que ficamos sozinhos, perguntei:

"Foi você que pediu pra ela ficar com o Lucas?"

"É... Acho que aquilo de ontem precisa de um desfecho, você não acha?"

Ah, amiga... Ele estava de novo com aquele sorriso difícil de resistir.

Por um breve momento, me lembrei de nossas últimas transas, quase um mês atrás, de quando ele ainda estava se fechando e me deixando de lado. Então fiquei com um pouco de medo de aquele sexo frio e ruim se repetir. Por um lado, eu tinha consciência de que era um medo bobo... Afinal, eu sabia que, o que tinha motivado ele a agir daquele jeito, eram problemas já resolvidos. Mas você sabe... Gato escaldado tem medo de água fria (ou algo do tipo... Esse termo sempre me soou estranho).

"O que foi? Por que está com essa cara, Zak?"

"Erm... Nada, não. É que... Vou ter que me aprontar antes", respondi, e subi as escadas para pegar minha toalha e ir para o banheiro.

Fiz o que tinha que fazer lá, e fiquei limpo para a noite... Coloquei uma roupa que me deixasse apresentável, arrumei meus cabelos para que não caíssem tanto nos olhos... Mas eu estava apreensivo. É que, sem contar a boquete da noite anterior, meu último ato sexual havia sido aquele, com a Hellen. Acho que a melhor forma de explicar é: eu estava com minhocas na cabeça. Sei lá, todas as possibilidades pareciam possíveis: ele ser estúpido novamente (por vingança, vai saber), ou de ele sentir nojo por eu tê-lo traído, e desistir de transar comigo para sempre...

Ah, amiga... Minha cabeça é uma monstra comigo, você sabe, né.

O Nicolas também havia ido tomar banho, na Casa das Flores, então desci as escadas e fiquei esperando, sentado na cadeira do jogo de jantar (os únicos móveis naquele cômodo, já que o colchão do Nick e a televisão dele, que ficavam no chão da sala, foram levados de volta durante minha semana ausente).

Enquanto eu esperava, fiquei matando tempo no celular. Eu estava com um tique na perna, tremendo ela, e ficava o tempo todo olhando pela janela para ver se o Nicolas já estava vindo. Parecia que ele estava demorando uma eternidade, mas o relógio dizia que eram apenas alguns minutos. E quando ele finalmente chegou, achei que fosse ficar sem ar.

Eu sei que eu sempre falo isso, mas ele estava lindo. Os cabelos loiros meio bagunçados, ainda um pouco úmidos pelo banho, e uma camiseta preta meio agarrada no corpo meio musculoso dele. E meus olhos foram para a marca sutil dos mamilos dele, intumescidos por baixo da roupa...

Aaahhh... Meus pensamentos estavam apressados. Eu já queria despi-lo ali mesmo e começar a sentir cada centímetro de meu namorado. Mas não fiz nada, só continuei olhando em silêncio. Ele trancou a porta, pendurou a chave num prego ao lado, depois se aproximou e encostou na mesa, de frente para mim.

"Vem cá", ele sussurrou, estendendo uma das mãos para que eu me levantasse. Com a outra mão deu play no celular dele, e depois segurou em minha cintura. "Dança comigo?"

E uma música lenta começou... Uma música que sequer conheço, mas era muito bonita. Me senti um pouco estranho, porque não sou o tipo de cara que dança (você bem sabe disso). Principalmente uma música lenta, que parece ainda mais difícil.

"Deixa pra lá, eu nunca fiz isso antes"

Ele sorriu, mas não deixou pra lá. Me puxou de leve, e começou a se mover devagar, no ritmo, então tudo o que me restou foi acompanhá-lo. O Nicolas fechou os olhos e apoiou a testa na minha enquanto nossos pés iam, lentamente, para lá e para cá.

"Obrigado, Zak..."

"Hãn... Ok, mas... Pelo quê?"

Ele deu um riso com as narinas, e abriu apenas um dos olhos para me espiar: "Por aceitar o Lucas, junto comigo... Por ser uma companhia tão incrível tanto para ele quanto para mim... Enfim, por ser você".

