Cap. 09

Elena P.O.V.

Não, eu só posso ter salgado a santa ceia. Meu Deus, o que esse ser faz aqui?!

Eu: Thiago? - fiquei com uma expressão confusa.

Thiago: Oi, desculpa vim esse horário. Mais é que eu precisava conversar com você. - disse meio nervoso.

Eu: Ahn, claro. - falei, enquanto caminhava próximo à ele.

Thiago: Será que... Podemos ir pra outro lugar? - perguntou, enquanto coçava a nuca.

Perfeito, ótimo dia pra eu ter deixado meu sprei de pimenta em cama (não sei como se escreve).

Eu: Ahn, claro. - sorri forçado, e caminhamos para outro lugar.

Não sabia o que o Thiago queria comigo, muito menos a um horário desses.

Se esse "guarda-roupa" GIGANTE, tentar dar em cima de mim, ou achar que virarei amante dele como a Ju, ele ta muito enganado, e corre o risco de levar mil socos.

Thiago: Quer alguma coisa? - perguntou, assim que sentamos numa mesa do Starbucks.

Eu: Só um cappuccino. - respondi, meio sem jeito.

Uma garçonete que se aproximou, anotou o pedido. Logo saiu, e deixou nós à sós.

Eu: Então, o que queria falar comigo? - perguntei, enquanto debruçava os meus cotovelos na mesa.

Thiago: Bem, percebi que você tem uma certa relação com meu filho. - disse, enquanto tentava gesticular com as mãos.

Na onde ele quer chegar com esse assunto?

Thiago: Então, eu queria te pedir uma coisa. - falou, me deixando um pouco curiosa.

Eu: Pede, então. - falei anciosa.

Thiago: Você gostaria de trabalhar pro meu filho?

É o que?! Eu ouvi direito? Trabalhar do almofadinha de quinta do Jhonatan?!

Eu não sabia como reagir, eu simplesmente fiquei de boca aberta, sem saber como me expressar. A garçonete deixou nosso pedido na mesa, então peguei meu cappuccino e dei um gole, enquanto deixava aquilo processar na minha mente.

Thiago: E então? - perguntou, assim que deu um gole em seu café.

Eu: Bom... Eu não sei. - deu de ombros.

Thiago: Olha, não é nada de mais. Simplesmente você terá que ajudá-lo em algumas matérias, ajudar no que ele precisar. E não fará de graça, eu pagarei uma boa quantia em troca.

Bem, aturar aquele brutamonte rude até que pode valer a pena. Com uma graninha extra, poderei guardar para viajar e visitar meus pais. Ou até mesmo, para alguma faculdade futura que eu queira fazer.

Eu: Bem... Acho que podemos negociar. - sorri sapeca, e ele sorriu junto.

Jhonatan P.O.V.

Estava no meu quarto, jogando no meu notebook de última geração. Até que sou atrapalhado de minha atividade, por batidas em minha porta.

Eu: Entra! - grito, e assim a porta se abre.

Thiago: Filho, eu preciso falar com você. - disse, e a porta foi fechado.

Eu: Um segundo, pai. - digo, enquanto me concentro em meu jogo.

Thiago: Jhonatan, o assunto é sério. - disse, e acabo perdendo no jogo.

Eu: Droga. - digo frustado.

Thiago: Será que dá pra me ouvir? - pergunta, e vira a cadeira em sua direção.

Eu: Fala, pai. - digo sem ânimo.

Thiago: Elena passará a trabalhar nesta casa. - diz calmamente.

Eu: O que?! - grito, e levanto da cadeira num pulo.

Thiago: Isso mesmo que você ouviu, mocinho. Ela trabalhará aqui, como minha ajudante e nas horas vagas servirá à você. - disse.

Bem, até que não é uma má idéia. Trabalhar pra mim? Parece ser algo tentador.

Eu: Mais eu vou ter que aturar ela... Nessa casa? - pergunto, tentando entender.

