Capítulo 1 - parte 1 (rascunho)

"Os homens pensam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui. Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar."

Bob Marley.


– Apolo, Apolo...

A voz era bastante fraca e difícil de entender, mas ele reconhecia o seu nome, sem sombra de dúvidas. A questão era: quem estaria no meio do nada a chamar por si, uma vez que ninguém sabia que estaria naqueles lados.

Apurou os ouvidos e foi caminhando mais devagar, procurando fazer o máximo possível de silêncio. Enquanto isso, matutava se não seria mais uma das brincadeiras de mau gosto dos outros, que se divertiam no hotel-fazenda onde estava hospedado, não muito longe dali.

– Apolo, Apolo... – voltou a ouvir, ficando empertigado.

Aquela era uma voz feminina, mas parecia abafada e difícil de distinguir de quem seria. Tentou reconhecê-la pelo timbre, mas estava demasiado fraca para ser inteligível o suficiente.

– Alô – berrou ele. – Tem alguém aí?

Curioso, acelerou o passo na direção do som, apesar de ainda estar ressabiado que fosse mais uma das gracinhas dos ex-colegas porque, um par de horas antes, teve um sério desentendimento com eles.

A mata tornava-se mais densa, mas ainda não o impedia de caminhar com facilidade só que escurecia um pouco à medida que avançava. Continuava a pensar nos acontecimentos recentes quando um ruido diferente do usual chamou-lhe a atenção porque tratava-se de passos sorrateiros e que aparentavam pressa. Isso levou-o a ter quase a certeza de que aprontavam alguma e decidiu inverter a coisa e dar um susto muito grande em algumas pessoas, talvez até uma pequena sova que lhes servisse de lição para que não caíssem na idiotice de ainda pensarem que ainda estavam a lidar com a "vítima" dos tempos do colégio.

Procurando não fazer barulho, Apolo avançou e só então notou que a mata estava demasiado densa para o local que ele conhecia bem, apesar de não ir há alguns anos. Parou e coçou a cabeça, olhando em volta. Um novo ruido voltou a chamar a sua atenção e ele viu, não muito longe, um vulto de mulher vestido de branco e que brilhava um pouco, parecendo até um anjo, mas o que o baratinou é que ela lhe lembrava muito uma pessoa, uma pessoa que ele não via há bastante tempo e que nunca saiu da sua mente nem do coração.

Apurou o passo e seguiu no seu encalço.

– Helena, é você? – chamou, elevando a voz. – Espere, pare!

A mulher misteriosa deve ter acelerado porque afastou-se mais dele, que começou a correr atrás em uma pequena perseguição. Correu por alguns minutos, sendo fustigado por ramos de arbustos que lhe arranharam o rosto e marcaram os braços, além de provocarem alguns pequenos rasgos na camiseta. Assim que alcançou uma árvore bastante grande, deu-se conta de que ela desaparecera e parou ofegante, inclinando o corpo para a frente e apoiando as mãos nas coxas, inspirando com força.

O silêncio foi a primeira coisa que lhe chamou a atenção e fez pensar que havia algo errado. Não se ouvia nada, nem mesmo um pássaro ou uma brisa a roçar nas árvores. Era como se o tempo houvesse parado. Levantou a cabeça e procurou ouvir qualquer coisa, arregalando os olhos sem entender nada.

Pasmo, ergueu-se e olhou em volta, girando o corpo. Estava na entrada de um grande espaço aberto em meio a um bosque cerrado e que, para ser ainda mais estranho, era azulado em vez de verde. As árvores azuis predominavam de forma absoluta. Via, contudo, algumas com flores de todas as cores. O curioso era que tudo, fossem árvores ou arbustos, estava tão agrupado que tornava impossível a entrada na clareira exceto se fosse por aquele caminho. À sua frente, após o espaço aberto que era formado de chão de areia batida e com uns vinte metros, talvez pouco mais, de diâmetro, via-se a entrada de uma caverna.

