03. cappuccino
Olá, cafeinados! Vamos dar mais alguns passos para conhecer essa história? Nesse capítulo, teremos mais informações sobre o Jimin e 2 personagens novos que vão causar muito.
Não esquece do esquema: deixa o seu voto, comente à vontade e use nossa hashtag para chamar a atenção de outros mais leitores pra fic.
#DoceComoCafé
☕️🍰
Jimin
Largo o celular na mesa prestes a dar uma resposta atravessada. Não é a primeira vez que essa cliente me causa dor de cabeça. Nós conversamos e reformulamos sua linha editorial algumas vezes, mas ela volta a aparecer com alguma reclamação.
Pelo canto do olho, percebo Taehyung arrastar a cadeira em minha direção. Ele para a alguns centímetros e permanece calado.
— A advogada outra vez?
— Vai ter alteração no post dela — Aviso e ouço Tae murmurar já que ele é o responsável pela arte do post.
— Assim não dá, docinho! Toda vez é isso.
— Docinho? — enrugo a testa enquanto Taehyung se aproxima, parando ao meu lado.
— Foi à cafeteria ontem? — aceno. — Ué! Você não postou nada. Não lembro de uma vez que tenha ido sem tirar foto da comida de lá.
Relembro a noite passada e concluo que a conversa com Jungkook me distraiu a ponto de esquecer a foto. Costumo compartilhar nas redes o que consumo, pois rende interações com os seguidores. Não planejo virar influenciador digital, mas acho divertido. Penso, inclusive, em fazer resenhas do cardápio da cafeteria.
— Você conhece bem meu conteúdo.
— Aconteceu outra coisa? — Taehyung não deixa passar uma informação. Sinto-me diante de um cão farejador.
Eu comentei com ele sobre a situação constrangedora na cafeteria, porém considero ocultar o reencontro com Jungkook. Conhecendo Taehyung, sei o quão grande ele pode transformar esse acontecimento.
Apesar disso, compartilho quase tudo com ele. Por que esconder essa casualidade?
— Revi o Jungkook, o cara da discussão.
— Interessante! — Tae bate palmas — Ele tinha um hematoma no olho? Pelo que contou, a namorada dele é braba.
— Que horror! As coisas melhoraram entre eles — encaro Tae e noto sua expectativa em algo mais surpreendente. — Falei de você até.
— Contou que sou o seu melhor ex?
— Tirando todos os outros, obviamente.
Tae força uma risada. Ele adora ostentar a posição de melhor ex e para minha infelicidade não tenho como negar. Nosso relacionamento foi tão ingênuo. Sem brigas importantes ou preocupações sobre o futuro. Éramos moleques descobrindo juntos como crescer.
A conversa finaliza quando o dono da agência nos convoca para a reunião semanal. Pego o caderno com anotações acerca de cada cliente e adentro a sala de reuniões.
Debatemos as pautas mais complexas no início e fico surpreso quando em algum momento me torno o foco. Há um novo estagiário da área de Redação e como os outros redatores estão muito ocupados, fiquei responsável por ajudá-lo. É uma área que me desperta interesse desde a faculdade e com frequência aplico algumas funções dela em vista de adiantar o serviço.
— Como agradecimento à disponibilidade do Jimin, que tem se destacado como um ótimo profissional — discurso aprovado patrão, mas quero ver aumento no salário — decidi lhe entregar um convite extra para a premiação.
Okay, todos na agência estão animados com a tal premiação. Será um excelente momento para consumir comida e bebida cara. Fora isso, não possuo um ego faminto por esse tipo de aprovação, portanto trocaria o convite pelo bônus no fim do mês.
A sala explode em gritos animados junto a uma salva de palmas. Envergonhado, ando até o chefe e recebo o convite de suas mãos. Ele dá tapinhas nas minhas costas com pose de apresentador quando premia algum necessitado. Fecho os olhos, atingido por um flash de celular.
Agradeço, fugindo assim que possível daquela cena de seriado. Risonho, Taehyung balança o celular ao me ver. A vontade é de xingá-lo até a última geração, mas aguento calado.
Minutos depois, a reunião tem fim. Esbarro no palhaço que mostra a foto tirada.
— Convida o Jungkook — dessa vez nada me impede de levantar os dedos do meio em sua direção, pouco me importando se alguém viu.
