Capítulo 11 - parte 5 (rascunho)

Zéfiro abriu o portal e atravessou, seguido pela Lídia e os magos. Marlon foi o último. O galpão estava escuro e tudo o que se via era o brilho suave das barreiras de proteção.

– Tem algo errado – disse Morgana. – Sinto uma coisa que até parece tensão no...

Não terminou de falar porque cerca de vinte homens pesadamente armados sairão de diversos cantos e esconderijos, cercando o grupo.

– Inteligência Britânica – gritou um deles, ameaçador. – Não se mexam ou atiramos. Mãos para cima.

Valdo olhou para os lemurianos e Morgana quase riu.

– Mantenham as barreiras que essas armas são bastantes perigosas – disse Valdo. A seguir fez um gesto para acalmar os agentes do MI6.

– Quem são vocês? – perguntou o homem. – Que brilho é esse em volta dos corpos de vocês?

– Não somos seus inimigos – disse Lídia. – Por favor, saiam daqui.

– Vocês estão cercados. Já os investigamos faz quase um ano, moça. Lá fora tem todo um batalhão pronto para atacar e destruir tudo.

– Vamos atacá-los para ganhar tempo e fugir daqui – disse Valdo, em celta.

– Que língua é essa? – perguntou o agente aproximando-se.

– Celta – respondeu Morgana. Coltando a usar o celta, continuou. – Só atordoar, gente.

– Parem de falar idiomas estrangeiros ou nós...

O grupo não chegou a saber o que o homem falou porque Morgana estalou os dedos e um raio de estática atingiu o sujeito. Era fraco, apenas para atordoar, mas as descargas fizeram-no cair com convulsões e os outros começaram a atirar para matar. Os lemurianos juntaram-se mais e a barreira ampliou-se, ao mesmo tempo que fizeram a volta para cobrirem as costas dos amigos. A seguir, os três fizeram o mesmo movimento da mão e uma cortina vibratória atingiu os atacantes do lado deles. Com um estrondo intenso, forma atirados para trás e perderam a consciência, mas da rua começaram a arrombar a porta. Morgana atirou uma esfera de estática para outros quatro e Valdo fez um movimento suave com a mão. Uma luz branca seguida de uma névoa da mesma cor atingiu cerca de cinco homens.

– Para os fundos – berrou Lídia. – Valdo vá na frente, entre no quarto onde curou Igor e abra um portal de fuga enquanto retardamos os agentes.

A preocupação dos extraterrestres e Morgana era não ferir pessoas que poderia vir a ficar amigos, mas eram autoridades perigosas. Enquanto eles provocavam todo o tipo de obstáculo para impedir a entrada dos atacantes, Valdo correu, obedecendo. Os demais seguiram devagar, andando de costas.

Morgana olhou para cima e viu nas vigas do teto uma oportunidade boa, passando aos atos. Quando os ingleses começaram a penetrar no recinto, o teto desabou sobre eles e os soldados recuaram às pressas. Com um grito do amigo, o grupo apressou-se a, quase correndo, atravessaram a passagem em baixo de uma chuva de balas. Morgana foi a primeira a reagir e perguntou:

– Onde estamos? – arrepiou-se toda e continuou. – Pela deusa, que frio.

Com um gesto, trocou as roupas, acrescentando um casaco. Os lemurianos fizeram o mesmo.

– Estamos em Porto Alegre – disse Valdo. – A cidade onde nasci. Fiquei com medo de que conseguissem nos seguir de alguma forma e não quis ir para a cabana de Ezequiel.

– Você fez bem, Valdo. Que lugar é este?

– É uma área deserta perto da universidade onde estudei. Acho que vocês podem operar daqui sem perigo. Aliás, esta é a cidade onde vocês disseram que existem aqueles cristais do bracelete.

– Vamos para a Lemúria – disse Lídia, decidida. – Precisam de saber que a base está comprometida. Se alguém dos nossos for ferido jamais me perdoarei.

Marlon tomou a dianteira e começou a abrir a passagem para o planeta natal.

― ☼ ―

– Oi, criança – disse Rimon abaixando-se e sorrindo. – O soldado não sabe a nossa língua. Eu vi o seu pai.

– Tu me ajuda? – perguntou ela, sorrindo.

O policial viu que os dois falavam a mesma língua e concluiu que o homem devia ser um familiar. Virou-se para o sujeito e disse:

Please, sir, try to not leave your child alone. It's dangerous, right?

Rimon não entendeu nada e fez um sinal, dando um sorriso como se pedisse desculpa. O policial entendeu que ele não falava português e sorriu de volta. Fez um gesto que lembrava uma continência relaxada e deu meia volta para continuar a sua ronda. Ailin puxou a calça do Rimon.

– Então, onde está o meu pai.

– Ele teve um combate grande com vinte homens aqui, as depois saiu. Também procuro por ele.

– Talvez esteja na casa da tia Carol – comentou Ailin, com uma pequena explosão de energia. – Eu devia ter lembrado. Tu sabes saltar, tio?

– O que é saltar? – perguntou Rimon, sem entender.

– Saltar é saltar – respondeu a pequenina. – Tipo... uma hora estou aqui e depois salto para outro lugar.

– Não sei – confessou Rimon. – Você me ensina?

– Pois é – disse ela com um suspiro que parecia tédio. – Acho que só eu papai e mamãe sabemos saltar. Nem a mana sabe!

Pegou a mão do Rimon e ele viu-se na casa por onde veio. Ailin afastou-se e olhou para ele, debochada.

– Viste? – perguntou. – É muito simples!

Rimon olhou para a criancinha e sentiu a consciência pesada. Se não fosse as roupas tao feias e os cabelos dourados, poderia passar por um bebê atlante, mas daquele jeito, estava mais para uma lemuriana. Ele, contudo, sabia muito bem que nenhum lemuriano e muito menos um atlante daquela idade seria capaz de fazer metade que que aquele bebê fez. De qualquer forma, ele precisava de aprisionar a menina e levar para o seu mundo.

Ailin começou a se dirigir para a cozinha para beber um leite ou água, o que houvesse. Mal entrou, seguida por Rimon, exclamou, muito feliz:

– Papai veio por aqui – gritou, erguendo as mãos que jorraram feixes de luzes multicoloridas para o teto. – Ele abriu um portal aqui, eu sinto.

Antes que Rimon falasse ou mesmo assimilasse o que a criança falou, Ailin abriu o portal e puxou o atlante.

– Vamos, o meu pai deve tar aqui.

― ☼ ―

Trad. - Por favor senhor, tente não deixar a sua filha sozinha. É perigoso, certo? N.A.


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