Cap. 76
Jhonatan P.O.V.
Huh, não me considere um cafajeste por querer transar com aquela garota, mas é a vontade da maioria dos homens. Tecnicamente estamos juntos, então isso tem que acontecer em algum momento, certo? Gostaria de saber como seria tê-la somente para mim, sendo que não tenho mais a... Deixa pra lá.
Estávamos reunidos em uma mesa, Henrique, Ângela, Hayle e Esther. A loira estava do meu lado, sorrindo com as bobagens que meu amigo dizia para animar as outras convidadas, e admirava suas covinhas e adorava perturbá-la em relação à elas. Meu maior passa-tempo era vê-la ruborizada de vergonha e implorando pra parar de dizer idiotices.
Henrique: É sério! Isso realmente aconteceu, não é mesmo, Jhonatan? - ouço sua voz e imediatamente olho para ele, que aguarda uma resposta minha.
Eu: É, é claro que sim. - assenti, sem fazer a mínima ideia do que ele falava.
Ângela: Ei, está tudo bem? - questiona, preocupada.
Eu: Sim, está tudo ótimo. - afirmo.
Ela ainda me encara, penetrando meus olhos e tentando descobrir se havia algo de errado, mas com certeza não encontraria. Passo meu braço pela sua cintura e seguro sua mão por debaixo da mesa, acariciando sua pele com o polegar. Sentia sensações boas com sua presença, as quais pensei jamais me permitir novamente.
Hayle: O que vocês acham de sairmos todos juntos? - sugeriu, com um olhar empolgada.
Henrique: Acho uma boa ideia. E você, cara? - dirigiu-se à mim outra vez.
Eu: Sim, porque não, né? - sorrio fraco.
Esther: Beleza. Tem uma boate inaugurando hoje e iremos até lá. - propôs.
Henrique: Tudo bem. - assentiu, animado.
Ângela: Que espécie de pessoa inaugura uma boate em plena segunda-feira? - franziu a testa.
Eu: Ah, tem uns doido pra qualquer coisa. - dou de ombros.
O sinal soa e o intervalo finaliza. Levantamos e caminhamos em direção as salas de aula. Acompanhamos as garotas até a classe do segundo ano, que estava com a presença da diretora. Ela percebeu a movimentação dos alunos da porta e despediu-se do professor.
Diretora: Olá, Jhonatan. - cumprimentou-me, ao parar metros de distância.
Eu: Oi, diretora. - respondo, quase tremendo.
Fazia um certo tempo que não via ela, desde o enterro da Elena, que por representar o colégio compareceu. Não tive a oportunidade de falar com ela até então, nem mesmo nos corredores da sua propriedade. Ela me olhava como se quisesse e precisasse falar algo, só que não dizia nada.
Ângela: Senhora diretora, está tudo bem? - interveio, preocupada.
Diretora: Está, querida. - assentiu, sorrindo de lado. - Bom, tenham uma boa aula.
Dito isto, a mesma se retirou. Fiquei desconfiado com o modo que me fitou e como respondeu a loira, mas preferi deixar pra lá. Desvio as minhas íris para a garota que me encarava.
Eu: O que foi? - junto as sobrancelhas.
Ângela: Esse comportamento repentino da diretora foi um pouco estranho. - cruzou os braços, na altura do peito.
Eu: Impressão sua, bebê. - digo e toco seu queixo. - Vai pra aula, vai.
Ângela: Tudo bem. - balançou a cabeça e dei-lhe um selinho demorado.
Professor Espinosa: Ei, vocês dois! - exclamou, fazendo sua voz ecoar pela classe. - Vão namorar em outro lugar!
Hayle: Aí meus santos sapatos da última moda! - disse, esbasbacada. - Vocês estão juntos?
Ângela: É que... Bom... A gente... - balbucia, enrolada.
Eu: Sim, nós estamos juntos. - afirmo, convicto.
