Capítulo 1 (rascunho)
– Tem a certeza de que encontrou o reino perdido? – perguntou Argonos. – Explique melhor, em detalhes.
– Senhor, tudo começou com o estrondo. Foi de tal modo intenso que ecoou por cinco planos, lembra-se?
– É óbvio que me lembro, homem, afinal eu mesmo dei a ordem de investigar – retrucou Argonos, irritado. – A questão é o quê ou quem provocou esse abalo de proporções titânicas. Afinal, no reino perdido não sobrou grande coisa, na verdade não sobrou pedra sobre pedra no sentido literal da palavra, nem de nós nem do inimigo. E tem mais, quem seria o idiota a ponto de chamar a atenção com um barulho desses por quase metade do universo?
– Senhor, o epicentro do abalo foi no plano um, mas o abalo propagou-se a partir do terceiro – disse o homem. – E todos sabemos que o reino ficava no terceiro plano.
– É verdade. Mas que conclusões tiraram? – perguntou o líder, impaciente. – Vocês estão há quase um ano a trabalhar nisso.
– Achamos que foi uma arma cristalina que foi deflagrada no primeiro plano, mas ela ou parte dela, propagou-se através de um portal, possivelmente espontâneo, e que causou a onda de choque. Acreditamos também que esse abalo foi consequência de desníveis temporais.
– Meu caro Rimon – insistiu Argonos. – O reino perdido foi parcialmente destruído por uma arma cristalina. Quase todos os cidadãos morreram. Se sobreviveram, devem ter regredido à barbárie. O mais provável é que alguns se tenham salvo no continente Médio, mas lá só havia esses idiotas que acreditavam que os degenerados mereciam alguma atenção especial por acharem que tinham potencial. Eram tão degenerados quanto eles... e o inimigo também, por sinal, sem falar que o inimigo sofreu o mesmo estrago que nós. Logo, não deve ter havido sobreviventes com conhecimentos para esse tipo de arma.
– Só lhe posso transmitir o que sei, senhor, e o que sei é apenas resultado de medições e análises. Não estou em condições de fazer suposições desse gênero. A Grande Guerra acabou há quase cinquenta mil anos e nós nem sabemos o que aconteceu de fato com o outro lado.
– Quero que localizem com precisão o local onde o evento principal ocorreu. Se é o Reino Perdido, eu quero encontrá-lo. Ele é nosso de direito e o mundo mais bonito que já tivemos.
– Desculpe a minha ignorância nesse setor, senhor, mas como foi que o Reino se perdeu? – perguntou Rimon.
– Viemos para este mundo através de um portal espontâneo e ninguém conferiu as coordenadas – explicou Argonos. – Acontece que as passagens espontâneas são instáveis e ficamos presos aqui quando o terceiro artefato cristalino foi deflagrado no Reino.
– Interessante
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