🍩
Pitchuca corre até mim assim que a porta é aberta. Pego a gata manhosa nos braços e a carrego em direção ao sofá. Vê-la acende o desejo de criar um animal, mas dói só em imaginar deixá-lo sozinho enquanto trabalho. Faço carinho na pelagem alaranjada, me assustando quando ouço a porta bater com força.
— Minha desconfiança estava certa. Virei a mulher invisível — levanto o rosto para observar o drama da minha mãe.
— Olá, dona Chunhui! Tudo bem?
— É mãe para você — alerta enquanto ocupa o mesmo sofá que eu — Como posso estar bem se nem meu próprio filho se importa comigo?
— A televisão está perdendo uma grande atriz.
— Tenha respeito ao menos pela minha idade — afasto o corpo quando ela levanta a mão num aviso claro. — O que te deixou tão ocupado a ponto de não visitar a própria mãe?
— Uma semana, mulher! Você fala como se eu não viesse há um mês.
— Não deve demorar a acontecer isso. Principalmente quando casar. Você só escolhe homem que não gosta de mim.
Dou uma risada enquanto assisto Pitchuca largar de mim para se aconchegar nos braços da dona. Encaro mamãe de braços cruzados e nego com a cabeça.
— É você quem implica com todos os meus namorados.
Levanto com sede a caminho da geladeira. Ela continua na sala, lamentando sobre abandono e injustiça. Com o copo cheio em mãos, encosto na parede que divide sala e cozinha, bebendo o líquido.
— Você ainda namora o fortão? — quase cuspo a água pela definição.
— Nós terminamos de vez.
— Ainda bem! Já tá na idade de procurar alguém para casar — inicia a reprise do discurso de sempre — Não acha que já curtiu demais?
— No fundo você é uma conservadora, mamãe.
— Tá me chamando de preconceituosa?
— Não foi o que eu disse.
— Só porque você é gay eu preciso concordar com os homens que se relaciona? Você conhece minha opinião.
— Conheço!
— O Taehyung é um homem bom, trabalhador e agradável. Sem falar na beleza de outro mundo. Como você deixou escapar um partido desse?
— Eu não deixei escapar. Nós percebemos que nossa relação funciona melhor como amizade. A única a discordar disso é você.
— Depois não venha chorar no meu colo quando os anos passarem e ninguém te levar a sério.
— Ouch! — Levo a mão desocupada ao coração. — Essa doeu.
— Vamos comer!
Minha mãe levanta e parte em direção a cozinha. Observo ela organizar as panelas na mesa. Sei que Dona Chunhui não se desculpará, contudo a rapidez em desviar do assunto indica arrependimento.
Apesar de incomodar, relevo suas palavras para manter uma boa relação. Esforço-me em compreender as razões e as vivências que a levaram a pensar como ela pensa. Nem sempre funciona, por isso não a visito com mais frequência. Porém acima de tudo, tenho um carinho imenso, e recíproco, por essa mulher.
Pego pratos, copos e talheres. Com a mesa arrumada, ela serve o meu prato. Indico a quantidade, pois se depender dela me alimento por dois. Comemos em silêncio igual aos outros dias. Ao beber o suco de pêra, o melhor de todos, emito sons de satisfação.
— Recebi um convite extra para uma festa de publicitários — falo após limpar a boca com um pano. — Quer ir? Você sempre reclama que não explico sobre minha profissão. Posso mostrar com exemplos.
— E eu tenho idade para estar em festa? Convide outra pessoa.
— Já imaginava a resposta. Depois não diga que não te chamo para nada.
— Quer me agradar? Venha me ver mais vezes. Um dia você vai chegar e encontrar meu corpo desfalecido pela casa.
— Credo, mãe! — bato três vezes na mesa. — Prepara um café, vai. Você fala muita besteira, tá repreendido!
☕️🍰
E aí, o que acharam do Taehyung e da Chunhui? Eles são importantes para o Jimin, então ainda veremos muito de cada um.
Os capítulos estão curtinhos e não sei se a média continuará sendo assim. Mas antes de sofrerem, presta atenção aqui: ATUALIZAÇÃO AMANHÃ!
Isso mesmo, teremos um novo capítulo amanhã, pov do Jungkook. Então vou deixar para fazer textão nas notas finais do próximo capítulo.
Por enquanto, sigam meu Instagram (@autorvitorsemc) e Twitter (@vminoshi) para não perder as novidades. Até amanhã! 😘🤎
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