Ezequiel já estava a ficar cansado de atacar, mesmo com o uso do bracelete. Muitos soldados morreram, apesar de ter evitado matar, ao contrário dos lemurianos que os matavam aos montes. O primeiro a fraquejar foi Hernandez, mas, quando Saci falou que os outros estavam a salvo e Igor vinha para ajudar, a alegria foi tanta que parecia ter descansado, passando a atacar com força dobrada.

A sala onde estavam parecia mesmo uma cena de batalha feroz, cheia de escombros e corpos caídos, em especial junto à porta e à passagem aberta.

– "Atenção" – disse Saci. – "Igor vem ajudar agora mesmo."

Mar terminou alerta, o mago surgiu no meio da sala e aproximou-se dos amigos.

– Ez e Hernandez, recuem para a floresta agora mesmo. Saci, segura a barra aí.

– Certo, Igor – respondeu o ancião.

Igor acionou a sua barreira mais potente que, com a ajuda do bracelete estava ainda mais intensa. Aproximou-se dos lemurianos e Valdo.

– Saiam. Eu assumo daqui. Corram para a floresta e peçam para Gwydion avisar Saci quando estiverem juntos.

– Mas e tu, Igor – perguntou Valdo, preocupado. – Nem penses que te deixo sozinho...

– Eu posso teleportar para fugir, Valdinho – respondeu Igor, incisivo. – Vocês não, então toca para fora daqui.

– Ele tem razão – disse Lídia, puxando Valdo. – Vamos, rápido.

Quando os quatro recuaram em meio à poeira, um bando de soldados avançou, alcançando a passagem. Sem os querer matar, Igor pegou a espada e lançou descargas absurdas de eletricidade estática. Tomados de convulsões por todo o corpo, os soldados caíram no chão, aos gritos, provocando uma calmaria.

Igor avançou para a passagem e foi bombardeado por uma quantidade absurda de soldados, mas sem qualquer sucesso e ele agradeceu à Deusa por causa do bracelete. Jogou uma bola de plasma para cima e o teto começou a derreter e rachar, fazendo os soldados recuarem ainda mais assutados.

Ficou quase meia hora nesses ataques desgastantes até que Saci disse:

– "Chegaram ao pondo de encontro."

– Voa para lá, Saci. Em cinco minutos eu me transportarei.

– "Combinado."

O gigante retirou-se e os soldados entraram para tomar de assalto a passagem, mas tudo o que encontraram foi uma bola de plasma que rebentou em cima deles. Igor tentou minimizar as perdas com um certo sucesso, mas era complicado defender dois fronts. Por isso, passou a ficar na parede rebentada que dava entre o recinto onde estava e o jardim. Os soldados avançaram e entrincheiraram-se atrás de colunas

Foi mantendo a posição até que o tempo se esgotou. Nesse momento, o inimigo não encontrou mais resistência e a única prova da existência do invasor era a sala toda destruída.

Frustrados, os soldados passaram a procurar feridos, separar as baixas e fazer a contagem.

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