One-Shot| "Vá para o ataque!"
O meu segundo amor
@Parkning
Betagem por - @Meggie_novis MegNovis.
Kim Seokjin
Suspiro fundo enquanto encaro os arranha-céus da cidade. Nossa agência ficava no centro do Rio de Janeiro e só atendemos pessoas com horário marcado. Nós não só protegemos pessoas ricas e essas coisas, também protegemos pessoas com baixa renda e que estão nas mãos de algum mafioso ou gângster.
Nosso trabalho é visto, por fora, como uma empresa de proteção e guarda-costas, mas, na verdade, somos uma agência de espionagem. Uma agência secreta de espiões e agentes secretos.
Na nossa empresa só trabalham pessoas escolhidas por meu pai, e logo, logo isso será minha responsabilidade. Estou ansioso por isso? Não. Mas é a única maneira de dar orgulho ao meu pai depois que ele morrer. Não que eu queira que isso aconteça, mas infelizmente isso vai acontecer, então só estou dizendo o óbvio.
Eu, com os meus 40 anos, nunca pensei que minha vida estivesse tão entediante assim. Nesses dias, não tinha nada de interessante para fazer, eu só dava ordens, mas nenhuma ação era tomada de minha parte. Os nossos melhores guarda-costas estão em missão, menos Kelly, minha nora.
Ela está de licença maternidade depois de ter meus lindos netos, que são cada coisinhas lindas que me deixam de queixo caído com tamanha fofura e beleza.
No começo, eu odiava a Kelly. Era uma implicância com a garota que não tinha igual, eu queria que Hoseok casasse com Penélope - meu maior erro. Eu pensava que Penélope era uma garota centrada e digna do meu filho, mas descobri que ela fazia coisas sujas, e para piorar, era filha da assassina da minha mulher.
Ela tinha assustado meu filho naquele dia, fez ele ter uma regressão onde minha mulher cuidou com todo o carinho que ela tinha e a Alicia colocou uma casca de banana no pé da escada, algo simples para não deixar muito na bola que era um assassinato. Meu filho se culpou por não conseguir avisá-la, ele não estava com sua mentalidade em sua idade, e sim estava com a mentalidade de um bebê, esse que se distraía facilmente com algo fascinante, e ele se destruiu quando viu sua mãe o chamando com seu sorriso brilhante. Ele foi o último a vê-la, pois ela escorregou e caiu escada abaixo.
Eu odeio Alice com todas as forças.
Suspiro fundo, sentindo meu coração doer; limpo as lágrimas que caíram. Era doloroso lembrar daquele dia. Ver sua mulher desacordada e sem vida em seus braços enquanto seu filho estava lá em cima chorando chamando a mãe em desespero. Aquilo era de matar qualquer um por dentro.
Mas agora os meus filhos já estão vivendo suas vidas, sem mim. Eles não precisam mais de mim, mas eu preciso de mim mesmo. Preciso sair, distrair a minha cabeça do caos e fazer algo além de trabalhar.
Levanto meus olhos para a tela do computador que estava em uma página aleatória da internet e vejo um site de um restaurante famoso na região. É isso! Vou comer em lugares diferentes, eu amo variar nas comidas, então... por que não?
Hoje era sexta-feira, e estranhamente o dia em que a firma ficava menos movimentada, então vou sair mais cedo e ir nesse restaurante. Mexo no site do restaurante e anoto o endereço enquanto sorrio, lá vamos nós para o nosso primeiro restaurante da semana.
.✧.
2 meses depois...
Nossa... Hoje está caindo um dilúvio!
Eu estava andando sobre as calçadas das ruas movimentadas, indo em direção ao restaurante desta sexta-feira.
Ele é um restaurante Italiano e eu amo massas, amo uma lasanha bem feita e cremosa. Só às vezes, tinha um conflito com os pedidos, por eu ser alérgico a alho e a maioria dos temperos usados possuírem esse meu pequeno veneno particular.
Por isso que meu anti-alérgico fica sempre comigo, mesmo que eu tenha pedido algo sem alho, o pedido vem com esse meu pequeno veneno, então tomo o remédio e depois dou uma avaliação baixa para o restaurante por causa da falta de respeito com as escolhas dos clientes.
Atravesso a pequena pista que fica entre uma calçada a outra e logo estou de frente para a porta de vidro, empurrando-a.
Carmélia
Eu estava parada de frente a bancada em que ficava a divisão entre o fogão e os garçons que não podem, de jeito nenhum, ultrapassar. Meus olhos pairam em uma pilha de panelas e suspiro quando me vem lembranças do passado.