Cada vez mais espantado, Apolo olhava para aquilo e atinava-se de que não poderia estar ali porque aquele lugar não era, com toda a certeza, situado em Minas Gerais; provavelmente nem mesmo no planeta Terra inteiro. Por isso, a solução só poderia ser uma e ele disse para si mesmo, irritado:

– Aqueles desgraçados de alguma forma me drogaram para que começasse a ver coisas malucas, mas não contavam que eu abandonasse o encontro para um passeio após o desentendimento – resmungou.

Logo após, viu o brilho na entrada da caverna, um brilho fraco e fugaz que lembrava a figura da mulher. Resoluto, foi naquela direção para ver o que encontrava. Em último caso, descansaria lá dentro até passarem os efeitos do alucinógeno que lhe devem ter ministrado. Pensando nisso, enfrentou aquela boca escura como breu e entrou despreocupado. Logo após, viu para a sua esquerda o brilho aparecendo mais uma vez. Ainda tranquilo, seguiu a imagem, aproximando-se mais. Como era demasiado escuro, usou o painel do telefone para iluminar o solo, não fosse cair em uma falésia profunda ou um rio subterrâneo, perdidos dentro da montanha. O local, contudo, era liso e não oferecia perigos. O vulto da mulher parou perto de algo que dava a ideia de ser a entrada de outra caverna menor. Ela virou-se e Apolo viu o seu rosto, sentindo o pulso acelerar. Estava mais velha, mas isso só a tornou muito mais bela, uma mulher esguia e alta, quase tanto quanto ele que tinha um metro e oitenta, e cujos olhos castanhos, doces e amendoados, pareciam olhar dentro da sua alma. Aquele rosto, Apolo jamais esqueceria em toda a sua vida, um rosto que não via há dez anos e que foi o seu grande e inesquecível amor. Ela era uma das pessoas que não compareceu ao encontro, mas também foi a única que Apolo desejava ver e o motivo de ter dirigido mais de setecentos quilômetros do Rio de Janeiro até ali. Sorriu e disse:

– Helena! – Sua voz tremeu um pouco e aproximou-se. – Há quanto tempo!

Quanto mais perto chegava, maior era a sensação de que a moça era incorpórea até que, quando estava apenas a dois passos dela, a sua figura dissipou-se e desapareceu no nada para dar lugar a uma luz forte que iluminou com intensidade todo o recinto onde a imagem da ex-colega se esvanecera, bem menor do que a caverna da entrada.

Triste e cada vez mais confuso, Apolo deu de cara com um homem que até lhe parecia familiar na fisionomia e no olhar, mas que nunca viu na vida. Pela cor da longa e bem tratada barba poder-se-ia dizer que era um homem bastante velho, mas os seus gestos e olhar afirmavam que era dono de um vigor impressionante e possuía uma idade indefinida, só que, com certeza, era avançada.

A estranha caverna tinha no centro, perto do sujeito, um caldeirão apoiado em um tripé de ferro onde, debaixo dele, algumas achas de lenha ardiam, propiciando um pouco de calor ao ambiente frio, quase gelado e que só naquele momento ele se deu conta. Aproximou-se e olhou em volta, vendo nas paredes de pedra várias gravuras, muitas delas que lembravam runas ou símbolos demasiado estranhos. Viu, também, diversas prateleiras que pareciam flutuar, onde vários potes e utensílios descansavam. Aquilo até parecia a cena de um filme medieval interativo, mas, mal deu o quarto passo, o estranho ergueu os olhos e sorriu, levantando os braços. A sua roupa era formada por uma túnica de um tecido que parecia algodão grosso, cinza-claro, quase branco. Ia até perto do solo e as mangas eram longas, terminando nos pulsos e com aberturas grandes, tão grandes que uma criança poderia entrar por elas. As mãos, com dedos longos de aristocrata, estavam abertas com as palmas voltadas para cima. O rosto dele era oval e o sorriso ostentava dentes muito alvos. Debaixo das sobrancelhas espessas e brancas, um par de olhos azuis-claros, muito vivos, pareciam sorrir junto. Tirando a situação um tanto macabra da caverna e do caldeirão, o homem parecia muito simpático, até normal, se as roupas não acentuassem a sensação de fantasia bem irreal.