"Ah, sim... É que ele é fofo demais, não teria como não aceitá-lo... Mas não entendi isso de você me agradecer por eu ser eu... É por eu ter sido eu demais que deu tanta merda nos últimos dias..."

Começou outra música enquanto ainda dançávamos abraçados.

"Nem tanto... É por você não ter pensado muito antes de agir que fez bobagem. Do jeito que você fala, faz eu parecer um louco por ter me apaixonado por você, Zak".

Eu ri: "E não é?"

Ele riu junto, e ficou pensativo. Depois falou: "No início eu achei que estava, sim. Me interessar por um cara, quem diria que isso fosse acontecer? É que sempre me defini como hétero... mas a verdade é que nunca me interessei por ninguém antes... Nunca. Por ninguém. Quando falavam do tal gelo no peito, da paixão de adolescência, eu achava que algo dentro de mim estava quebrado, porque nunca soube o que era me apaixonar. Nem por mulher, nem por homem. Eu simplesmente não me interessava... A Jack chegou a me falar, antes de eu te conhecer, que eu devia ser 'Ace', e como eu não entendi nada ela explicou que isso era a pessoa assexual".

Eu estava olhando para ele. Nossos olhos a poucos centímetros de distância, e nossas bocas tão próximas a ponto de eu sentir o calor do hálito de menta de meu namorado enquanto ele falava.

"Mas quando te conheci, comecei a sentir essa coisa", ele continuou.

"Cuidado, pode ser constipação".

E ambos rimos. Eu sei que ele estava falando sério, mas aquela declaração me deixou sem jeito, e a única besteira que pensei na hora, soltei. Obviamente era para disfarçar o fato de eu simplesmente não ter palavras para aquilo.

"Não faz muito tempo, voltei a esse assunto com a Jack. Falei para ela que eu definitivamente não era 'Ace', então ela me deu um novo rótulo".

"Já sei, ela disse que você só é lerdo demais para perceber as coisas?"

Eu sei, eu estava começando a exagerar nas piadas...

"Não. Ela me chamou de 'demissexual'. Eu nunca tinha ouvido falar disso".

"Nem eu... Que porra é essa?"

"Quer dizer que só sinto vontade de fazer isso com pessoas por quem sinto algum tipo de laço afetivo".

"Ah".

Por um lado, achei interessante, mas uma parte de mim preferia que ele continuasse contando sobre o tal sentimento que brotou nele. Sobre ter se apaixonado por mim. Sei que isso é excesso de carência de minha parte, mas confesso que aquilo havia feito bem para meu ego. Então, enquanto uma terceira música romântica começava, algo que sempre me incomodou voltou a meus pensamentos, e parei a dança: "Desculpa tocar no assunto, mas... Se você só sente atração sexual com pessoas por quem esteja envolvido sentimentalmente... Como o Lucas nasceu?"

A cara que o Nicolas fez deu a impressão de que tinha sentido uma dor de barriga repentina: "Não quero falar nisso agora, mas... Acho que basta eu explicar que foi parecido com você e Hellen... Era uma festa, e tinha todo o tipo de porcarias lá para usarmos... A única diferença era a de que eu estava solteiro".

Naquela hora, quem sentiu a dor de barriga foi eu: "Hum... Não precisava desse chute na minha consciência"

Ele suspirou, e beijou o topo de minha cabeça: "Foi você quem perguntou..."

"Então, volta na parte em que você percebeu que estava se apaixonando..."

Ele acariciou meu rosto, e um sorriso lindo voltou nos lábios dele: "Não tem muito o que falar... Eu só achei que estava louco porque um garoto estava fazendo um rebuliço em meu peito... E toda vez que eu te olhava, sempre que conversávamos, eu ficava me perguntando como seria tocar essa sua boca... Assim... Ahh... E Como seria morder seu pescoço..."