Eu tinha 22 anos quando conheci o Mário, e não, ele não saiu de trás do armário... Eu não sei porque fiz essa piada idiota, mas acho que é tanto costume que acabo automaticamente fazendo.
Ele era um cara charmoso e brincalhão que me fazia rir, namoramos e casamos dois anos depois. Não tivemos filhos, não por minha vontade, é claro, mas pelo simples fato dele ser estéril.
Meu sonho, assim como da maioria das mulheres, ou menoria, já que os tempos estão mais modernos, é de ter um lindo bebê com os meus traços não-perfeitos. Talvez um dia eu consiga realizar esse sonho, ou talvez eu deva investir na inseminação artificial. Pensarei nisso quando tiver uma vida muito melhor e estável, por enquanto estou vivendo às custas do meu ex-marido, o qual me traiu com uma loira peituda que estranhamente não quer o dinheiro dele, mas que adula o cara, adula.
Vocês devem achar vergonhoso viver às custas do ex-marido, não é? Eu concordo, mas as minhas contas de luz e água não vão se pagar sozinhas, minha comida e roupa não serão pagas com o meu lindo sorriso, então tive que deixar o orgulho de lado e pedir um emprego para o meu ex em seu restaurante, que paga, milagrosamente, um salário mínimo para nós garçons.
Saio dos meus pensamentos quando dedos estalam a frente do meu rosto.
- Meliá, acorda. Precisa entregar o pedido, mulher - diz Gustavo enquanto aponta com o queixo a bandeja com o pedido. Pisco os olhos para voltar à realidade e sorrio para o homem.
- Desculpa Gus, estou meio fora de mim hoje - explico, colocando a mão na cabeça e massageando quando sinto um desconforto.
- Percebi, mas o cliente não quer saber das suas dores Meliá. Então, vai ter que se recompor e ir entregar o pedido. - Lembra-me com sua voz educada e dócil. Suspiro fundo tentando colocar isso em minha cabeça.
- Verdade, volto já - aviso, pegando a bandeja com o pedido e lhe dando as costas, saindo da cozinha. Passo ao lado da recepção do restaurante onde está o casal meloso e vou até uma das salas privadas entregar o pedido.
Minutos depois, eu estava passando pano no chão, no local em que um cliente derrubou macarrão com molho. Hoje foi um dia chuvoso, um belo dia para dormir e acordar só depois do sol dar as caras de novo.
Deveria ter como, as pessoas só trabalharem e saírem de casa em tempos de sol, nos tempos de chuva, iriam dormir e passar tempo com a família em casa. Mas sei que isso é 99% improvável de acontecer, mas não custa sonhar, não é?
Ouço a risada esganiçada de Tiffany, esposa do meu ex-marido, e faço cara de nojo para os dois. Aí que ranço desses dois, mas estranhamente... sinto-me solitária e com o coração doendo; eu não merecia nada do que aconteceu, contudo eu sempre gosto de pensar que se ele não ficou, foi porque não era para ser. Nós não servimos um para o outro, e isso ficou bem claro quando ele meteu um chifre em minha cabeça.
Ouço o sininho irritante soar por todo o restaurante.
- Oh, seja bem-vindo. Temos uma bela mesa ali para os que gostam de admirar a chuva. O que acha, hum? - Ouço a voz enjoativa do Mário e faço uma careta pensativa. Como eu pude passar seis anos com essa praga? Acho que estava bêbada quando me apaixonei por ele.
Ignoro as suas palavras seguintes e me concentro em tentar tirar a mancha de molho de tomate do chão.
- Carmélia - chama, fazendo-me revirar os olhos antes de olhar para ele. - Atenda o cliente - manda antes de voltar para sua mulher cheia de silicone. Reviro os olhos, suspirando fundo para não mandar ele ir à merda.
Deixo a vassoura em um canto e me viro em direção aos fundo do restaurante, mas paro assim que contemplo a coisa mais linda que meus olhos já puderam olhar.
Uau... ele é lindo!
Ele era coreano, seus traços diferenciados e delicados demonstravam isso, seus lábios eram cheios e ele tinha um olhar sério enquanto olhava o cardápio.
Eu falei dos lábios carnudos e avermelhados? Meu Deus! Não posso ficar atraída por um cliente, isso não é nada bom.
Coço minha garganta para me recompor e paro de respirar quando seus olhos sérios me inspecionam; ele parecia nervoso e seus olhos não pararam de inspecionar meu corpo, até que seus olhos subiram até os meus e pareceu que tudo ali sumiu. Apenas estávamos apenas eu e ele ali, separados por alguns centímetros e duas mesas que estavam na minha lateral.
