06. café cubano
Olá, cafeinados! Esse capítulo é dedicado em quem ainda acredita em mim depois dos meus vacilos. Falarei mais nas notas finais, então espero que possam ter uma boa leitura.
Não esquece de deixar seu voto e comentar ao longo do capítulo. Também estarei de olho na hashtag do Twitter para interagir com vocês.
#DoceComoCafé
☕️🍰
Jungkook
Dou uma última olhada no espelho do quarto e estou satisfeito com a escolha de roupas. Quando aceitei o convite do amigo do Jimin não pretendia de fato aparecer, mas ao longo do dia percebi que faria bem desanuviar a mente.
Dalgi e eu pouco conversamos nos últimos dias e prefiro acreditar que ela está aproveitando a viagem e se divertindo com as amigas. E eu farei o mesmo, apesar de não saber exatamente se já posso definir a minha relação com o Jimin dessa forma. Desconhecidos certamente não somos.
Pego a carteira e o celular, guardando cada um em bolsos opostos na calça preta que cobre minhas coxas bem marcadas no tecido. Aproveitei o tempo livre nesse feriadão para pegar pesado na academia, o que também ajudou a realçar o meu tronco escondido pela camisa branca e em parte pela jaqueta preta.
Deixo apenas a lâmpada da sala ligada e saio do apartamento após pedir um táxi. Mordo o lábio já imaginando os gastos dessa noite, mas isso é algo com que o Jungkook do futuro lidará.
Quando o carro chega, sento no banco de carona e cumprimento o motorista. O homem, que deve ter por volta da idade do meu pai, tagarela todo o caminho sobre a queda do movimento na cidade em relação ao ano anterior. Faço poucas contribuições durante a conversa — quase um monólogo — e, ele me diz em tom de brincadeira para ter moderação quando estaciona diante do bar.
É perceptível que o estabelecimento é novo. Desde o cheiro do ambiente, típico de locais com móveis que há pouco saíram da fábrica, à estrutura moderna e fresca. Luzes amareladas contrastam com o marrom amadeirado das mesas e cadeiras. Metade do local é preenchido por vozes e risadas alegres. Em um canto, consigo distinguir duas fisionomias familiares e me encaminho até elas.
— Tô atrasado? — pergunto ao parar diante deles.
Jimin e Taehyung estão sentados lado a lado e frente a eles há uma mulher e um homem tão joviais quanto os outros dois. Nos cumprimentamos e eu puxo uma cadeira bem no meio das duplas.
— Finalmente, Jungkook! Achei que ia furar. — Taehyung responde. A voz animada me deixa em dúvida se já é efeito da bebida ou apenas sua natural simpatia.
— Oi — diz Jimin e eu lhe ofereço um sorriso. — Esses são Mingyu e Jihyo, nossos colegas da agência.
— Prazer! — abro um sorriso cordial.
Um garçom se aproxima e me oferece um copo. Encho com o líquido da garrafa pela metade disposta na mesa e observo eles voltarem à conversa que acontecia antes de eu chegar. Logo me dou conta de que os colegas de Jimin e Taehyung provavelmente são um casal.
— E essa premiação? — Jihyo pergunta ficando mais animada com o tópico. — Animados para perder toda a credibilidade no nosso meio profissional por conta de um open bar?
— Entre outras coisas. — Taehyung responde e encosta o copo no dela em um brinde. — Tenho um outro plano em mente para a grande noite.
— Da última vez você flertou com o chefe da nossa concorrência. Tenta pelo menos evitar um escândalo.
— Tentarei, docinho. — Tae acaricia a bochecha de Jimin e se vira em minha direção. — Sabia que o Jimin ganhou um convite extra, Jungkook? Ele foi um profissional exemplar.
— Parabéns — digo sem saber se é o suficiente. Eu deveria apertar a mão dele?
— Por que não convida o nosso novo amigo, Jiminnie? Não é como se houvesse outra pessoa para chamar.
Percebo uma troca de olhares entre os dois e me sinto constrangido. Acredito que Taehyung esteja apenas querendo provocar o amigo, mas não sei em que momento ele achou que eu seria um bom alvo para fazer parte dessa provocação. Nós mal nos conhecemos.
— Tem razão. — Jimin me encara. — O convite está feito, Jungkook. É uma premiação de publicidade e a gente quer muito vencer algumas categorias, mas o melhor da noite vai ser o bufê e o open bar. Será no sábado de hoje a quinze.
— Esperamos o ano todo por isso. — Mingyu complementa.
É um convite interessante, mas não dou uma resposta definitiva. Tenho vivido cada dia como se fosse uma batalha, então fazer planos para daqui a duas semanas me parece arriscado.
