Capítulo 6 -parte 4 (rascunho)

Caroline sentia-se muito agoniada. Morgana estava desaparecida há mais de duas horas e ela tinha medo que tivesse acontecido alguma coisa. Eduarda estava mais calma, mas ainda demasiado abalada, por mais que Caroline insistisse que Igor devia estar bem vivo.

O soldado entrou e disse, olhando para elas e sorrindo:

– Ela venceu e está com Argonos. Em breve virá ver vocês. O pai dela foi vingado. Apenas mantenham-se calmos e esperem.

– Obrigada – disse Caroline, aliviada porque morria de medo que tivesse acontecido alguma coisa com a amiga. Se Morgana tivesse morrido, o mais provável era que Eduarda pirasse de vez.

Ela fez um gesto, testando os seus pderes e notando que já tinha força total. Olhou para os pais e eles fizeram um aceno, confirmando que também estava com os poderes restaurados. Depois, ela pensou e concluiu que seria suicídio tentar alguma coisa porque eram muitos. Se quinze deles mataram ou feriram Igor, então bastava um para dar cabo dela e dos amigos uma dúzia de vezes, exceto se Morgana estivesse junto.

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Lídia tomou um bom susto quando o portal se abriu e o estranho que tinha barreiras douradas apareceu, mas o seu sustou não parou por aí porque uma figura enorme surgiu atrás dele. Era tão grande que aquele galpão que alugaram nos subúrbios de Londres encolheu. Ela nunca viu aquele animal na vida, mas notou que era inteligente e não seria bom atacá-lo. Por isso, absteve-se de o fazer e apenas encarou Valdo, que ergueu a mão direita e fez o prisioneiro dela voar até ele.

– Desculpe-me, minha cara, mas preciso deste dem6onio para encontrar o meu amigo Igor. Sinto que ele está perto, mas não o encontro.

Lídia arregalou os olhos e perguntou:

– Você é amigo de Igor?

– "Ela está com Igor, Valdinho" – disse Gwydion.

– Ele é o meu maior amigo e o meu outro amigo aqui, o Gwydion, me disse que ele está em seu poder. Se não me entregar Igor, serei forçado a forçá-la, nem que isso lhe custe a sua vida.

– Eu ouvi-o falar – disse Lídia. – O seu amigo Igor está aqui, sim, mas não é prisioneiro. Eu e meu parceiro salvamo-lo, mas ee está entre a vida e a morte. Não sabemos o que fazer e movê-lo daqui pode significar o seu fim.

– Mostre-me ele, pediu Valdo, muito nervoso.

– Venha. – Lídia virou-se, fazendo sinal.

– "Valdinho, ajuda-me a mudar, por favor" – pediu Gwydion.

Lídia ouviu o pedido e virou-se de volta. Espantada, viu a criatura gigantesca virar um pássaro de beleza impressionante. Valdo virou-se para ela e sorriu, interrogativo.

Lídia foi para o fundo do galpão e abriu a porta de um quarto, encontrando o colega ao lado da cama de Igor. Valdo sentiu um aperto na garganta ao ver o estado do amigo. Aproximou-se e colocou a mão no seu peito, aflito. No segundo seguinte, todo o temor desapareceu e ele concentrou-se em salvar o amigo. Afinal, se ele era capaz de devolver a vida a um morto, podia curá-lo, estava certo que podia. Em segundos, a palidez foi desaparecendo e a respiração tornou-se regular e forte.

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Igor sentia-se bem, O melhor de tudo era a sensação de repouso. Depois, deu-se conta de que não podia estar desse jeito porque tinha acabado de combater com um bando de invasores e levara a pior. A última coisa de que se lembrou foi Lídia a correr para ele. A seguir, para ficar ainda pior, recordou-se que precisava de salvar a mulher e filha, além da sua doce Carol. Abriu os olhos e viu três pessoas de pé á sua frente, uma dela com um pássaro no ombro. Quando se atinou, sorriu. Levantou e disse:

– Oi, Valdinho, Gwydion – olhou para os alienígenas. – Acredito que lhe devo a vida, Lídia, obrigado. Fui confiante demais para enfrentar aqueles demônios.

– Boa noite Igor – disse Lídia. – Este é Zéfiro, meu companheiro de trabalho. Na verdade, quem o salvou foi o seu amigo. Mais umas horas sem ajuda e acho que o teríamos perdido.

– Olá, Zéfiro – disse o mago. – Sou Igor, líder dos magos. Obrigado por me ajudarem.

Igor ergueu-se e Gwydion voou para o seu ombro, alegre. Olhou em volta e e ergueu a mão, fazendo surgir um café. Nesse momento, ouviram um barulho no galpão e só então se lembraram do prisioneiro, que, ao acordar, aproveitou para abrir o portal e tentar fugir. Valdo, que estava mais perto da porta, correu e ergueu o braço. Um fluxo de energia mortal atravessou o ar e alcançou o sujeito enquanto ele atravessava, mas foi tarde. Com um grito, o estranho caiu do outro lado, fraco demais para se mexer porque Valdo sugou parte da sua vitalidade, mas o portal fechou-se.

– Droga – disse Lídia. – Agora conseguirão descobrir o nosso esconderijo e pior, perdemos a chance de saber onde se escondem.

Valdo achou melhor nada dizer, visto que não os conhecia direito. Igor, passando para o plano prático, concentrou-se em recuperar as suas roupas e procurou a espada, mas ela não voltou, sinal que o inimigo devia ter levado para outro mundo. Olhou para Lídia e sorriu, mas disse de forma decidida e firme.

– Lídia, não somos seus inimigos e sabemos que também não nos querem mal, mas está na hora de nos contar o que está acontecendo. Quem são eles, o que querem e qual a relação disso tudo com vocês.

– Muito bem – disse ela,após trocar um olhar com o colega. Acho que é melhor para todos nós se souberem toda a verdade, mas peço que não tornem isso público. O pouco que estudamos do seu mundo foi suficiente para sabermos que, provavelmente, haveria bastante pânico.

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