Ouço um coçar de garganta vindo dele e me recomponho sem graça, caminhando até o recém-chegado.
- Boa noite, senhor. Já sabe o que vai pedir? - pergunto, sentindo meu rosto quente de vergonha, mas continuo com a minha pose profissional, tentando continuar com minha voz firme.
- Uma lasanha e um vinho Sauvignon Blanc, por favor - pede, então concordo e anoto tudo no tablet.
- Logo o pedido será entregue, com licença - digo sorrindo educadamente, virando-me e andando em passos apressados para sair de perto dele.
Assim que chego no vestiário coloco a mão no coração para tentar normalizar minha respiração.
O que diabos, foi isso?
Kim seokjin
- Ya, eu já mandei deixar a Erika em paz! Quantas vezes eu tenho que ficar recebendo mensagens da Kelly com ela ameaçando cortar seu pênis? Eu vou acabar deixando isso acontecer mesmo, para ver se você para de ficar tentando rastrear e perguntar da garota que fugiu de você, seu idiota. Se manque e pare de tentar procurá-la - digo irritado ao telefone, ouvindo o bufar de Yoongi. - Não venha com isso não, seu touro mal-amado. Espero que tenha sido avisado, senhor Kim Yoongi.
- 'Tá, 'tá. Que saco, Appa, eu não cometi um crime, okay? Que saco! - reclamo resmungando. Reviro os olhos, arrastando-me um pouco na cadeira, ficando meio deitado e relaxado; avisto a garçonete e engulo em seco, sentindo meu coração acelerar.
O que está havendo comigo?
- Filho - chamo-o depois de coçar a garganta.
- Hum? - Murmura de volta.
- Ficaria chateado... se eu saísse com alguém? - pergunto depois de pensar bem nas minhas atitudes. Eu não podia perder a chance de chamar ela para sair.
Minha esposa foi tudo para mim e sei que ela será meu primeiro e único amor, ninguém vai se comparar ou tomar o lugar dela. Ela mesma disse, que se um dia eu me casasse novamente, que fosse com uma pessoa meiga e não uma megera oportunista. Eu ri naquele dia, achando besteira, mas agora eu a entendo e parece que eu achei o que ela esperava.
- Appa, quantas vezes disse para você fazer isso? Nem pergunte sobre o Hoseok, ele é o que mais apoia. Então se tiver alguma mulher em mente, vá para o ataque! Não deixe ela passar - manda convicto e arqueio as minhas sobrancelhas com sua ousadia de mandar em mim, mas vou relevar porque eu posso ter encontrado alguém legal para ser uma ótima companhia para mim.
- Não vou deixar, agora tchau. Nada de perguntar sobre a Erika, bye - adverto antes de desligar e encaro a mulher no balcão conversando com o cara que me recepcionou ao entrar no restaurante.
Não vou deixar passar!
Terceira pessoa.
Depois de um expediente cansativo e um dia irritante, Carmélia saí pelos fundos do restaurante toda agasalhada. A chuva havia parado por enquanto, mas o frio permaneceu.
Um movimento na parede ao seu lado, assustou-a, mas ela parou bruscamente ao reconhecer quem era. Seu coração acelerou drasticamente feito louco.
- Olá, posso falar com você um momento? - o rapaz alto com os lábios chamativos perguntou e a garota assentiu, sem acreditar que era realmente ele. - Eu vou ser direto, então, por favor, não se assuste.
- Vou tentar - sussurrou, incerta do que dizer e ele coçou a garganta, tomou fôlego e coragem, deixando a garota de olhos arregalados totalmente surpresa com o seu decreto, não um pedido.
- Por favor, saia comigo na quarta à noite!?
Ela ficou perdida por alguns momentos, era um decreto ou... um pedido? Sendo um ou outro, ela estava palpitando de felicidade.
- Tão rápido assim? - indagou, meio receosa com sua decisão, enquanto ele lhe lançava um sorriso maroto.
- Não gosto de perder tempo, senhorita Santiago - disse, voltando com o seu semblante sério. Ela piscou algumas vezes, sem entender como ele sabia o seu sobrenome. - Aceita?
- Sim - concordou em um sussurro, confiante daquilo e recebendo um sorriso largo do mais alto. Ela estava chocada com a loucura que ia fazer nesse momento e a loucura não era nada pequena.
"Meu Deus, será que eu estou louca?" perguntava-se enquanto ainda encarava o mais alto.