Quando começou a falar, a sua voz era de timbre forte e firme:

– Salve, estrangeiro – disse ele. – Sois vós Apolo, filho de Matheus, que é filho de Ricardo, que é filho de Zacarias, que é filho de Morgan, que é filho de Esther, que é filha de Arthur, que é...

– Eu... – interrompeu o jovem. – Pare, pelo amor de Deus, sim sou eu, pelo menos até Zacarias. Agora, se puder me explicar o que está acontecendo, eu adoraria. Primeiro pensei que me drogaram, mas atinei que, se estivesse drogado, não me daria conta disso; então, o que raio é isto, quem é o senhor e onde estou?

– Bem, nobre Apolo, para começar não vos preocupeis com nada que tereis todas as respostas que desejardes – respondeu o eremita, aproximando-se mais do caldeirão que borbulhava. – Sou o mago Morgan Taylor I da corte britânica no ano da graça de mil cento e quarenta e três, vosso ancestral remoto...

– Meu Deus, senhor Morgan – interrompeu de novo o jovem, sacudindo a cabeça. – Não vai querer que eu acredite em uma loucura dessas, não acha? Quanto aqueles imbecis lhe pagaram para essa pegadinha?

– Todos os jovens do vosso tempo são impertinentes assim, nobre senhor? – perguntou o mago, parando de sorrir. – Já vos disse que teríeis todas as explicações; mas, para isso, tendes de me deixar falar, compreendeis?

– Como você fala esquisito – disse Apolo. – Muito bem, sou todo ouvidos.

– A mim parece que sois vós que falais muito estranho – retrucou o velho. – Vejamos. Eu sou Morgam I o mago mais poderoso da corte, mas tenho um rival que não me deve nada em habilidades: Bryan, o feiticeiro das trevas.

Morgan voltou a erguer a mãos à frente do caldeirão e as chamas avivaram-se de imediato. Uma bolha maior passou a crescer e flutuou até ao nível do rosto dele, surgindo a imagem de um homem que lembrava muito alguém que Apolo conhecia bem, alguém que ele detestava e o seu carrasco número um.

– Eu e Bryan tivemos uma batalha terrível e venci-o muito a custo, tirando a fonte maior do seu poder e eliminando grande parte da ameaça que ele representava para a estabilidade do nosso mundo, mas Bryan não se deixou derrotar com facilidade e arrumou um feitiço terrível e uma grande maldição contra mim e os meus descendentes. Apesar de o ter enfraquecido bastante, ele fugiu e descobri que jogou alguma coisa no tempo.

Estalou os dedos e a imagem dentro da bolha mudou, mostrando diversas pessoas no decorrer de muitas eras, todas elas vítimas de algum tipo de morte provocada.

– Vós sois o meu último descendente, nobre Apolo – continuou o mago, fazendo finalmente as imagens desaparecerem junto com a bolha misteriosa. – Se ele vos pegar e matar, ter-me-á vencido pois vós não tendes descendentes. A grande linhagem de dois mil anos de existência dos Taylors ter-se-á perdido convosco.

– Francamente, cavalheiro, não vai esperar que eu acredite nessa baboseira – disse Apolo. – Gostei desse truque, mas agora me diga onde estou e como saio daqui.

– Por que motivo não acreditais em mim? – perguntou Morgan, apresentando um ar aborrecido. – Não vedes que sois parecido comigo e que tendes poderes imensos à vossa disposição ou não teríeis, por acaso, aprendido o uso das artes superiores?

– Olhe...

– Oh sim, agora vejo que sois desconhecedor dos vossos dons e potenciais – disse o mago, interrompendo enquanto olhava dentro do caldeirão. – Nunca tereis notado que todas as vossas pragas se realizaram, nobre Apolo?

