Capítulo Único

O lobo finalmente estava de volta à sua toca.

Aquele gato maldito aprendeu a lição.

Por que sempre ele tem que falar com a sua comida? Bom, tudo que ele pode fazer foi sorrir, sabendo que da próxima vez que o veria seria por merecer, não porque ele zombara dele.

- Pelo visto, não tem gato com você, não é? – O lobo, agora transformado em sua forma original de caveira, volto para um brilho em amarelo onde conseguia ver o rosto de uma jovem mulher, a vida, sua companheira de eternidade, onde sempre estarão naquele jogo de dar presentes um ao outro.

Além do mais, o conceito de viver é que a vida faz presentes para ele que irão buscá-lo em algum momento e, com o julgamento dele, diria se foi um presente bom ou ruim. Na maioria das vezes, os presentes são uma porcaria, como esse maldito gato, o fazendo rosnar e a vendo rir baixo.

- Ele aprendeu a lição, pelo visto. – Cruzou os braços sobre o peito, fazendo-a chegar perto.

- Então fez de novo, pelo visto, - a figura finalmente chegou perto da caveira, dando calor àqueles ossos frios e gélidos. – Deu uma lição ao mocinho? Mostrando que agora ele terá que viver ao máximo? – O olhar de deboche vindo da mesma o irritou um pouco.

- Eu não teria que dar tantas visitas a ele se você não tivesse colocado nove vidas ao maldito animal. – Rosno, mostrando a foice, enquanto a figura à frente não se intimidou, conhecia o temperamento explosivo.

- Já falei que o lugar em que ele está o dá esse poder, - fez um bico dando a volta no mesmo. – Nas américas, ele tem 7 vidas. – No final, acabou nos braços do esqueleto dando um beijo delicado, ouvindo-o ronronar e seus ossos tremerem.

- Que tal voltamos a falar de pôr uma vida só! – ele não queria mais ver os gatos zombarem dele.

- Mas gatos são mágicos, - a figura fugiu irritada dos braços, ouvindo resmungar e abrir um sorriso ao longe. – Eles merecem as vidas que têm, não é minha culpa que esse aí é doido. – Volto para longe, o fazendo chegar perto com calma.

- Maldito exemplar esse não? – os olhos vermelhos pegaram os delicados. – Mas ele aprendeu a lição e agora viverá bem, sem contar que com ele encontrei perito... – o ânimo da mesma o fez rir baixo enquanto a abraçava.

- Perito, está bem? A ele sim merecia nove vidas. – Olhou com descrença para a esfera que surgiu na frente deles. – Um cachorrinho tão puro, podia dar essa chance a ele, que tal? – o dedo puxou o rosto de volta para o encontro dele, mesmo sem lábios naquele momento, ainda seu poder a fez sentir e o beijo deles foi lindo para os dois, mas se fosse observar seria estranho.

- Sem mais tantas vidas assim, para ninguém...

- Bom, chegou tarde, porque Kitty e o gato fizeram mais três belos exemplares. – Solto divagar, sentindo o aperto afrouxar e, quando viro para trás, o ouvi uivar.

- Que foi? Eles são que nem coelhos, costumam ser bem assertivos. – Acabou rindo da cara de desespero do lobo.

Fim?

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