Capitulo 1 O Lobinho sem nada

As luzes estavam todas penduradas nos galhos das árvores havia pouca música mas era bem agradável estava frio estavam todos vestidos para celebrar um casamento entre duas pessoas que se amam! E que quando se casarem serão muito felizes e viverão felizes para sempre! Eba!—Humpf...quem dera eu pudesse dizer isso

Todos estavam alegres, meus pais orgulhosos e todos os outros praticamente comendo, bebendo, se divertindo e rindo bastante. Eu era o noivo de um casamento arranjado. Porquê? Foi ideia dos meus pais, eles decidiram me casar com a filha de uma matilha de lobos muito fortes e caçadores organizados, para qualquer um parece uma chance perfeita afinal...ela é bonita, e caça bem ou seja para um cara comum tudo bem, mas eu tinha conhecido ela bem e mesmo assim sou contra essa porcaria.

"Ah merda! a música já tá tocando de novo... vou ter que dançar outra vez colado com ela, cara queria tanto estar fazendo outra coisa. sou jovem pra que casar agora"—pensei eu praticamente choramingando por dentro, mas se eu não fizesse isso ocorreria uma guerra e não existe comida suficiente para todos nós por isso para que não houvesse guerra entre nós como houve à muito tempo, decidiram que nós resolveríamos isso ( por que será que os filhos tem que fazer tudo que os pais não querem ou não tem coragem de fazer sozinhos? Por acaso eu nasci pra ser uma válvula de escape?) Cadê ela? Caramba essa garota me deixou sozinho? Cadê essa....

—Jim, Querido!—Ah! ela chegou, deixa pra lá. Eu cheguei até ela, e então mesmo com aquela calça e aquele sapato tão pontudo que parecia sapato de palhaço me incomodando, eu cheguei mais perto, sorri da melhor maneira que eu consegui, estendi a palma da minha mão direita em sua direção e falei, com uma voz mais que agradável:

— Quer dançar comigo? —ela sorriu com um sorriso doce e os seus olhinhos brilhando. E segurou minha mão com força (cara que menina forte!) e me puxou correndo para dançar, como ela conseguiu correr de salto e vestido eu não sei mas deixa quieto né...

—Ei Jim...Você está empolgado? —disse ela colada no meu peito sorrindo com um olhar adorável. Eu fiquei 30 segundos olhando para o nada pensando sobre o que ela estava falando...ela ficou meio emburrada e pisou no meu pé. (Ah não, eu respondi errado espera aí ainda tem chance...)

—Para o nosso casamento imbecil! —disse ela. Que bom que não me bateu é claro né. Com todo mundo aqui é claro que ia dar uma de boazinha, de anjo só 1% o resto é tudo 99% de puríssima maldade.

—Sim mas é claro. He he — disse eu rindo. Ela logo olhou nos meus olhos e me encarando fixamente parecia que ia fazer algo... logo veio uma luz direto nos meus olhos e nos dela, foi a doida da minha mãe tirando foto achando que íamos nos beijar ou algo parecido.

—Ah que lindo vocês dois, desculpem ter interrompido o momento, mas isso ficou tão fofo! É ótimo ver uma garota com tanta atitude! ...Pelo menos um de vocês dois tem...—ela terminou a frase me olhando chateada com um olhar de reprovação...( Ué... o que eu fiz?) ela se virou e foi embora, à festa acabou já estava muito tarde todos já tinham ido embora. " Que ótimo não vou ter mais que usar aquele terno e aquele sapato de palhaço!"

Fiquei vagueando pela casa sem ter o que fazer. É bem chato ser noturno e não ter nada pra fazer de noite. Eu olhei pela janela, a lua estava cheia. É o melhor momento pois a floresta fica mais iluminada é como se ela quando cheia fosse tipo uma lâmpada gigante que funciona de noite e o sol uma lâmpada gigante que funciona de dia.

Eu então cansei de ficar em casa e sai. Estava gelado, o vento era puro dava pra sentir o cheiro da brisa, era algo tão bom. A grama, as árvores, eu podia até ouvir barulhos de outros bichos.

Muitos tem medo do escuro porque tem medo que algo surja e os ataque, mas é porque eles tem medo do desconhecido e já estão tão acostumados com o que é seguro, e estes não querem se arriscar. Ok, ok segurança é tudo, mas mesmo assim eu quero viver e não sobreviver, carnívoro ou herbívoro a vida é minha e só quem manda nela sou eu!