– Pragas é o que mais roguei na minha vida de estudante, senhor Morgan – disse Apolo. – Mas nunca vi o resultado de uma única delas acontecer.

– Mas aconteceram, sim – respondeu Morgan. – Vós não vistes, mas elas aconteciam e era por esse motivo que o perseguiam, por raiva dos desastres que aconteciam. E vejo que hoje tendes lançado uma praga terrível. Deveis, no futuro, de ter cuidado com elas.

Mais uma bolha surgiu no ar e, como se fosse uma televisão do tempo, ele viu coisas que nunca imaginou que aconteceram de fato. Eram cenas que se passaram nos tempos do colégio e as consequências delas. A primeira foi quando quatro colegas o agrediram. Ele revidou e a pancadaria foi de respeito, mas Apolo tomou uma grande surra por causa da superioridade numérica e, enquanto apanhava, desejou e gritou com toda a força dos seus pulmões que eles encontrassem um bando de valentões na rua que lhes dessem uma surra muito pior. A cena seguinte passava-se algumas horas depois, na rua, quando um bando de assaltantes os espancou a ponto de irem para o hospital. Como eles levaram uma semana de suspensão por conta do que fizeram, ninguém soube. Paulatinamente, Apolo viu uma grande quantidade das suas pragas acontecendo até que se lembrou de uma, uma que se arrependeu na época, mas que não apareceu nas imagens porque eram resumidas e que o deixou muito apreensivo.

– Afinal, o que o senhor deseja de mim? – perguntou, por fim.

– Desejo salvar-vos e desejo que tenhais descendentes, nobre Apolo. Afinal não é óbvio?

– Olhe, não espere descendentes meus para tão cedo, meu caro, porque até hoje não encontrei alguém que preenchesse uma grande lacuna da minha vida e, se esta coisa das pragas foi verdade, então devo ter jogado fora a única chance de ser feliz. Bem que desejava um filho, mas não vai dar.

– Por que não, se eu vi o quão bela e perfeita é a moça dos vossos sonhos? – perguntou o mago. – Pragas podem ser revertidas!

– Por isso mesmo, caro Morgan, porque ela é apenas a garota dos meus sonhos. Não há reciprocidade e sofri muito por causa dela. Então deve imaginar que não desejo sofrer mais.

– Acredito que não devíeis pensar assim e que as coisas arranjar-se-ão um dia, nobre Apolo – retrucou o mago. – Agora, quanto às vossas habilidades, tendes de aprender e rápido. Aproxima-se o dia em que a maldição de Bryan chegará e tereis de lutar pela vossa vida. Lembrai-vos que todos os vossos ancestrais com poderes foram mortos de alguma forma.

– Os meus pais estão bem vivos...

– O vosso pai não herdou os meus poderes – explicou. – Ele apenas mata os descendentes com poderes e vós sois o último deles... sem descendentes.

– Olhe, as pragas podem muito bem ser coincidências, meu amigo. Esse negócio de poderes...

– Tudo o que vós sempre desejastes, aconteceu, nobre Apolo. Vede, por exemplo, o prêmio da lotaria que precisáveis para iniciardes o vosso negócio! Vós apenas não tendes o controle sobre vossos poderes, mas devo advertir-vos que não devem ser usados em propósitos egoístas.

– Caraca, meu, isso tá complicado de engolir – arrematou o jovem, sacudindo a cabeça. – Se não fosse o fato de eu saber que nenhum daqueles idiotas teria capacidade de falar desse jeito, juraria que essa é a armação mais perfeita da história. Afinal onde estou?

– Estais no meu refúgio, um lugar no mundo e, ao mesmo tempo, fora dele. É o único lugar onde Bryan nada pode ver ou ouvir.

Apolo deu um suspiro e disse:

– Muito bem, partindo do pressuposto que é tudo verdade, o que devo fazer?