Ah, Deus. Ele sabe como me deixar totalmente entregue. Conseguiu fazer com que eu esquecesse o resumo da tal festa com a Sônia, e fez com que minha atenção se voltasse totalmente para aquele momento. Como estávamos ambos com um short de pano fino, consegui sentir aquele homem gostoso ficando duro. A lista de músicas lentas continuava, mas nós não dançávamos mais. Tudo o que eu queria, naquele momento, era sentir a boca do Nicolas... A língua dele de deixando cada vez mais com vontade de... Aahh! De tudo!

De pé, no meio da sala praticamente vazia, ele começou a descer as mãos por dentro de meu short. Mas eu estava desconfortável. A sala de meu casarão tem muitas janelas de vidro, então me senti como se fôssemos peixes copulando num aquário, para que todos vissem.

"Precisamos comprar umas cortinas...", eu falei.

"Vamos subir para seu quarto... Vem!"

Nós subimos as escadas, e ele levou o celular junto, sem tirar a música que estava tocando. Ao chegarmos lá, ajudei-o a colocar meu colchão de solteiro no chão, depois nos sentamos um de frente para o outro.

Por um momento, senti como se fosse uma espécie de "segunda primeira vez". Afinal, estava sendo a primeira vez depois de toda a turbulência das últimas semanas.

Eu não tomei atitude nenhuma. Fiquei observando-o, sentindo prazer em ter o Nicolas tomando conta de mim. Ele me beijou, me acariciou, depois me deitou de barriga para cima. De vez em quanto eu notava que ele lambia os próprios lábios, e não demorou muito para que a língua dele estivesse em mim. E caso você se pergunte "onde", eu te respondo: em tudo... Ah, Deus, que delícia foi aquilo... Minha boca, meu pescoço... Depois ele desceu a língua e senti o calor dela em meus mamilos, em meu umbigo... E quando ele começou a chupar meu pau não deixei que saísse.

Deixei que meu egoísmo falasse mais alto, e segurei os cabelos dele para que continuasse com a boca ali, me dando prazer até que eu gozasse. E não demorou muito... Antes mesmo de começarmos eu já estava quase explodindo. Por isso, eu... Ah, como eu precisava da boca dele ali!

Uma parte de meu sêmen escorreu pela boca dele, uma outra parte senti descendo pela minha virilha. O Nicolas ainda me chupava, lambia, e colocava a língua nos lugares que eu mais queria. Então ele pegou meu travesseiro, e ajeitou sob meu quadril.

"Abre mais", ele falou, com a cabeça muito próxima de meu ânus. E foi quando ele começou a me preparar dessa forma deliciosa, com a língua quente em minha entrada, me relaxando e fazendo eu quase gritar de tesão.

Eu estava entregue... Tudo o que eu queria era que ele me possuísse, me comesse, me transformasse no putinho dele.

Aliás, ele não precisa "me transformar" no putinho dele. Porque eu já sou, e amo isso. Amo demais ser o putinho safado do Nicolas. E naquela hora eu fui. Fiz algo que nunca tinha feito antes: pedi para que ele se deitasse de barriga para cima, todo estirado em meu colchão, e...

Ah... É um pouco embaraçoso (na verdade, é MUITO embaraçoso te contar isso... Haaaa!)... Eu meio que... Me agachei sobre ele, e mandei continuar me lambendo.

Sim, foi isso que eu fiz... Ah, por favor, não me julgue... O toque da boca dele... Sentir a barba curtinha raspando em minhas nádegas enquanto a língua dele adentrava lá era... Simplesmente... Ahh... Foi tão incrível que na hora eu só queria mais daquela sensação. E como eu já tinha gozado uma vez, parecia que meu corpo estava ainda mais sensível àqueles toques libidinosos.

E o rosto do Nick... Ah, amiga! Um pouco sujo de porra, e um pouco vermelho, ofegante... Um homem delicioso e ainda de roupa. Sim, porque até aquele momento só eu estava nu. Então entre as linguadas prazerosas que eu recebia, ouvi a voz dele um pouco abafada pedir: "Zak... Mostra pra mim..."

"Humm... Mostrar... O quê?"

"Você sabe do que eu tô falando... Quero te ver usando sua Bala de Prata!"

