Igor e Gwydion desapareceram do parque e surgiram no quarto onde encontraram a Ailin. O mago apurou os ouvidos, mas não ouviu nada. Segundos depois, Gwydion disse:

– "A casa está vazia, não capto nem pensamentos nem emoções."

Igor não respondeu. Desceu a escada e foi andando pela sala, tentando captar algo. Mas chegou ao centro, disse:

– Sinto um portal que foi aberto há não muito tempo. Deve ser na cozinha.

Foi andando para lá e confirmou as suas suspeitas. Preocupado, iniciou o rastreamento e viu que o outro lado era a Atlântida, além de ter sido a Ailin que o abriu.

Apavorado, sentou-se na sala a pensar.

– O que farei? – perguntou-se de si para si.

– "Acho melhor alertar todo mundo primeiro, inclusive Morgana e Valdo" – disse o dragão. – "Aconselho ir a Céltia e deixar tudo preparado para a invasão".

– É, não vejo alternativa – disse, levantando-se. Abriu o portal, mas tendo o cuidado não deixar rastros.

Eduarda estava tão aflita que não saia de perto da praça dos partais. Por isso, foi a primeira a ver o marido retornar... sozinho. Agoniada, já calculou o pior. Levantou-se e correu para ele, olhando com ar interrogador.

– Ela foi para Londres. Seguiu o meu rastro até ao local onde combati os atlantes. Lá, por algum azar do destino, Rimon encontrou-a e foram para a Atlântida.

– E agora, amor – disse ela abraçando o marido e chorando.

– Agora, vamos lutar de novo, meu amor – disse Igor, pegando o telefone celular. – Vamos reunir todo mundo aqui e combinar a melhor estratégia. Vou avisar Morgana e Valdo.

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