Cap. 24
Elena P.O.V.
Na décima, ou terceira, ou vigésima música, não sei, Luísa e eu estavámos cansadas. Voltamos para o barzinho improvisado, e pedimos duas caipirinhas.
Luísa: Acho que de tanto pular e dançar, devo ter quebrado um osso. - disse fazendo cara feia, o que me fez rir.
Eu: Deixa de drama, Luísa. - balancei a cabeça ainda rindo.
Luísa: É sério. Tá doendo aqui. - disse cutucando sua costela, acabei gargalhando.
Barmen: Com licença. Me pediram para entregar essas duas bebidas aqui para as senhoritas. - deixou no balcão.
Eu: Quem pediu para entregar? - indaguei.
Barmen: Aqueles dois rapazes ali. - apontou e olhamos.
Era dois caras bonitos, que acenaram para nós duas.
Luísa: Obrigada. - sorriu para o barmen, que logo saiu.
Eu: Vai tomar isso, Luísa? - arqueei a sombrancelha, vendo ela pegar a bebida.
Luísa: E porque não beberia? Nos deram. Qual o problema? - deu de ombros.
Eu: Vai que são dois psicopatas que colocaram alguma droga na bebida para dopar a gente e depois nos estrupar.
Luísa: Mais que diabos você está falando? Deixa de doideira. Eles são lindos, isso é o que importa.
Eu: Beleza não é tudo. Qualquer um pode ser psicopata e estrupador. Até o Cris Evans.
Luísa: Aí Elena, deixa de ser careta e me deixa. Se você não for beber isso, pode passar pra cá que eu bebo.
Eu: Você que sabe, estou te alertando. - me fiz de rendida. - Vou no banheiro, já volto.
Andei por meio da multidão, que fazia questão de esbarrar em mim. Usei o banheiro, que por incrível que pareça não estava com uma fila quilométrica de garotas. Voltei para perto do bar, mas Luísa havia sumido.
- Cadê essa rapariga?
Olhei em volta procurando por ela, até ver alguém bem parecido com a mesma. Fui em direção a pessoa, que ia até um corredor onde ficava os quartos, seguida por dois homens. De repente um ser apareceu na minha frente.
Eu: Aí meu Deus. Meu coração. Tá querendo me infartar, garoto? - o mesmo sorriu debochado.
Henrique: Até parece que vai morrer. Deixa de drama, Elena.
Eu: O que você quer? Está atrapalhando minha passagem, querido. - cruzei os braços.
Henrique: Nossa, nem posso mais conversar contigo, Eleninha?
- O que deu nesse garoto? Eleninha? Tá de zoação com a minha cara, né?
Eu: Olha, eu não sei que palhaçada é essa e nem quero saber. Mas saí da minha frente logo, ou senão vou fazer você nunca mais usar seu brinquedinho.
Henrique: Aí aí, marrenta como sempre. Fica tão linda, sabia? - se aproximou e tocou em meu queixo.
Eu: Tira a sua mão de mim, Henrique. - dei um tapa na mesma. - Você só pode estar bêbado, né?
Henrique: Eu nunca te falei isso Elena, mas eu tenha uma queda por você.
- O que?!
Eu: Já chega! Eu tô indo embora. - dei as costas para ele e fui em outra direção.
Andei por mais alguns cantos, procurando sossego. Aquela música estava me dando dor de cabeça já. Acabei esbarrando em alguém.
- Só comigo isso, senhor?
Eu: Desculpa. - falei e continuei andando, até a pessoa me puxar.
Justin: Espera aí, onde está indo? - olhei para ele.
Eu: Ah, é você Justin. Estou indo pra qualquer luga, acho que vou embor, esse lugar tá me cansando já.
Justin: Se quiser posso te fazer companhia para ir. - se ofereceu.
Eu: Não, pode ficar, você deve aproveitar. Não se preocupe comigo, vou pegar um táxi mesmo.
Justin: Bom... Você que sabe. - deu de ombros e me soltou.
Eu: Divirta-se, Justin. - sorri e lhe dei as costas.