Foi como se o pedido dele me atiçasse ainda mais. Você nem imagina! Foi um sentimento muito contraditório que tomou conta de mim. É que, por um lado, senti vergonha só de imaginar o Nicolas me ver usando o vibrador. Mas, por outro lado, eu estava agachado na cara dele, esfregando meu rabo naquela boca deliciosa. Tudo o que eu queria era continuar a ser o putinho safado do Nicolas, já que isso estava me dando um tesão incrível!

Levantei e fui rápido até a parte mais alta de meu guarda-roupas, de onde tirei a Bala de Prata junto com o creme lubrificante.

O Nicolas havia se sentado na ponta do colchão, completamente vestido (aquele maldito gostoso... Só eu estava sem nada), e ficou me olhando como o predador que eu tanto adoro ver nele. Parecia uma onça prestes a pular na presa.

"Fica de quatro... Isso, assim... Empina um pouco mais. Quero ver você por completo... Ah, perfeito..."

Eu estava exposto. Minha bunda estava para o alto, enquanto que minha cabeça estava enterrada no colchão. De vergonha... De tesão... De vontade. Não tenho como descrever nesse e-mail o que o Nicolas estava vendo, mas creio que você imagina. Senti ele abrindo minhas nádegas, e passando o vibrador em minha entrada. Ele colocava um pouco, e tirava, num ritmo agonizante de entra e sai onde tudo o que eu ouvia eram os "Ahh, que visão incrível" que ele murmurava, e os "squash" de meu ânus lambuzado de lubrificante sendo penetrado pelo vibrador.

O Nicolas fazia movimentos lentos com a Bala de Prata, girava-o dentro de mim, Empurrava a té o fim e depois retirava rapidamente, para depois eu sentir uma língua quente entrando no lugar. Ele estava brincando comigo, testando meu corpo, e eu estava adorando ser o brinquedinho dele.

Naquele ponto, ouvi o som de roupas sendo tiradas atrás de mim. "Agora e minha vez... Vou entrar", e senti ser preenchido novamente, mas dessa vez por algo de carne, quente e pulsante.

Eu já tinha gozado, mas mesmo assim em momento algum meu pênis amoleceu. Estava latejando enquanto o Nicolas me comia por trás, comigo pedindo para que ele me fodesse mais rápido, e mais forte. Não medi minhas palavras, pois era só a gente ali. Ele me chamava de putinho safado, eu o chamava de cachorro gostoso... Ele me virava de barriga para cima e dava estocadas enquanto me olhava nos olhos... Ele se deitava, e pedia para eu montar nele, com gosto... E eu o fiz até minhas pernas não aguentarem mais. Então ele finalizou comigo deitado de bruços.

Meu lençol era um emaranhado de suor e sêmen, porque eu acabei gozando novamente. E quando nossa respiração finalmente começou a voltar ao normal, falei:

"Lembra do que falei... Sobre meu fetiche?"

Ele ficou quieto por uns segundos, e molhou os lábios antes de falar: "Achei estranho você não ter tocado no assunto em momento algum. Torci para que tivesse se esquecido".

Ele falou a última frase em tom de brincadeira, mas desconfio que no fundo ele realmente desejou que eu me esquecesse do fetiche de tocá-lo.

"Então... Deixa?"

Ele ficou sério e respirou fundo. Olhou para a Bala de Prata, que estava ao nosso lado, e respondeu: "Ok, mas não quero que use isso".

"Hã, por quê? É bom... você pode gostar!"

"Não... Ainda não. Vamos devagar com isso, tudo bem?"

Eu suspirei, e concordei com a cabeça. Seria realmente pedir demais querer que ele concordasse com um volume daquele sem estar pronto. Eu lembro que, quando usei pela primeira vez, eu tive que lutar contra uma dor incômoda além do próprio tabu em si de ter meu cu alargado por uma coisa fálica.

Se bem que hoje eu adoro... Mas para o Nick era a primeira vez, então o vibrador continuou onde estava enquanto o Nick se deitava de bruços, escondendo o rosto em meu travesseiro.

"Vai devagar, ok?"