O mago estendeu a mão e, no meio do gesto, surgiu um medalhão feito de ouro com uma grande pedra preciosa de cor vermelho-sangue e uma grossa corrente de ouro puro. Entregou-o ao jovem que o pegou, fascinado com a beleza dele que era todo gravado com símbolos desconhecidos em relevo.

– Este é o Medalhão do Poder que permite multiplicar as forças de um mago e já pertenceu a Bryan, que o roubou de uma feiticeira poderosa antes de a matar. Com ele, vós podeis aprender a focar os vossos pensamentos e tereis proteção adicional. Em breve, mandarei um campeão para proteger a vós e à vossa prometida, mas deveis procurá-la. Ela deve estar perto de vós porque o destino encarrega-se disso.

– Olhe, a verdade é que nem sei onde ela anda atualmente. O contato que eu tinha dela era um fake para me sacanear. Provavelmente até já casou e tem filhos. Afinal, o segundo grau acabou há dez anos!

– Acreditai, nobre Apolo, acreditai que ela vive mais perto do que imaginais – insistiu Morgan. – E lembrai-vos sempre de que Bryan observa, sem falar que há um descendente dele nesta época.

– Isso eu já sei – disse Apolo, encolhendo os ombros.

– Sabeis?! – perguntou o mago, arregalando os olhos. – Como poderíeis saber?

– Porque, quando você apresentou a imagem do tal Bryan, reconheci-a muito semelhante a um antigo colega de escola e o meu carrasco. Foi justamente o sujeito que me humilhou quando descobriu que eu amava Helena.

– Deveis tomar muito cuidado com ele, nobre Apolo – disse Morgan, preocupado. – Não seria má ideia dar logo um jeito de o eliminar antes que seja demasiado tarde.

– Nos dias atuais não posso matar alguém só porque não vou com a cara dele ou presumo que me vá prejudicar – comentou Apolo, incisivo.

– Nesse caso, não o deixeis chegar perto do medalhão – insistiu o mago. – Afinal, é possível que ele também tenha herdado os poderes de Bryan.

– Muito bem, e como eu saio deste bosque maluco de árvores azuis?

– Apenas saí da montanha e andai pela trilha – respondeu.

– E como voltarei, se precisar de falar consigo, se bem que ainda acho que é tudo uma grande e pirada viagem de alucinógenos...

– Quando desenvolverdes os vossos poderes, podereis criar e andar nestes lugares, mas dificilmente conseguireis me encontrar porque, no vosso tempo, já não vivo mais.

– Se eu contar para alguém vão me internar na certa – resmungou Apolo de si para si.

– Deveis ir agora porque esta magia para conversarmos me desgasta muito. Unir tempos diferentes, requer poder demais, mas lembrai-vos que, em breve, enviar-vos-ei auxílio. Felicidades, nobre Apolo.

O jovem ia dizer algo, mas a imagem do velho começou a desaparecer e tudo a escurecer. Em pouco tempo não havia mais nada ali e Apolo só não achou que estava biruta porque ainda segurava na mão o medalhão.

Com cuidado, colocou-o no pescoço e pegou o celular do bolso, ativando o programa da lanterna para iluminar o local. Como ele suspeitou, estava em uma caverna vazia, sem qualquer marca da presença de alguém.

Encolheu os ombros e retornou para a clareira. Na saída, notou que havia, perto das árvores, um grande número de cogumelos de um tipo que nunca havia visto antes e que eram, por sinal, muito bonitos. Nesse momento, cogitou a hipótese de ter inalado algum tipo de esporo que eles soltassem no ar e isso tivesse um certo feito psicotrópico que provocasse um transe alucinógeno. Não demorou muito a descartar a hipótese porque a sua mão correu para o peito e sentiu o medalhão por dentro da camiseta, medalhão este que parecia pulsar e o jovem podia jurar que ele irradiava algum tipo de força desconhecida mas que o fazia sentir-se muito bem.

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