A conversa toma um novo rumo e falamos sobre diversas coisas, desde programas ruins que gostamos de assistir a traumas de infância. Enquanto isso, a cada vinte minutos uma nova garrafa é colocada sobre a nossa mesa e posso apostar que um terço dela vai direto para o meu estômago.
Mingyu e Jihyo se mostram pessoas agradáveis, porém em alguns momentos se fecham em uma conversa particular. Por outro lado, Jimin e Taehyung tentam a todo o tempo me incluir, inclusive soltando detalhes de sua longa história juntos para contextualizar quando a conversa entra em tópicos mais pessoais.
Em algum momento, estamos posando para uma selfie e eu também peço para registrar aquele momento. Estou bêbado demais para perguntar o user de cada um, portanto posto a foto sem marcações.
O riso deixa a minha boca com facilidade e ao sentir a bexiga reclamar, aviso que preciso ir ao banheiro. Parado diante do mictório, guiando o mijo para o local correto, reflito em como aquele banheiro representa o início do meu namoro com Dalgi: recente, limpo e agradável. A comparação do estado atual desse relacionamento é deprimente demais para ser posta em palavras, por isso coloco tudo para dentro e fecho o zíper da calça.
Encaro o reflexo no espelho enquanto lavo as mãos. Minha visão um pouco turva é o indício que preciso para diminuir a dose ou até mesmo dar a noite por encerrada. Seco as mãos e ando em direção a saída do banheiro, dando de cara com Jimin. O espaço é curto, então movo para o lado, querendo lhe dar a passagem, mas ele repete o gesto. Repetimos a ação mais duas vezes e eu sou o primeiro a cair na risada.
— Acho que alguém exagerou. — ouço a sua voz que soa mais distante do que deveria.
— É, acho que sim.
— Você consegue andar? Qualquer coisa, me espera aqui e a gente volta junto.
— Cuidando de mim, Jimin? — por algum motivo, acho graça. — Tá tudo bem, pode esvaziar a bexiga tranquilo.
— Não conhecia esse seu lado.
Não entendo a que lado ele se refere e nem tenho tempo para perguntar. Jimin se espreme e consegue passar para dentro do banheiro, mas o cheiro do seu perfume continua no ar mesmo a metros de distância. O meu corpo aquece quando fecho os olhos para continuar sentindo. Talvez seja tudo psicológico, nem sei mais.
Volto até a mesa e Mingyu mexe na carteira. Acho que ele vai embora.
— Já vão? — pergunto, decepcionado.
— Sim. Nós temos um almoço amanhã na casa dos meus pais e se não sairmos agora estaremos com uma ressaca daquelas. — é Jihyo quem responde.
— Ah!
— Topa outra rodada, JK? — demoro a concluir que Taehyung fala comigo, mas concordo em seguida.
Nós bebemos o que ele diz ser a rodada de despedida. Jimin volta para a mesa a tempo de ver os amigos pela última vez e se junta a nós na bebedeira final. Vejo ele virar um copo com soju e logo depois suas bochechas ganharem um tom avermelhado. Ele passa a mão pelo cabelo e abre um sorriso. Qualquer pessoa que tivesse a mesma visão, provavelmente se encantaria por ele.
Um som me desperta seja lá de qual transe estava e só quando se repete é que me dou conta de que vem do meu celular. Há duas mensagens de Dalgi em resposta aos meus stories.
Você saiu? Pensei que ficaria em casa esses dias
Quem são essas pessoas?
☕️🍰
Prevejo uma dor de cabeça pro Jungkook e acho que não é só por conta da bebida não kkkk E vocês, o que acharam do capítulo?
Da última vez, eu voltei com promessas de atualizações mais frequentes, mas como podem ver, não cumpri. Esse mês a fanfic completa 1 ano e é uma vergonha pra mim ter apenas 6 capítulos publicados, principalmente porque sei que são capítulos menores do que vocês devem estar acostumados a ler.
Eu pedi à Bella, uma amiga minha e escritora de fics como De Volta à Fita, para ser minha beta e assim me encorajar a escrever a história com mais constância e espero que isso dê resultado.
Se você não me acompanha fora daqui, eu lancei um conto lá na Amazon. Se chama 'Tentei não cair' e está disponível gratuitamente até amanhã (07). Então corre nos meus perfis atrás do link na bio (@elielvitorsemc no Insta e @vminoshi no Twitter) e baixa esse friends to lovers aquileano. Você não precisa ter o aparelho Kindle para ler, basta usar o aplicativo para celular/tablet ou ler no computador.
É isso, gente. Aproveitem o feriadão e me deem mais um voto de confiança que eu pretendo sim ir até o final com essa história. Um grande abraço 😘🤎
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top