Cap. 51
Jhonatan P.O.V.
Estava atrás de Elena, dando beijos em seu pescoço, quando escutamos disparos. Percebi que ela começou a se desesperar.
Eu: Fica aqui. - falei e tentei ir até a porta.
Elena: Não vai, por favor. - disse, segurando meu braço.
Eu: Preciso ver o que é isso...
Elena: Não, Jhonatan. - implorou.
Eu: Vai ficar tudo bem, tá? - beijei sua testa e me soltei dela.
Caminhei até a porta e segurei a maçaneta, Elena ainda pedia para mim não ir, mas queria saber o que estava acontecendo e, se era ele que estava do lado de fora.
- JHONATAN! JHONATAN! JHONATAN! CADÊ VOCÊ, FILHO? VAMOS BRINCAR UM POUCO! - ouvi sua voz e tive certeza que era ele.
Eu: Thiago... - murmurei.
Elena: Jhonatan, ele já tentou nos matar uma vez, ele pode ter vindo para terminar o que começou. Por favor, não saía desse quarto. - se aproximou, aflita.
Eu: Elena, já te disse, vai ficar tudo bem. Eu vou lá... - a mesma me interrompeu.
Elena: Não! Não! - balançou a cabeça em negativo, deixando lágrimas caírem.
Eu: Eu vou e você não vai sair daqui, tá bom? Promete pra mim. - olhei em seus olhos.
Elena: Jhonatan... - pronunciou com a voz falha.
Eu: Promete, Elena.
Elena: Eu... Eu prometo. - sorri fraco e lhe dei um selinho.
Eu: Não esquece que eu te amo, tá? - sussurrei e ela apenas assentiu.
Me afastei e abri a porta, saí no corredor do hospital, onde estava vazio. Era cerca de nove horas da noite, era para mim apenas buscar Elena e levá-la para casa. Mas ele atrapalhou tudo.
Olhei para os dois lados do corredor, fechei a porta logo atrás de mim, onde havia deixado Elena. Andei um pouco, procurando por ele, até que ouvi mais disparos.
Thiago: Desgraçado! Me diz você, bonitinha, onde fica o quarto da Elena? - me estreitei pela parede e vi ele na recepção, havia um enfermeiro caído morto ao seu lado.
Recepcionista: E-Elena? Te-temos várias. Sa-sabe o sobrenome, senhor?
Thiago: Mais que recepcionista de merda! É Elena Bittencourt! - disse batendo a arma forte sobre o balcão, fazendo a garota se assustar.
Recepcionista: E-ela está no quarto 150, se-senhor.
Thiago: Obrigado, bonitinha, sabe... Estou precisando de uma nova puta, que tal você? - sorriu malicioso.
Recepcionista: E-eu?
Thiago: É, você é gostosa, deve ser mais útil que a última garota. - revirou os olhos. - Que bom que me livrei dela.
Arregalei os olhos ao ouvir aquilo, pensei que ele não tivesse matado mesmo a Gabriella e dado apenas um susto. Sei que a odeio por tudo que me fez passar, mas isso é cruel.
Thiago: Sabe me dizer se tem alguém com ela no quarto?
Recepcionista: E-eu não sei, senhor. - balançou a cabeça em negativo.
Thiago: Ok, agora fique quietinha aqui, não chame ninguém, não quero matar você também. - deu uma piscadela para ela e começou a caminhar para onde eu estava.
Saí dali e corri até o quarto de Elena, entrei e tranquei a porta.
Elena: O que houve, Jhonatan? Quem está lá fora?
Eu: Meu pai, Elena, ele que está lá fora e está vindo para cá. - falei desesperado, enquanto arranjava um método de sairmos de lá vivos.
Elena: Eu sabia que era seu pai. O que a gente vai fazer agora?
Eu: Calma, tá? Calma. Vou arranjar um jeito de sairmos daqui. Pega o telefone e liga na recepção, pede para a garota lá ligar para a polícia.
Elena: Tá. - assentiu e pegou o telefone.
Abri a janela que tinha no quarto, pensando que poderíamos pular, mas era muito alto, não podia arriscar. Olhei em volta e vi uma grade, onde ventilava.