Eu não respondi. Estava ocupado demais olhando para a bunda durinha dele, e sinalizei com as mãos para que ele afastasse um pouco as pernas.

Meu coração estava socando meu peito tão forte que chegava a doer. Assim que espacei as nádegas para vê-lo por completo, ouvi o Nicolas fazer um gemido de incômodo. Tenho certeza que ele estava morrendo de vergonha por eu estar olhando para o ânus dele. Mas ele olha o meu direto, então meio que fui cruel. Eu prometi que não o penetraria com nada grosso, mas não falei nada sobre não expor a entrada dele de forma obscena e deliciosa... Mergulhei meu dedo no pote de lubrificante, e depois fiquei tocando-o na entrada, sem adentrar. Com o indicador e dedo médio massageei meu namorado, vendo-o piscar lá atrás algumas vezes (se é que você me entende).

"Ah, Nick..."

Vendo aquilo, fiquei imaginando a cena que ele viu quando me olhou. Com certeza deve ter sido muito mais obsceno do que aquilo (e muito mais vergonhoso para mim, mas que se foda, pois amei ser olhado por ele – e desejado por ele – daquela forma). E continuei tocando-o, até colocar apenas um dedo dentro dele.

O Nicolas se retesou todo. Dava para notar que estava muito incomodado.

"Calma, não vou colocar mais do que isso... Eu prometi, lembra?"

Ele soltou todo o ar dos pulmões, ainda com a cabeça escondida em meu travesseiro: "Eu sei... Mas é uma sensação muito estranha... Dá vontade de tirar seu dedo daí e ir correndo para o banheiro soltar tudo... Como você aguenta?"

Eu dei risada, pois conheço bem a sensação: "É só no começo. Depois que acostuma... Fica bom..."

Enquanto eu falava, fui massageando-o por dentro com meu dedo. Senti-lo me apertando, e aquele calor misturado à maciez de dentro dele me deixou tão excitado que a parte mais difícil nem foi a de convencê-lo de colocar um segundo dedo. O difícil foi resistir a vontade de enterrar meu pau naquele cu apertado e gostoso e fodê-lo como um cavalo estúpido. Aahhhh, eu sei, eu sei! Esse palavreado é vulgar e blá, blá, blá... Mas quem se importa? Eu estava com meu prazer no máximo, e era realmente aquilo que eu queria! Parecia que quanto mais eu repetia aquilo em minha cabeça (foder o cu apertado do Nick), mais tesão me dava.

A sorte é que o Nicolas não tinha me dado nada para beber, porque... Deus, como aquilo foi tentador! A respiração dele começou a ficar mais curta enquanto eu girava meus dedos com massagens, procurando o ponto bom de meu namorado. Até que eu ouvi...

"Aahhh... Zak... Aahh..."

... Um dos sons que mais gosto neste mundo: aquele homem sentindo prazer. Continuei no mesmo ponto, sem tocá-lo em mais nenhum outro lugar. Ele ainda abraçava o travesseiro, de bruços, para abafar os gemidos. Com minha mão livre comecei a bater punheta enquanto admirava meus dedos serem engolidos pelo anel lubrificado dele. Fiquei fantasiando que era meu pênis enterrado ali, e comecei a sincronizar os movimentos de minhas mãos, para que minha masturbação tivesse o mesmo ritmo das estocadas de meus dedos. O Nicolas elevou os quadris, arrebitando mais a bunda para mim... E gemeu mais.

Ah, puta que pariu! Que convite do demônio foi aquele... Eu quis tirar meu dedo, enfiar meu pau, e trepar com ele sem aviso, mas eu havia prometido. Acho que, se eu fizesse aquilo, o Nicolas nunca me perdoaria. Se eu tivesse cedido àquela tentação infernal, eu teria sido o maior filho da puta do mundo.

Por isso me segurei... Me masturbei sobre o Nick, e gozei pela terceira vez... Sujando as nádegas dele com apenas algumas gotas, pois eu já estava quase seco. Apesar disso, não parei os movimentos de meus dedos. Os gemidos de prazer eram meu incentivo, então continuei até não suportar mais a dor nos braços.