Thiago: Não diria, aturar. Simplesmente, conviver. Ela começará amanhã, e virá contigo após o colégio. - termina de dizer, e saí de meu quarto.

Como ele consegue fazer isso? Dizer nessa calma toda? Eu não suporta essa garota, e agora vou ter que aturar ela na minha própria casa?!!! Eu mereço...

[…]

Acordo pela manhã, tranquilo como sempre. Faço minhas higienes pessoais, troco de roupa, e pego minhas coisas. Desço as escadas, e vou até a cozinha.

Eu: Bom dia, bom dia. - digo, e dou um beijo na bochecha de minha mãe.

Diana: Bom dia, meu filho. - diz, me olhando sorridente.

Thiago: Bom dia, filho. - diz, enquanto se ajeita na cadeira.

Stuart: Qual a programação para hoje, senhor Jhonatan? - me pergunta, enquanto tomo café.

Thiago: A programação de hoje, será Jhonatan estudando a tarde toda. - responde por mim.

Eu: Estudar, pai? - pergunto, num tom choroso.

Thiago: Sim, aproveitando que Elena estará aqui. - fala, enquanto termina seu café.

Droga, havia esquecido que a Elena irá trabalhar aqui.

Eu: Mais ela não ia ajudar você? - pergunto.

Thiago: Sim, e irá. Mais hoje tenho uma reunião muito importante, que por sinal já estou atrasado. - diz, e olha no relógio.

Que merda, ter que estudar com essa hipócrita... A tarde toda! Eu não vou aguentar, prefiro me matar. (Sem drama).

Thiago: Até mais tarde. - diz, e se levanta de seu lugar.

Eu mereço...

Elena P.O.V.

Terminava de tomar meu café da manhã, enquanto conversava com Judete sobre o meu novo "emprego".

Judete: Então você irá trabalhar na casa dos Bertolini? Isso é algo muito importante. - diz.

Eu: Nossa, tão importante que terei que aturar o babaca do Jhonatan. - digo, e reviro os olhos.

Judete: Elena, por favor, não vai arranjar confusão na casa dos Bertolini. A senhora Diana é uma mulher de respeito, e odeia barracos na própria casa. - me informa, e reviro os olhos novamente.

Eu: Tá, tá. - digo de saco cheio.

Termino meu café da manhã, e pego meu celular e minha mochila. Dei um beijo na bochecha da Ju, e saí de casa.

Minha cabeça começou a se rodear de pensamentos, nos quais Jhonatan estava envolvido. Eu iria trabalhar na casa dos Bertolini, mas não ia aturar nenhuma sequer arrogância dele. Eu não serei mais um dos mil empregados daquele almofadinha, se me desrespeitar sou capaz de encher a cara dele de tapas, ou até fazer coisa pior.

[…]

As aulas já haviam acabado, o sinal acabará de soar, e eu terminava de guardar meus materiais.

Luísa: Amiga, bora sair mais tarde? - disse animada.

Eu: Num vai dar não, Lu. - respondi, enquanto colocava a mochila nas costas.

Luísa: Ué, por quê? Você ta sempre livre de tarde. - perguntou um pouco confusa.

Eu: É, mais agora eu sou uma garota trabalhadora. - falei, enquanto andávamos pelos corredores.

Luísa: Trabalhadora? - soltou uma risada sarcástica. - Oras, vai trabalhar de que? - perguntou, contendo a risada.

Eu: Ajudante... Na casa dos Bertolini. - falei, e parei assim que vi Jhonatan parado no portão de saída, como se esperasse alguém.

Olhei pra Luísa, que estava boquiaberta. Parece que ela não acreditava muito no que havia dito, nem mesmo eu ainda acreditava que aceitei trabalhar para aquela família.

•••
Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim.

Primeiramente, Feliz Natal né. Aê! Soltem os fogos.

Nono cap. Décimo em breve, bjus.

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