Capítulo 15 - parte 1 (rascunho)
Cylonos olhava para aquele ser imponente que vinha descarado e sem medo. Teve de admitir a si mesmo que admirou e invejou o sujeito, apesar de achar as suas roupas de péssimo gosto. Quando estava perto o suficiente para ver expressões faciais, soltou um murmúrio de espanto.
– O que foi, Cylonos? – perguntou o amigo que o acompanhava.
– Esse homem tem os mesmos olhos da mulher que falei – disse, impressionado. – Devem ser aparentados e tenho até medo de imaginar o poder dele. Veja aquela mulher no bicho ao lado do que esse homem desceu. Ela é a mulher do duelo.
– Deuses, como é bela!
– E mortal.
– Que seja! – disse o outro. – O que ele será dela?
– Deve ser irmão, já que não tem idade para pai e foi dito que o duelo era para vingar a morte do pai dela. Contudo, a espada que ele carrega é a mesma que ela usou para matar o grande Bonatos, no duelo...
Chegaram ao alcance vocal e calaram-se, olhando para Igor que parou quando estavam a dez metros deles. Ele ergueu a mão com tanta autoridade que os atlantes pararam.
– Salve, sou Igor Montenegro, Guardião supremo do que vocês chamam de Reino Perdido e também do Mundo de Cristal. Com quem estou a falar?
– Pode me chamar de Cylonos e este aqui é Exonos. Nós e os nossos amigos ali, somos os Senhores de Atlântida. Vejo que já liquidou os seus assuntos com o exército de Argonos, então por que não retorna para o seu mundo?
– Temo, caro Cylonos – disse Igor –, que o ataque traiçoeiro que o seu povo fez à Terra, que é o nome do Reino Perdido, seja um evento que se vá repetir em breve porque vocês desejam tomar o meu mundo e não estou disposto a ceder. Vocês já sequestraram a minha mulher, as minhas filhas e amigos muito queridos. Isso não pode voltar a ocorrer.
– Acha que pode enfrentar o meu exército? – perguntou Cylonos, debochado. – A mim parece que ele é um pouco maior do que o que vocês enfrentaram e estão em campo aberto, se lugares para se protegerem.
– Acho que posso enfrentar sim, mas preferia que vocês se rendessem.
– E o que faria se nos rendêssemos?
– Destruirei os braceletes de todos vocês e poderão levar uma vida pacata e tranquila sem nos ameaçarem.
– A sua proposta é inaceitável – disse Exonos.
– Eu farei a seguinte contra-proposta – afirmou Cylonos, fazendo um gesto para o outro se acalmar –, nós não nos meteremos na seu mundo. Vamos esquecer que essa tal Terra existe e vocês vão embora com a promessa que não tentaremos invadir nada nem ninguém.
– É justo, mas sinto que não é uma atitude sincera.
– "Ele mente" – disse Gwydion com muita potência, tanta que todos ouviram, de ambos os lados. – "Ele deseja ganhar tempo e enganar os magos para se fortalecer porque tem medo do nosso poder."
– Viu? – Igor sorriu. – É quase impossível enganar um dragão quando se está perto dele. Vai-se render.
– Jamais um Senhor da Atlântida se rebaixará à rendição co degenerados – vociferou Exonos, irado.
– Nesse caso – disse Igor –, não temos mais nada para conversar. Com a vossa licença retornarei para a minha gente e que vença o melhor.
Igor virou as costas e saiu. Mal deu dois passos, o grito mental de Gwydion alertou-o.
– "Igor!"
Sem nem mesmo pensar, o mago ergueu a sua barreira purpura e os raios martelo atingiram-no, sem efeito. Gwydion deu um salto gigantesco para o alcançar, mas Igor virou-se e arremessou duas bolas de plasma concentrado. Cylonos atirou-se para o lado tão rápido que consegui escapar por um triz, mas a esfera passou tão perto dele que lhe chamuscou os ombros e cabelos. Já Exonos, nem mesmo sentiu a morte chegar.
Gwydion parou ao lado do amgo, que se transportou para cima dele. Quando o gigante decolou, os outros dragões já estavam no ar, preparados. Todos os magos e lemurianos ergueram as barreiras e os soldados atlantes atacaram enquanto os senhores recuavam. Ezequiel, Valdo, Lídia e Marlon subiram alto e descerem em um mergulho tão forte que antes que o inimigo se desse conta, já estava nas costas deles, atacando os Senhores. Uma parede de fogo irou a visibilidade dos atlantes e os soldados, desorientados, passaram a precisar de cuidar a frente e retaguarda. Os ataques pela frente eram maciços por causa da quantidade absurda de invasores, mas as costas sofriam perdas maiores. Só na primeira investida, metade dos ditos senhores viraram tochas humanas. Valdo pediu para o seu dragão parar e estendeu a ão para a frente, criando uma corrente energética que lembrava uma neblina suave, branco-leitosa. Ela tinha uns trinta metros, talvez, por uns cinco de largura e abateu-se sobre os soldados. Aqueles que receberam aquela descarga começaram a gritar desesperados enquanto os seus corpos em questão de poucos segundos encolheram e encarquilharam, parecendo anciãos de idade muito avançada. Dez segundos depois, não havia um único vivo. Quando o segundo véu leitoso começou a descer, os soldados fugiram desesperados. No fundo, Valdo ficou aliviado por não os ter morto porque a sua natureza jamais foi essa, mas sabia que era necessário lutar pelo seu direito a viver em liberdade.
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