Cap. 52
Elena P.O.V.
Jhonatan apertou minha mão e me puxou para a saída, mas no mesmo instante que nos viramos, ouvimos um disparo. Rapidamente olhei para trás e vi Diana cair no chão morta.
Jhonatan: NÃO! - gritou se virando bruscamente.
Thiago: Tinhamos um acordo, Jhonatan, ou sua mãezinha morria, ou Elena...
Jhonatan: Seu...! - o mesmo cerrou os punhos.
Aquilo estava se tornando extremamente assustador, estava me dando muito medo, queria que tudo acabasse logo e eu pudesse voltar para casa o quanto antes.
Jhonatan: Você vai pagar por tudo que está fazendo! - disse com raiva e deixando lágrimas caírem.
Thiago soltou uma gargalhada exagerada e nos encarou:
Thiago: Eu não ligo...!
Eu: Qual o seu problema? Acaba de matar sua própria esposa... E está rindo? - franzi a testa.
Thiago: Aí... Aí... Eleninha, você nunca irá entender, já não amava mais a Diana, então para mim pouco importa. - deu de ombros.
Jhonatan: Ela era minha mãe, seu cretino! - se aproximou e lhe deu um soco na mandíbula.
Eu: Jhonatan, para! - falei desesperada.
Jhonatan: Não se importou ao menos com o que eu sentiria?! - disse e lhe deu outro soco no mesmo local.
Thiago: Eu estava querendo te matar, seu imbecil, acha que iria me importar com o que sentiria? - sorriu debochado.
Jhonatan: Você não presta! Eu odeio você!
Thiago: Também te amo, filhinho.
De repente as portas do hospital foram escancaradas e vários policiais entraram armados, vindo em nossa direção. Jhonatan se afastou de Thiago e ficou ao meu lado.
Policial: Mãos para cima! Larga a arma! - disse para Thiago, que fez o que foi pedido.
Jhonatan: Tomara que você apodreça na cadeia agora. - cuspiu as palavras com ódio.
Thiago: Vá me visitar lá, filhinho. - sorriu debochado, enquanto colocavam algemas nele.
Jhonatan: Jamais. - respondeu firme.
Os policiais tiraram Thiago dali e enfermeiros entraram com uma maca, para tirar o corpo de Diana dali.
Finalmente isso tudo está acabado...
Suspirei aliviada, enquanto olhava o ttrabalho dos policiais e médicos que retiravam os corpos daquele local.
Jhonatan: Eu te disse que ficaria tudo bem, não é mesmo? - olhei para ele, que sorria de lado.
Eu: Não tente parecer forte, Jhonatan, você acabou de perder sua mãe e seu pai foi preso. - dei de ombros, abalada com isso.
Jhonatan: Tem razão... Eu perdi a minha mãe. - ficou cabisbaixo.
Me aproximei dele e lhe envolvi num abraço apertado, deixando com que o mesmo chorasse em meu ombro.
É doloroso ver a pessoa que você ama nesse estado e não pôder fazer nada para mudar.
Policial: Com licença. - interveio entre nós. - Vocês são as vítimas desse atentado, certo? - balançamos a cabeça em positivo. - Sou o policial Felipe, se puderem, podem ir até a delegacia darem seus depoimentos?
Eu: Claro. - concordei e olhei para Jhonatan, que também concordou.
Felipe: Certo, muito obrigado. Vocês podem ir até aquela ambulância, terem os primeiros socorros, já que estão feridos.
Jhonatan: Tudo bem. -assentiu e fomos até o veículo.
Com tudo que aconteceu, havia esquecido que levei um tiro no anti-braço e Jhonatan levou um na barriga, que por sorte não atingiu nenhum órgão importante. Os enfermeiros de outra unidade fizeram os primeiros procedimentos e depois ficamos por ali.
Estava frio àquela noite, o céu estava coberto por nuvens, sentia que logo choveria. Fiquei enrolada numa coberta, enquanto tentava me esquentar. Jhonatan estava sentado ao meu lado, encarando o chão.
- Jhonatan! Elena! - uma voz familiar disse e logo vimos a diretora se aproximar.
Eu: Diretora, o que faz aqui? - franzi a testa.
Diretora: Vim ver como vocês estão. - sorriu e olhou para Jhonatan. - Mas não parecem nada bem. - desfez o sorriso. - Jhonatan, sinto muito pela perda de sua mãe.
Jhonatan: Tudo bem, diretora. - sorriu, tentando disfarçar a tristeza. - Aliás, obrigado pela ajuda.
Diretora: Não foi nada, querido.
Eu: Ajuda? Desde quando ela estava te ajudando? - arqueei a sobrancelha.
Diretora: Já fazia um tempo. Aliás, precisava que você saísse da cidade á salvo com Elena, para que pudesse ir atrás de Thiago sem preocupações. Também mandei Henrique e Marcos para uma "viagem escolar", para tirá-los do risco de serem pegos. E Felipe, meu marido e policial, me ajudou em tudo. - explicou.
Jhonatan: Você não havia me contado nada disso, diretora.