A loira me olha, com suas esferas brilhante e um sorriso se alastrando pelo seu rosto. Estava mais do que na hora de persistir em outra coisa, em outro alguém, que me fizesse bem. E essa pessoa seria a Ângela Brooks.
(...)
O toque final era passar meu perfume, que estava marcando uma nota mental que devia comprar outro frasco. Apanho a chave do meu carro e do apartamento, e então saio do mesmo e desço até o estacionamento. Dirijo em direção a casa da minha loirinha, já que levaria ela e suas amigas na tal boate.
Buzino e aguardo ela sair, que me surpreende usando um vestido branco acima dos joelhos, tênis da mesma cor e um casaco jeans. Ela conseguia ficar mais fascinante. Saio do veículo e vou ao seu encontro, pegando ela em meus braços e abraçando apertado.
Eu: Cacete, você está... Incrível. - elogio, deixando suas bochechas avermelhadas.
Ângela: Obrigada. Você também está um gato.
Sorrimos e entramos no meu automóvel, seguindo até a casa das suas colegas. Segurei sua mão o percurso inteiro, acariciando sua pele que exalava um cheiro de tutti-frute. Ao estacionar em frente ao local marcado, encontramos com Henrique a nossa espera, que babou sobre Hayle.
Eu: Aposta quanto que eles vão ficar esta noite. - murmuro no ouvido da garota.
Ângela: Não duvido nada. Hayle é meio atirada, e Henrique... Já sabemos que está na seca e pega até travesti. - ironizou e rimos.
Adentramos o lugar, que estava em neon. Muitas pessoas já dançavam em ritmo da música eletrônica, que envolvia nossos tímpanos não permitindo escutar quase nada. Esther saiu se remexendo e se entrosando na multidão, enquanto os outros dois à nossa frente foram ao open bar.
Eu: Você não parece que curte esses lugares. - digo alto, para que ela ouça.
Ângela: Não muito, mas vou me acostumar. - responde. - Vem, vamos dançar. - a mesma me puxa para a pista.
Tocava uma batida doida e contagiante, nem me dei ao trabalho de identificar os cantores remixados. Só aproveitei o momento que tinha com aquela garota, que se balançava sutilmente e sensualmente, me deixando enlouquecido.
Aquela noite prometia.
(...)
Meia-noite, estávamos sentados nas banquetas do open bar, bebericando uma batida esquisito que o cara preparou. Minha cabeça estava tão desligava, que não pensava em nada. Deve ser por isso que expressava reações aleatórios, como rir das palavras de Ângela, que fazia a mesma coisa.
Henrique: Pessoal. - pronunciou, ao aproximar-se. - Vocês estão bem? Porque eu acho que não estou... - disse, fazendo uma cara de enjoo.
Eu: Vai vomitar no banheiro, cara. - desdenho, rapidamente.
Hayle: Ele está bem sim, só não aguentou beber uma garrafa inteira de vodca pura. - apareceu sorridente.
Ângela: Ele bebeu isso? - arqueio a sobrancelha.
Henrique: Foi uma aposta. - sorriu sapeca.
Eu: E qual era o prêmio? - questiono, um pouco curioso.
Hayle: Caso ele conseguisse ingerir tudo, podia me chupar. Mas caso não ocorresse, eu fazia isso nele. - diz, singela.
Henrique: Pelo menos ganhei um boquete de graça. - mordiscou o lábio.
Ângela: Bestas! - gargalhou.
Eu: É melhor irmos embora, já está tarde e amanhã temos aula.
Seguro meu amigo que estava cambaleando e retiro o mesmo daquela boate. Foi complicado levá-lo para casa, já que ele queria sair do veículo e correr pelado pela cidade.
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Olá, pessoal!
Aqui está mais um capítulo de O Inesperado, espero que gostem, fiz com muito amor e dedicação.
Se possível, votem e comentem.
Um beijo do coração, e até a próxima... 😘👽🌟
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