Elena: A garota disse que já ligou. - me informou.
Eu: Ótimo. - falei um pouco aliviado.
Thiago: Eleninha... Sei que está aqui, vamos brincar? - sua voz ecoou pelo corredor.
Elena: Jhonatan... - a mesma me olhou aflita.
Eu: Calma, vem aqui. - a puxei. - Vai ficar tudo bem. Olha... A gente vai subir na cama e entrar ali... - apontei para o local onde ventilava. - Tá bom?
Elena: É muito arriscado. - disse com medo.
Eu: Mas é o melhor jeito de sairmos daqui, pelo menos por enquanto, até a polícia chegar. Vamos, confia em mim? - arqueei a sobrancelha.
Elena: Tá. - suspirou. - Eu confio em você.
Eu: Ótimo. Vamos então.
Ajudei Elena a subir na cama, a mesma retirou a grade e lhe dei um empurrãozinho para entrar no local. Assim que ela subiu, disparos foram ouvidos contra a porta do quarto.
Elena: Jhonatan, anda logo! Vem! - estendeu sua mão e subi na cama rapidamente.
Segurei na mão de Elena, que tentava me puxar, mas antes que eu conseguisse, a porta foi escancarada.
Thiago: Olha... Tentando fugir, filhinho? - sorriu macabro.
O mesmo mirou o revólver em minha cabeça:
Thiago: Agora você não escapa...
Em instantes, ao ouvir a bala passar de raspão em meu ouvido, fui puxado com força para dentro do tubo de ventilação.
Eu: Elena... - pronunciei ao vê-la.
Elena: Anda, vamos! - disse e começou a engatinhar pelo tubo.
Thiago: Seu cretino, volte aqui! - disse e disparou diversas vezes pelo tubo, atingindo minha barriga e o braço de Elena.
Elena: Ah... Tá doendo. - resmungou de dor e parou.
Eu: Dessa vez, não importa o que acontecer, não vou te deixar para trás e nem deixar você se sacrificar por mim.
Elena: Não faz isso, Jhonatan, você tem amigos, sua mãe... - a interrompi.
Eu: Eu posso ter isso, mas você também tem e, amigos e minha mãe não irão substituir você, Elena.
Elena: Eu amo você. - me beijou.
Eu: Vamos, a gente tem que sair daqui.
Elena balançou a cabeça em positivo e continuamos engatinhando pelo tubo, acabamos indo parar em uma das saídas do hospital. Descemos e corremos até a porta, mas uma voz fez com que eu parasse.
- Ah... Jhonatan! - pronunciou meu nome com dificuldade.
Me virei e vi minha mãe, logo atrás dela estava meu pai, segurando e apontando uma arma na cabeça dela.
Elena: Jhonatan, a gente tem que sair daqui. - tentou me puxar.
Eu: Não, Elena, é a minha mãe...
Diana: Filho, saía daqui, por favor. - disse chorando.
Eu: Não vou deixar você aqui com ele! - respondi firme.
Thiago: Podemos fazer uma troca, filhinho. Entregue sua namoradinha, que solto sua mãe. Que tal?
Arregalei os olhos e olhei para Elena, que me olhou no mesmo instante.
Não... Não vou entregá-la, mas também não posso deixar minha mãe com ele.
Thiago: ANDA, JHONATAN! - gritou, fazendo sua voz ecoar pelo local.
Diana: Jhonatan, não faz isso, saía daqui com a Elena, sei que ama ela, vai ficar tudo bem. - pediu sorrindo em meio às lágrimas.
Elena: Jhonatan... - pronunciou e segurou minha mão.
Eu: Vai ficar tudo bem, mãe. - falei, tentando tranquilizá-la.
Apertei forte a mão de Elena e a puxei para fora daquele lugar, mas no momento em que virei de costas, ouvi um disparo e meu coração parou de bater por alguns segundos.
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Olá, pessoal!
Aqui está o quinquagésimo primeiro capítulo de O Inesperado, espero que gostem, fiz com muito amor e dedicação.
Se possível, votem e comentem.
Um beijo do coração, e até a próxima... 😘👽🌟
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Reta final já, querem uma continuação, um segundo livro? Me digam, por favor.
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