BÔNUS 40K - POV JOHN

Primeiro os avisos importantes
NÃO PULEM!

O Bônus está meio atrasado, peço perdão antes de agradecer por tudo.

Esse capítulo é para MAIORES DE 18 ANOS! (Tá avisado, hein? Kk)

A narração é feita pelo príncipe John, um dia depois da prova das medalhas.

Espero que curtam (pq é clichê haha) ♥️

***

Algumas vezes sou tentado a olhar para o espelho com admiração pela minha própria pessoa. Não com soberba, mas orgulho de quem eu me tornei. Minha avó teria adorado conhecer o castelo, é uma pena que ela não esteja mais aqui para apreciar meus passos rumo ao trono.

Sinto um frio na barriga, é como se minha fala fosse sufocada e meu coração derretesse no peito. É o cheiro dela,  da moça que eu escolhi e que em tão pouco tempo me mostrou mais do que eu poderia conhecer em anos.

Ela sai do banheiro um pouco desajeitada, carregando os sapatos nas mãos e o vestido nos ombros.

— O que está fazendo, Kaya?

— Oras, o óbvio. Vou guardar o vestido e o sapato em uma sacola — ela responde, abrindo uma de suas gavetas.

— Sabe que, se colocar no cesto, os criados passam aqui e levam tudo para lavar, não sabe?

— Por isso mesmo — retruca, abrindo a boca da sacola amarela. — Eles jogam tudo dentro de uma máquina enorme e nem se preocupam com o dano que o tecido vai sofrer. Vou guardar e eu mesma irei lavar quando sairmos daqui.

— Não pensa em vencer? Já passamos por algumas fases — digo, me aproximando.

— Claro que penso. Mas meus pés estão firmes no chão. — Kaya bate o calcanhar sobre o carpete de uma forma curiosamente adorável. — Se não conseguirmos vencer, pelo menos eu terei vários vestidos lindos e bem cuidados.

Sorrio e molho os lábios. Como pode ser tão simples e linda? Todas são, mas a beleza inocente de Kaya me faz pensar que não poderia ter escolhido outra pessoa. É ela! A minha pessoa!

— John — ela diz quando joga a sacola fechada embaixo da cama. — Precisamos conversar.

Sinto minhas pernas bambearem. Eu sabia que, mais hora menos hora, isto iria acontecer. Apesar de ser consequência de uma das minhas atitudes, eu me sentia constrangido.

— Claro, princesa — respondo, tentando manter o coração calmo e sento ao seu lado, sobre o colchão. — Mas, primeiro, me perdoe por...

— Não, não. Não peça desculpas. — Kaya encara o chão. — Eu fiquei paralisada, mas não porque não tenha gostado. Foi... outra coisa.

— Mesmo assim. Não deveria ter te beijado de surpresa, sem a sua permissão. Eu juro que...

Ela me interrompe com a doçura dos seus lábios e a paz da sua alma. Sinto um formigar que abastece os meus pensamentos, essa sensação estranha eu não me lembro de sentir em qualquer outro momento da vida. É estranho, mas maravilhoso.

— Eu quero, John. Quero muito.

Dou um sorriso torto e seguro sua mão. Ela parece confortável enquanto eu afago seus dedos miúdos.

— Ôh, meu amor. — Despejo um beijo suave em sua testa e a encaro. — Eu respeito você e o seu tempo. Prometo não te beijar mais sem pedir primeiro — brinco.

— Eu tenho medo, John — ela diz.

— De quê? — pergunto.

— Viu o que aconteceu ontem com Alessa. E se formos os próximos? Eu não quero morrer sem saber.

Franzo o cenho, tentando desvendar o que ela quer dizer.

— Sem saber?

— Eu quero saber como é... você sabe. — Kaya morde o canto do lábio, constrangida por não querer dizer. Depois de um suspiro, continua. — Quero saber como é o amor.

Engulo em seco com sua fala. Essa mistura de inocência e perigo me deixa ardendo por dentro. Ela sabe como mexer comigo de todas as formas possíveis.

— Kaya, você nunca?...

Ela balança a cabeça negativamente, olhando no fundo dos meus olhos.

— Tem certeza que é o que você quer?

— Olha, se não quiser por medo de sermos pegos logo agora, eu entendo. Não precisa.

— Não diga isso, princesa — retruco e passo o polegar sobre seu rosto, direcionando-o aos seus lábios. — Se confia em mim para ser o seu primeiro, eu arrisco o que for preciso. — Me aproximo dos seus lábios e me encaixo neles, devagar.

Ela corresponde o beijo colocando mais intensidade e eu me permito descer uma das mãos até sua cintura. O vestido leve e rosado me faz ter contato quase que direto com sua pele, sinto os traços singelos e meigos do seu corpo se desenharem sob o tecido, meu coração se acalora e eu preciso respirar antes de continuar. Afasto meu rosto do dela e ainda a percebo de olhos fechados, sentindo a energia do nosso beijo.

Kaya se ajeita sobre a cama e me puxa de forma lenta, acanhada. Eu desço pelo seu pescoço deixando mordidas em sua orelha, enquanto noto a pele dos ombros desnudos arrepiar. Minhas mãos estão em suas pernas e eu puxo o vestido para cima, com cuidado.

Kaya sorri.

Seus olhos são como o magnetismo da gravidade. Eles me puxam.

Tiro minha camisa e encosto meu peito no dela, apreciando cada centímetro do seu corpo quase nu. Ela permite que eu termine de retirar sua roupa e me abraça com suas coxas. Eu ofego enquanto apalpo sua intimidade com meus dedos ansiosos. Ela geme baixinho ao pé do meu ouvido.

Kaya me ajuda a me livrar do cinto e só ouvimos o barulho da fivela batendo no chão, enquanto minha calça é abaixada. Eu a procuro e me encaixo. Eu a sinto tão perto, tão quente, tão minha. Sufoco seu gemido de dor com um beijo, e o que parecia desconfortável antes, logo se transforma em algo perfeito. Não tenho medo de ser pego, eu a quero, minha alma queima ao tempo em que me movo sobre seu corpo.

Sua mão suave acaricia minhas costas e eu arrepio. A noite invade o espaço e nossas silhuetas coladas ainda parecem um só ser. Ela emana calor, eu transpiro desejo. Quebramos as regras, e eu não poderia estar mais feliz e completo.

Chegamos ao ápice juntos, com um beijo repleto de paixão selando o nosso pacto. Não dizemos nada, eu não quero falar, só quero lembrar dos minutos em que seu corpo aquecia o meu. Nos deitamos e ela se ajeita em meu peito, parece envergonhada, e as bochechas rosadas a deixam linda. Se não vencermos, eu juro que darei tudo de mim para fazê-la feliz. O sono nos acomete, perdemos os sentidos e embalamos a nossa canção de adormecer em silêncio.

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