Diretora: Tinha que guardar segredo, era confidencial, coisa de polícia, entende? Mas fico feliz que entendeu meu recado e foram para longe daqui, pensei que teria que ser mais explícita.
Jhonatan: Mas não havia entendido mesmo, somente Elena deu a ideia de fugir quando contei tudo a ela.
Diretora: Que bom... Vejo que vocês formam um belo casal. - abriu um largo sorriso.
Jhonatan: A senhora disse que é casada com um policial? - indagou, ignorando o que ela havia dito.
Diretora: Sim sim, o policial Felipe. - balançou a cabeça.
Eu: Aquele ali, Jhonatan, ele falou conosco. - apontei para o cara que estava parado, falando com um colega.
Diretora: Exatamente, é ele mesmo.
Jhonatan: Ah sim, entendi. - concordou.
Diretora: Bom... Eu já vou indo. Até mais, crianças. - acenou.
Jhonatan: Espera, diretora, onde estão Henrique e Marcos?
Diretora: Os mandei para uma pousada em outra cidade próxima, eles voltarão amanhã para cá, já que tudo foi resolvido.
Jhonatan: Ok, obrigado.
Diretora: Disponha. - sorriu e foi embora.
Continuamos sentados na ambulância, em silêncio, enquanto novamente Jhonatan estava encarando o chão, eu olhava os policiais.
- Elena?! Elena, cadê você?! - ouvi uma voz irreconhecível.
Judete correu desesperada até mim, e me abraçou forte, chorando horrores, enquanto perguntava se eu estava bem.
Eu: Judete, você está me esmagando. - falei rindo.
Judete: Óh, perdão. - disse e se afastou. - Você está bem, Elena? Se machucou?
Eu: Estou bem sim... - revirei os olhos, entediada. - E só me machuquei de leve, nada tão grave. - sorri para tranquilizá-lá.
Judete: Que ótimo. - suspirou aliviada e olhou para Jhonatan. - Ei, Jhonatan, meus pêsames pela sua mãe e sinto muito pelo seu pai.
Jhonatan: Tudo bem. - respondeu sem muita cerimônia.
Judete: Também queria lhe pedir desculpa por ter sido amante do seu pai durante um ano, sem contar nada, Elena não teve culpa de nada disso...
Jhonatan: Eu sei, Judete, eu sei. Agora nada disso importa mais, deixa pra lá. - dito isso, se levantou e foi andar.
Judete: Ele deve estar bem abatido com tudo isso. - disse num tom tristonho.
Eu: Sim... - suspirei.
Judete: Que tal irmos para casa? Justin está logo ali, ele levará a gente. - falou se empolgando.
Eu: Tudo bem... - balancei a cabeça em positivo.
Judete: Então vamos?
Eu: Pode esperar um pouco? Queria falar com o Jhonatan antes de irmos.
Judete: Ah... Tudo bem, estou lhe aguardando no carro. - beijou minha bochecha e saiu.
Tirei a coberta que estava por cima de meus ombros e fui até Jhonatan, que estava andando de um lado para o outro na calçada do outro lado da rua, enquanto chutava alguns pedregulhos.
Eu: Jhonatan? - o chamei, que me olhou no mesmo instante. - Tá tudo bem?
Jhonatan: Está. - assentiu.
Eu: Tem certeza? - arqueei a sobrancelha.
Ele suspirou:
Jhonatan: Tirando o fato que perdi minha mãe, estou sem casa no momento e sem dinheiro, meus melhores amigos não estão aqui e as coisas não vão ser mais como antes entre a gente, Elena, está tudo ótimo. - colocou as mãos no bolso.
Eu: Sobre sua mãe... Eu sinto muito, de verdade, Jhonatan. Sobre casa e dinheiro, você pode ficar no apartamento do Justin, até arranjar algo. - dei de ombros. - Seus amigos estão longe, pois foi o único jeito de manter eles a salvo do seu pai e, a gente... Bom, não estamos mais longe de tudo e de todos, mas ainda amo você.
Jhonatan: Também ainda amo você. - sorriu de lado.
Eu: Então...? Vem comigo pra casa? - arqueei novamente a sobrancelha.
Jhonatan: Tem outra opção?
Eu: Tem, você pode ficar aqui e dormir na rua. - zombei.
Jhonatan: Então tá bom. - deu de ombros.
Eu: Não sou tão má a ponto de fazer isso contigo, senhor almofadinha. - sorri de lado e ele retribuíu. - Anda, vamos pra casa. - o puxei e fomos até o carro de Justin.
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Olá, pessoal!
Aqui está o quinquagésimo segundo capítulo de O Inesperado, espero que gostem, fiz com muito amor e dedicação.
Se possível, votem e comentem.
Um beijo do coração, e até a próxima... 😘👽🌟
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Queria avisar para vocês que esse é o último capítulo. Muitos querem saber o que acontecerá daqui pra frente com o restante dos personagens, como o Raphael, mas ainda postarei um epílogo dizendo algumas coisas. E como pediram, farei um segundo livro de O Inesperado, okay? Obrigada à todos vocês que me acompanharam até aqui. Beijos do fundo do meu coração.
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