Despenquei ao lado dele: "Desculpa, Nick... Mas meu braço tá morto..."

Ele virou a cabeça para mim. Os olhos estavam entreabertos, e ele respirava com a boca. Os cabelos loiros estavam molhados de suor, bagunçados, e as bochechas vermelhas. Se eu não o conhecesse, pensaria que estava bêbado.

Ele deu um riso fraco, como se estivesse sem forças: "Cê tá brincando? Desculpas por quê? Isso foi... Ahh... Diferente... Olha isso..."

Então ele se ajoelhou no colchão, mostrando que meu lençol estava ainda mais melado que antes.

"Eu gozei enquanto você fazia aquilo... Eu nem sabia que dava pra gozar só com a sensação da minha bunda, sem nem bater uma... Foi estranho. A sensação é realmente estranha, mas... Foi meio que de outro mundo... Você sabe usar seus dedos, Zak!". Dizendo isso, ele voltou a se acomodar ao meu lado, ficando novamente de bruços.

"Ah, Nick... Eu parei numa hora ruim?"

"Não, não... Já fazia um tempo que eu tinha chegado lá. Deixei você continuar porque... Estava bom..."

Dei a ele meu sorriso mais triunfante, e mostrei os dedos que usei para masturbá-lo. Imitei a forma de uma arma e soprei a ponta dos dedos como um daqueles bandidos de filme de faroeste.

"Acertei o alvo direitinho, não é?"

"Humm, é sim... E por causa disso você vai precisar lavar seus dedos, porque eu não me preparei como você! Aliás, acho que nós dois precisamos de um bom banho... Tô todo melado".

"A gente é a verdadeira definição de 'esporreado' e 'fodido', não acha?"

Ele riu e se levantou devagar. Nós dois estávamos andando como se tivéssemos corrido uma maratona (é sério, sexo cansa!), e fomos até o banheiro com cuidado para não tropeçarmos em nossos próprios pés.

A partir disso, meu fogo foi acalmando, pois tudo o que eu queria era beijá-lo e estar ao lado dele. Nos beijamos sob o chuveiro, e depois enquanto nos secávamos com a mesma toalha (não é tão eficiente, mas deu certo). Já limpos, cheirando à sabonete, Vestimos apenas um short e levamos meu colchão para a sala (onde é mais fresco), depois fizemos um lanche bem fora de hora (já passava da uma da madrugada) e foi quando vi que o Nicolas tinha trazido uma garrafa de vinho dentro da mochila.

"Erm... Tem certeza?"

"Desde que você fique comigo a noite toda... Tudo bem."

Dei risada, e passei meus braços pelo pescoço dele: "E pra onde mais eu iria correr a uma hora dessas?"

"Rá! Vindo de você, não quero nem imaginar... Capaz de ir pro cemitério incomodar o Seu Antônio em plena madrugada!"

"Hum... Já fiz isso uma vez."

"O quê? Incomodar o Seu Antônio durante a madrugada?"

"Não. Ir pro cemitério em altas horas... Mas eu nunca deixei o Seu Antônio me ver, senão ele poderia atirar a enxada na minha cabeça, pensando que sou um violador de túmulos, sei lá..."

Então ele começou a rir, ainda com a garrafa fechada na mão: "Se está me contando essas coisas ainda sóbrio, estou ansioso pelo que vai vir depois que tomar isso... Aqui, tó".

"No bico, mesmo?". Ele deu de ombros, então virei a garrafa. "Achei que vinho tivesse que ser apreciado e talz..."

"Zak, isso aí custou oito reais... Que se fodam as taças. E você sequer tem isso."

Eu olhei para ele, sorrindo meio de canto. Não é comum o Nicolas falar palavrões. Quero dizer... É claro que ele não é um santinho, nem nada, mas é muito raro ouvi-lo falando coisas como "que se fodam as taças".

"Acho que sou uma péssima influência pra você, Nick."

