Capítulo 5 - parte 4 (rascunho)

Allan arregalou os olhos ao ver a garota daquele jeito, apenas uma camiseta quase transparente, uma canga e o biquíni colorido por baixo. Apolo riu e fez surgir uma sunga e camiseta para ele, estendendo-a.

– Vista isso que vamos para a praia. – Deu uma risada descontraída. – Deixe de fazer careta e troque-se para tomarmos café e sairmos. O mar deve estar bem bom, com este calor de hoje.

Allan entrou e sentou-se, calado. Depois de um tempo, enquanto bebia o café, disse:

– Sinto-me nu.

– Vá-se acostumando – disse, Mônica, rindo. – Do jeito que você é bonito, vai chover mulher na sua horta.

– Vós falais muito estranho, milady... hã, Mônica.

Tudo o que ganhou em troca foi um sorriso divertido. Apolo perguntou:

– Para que praia vamos? – Olhou para os dois. – Podemos ir para Copacabana, que é onde estamos, Leblon, Ipanema, Barra, Recreio, que é muito longe e Niterói, que também é longe.

– Na TV dá pra ver que Leblon e Copacabana são sempre muito cheias. Não tem uma ideia de um lugar mais tranquilo?

– Então, pela hora, vamos para a Barra da Tijuca – disse Apolo, alegre. – Daí aproveito para ir pelo caminho mais longo e pegamos o alto da Boa Vista para vocês verem que coisa mais linda que é.

– Fechado. – Mônica levantou-se. – Vou ao banheiro e pegar umas coisas.

― ☼ ―

No caminho ninguém falava grande coisa, aproveitando para apreciar a vista. Apolo foi pelo Jardim Botânico e pegou o Alto pela estrada da Vista Chinesa, um lugar na montanha e em meio à natureza, onde os raios de sol passavam pelas árvores deixando tubos de luz que refletia o verde-claro das folhas, provocando uma beleza impressionante e digna de uma história de ficção de um escritor romântico. Ele aproveitou para fazer um desvio e mostrar a Vista Chinesa e a Mesa do Imperador.

Tanto Allan quanto Mônica, que não parava de tirar fotos, olhavam aquilo com um misto de veneração e deslumbre. A vista da cidade abaixo, com destaque para o Pão de Açúcar era algo que valia a pena ver e se deleitar. Ao fim de algum tempo retornaram para o carro e Apolo pegou a Estrada das Canoas, uma via que descia para o bairro São Conrado, ao lado da Barra. A estrada marginalizava um vale cercado de casas muito luxuosas, descendo bastante. Mais uma vez Apolo fez uma parada, daquela vez no mirante das Canoas, um lugar muito mais baixo que a Vista Chinesa mas que nada lhe devia em beleza. Mais uma vez no carro, enquanto desciam, Allan disse:

– Isto é belíssimo e sei que o que desejo falar a seguir não tem nada a ver com o lugar, por isso desculpai-me, mas eu gostaria de aprender a usar um computador. Vendo a televisão descobri que posso aprender muito mais com ele. Seria muito difícil?

– Claro que não é difícil – disse Mônica, rindo. – A gente ensina você quando voltar, Allan. Você vai adorar.

― ☼ ―

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top