Capítulo 11 - parte 3 (rascunho)
– Combinado, Igor – disse ela. – Para facilitar, vamos aguardar na praça dos portais.
O mago sorriu e saiu, pegando um carro para o prédio da escola, um edifício enorme na periferia da cidade. A sua parte mais alta tinha uns setenta metros, a torre sul onde se concentravam os setores administrativos, gabinetes de professores, e quartos individuais de alunos avançados e professores que moravam lá, como era o caso da Batsheba, a chefe dos guardiões dos aprendizes. O prédio em si, era quadrangular, com talvez os seus duzentos e cinquenta metros de lado por cinco andares altos, não ultrapassando os vinte metros de altura. O local era cercado de um lado e dos fundos por uma floresta enorme e, do outro, o mar paradisíaco. A frente era virada para a cidade, não sem antes passar por um jardim muito grande e bem cuidado. A parte interna era construída apenas por trinta metros. O resto era área aberta e tinha jardins, quadras de esportes, algumas cobertas, e tudo o que era necessário para uma boa escola que ia desde o maternal ao superior. Igor estacionou o veículo perto da entrada e parou de frente ao pórtico, que era imponente. Sentiu alguma nostalgia e uma grande pontada de saudades da sua infância, dando um suspiro. Olhou para o bosque e notou um grupo de alunos que vestia mantos verdes, provavelmente indo para uma aula prática com um dos guardiões da natureza, uma das matérias que ele mais gostou de aprender. Virou-se de frente e entrou de vez, antes que perdesse o foco. O hall de entrada era bastante espaçoso e dava direto para a área interna ou para corredores laterais. Igor pegou o corredor lateral para a direita e percorreu toda a sua extensão, pegando o corredor que ia para os fundos, a área infantil. Passou por vários garotos que o saudavam alegres.
Assim que chegou à ala infantil, encontrou Batsheba que o aguardava. Os dois foram para a sala de recreação onde Ailin fugiu, cuja primeira providência tinha sido o isolamento.
– Foi aqui, Magnifico.
– Pode me chamar de Igor, Batsheba – disse o mago, gentil. Abriu a porta e continuou. – Deixemos os formalismos em excesso para quando forem reuniões oficiais. No fundo, entrando aqui e olhando isto, ainda me sinto aquele garotinho que vivia aprontando e volta e meia levava uns puxões de orelha bem-merecidos.
– Você sempre foi o meu preferido, Igor, mesmo com aquelas estrepolias todas, eu sabia que ia chegar ao topo – disse a guardiã, emocionada. – Eu gostava de ver como você conduzia tão bem a sua turma, sem qualquer dificuldade em se impôr aos colegas com a gentileza de sempre. O que mais gostava era da harmonia, especialmente da união tão intensa com a pequena Carol. No fundo pensei que iam acabar casando.
– Até tentamos, mas o sentimento fraternal prevaleceu.
– Bem vejo, Igor, e sei que é muito feliz com Eduarda – comentou ela. – Bem, foi aqui que aquela safadinha estava.
Igor concentrou-se um pouco e um brilho suave surgiu no local do portal. Pouco tempo depois, uma imagem formou-se, mostrando o local onde Ailin foi. Batsheba arregalou os olhos.
– Mas isso parece uma floresta na Terra! – exclamou ela. – Não é possível que uma criança tão nova consiga tudo isto de um só salto.
– É minha filha, esqueceu? – Igor riu. – E também usa ambas as mãos.
– Minha deusa! – exclamou a professora. – Você precisa de a colocar nos mesmos padrões de treino que os seus agora mesmo.
– Ia tratar disso ainda este período – comentou o mago. – Já que tocamos no assunto, dou-lhe carta branca no assunto. Ela foi para a cabana de Ezequiel, no sul do Brasil, mas deve ter sido apenas como orientação porque estive lá e deve ter seguido um rastro antigo. A esta hora, deve estar em Londres e nem quero imaginar os problemas que vai arrumar. Bem, vou para a Terra.
– Boa sorte, filho – disse a judia. – Que a deusa o acompanhe.
Igor sorriu e voltou para o carro, devolvendo-o para o palácio. Encontrou os amigos a esperarem, incluindo Caroline.
– Pensei que já tinhas ido, Carol – disse ele, em português.
– Se eu pegar carona contigo, mesmo após esperar todo este tempo, ainda chegarei antes e não me canso – respondeu rindo.
– Então vamos. – Igor sorriu para os companheiros e abriu o portal para o Itaimbézinho. – Senhores.
– Onde é isto? – perguntou Michel, após atravessarem. – Nao íamos para a Terra? Que lugar mais lindo!
– Estamos na Terra, Michel – respondeu Igor. – Aqui é o sul do Brasil, uma reserva natural. Carol vai levá-los para onde desejarem. Espero que dê tudo certo para vocês.
A inglesa beijou o amigo e Brigite abraçou Igor, agradecida. Após as despedida, a feiticeira levou os dois porque viu que Igor desejava que não soubessem demais.
– Ailin veio para cá, mas, como previ, já saiu – fez um gesto para o local onde ela abriu o portal e a imagem difusa formou-se, mostrando um parque. – Foi para o Hide Park.
– Sim, é o local onde ela estava brincando com a mãe dela e a sua amiga – disse Marlon. Olhou para o lado e sorriu. – Foi onde conheci Morgana.
– Bem – disse Lídia. – Nós vamos para o nosso posto em Londres e de lá vamos para a Lemúria. Em breve, voltarei com resultados.
Igor sorriu e entregou um telefone celular, apontando para Valdo.
– Levem este equipamento – disse. – Valdinho ensina como usar. Ele permite falar até fora da Terra. É uma invenção nossa. Assim, podemos manter contato, caso ocorra algo.
– Obrigada, Igor – disse ela. – Estou muito satisfeita de ter conhecido vocês.
– Eu também.
– Venha junto, Morgana – pediu Marlon. – Voltaremos rápido.
– Vai, filha. Sempre é bom conhecer algo novo e basta um para encontrar a tua irmã.
– Então eu vou, pai – disse ela, beijando-o. – Gosto de conhecer lugares novos.
– Vão com as barreiras erguidas – aconselhou, Igor. – Os atlantes podem saber do local.
– Boa – respondeu Valdo, obedecendo acompanhado pelos outros.
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