Ele pegou a garrafa da minha mão, e deu três goles seguidos, para depois soltar: "Não tenho dúvidas disso. Mas eu vou te consertar... E você vai me consertar também. Coisas retinhas demais são sem graça, não é o que dizem?"

"Nunca ouvi isso na minha vida, Nicolas Rafael Belson"

"Inventei agora... E nem tô bêbado ainda."

"Hum... Eu vou gostar de te deixar um pouco torto"

Ele deu outro riso enviesado. Um riso safado. E olhou para um dos cantos da sala.

"Amanhã vou trazer a TV de meu ex-quarto aqui de novo. Não quero que o Lucas se acostume com ela".

"Aham... E vamos ver preços de cortinas, pra colocar nessa sala."

O Nick olhou e volta, com a garrafa na mão, concordando com a cabeça: "É, do jeito que está isso aqui parece um aquário".

"Não é?"

Depois disso, fui tomando um gole de vinho aqui, outro lá, até que nossa conversa ficou tão absurda a ponto de sequer valer a pena colocar aqui. O Nicolas contava as piadas dele enquanto eu filosofava sobre o mistério que a sensação da noite traz em nossas almas. Ele concordava comigo, e acrescentava mais pontos, tornando o papo ainda mais confuso.

Em certo momento, me lembro vagamente de termos feito de novo, mas da forma mais básica possível.

Como você pode notar, amiga, foi uma noite longa. Eu estava precisando demais de uma noite assim com o Nick. Parece que foi a outra fase de nossa reconciliação, sabe? Porque depois daquela minha gafe, na cidade de meus pais, não chegamos a fazer.

E, na minha opinião, voltamos meio que com tudo, porque... Nossa, sério, foi incrível. O fato de o Nicolas ter deixado eu tocá-lo daquele jeito foi entorpecedor. Nem o vinho fez eu ficar tão zonzo de prazer como sentir o interior do Nicolas com meus dedos.

Se quero fazer isso novamente? Mas é claro! Não existem dúvidas quanto a isso! E quero que ele permita que eu vá um pouco mais além.

Aiai, amiga... É tipo um sonho se realizando (em partes porque eu ainda quero inverter os papéis pra valer). Ter acordado todo enroscado nele (com a Jack ligando, avisando que iria abrir dentro de uma hora) foi excelente.

A única parte ruim é a dor de cabeça e no corpo que amanheceram hoje comigo (meu braço está meio dolorido até agora). Enquanto abríamos a floricultura, a Jak aproveitou para me zoar um pouco, falando que a noite deve ter sido das boas. Respondi: "Você nem imagina como... O seu irmão me pegou, e...", e ela me cortou antes que eu continuasse. Eu nem ia contar nada, pois tinha certeza que ela não iria querer ouvir, hehe. Acho que se meu namorado não fosse irmão dela, certamente a Jack se penduraria em mim para saber de tudo. Mas por envolvê-lo ela se afasta como se fosse uma maldição.

Bom, melhor pra mim. Não tenho intenção de contar minhas intimidades com o Nicolas para mais ninguém além de você, amiga. Além do mais, assim como ela não quer saber de minhas intimidades, eu também não quero saber das coisas que ela e o Jonas fazem entre quatro paredes (seria como espiar uma irmã, sei lá, dá uma sensação muito ruim só de pensar nisso... Eu entendo o asco dela).

Enfim, amiga. Já está tarde, e eu estou realmente cansado. Vou ligar para o Nick para desejar boa noite (pois é, ainda prefiro não interferir muito nesses primeiros dias de adaptação do Lucas... embora seja triste ficar sozinho nesse casarão vazio).

Bye-bye, amiga! Que a luz brilhe em seu caminho (pois é, estou meio inspirado).



Oi, sou eu novamente, a Lyan! Lembra da recomendação que tenho para você, sobre como escrever histórias?

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Para me ajudar, poderia responder a estas perguntas?


1) Qual foi o sentimento predominante que sentiu ao ler este capítulo?

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3) Votaria neste capítulo? ^_^


Muito obrigada por acompanhar meu trabalho!


K I S S E S ~ K I S S E S

Lyan K. Levian

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