- Até quarta-feira, senhorita Santiago - despediu-se antes de dar as costas à mulher e ir embora sem dizer mais nada.
"Como ele me encontrará na quarta? Onde iremos? E por que a escolha da data que coincidentemente era minha folga? Não acredito que aceitei essa loucura" murmurava para si mesma atordoada, sentindo-se uma louca por aceitar se meter naquilo. Ela suspirou fundo e foi andando até o metrô.
.✧.
Quarta-feira...
Carmélia estava andando de um lado para o outro em sua casa, essa que mais parecia uma pequena cabana, mas era muito aconchegante. Havia uma sala de estar, um pequeno corredor para ir até a cozinha e ao lado um banheiro, uma porta que levava até o porão. No segundo andar ficava dois quartos, em um ela dormia e o outro virou um pequeno ateliê.
O seu furão já estava tonto de tanto ver a dona girar a sala de um lado para o outro.
"Como eu vou encontrá-lo? Por que eu aceitei? Eu só posso estar louca!" pensou enquanto soltava resmungos de frustração e suspiros.
Ela parou bruscamente quando a campainha tocou.
Quem será?
Ao abrir a porta, lá estava ele. Impecável com o seu terno, sem gravata, com os primeiros botões abertos e os cabelos penteados com gel.
Carmélia passou seus olhos pelo corpo esguio do mais alto e foi difícil não babar.
- Estava me esperando? - perguntou dando um sorriso ladino por perceber que ela estava arrumada. Ela encarou o próprio corpo e ficou envergonhada, mas concordou com o mais velho.
- Não sabia o que vestir, então vesti um vestido fresquinho. Fiz bem? - indagou meio receosa e insegura. Jin abriu um sorriso maroto para a mulher, observando o corpo coberto pelo vestido.
- Fofa e perfeita para o lugar que nós vamos, só eu que estou com um pouco de desvantagem aqui - explicou, ficando sem jeito. Ela sorria enquanto mordia os lábios. - Pegue suas coisas, vou esperar no carro - pediu, apontando para a Lamborghini pintada de dourado atrás de si e ela abriu a boca chocada.
- Isso é uma Lamborghini... Pintada de dourado? - questionou ainda sem acreditar, piscando os olhos, completamente descrente.
Ele ri da sua reação e assente.
- Sim, ela é minha. Helena deu ela para mim - disse sorrindo largo pela sua mulher ter o conhecido tão bem, sentindo seu coração se aquecer ao lembrar dela.
- Espera, eu já volto - pediu animada, dando as costas e entrando para terminar de se arrumar.
.✧.
Eles haviam ido ao parque de diversões, foram em vários brinquedos legais e até mesmo em vários assustadores. No começo, Jin caçoou dela por ela ter dado alguns gritos quando viu um palhaço coberto de sangue na casa mal-assombrada, mas depois pagou a língua ao passar o resto do passeio tomando sustos junto a mulher.
Horas depois eles estavam lado a lado, comendo salsicha empanada com refrigerante para descer tudo. Havia um coreano no parque que vendia uma das iguarias do seu continente.
- Carmélia - chamou-a enquanto uma de suas mãos estava em seu bolso e ele a encarava atentamente.
Ela murmurou um "Hum?" e o olhou enquanto mastigava sua comida.
- Sabe que eu não gosto de enrolação, não é? - perguntou e ela assentiu. Apesar de o conhecer a pouco tempo, ela tinha percebido algumas coisas sobre ele, uma delas é que ele não gostava de lerdeza, sendo sempre ágil e pontual. Ele enfiou sua mão mais fundo em sua calça e tirou de lá um anel lindo, com uma pedra de rubi no centro dela. Não era grande, mas era bem dotada em questão de tamanho - Seja minha.
E outra coisa, você não sabe se ele está mandando, perguntando ou pedindo.
Carmélia o encarou atentamente, levando suas mãos em direção ao seu rosto. Seus olhos estavam na direção um do outro e ela fechou os olhos antes de colar sua boca na dele. Jin foi pego de surpresa, ficando com os olhos abertos; não mexia um músculo.
Ao perceber seu transe, ela para. O que fez com que ele a puxasse para si, voltando a beijá-la.
O beijo era repleto de sentimentos não falados e não entendidos, mas eles sabiam que era algo intenso.
Ao descolar a boca um do outro e juntar suas testas, a respiração deles acariciava a face alheia.
- Eu sou sua!
E assim, Jin a beijou novamente, depois de ter sorrido de felicidade.
10/05/2023.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top