01. mocha
QUE NERVOSOOO! Chegou o momento de compartilhar essa história com o mundo e espero que desfrutem da melhor maneira.
Falo mais com vocês nas notas finais. Por enquanto, deixem o seu voto e comentem muito que estarei de olho em tudo. Boa leitura!
#DoceComoCafé
☕️🍰
Jimin
Largo a colher no prato vazio e alcanço o canudo com os dentes, sugando mais um gole da bebida morna. Olhar fixo no celular, acompanho as publicações de alguns conhecidos. Conforme uma clássica sexta, a maioria compartilha os planos para o fim de semana.
Ouço a porta ser aberta e mudo o foco da atenção quando vozes se juntam ao ambiente até então tranquilo. Não tardo a notar que trata-se de uma discussão. A mulher gesticula para dar ênfase aos próprios argumentos. O homem assiste, sem pressa em responder. Ele parece poupar energia.
Após uma pausa, a funcionária que se mantinha calada pergunta sobre o pedido. É ele quem escolhe enquanto a mulher se afasta à procura de uma mesa. Comparo-me a um objeto de decoração quando ela passa direto por mim e senta a poucos metros de distância.
Pouco depois o homem percorre o mesmo caminho, notando-me numa troca rápida de olhares. Ele transmite uma calmaria que logo entendo: não é a primeira vez a enfrentar situação semelhante.
Durante o tempo enquanto frequentador da cafeteria, é a primeira vez presenciando algo assim. Volto a mexer no celular antes de ser flagrado. Não nego a curiosidade em acompanhar a continuação da cena, contudo o bom senso me puxa a orelha.
Após um momento de tranquilidade a voz acalorada pronuncia:
— Eu não suporto mais! Toda vez é isso e você não faz nada.
— Ele é meu amigo, Dalgi. Como vou dizer: Ei, poderia manter uma distância segura de mim? Minha namorada não gosta que me toque.
— Você sabe muito bem o problema. Não tenho nada contra os seus amigos. Adoro o Jin e o Yoongi. Mas Hoseok é sonso. Ele não perde uma oportunidade de te abraçar, te cutucar.
— É o jeito dele, vei! Pode observar que ele faz o mesmo com todos. Sua implicância surgiu quando contei sobre o rolo que tivemos, porque antes isso nunca te incomodou.
— Está enganado! Eu não dizia nada para não ficar como a maluca da história, só que sempre achei estranho.
Recupero várias memórias ouvindo a conversa. Inevitável não me comparar àquele casal. O mero pensamento de ter protagonizado cena similar arrepia tudo que é pelo. Ao menos essa lembrança não consta entre as memórias.
— Tá bom! Pedirei ao Hoseok para me tratar como um estranho.
— Não é como se fossem tão amigos também.
— Fica difícil manter uma amizade quando sua namorada detesta a pessoa.
— Claro que jogaria a culpa em mim.
Levanto os olhos do celular a tempo de vê-la negar com a cabeça e juntar suas coisas. A mulher levanta sob o protesto do namorado, o ignora e caminha apressada em direção à saída.
Ele solta um suspiro alto, tão penoso que me provoca a reação contrária. Levo a mão à boca para evitar uma gafe, porém é justo o movimento preventivo que derruba a colher do prato e liberta meu papelão.
A risada ecoa trágica como vidro se espatifando no chão. Estou a ponto de recuperar a postura, todavia sou traído outra vez quando agacho para pegar a colher e visualizo a expressão surpresa e indignada no rosto dele.
À vista de incluir inconveniência entre meus defeitos, percebo o homem se levantar e parar na minha frente. Ele me observa descrente. Reconheço o olhar de julgamento e nem assim o riso tem fim. Tomo o tempo necessário para voltar a encará-lo, recomposto.
— Desculpa! — Dou o melhor para exprimir sincero arrependimento. — Não foi por maldade, juro!
— O ser humano abriu mão da empatia mesmo, minha nossa!
— Diga isso não! Se você soubesse o quanto te entendo — ele ergue uma sobrancelha. — É verdade! Pra não achar que tô mentindo, posso até ouvir seu desabafo. Acho que anda precisando falar com alguém, não?