~ pensei que fosse dormir com ele. Não foi para isso que o chamou para vim na festa?
- Não. Ele é só meu vizinho. Chamei para ele conhecer mesmo.
~ então tá.
Saí da festa e fiquei esperando um táxi do lado de fora. Pelo incrível que pareça, nenhum sequer passava. Peguei meu celular e resolvi ligar para algum, mas logo um carro parou na minha frente.
- Só pode ser um sequestro.
Jhonatan: Quer uma carona? - disse ao abaixar o vidro.
Eu: Jhonatan?
Jhonatan: Não, coelhinho da páscoa, baby.
- Estúpido como sempre.
Eu: O que está fazendo aqui?
Jhonatan: Ah, vim pegar uma encomenda de drogas com um amiga, vi uma garota parada, pensei que fosse uma prostituta, mas era só você mesmo. - sorriu debochado.
Eu: Vai se fuder, Jhonatan. - dei-lhe o dedo do meio. - Pensando bem, sempre achei que você usava maconha mesmo. - dessa vez fui eu que sorriu debochada.
Jhonatan: Engraçada, você né? Fez esse curso aonde?
Eu: Não lembra? Foi com você, lindo. - zombei.
Jhonatan: Estou começando a me arrepender de te dar uma carona. - murmurrou.
Eu: Tá tá, só vou aceitar porque não tô vendo nenhum táxi à vista. - falei e entrei no carro.
Jhonatan começou a dirigir, ficamos quietos, apenas ouvindo a música baixa que tocava no rádio. No meio do caminho começou a chover. Quando ele parou em frente ao meu prédio, enrolei um tempo para sair.
Jhonatan: Toma. - me entregou uma jaqueta sua.
Eu: Obrigada pela carona, Jhonatan. E pela jaqueta, depois te devolvo.
Jhonatan: Precisa ter pressa não.
Assenti:
Eu: Então... Tchau. - falei e abri a porta do carro. Antes de sair, Jhonatan me puxou. - Tem algo para falar? - olhei pra ele.
Jhonatan permaneceu quieto:
Eu: Jhonatan? Ei? A chuva está aumentando, fala logo. - O mesmo me puxou pela nuca e me beijou.
- Ele só pode estar bêbado.
Eu: Jhonatan, você tá bêbado? - me afaste repentinamente.
Jhonatan: Só continua... - sussurrou e me beijou novamente.
Era meio impossível resistir ao beijo dele, errado, mas bom. Percebi que as coisas foram esquentando quando Jhonatan passou sua mão por minha cintura e começou a subir por dentro da minha blusa.
Eu: Melhor pararmos, Jhonatan. - falei ofegante.
Jhonatan: Por que? Estava ficando tão bom. - sorriu malicioso.
Eu: Você está bêbado? Só pode, né. - revirei os olhos.
Jhonatan: Estou tão sóbrio a ponto de conseguir dirigir, se não percebeu.
- O que esse garoto está querendo?
Jhonatan: Mas tudo bem, vou deixar você ir. Até mais, nanica. - sorriu levemente de lado.
Eu: Ok. Tchau, insuportável. - dei um beijo na sua bochecha e desci do carro.
Corri até a portaria e consegui me proteger da chuva. Virei e vi Jhonatan me olhar, era indecifrável seu jeito de observar. Acenou com a cabeça e arrancou com o carro.
Pensei por breves minutos "Será que devia ter deixado rolar entre eu e o Jhonatan?", mas me lembrei que somos inimigos, e assim sempre vai ser.
•••
Olá, pessoal!
E que comece a maratona 1/10.
Ela se seguirá a partir de agora, até um tempo interdeterminado do mesmo dia, será publicado capítulos de 30 em 30 minutos. Okay?! Okay!
Aqui está o vigésimo quarto capítulo de O Inesperado, espero que gostem, fiz com muito amor e dedicação.
Se possível, votem e comentem. E logo sairá o vigésimo quinto capítulo, então aguardem.
Um beijo do coração, e até a próxima... 😘👽🌟
•••
Pra quem quer saber, este é o Justin. Lindo, né? ;)
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