Diário no escritório (Parte 2)

Era de manhã, Minerva se encontrava no escritório tomando o chá, ela relia o diário mais uma vez

"Todos os reis de Vangrd, sempre que precisavam do Médico e escreviam nesse diário os acontecimentos mas, por quê escrever?"

As portas do escritório se abriram, era o mordomo com o paletó bem arrumado e com a uma posição respeitosa

"Majestade, a carruagem está pronta"

Ela desceu as escadas

"Bom dia, flor do dia"

"Não é hora disso Colin e de onde você surgiu?"

"Eu iria te esperar na carruagem mas sabe como é coluna de jovem sempre dá problema por causa do sedentarismo, então resolvi ficar aqui fora esperando"

"Você não foi expulso pelo cocheiro por fazer barulho demais com os pés né?"

"Claro que não..."

Ela sabia que era uma mentira, Colin desde criança foi impaciente com qualquer coisa para fazer o tempo passar mais rápido, ele batia seus pés e apertava as mãos geralmente ajudava, mas ele constantemente irritava as pessoas ao seu redor.

"Vamos"

Eles entraram dentro da carruagem e começaram a viagem

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Ugar, tinha acabado de depositar a sua oferta mensal ao templo da Deusa, cansado, não esperava encontrar sua amada esposa descendo a carruagem com seu fiel conselheiro.

"Minha Rainha, não sabia que sentia tanto a minha falta"

Ela riu de lado

"Não posso discordar querido, mas hoje eu não estou aqui por você"

"Oras até por onde sei que não é religiosa, o que fez você mudar de ideia?"

"Nada para fala a verdade estou atrás de registros"

"Bem, o Sacerdote responsável está rezando a algumas cadeiras a frente"

"Obrigada, Ugar"

Quando ela ia passar por ele, sua mão é segurada pelo mesmo com delicadeza - e um par de olhos cinzas preocupados pairavam sobre a loira

"Não faça o que fez na noite passada por favor, a cama não é a mesma sem você"

O coração da jovem mulher se aqueceu, mas seu rosto continuava estóico.

"Não farei"

Ele solta sua mão e vai embora

"Cena de vocês dois aqui era tão melosa que quase peguei um violino"

"Cala a boca e vamos entrar logo"

"Claro, Rainha mandona"

"Um dia seu jeito debochado ainda vai te matar"

"Que seja então"

O templo continha uma arquitetura gótica antiga, os tubos dourados eram vistos no segundo andar acima do altar - era o órgão, brilhante e intocável. Essa era a única coisa que chamava atenção da madura Rainha.

"Por que olhas para o piano com tubos?"

"Se chama órgão, gênio"

"Certo, certo"

Ele pigarreia

"Por que você olha para o órgão?"

"A sensação de ter tudo no seu devido lugar me deixa satisfeita, olhando para os tubos, um de cada tamanho todos com uma função agravar o som e formar uma melodia. Particularmente me deixa feliz"

"Você é estranha"

A mulher mais alta sorri

"Se você diz..."

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"Quanto vamos ter que esperar?"

"Paciência..."

Um homem vestindo uma túnica marrom entra dentro de pequeno escritório onde se encontravam

"Peço desculpas de antemão a senhora, primeira Regente"

O sacerdote faz um gesto de desculpas a mulher que aceita, apressadamente

"Você é Elin, certo? O homem selecionado pelo último sacerdote que cuidava dos documentos da estrutura do castelo?"

"Exato, viestes aqui para ver os documentos?"

"O mais certo seria as plantas do castelo"

"Ah"

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Na parte mais discreta da igreja a dupla seguia o velho sacerdote escada abaixo.

"Por quanto mais vamos ter que descer minhas pernas estão me matando..."

"Colin se eu ouvir mais uma reclamação sua eu prometo te jogar daqui de cima"

O jovem ameaça fazer um barulho de desânimo.

"Chegamos"

Elin tira de seu manto uma chave polida e bem preservada e enfia na fechadura já muito velha da porta - dentro da sala, há uma mesa de madeira no centro cercada de papéis e livros em suas devidas gavetas também de madeira.

"Que cheiro é esse?"

"É verniz, conselheiro preciso manter esse lugar conservado"

Enquanto falava o sacerdote pega papéis em forma de tubos e os desembrulha na mesa, a rainha e o conselheiro se aproximam para perto da mesa

"Veja rainha essa é uma planta do castelo...escadas, janelas, quartos, tudo está aqui"

"Então, onde está os escritórios do diário"

"Diário? Não reconheço tal coisa senhora"

"Então deixa eu reformular a pergunta"

Minerva se aproxima do homem sem hesitar e seus olhos se encontram, a determinação da mulher faz encolher o humilde homem de meia idade.

"Onde estão as rotas além do plano?"

Elin se encolhe e vira se para a mesa novamente, ele retira outro papel - coloca por cima da cartolina do castelo, dando outra visão para os três

"O Rei Minimus*, gostava muito de entradas além da superfície, sua paixão era tamanha que colocou em todo seu castelo inclusive no próprio quarto"

"Que homem mais doido, até no quarto!?"

"Você é surdo por acaso?"

Colin faz beiço e se vira para ler os outros artigos

"O princípio começa no quarto, Vossa Magestade"

Feito: 12/09/2022

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