Ele ri. Não com sinceridade, no entanto incrédulo. Uso esse tempo para analisá-lo melhor. Cabelo curto, bem cortado. Camisa listrada de botão. Uma calça preta não tão colada à pele e tênis confortáveis nos pés. Não parece um cafajeste à primeira vista.
— Deixa eu adivinhar. Você ouvirá meu desabafo e de quebra já garante a historinha engraçada para contar aos amigos depois.
— Só não fico magoado com tal suposição porque reconheço a primeira impressão inapropriada que passei — Formo uma careta — Sério, posso arriscar uma sessão de terapia gratuita. Sou familiarizado com o assunto.
— O quanto você escutou?
— Boa parte. O acústico aqui é ótimo para apresentações musicais, mas péssimo para discussões de casal.
— O duro é ter aprovado o café daqui. — massageia a testa — É difícil encontrar uma cafeteria honesta pela redondeza, mas não poderei voltar após esse mico.
— Não seja pretensioso! — Olho ao redor — Está vazia e os funcionários são discretos. Se fosse no turno de uma querida, talvez até ganhasse um pedaço de torta por conta da casa.
A feição dele se suaviza e noto o momento em que deixa de resistir. Anda até a outra mesa para juntar suas coisas e ocupa a cadeira de frente para mim. Abro um sorriso, disposto a ajudá-lo.
— Me chamo Park Jimin e estou às ordens.
— Jeon Jungkook — ele bebe da própria bebida antes de continuar — Eu tenho um amigo bem expressivo. Gosta de abraçar, tá sempre te tocando. Ele é assim com todo mundo, mas a minha namorada cismou ao descobrir que tínhamos uma amizade colorida quando dividimos um apartamento na época da faculdade. Encontramos com esse amigo hoje e o resultado você viu.
— Hum! — Movo a língua dentro da boca enquanto penso — Eu consigo entender a sua namorada, sabe?
— Eu também! Mas convenhamos que é uma situação complicada. Mal vejo esse amigo, aí vou chegar nele e pedir para não me tocar?
— São mesmo toques inocentes ou tá defendendo o seu amigo?
— É da personalidade dele. Um dia, ele até a abraçou de surpresa. A Dalgi julgou como provocação.
— Isso já aconteceu comigo — relembro. — Meu primeiro ex é meu atual melhor amigo. Sempre dava treta quando meus namorados descobriam.
— E como você resolvia?
— Bom, eu estou solteiro no momento — dou de ombros, recebendo uma expressão alarmada de Jungkook. — Relaxa! Apesar das discussões, nunca chegou a ser o motivo decisivo para um término.
— Relaxar não parece a melhor opção no momento.
— Então pede uma torta de coco. Se for pra sofrer, melhor que seja acompanhado dessa delícia.
Jungkook concorda e vai cabisbaixo em direção ao balcão. Pela tela do celular, concluo que é hora de ir para casa. Guardo o aparelho no bolso da calça quando ele volta segurando dois pratos e estende um em minha direção.
— Meu pagamento pela sua sessão, doutor Park — surpreso, sorrio agradecido pelo gesto.
Na primeira mordida me desmancho pelo sabor divino. A textura molhada e doce no ponto certo conquista a cada nova bocada. Analiso Jungkook apenas para confirmar se ele também aprova o sabor.
— Doce, minha nossa! — comenta.
— Definitivamente!
☕️🍰
A essa altura espero que tenham lido a apresentação da fanfic, junto com os avisos. Se não foi o caso, volta um capítulo. Mas agora me contem o que acharam, qual sua parte favorita e o que esperam pela frente.
Deu pra perceber que foi um capítulo introdutório, né? O próximo capítulo segue o mesmo estilo e tenho uma ótima notícia para vocês: ELE SAIRÁ AMANHÃ! Isso mesmo, vocês já vão ganhar uma nova atualização um dia depois da primeira. Que mimo!
Agora peço o apoio em vocês naquele delicioso boca a boca. Falem da fic nas suas redes, indiquem pros amigos, usem nossa hashtag deliciosa #DoceComoCafé e me sigam nas redes. Instagram: @autorvitorsemc e Twitter: @vminoshi
Vejo vocês amanhã com mais um pedacinho de OMECA. Beijos e até lá 😘🤎
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