Eu andava enquanto não fazia a menor ideia para onde eu estava indo...Senti um pouco de fome meu estômago estava roncando..."Cara como esse negócio pode ainda ter algum espaço?"—pensei.

Eu já estava começando a babar... "Hum, cervo, frango. Isso cairia tão bem agora" —pensei .Eu senti um cheiro tão bom ,era cheiro de ovelha... cheguei mais perto e de longe vi ela com longos cabelos brancos segurando algo prateado a luz da lua era quase como se ela pertencesse tanto aquele lugar quanto eu, poderia jurar que ela via melhor que eu...os olhos dela eram vermelhos cor de vinho. Ela era bonita. Mas ainda assim, eu não posso evitar em pensar em sangue em um momento assim.

Eu me aproximei devagar tomando cuidado pra não fazer barulho (sorte que eu odeio usar sapato) eu estava chegando perto quando meu pé sem querer chutou uma pedrinha. Ela ouviu e se virou. Estava meio escuro, mas ainda me lembro Ela tinha cabelos lisos e olhos cor de vinho ela tinha sardas e usava um suéter azul com um gatinho em cima de um coração. E calças bem escuras jeans, e dava para ver agora o que ela estava segurando era um martelo duplo. Em baixo e em cima tinha aquela parte de ferro do martelo, mas de longe parecia algo bem pior. Ela ficou imóvel me olhando. Com os olhos arregalados e praticamente seus lábios ficaram roxos devido ao medo.

O vento, o frio e a escuridão só tornavam aquilo mais divertido para mim enquanto que para ela, era muito mais agonizante. Sorri com meus dentes de fora e minha boca querendo muito amassar aquela cara e rasgar aquele suéter...he he fazer o que? É minha natureza...ache horrível quem quiser, quando cheguei ainda mais perto, já ia pular em cima e causar um estrago. Mas ela tropeçou em um tronco de árvore, caiu e olhei bem para a cara dela no clarão da lua.

Logo parei de sentir fome...aquele rosto eu já vi antes. Era de muito tempo...fiquei mudo não sabia o que dizer...ela estava com medo de mim a quilo foi como um soco na cara e estava quase chorando. Queria abraçá-la e pedir desculpas..

— Íris..?!—Eu falei bem baixinho, minha Íris, minha ovelha!! "Finalmente algo bom nesse dia horrível!"—pensei he he he abri meus braços e ainda longe tentei correr para abraçá-la mesmo caída no chão, Ela Gritou: "NÃO!!!" e então lacrimejando e chorando um pouco lançou aquele martelo em minha direção bem do lado do meu rosto,me cortou... mas só minha bochecha, estava sangrando um pouco, mas não foi nada, porém o martelo ficou preso no árvore...eu fiquei ali olhando pro martelo pensando que no lugar da árvore poderia ter sido a minha cabeça!—enquanto olhava pra ela(também) e me perguntando se eu ficava com medo, impressionado, assustado, decepcionado por causa da mira horrível dela ( o que foi ótimo pra mim) ou só rindo mesmo.

Mas ela se levantou e mesmo meio suja de terra até o suéter com lama ela se levantou naqueles tênis xadrez e ela andando cautelosamente...Esperou o momento certo e correu,eu vi tudo olhando nos olhos dela, mas mais uma vez eu deixei ela escapar, e de novo deixei ela ir embora ..."droga da próxima vez eu compro uma coleira boto nela, coloco a guia, e prendo ela no meu pulso! Pra ela deixar de ser tão teimosa! Ela não pode me ignorar pra sempre! Já fazem 11 anos!" —pensei triste, mas ao mesmo tempo revoltado, eu me virei para voltar para casa mesmo com fome.

" Vou comer o que tiver na geladeira...deve ter sobrado alguma coisa da festa" —pensei e quando me virei olhei pro martelo que ainda estava ali na árvore " ela esqueceu"—pensei, ela vai ter que vir atrás dele se quiser de volta!—peguei o martelo e levei ele junto comigo afinal...essa ovelha não pode fugir de mim pra sempre!, eu fui para casa e pensei o que eu ía fazer. Eu comi um pouco das coisas que tinha, não tinha muita comida, mas pelo menos deu para eu não ficar com fome. (Ainda assim eu não gosto de coisa fria, melhor fresco).


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