Elena P.O.V. 

As aulas já haviam acabado (Graças ao bom senhor), peguei minhas coisas e saí do colégio. Fui pra casa, caminhando lentamente. Assim que passei em frente a casa dos meus vizinhos, que geralmente não havia ninguém ali, a porta foi aberta escancaradamente. 

Olhei pra mesma, e vi um Deus Grego sair de lá. Tinha cabelos castanho escuro, olho possivelmente verdes, e um abdômen definido de desejar. 

Xxxx: Oii. - ele parou ao meu lado, e abriu um sorriso perfeito. 

Oh meu Deus... O que está acontecendo comigo? 

Eu: Tchau. - sorri cínica, e entrei em casa. 

Não! Eu definitivamente não posso me envolver com mais ninguém, não nesse momento. 

Fui até a cozinha, peguei um pouco d'água, e bebi enquanto pensamentos invadiam minha mente. Ele era gato, era a perfeição em pessoa. Mas eu não posso deixar me levar por esses pensamentos incertos, eu não quero outro lance que acabe como todos os outros. 

A campainha soou, me fazendo gelar por longos segundos. Respirei fundo, e fui atender a porta. Assim que abri, dei de cara com ele novamente. 

Mais que merda é essa? Ta me seguindo, cacete?! 

Eu: O que você quer? - disse grossa, tentando concentrar meus olhos apenas nos seus. Mais tava difícil, com seu tanquinho prazeroso de fora. 

Xxxx: Creio que ainda não nos conhecemos. - respondeu. 

Eu: Então né, pena que nem quero que isso aconteça. - sorri forçado. 

Xxxx: Por que tem que ser tão linda, mais tão marrenta? 

Eu: Por que me criaram assim, o mundo me tornou assim. E se me der licença, eu tenho mais o que fazer. Tchau. - fechei a porta na cara dele. 

Okay, fui muito grossa dessa vez. Mais ele é um vizinho de "décadas" daqui, e eu nunca o vi. Porquê ele tem tanto interesse em nos conhecermos? Aish, isso não é nada bom. 

[...]

Já era quase 2:00 PM, e eu estava terminando de me arrumar. Luísa havia mandado o local de onde nos encontraríamos, e seria na pista de skate próxima ao shopping. Retoquei meu rímel, e peguei meu celular junto com meu skate. 

Sim, eu sei andar de skate, e amo demais praticar esportes radicais. 

Tranquei minha casa (que na verdade é da Ju), e saí. Pisei em meu skate, e comecei a andar pela calçada. "Sem querer" (Querendo muito), quase atropelei o vizinho babaca mais gostoso de mais cedo. 

Xxxx: Ta doida? Quer me atropelar? - ele perguntou, enquanto eu parava de andar. 

Eu: Olha querido, lê mentes agora? Por que era exatamente isso que eu queria fazer. - sorri debochada. 

Xxxx: O que foi quê eu te fiz? Só to querendo fazer amigos, e você ta piorando a situação. 

Eu: Querido, entende que amizade comigo não rola. - falei. 

Xxxx: É uns beijos, será que rola? - arqueou uma sombrancelha, e sorriu malicioso. 

Eu: Affs, vai se ferrar. - subi em meu skate de novo, e saí andando em direção a pista. 

Jhonatan P.O.V. 

Estávamos eu, o Marcos,  Henri e a Luísa na pista de skate, esperando a atrasada de sempre da Elena. 

Eu: Affs, por quanto tempo mais ela vai demorar? - cruzei os braços, e olhei pra Lu. 

Luísa: Ela já ta chegando. - disse, enquanto guardava o celular no bolso. - Olha ela ali. - apontou pra uma direção, e olhei na mesma. 

Ela vinha andando em seu skate, parecia tranquila com a vida. 

Opa, que pensamentos são esses? 

Elena: Oi,oi,oi. Foi mal pela demora, aconteceu imprevistos. - falou, assim que parou à nossa frente. 

Eu: Huum, legal. Mas ninguém quer saber, será que podemos andar agora? - falei direcionado aos garotos. 

Elena: Querido, ta aqui por que quer. Ficou esperando, por que quis. Ninguém te obrigou a nada, tá? - olhei pra ela, que desviou o olhar. 

Henrique: Na verdade, a Luísa obrigou. - disse. 

Elena: Affs, sumam daqui de uma vez. - revirou os olhos. 

Marcos: Sumir pra que? Se aqui ta tão bom. falou, enquanto passou as mãos na cintura dela. 

Elena: Marquinhos, amor. Se você não quiser perder a mãozinha sua, tira ela já daí. - o mesmo fez o que ela disse, numa expressão de medo. 

Eu: Okay, bora andar né? - peguei meu skate, e saí andando pela pista. 

Luísa P.O.V.

Eu: Amiga, me diz agora porque demorou pra chegar. - perguntei, enquanto sentávamos numa rampa baixa. 

Elena: Affs Lu, tem um vizinho que eu nunca vi na minha vida, que desde que cheguei do colégio não para de me encher. - bufou. 

Eu: Oi? Conta isso direito, Lena. 

Elena: Olha, eu cheguei do colégio, e encontrei com ele na rua. Mais não dei bola, e fui pra casa, Depois ele foi lá, e quis que nos conhecêssemos. Mas eu disse que não, e fechei a porta na cara dele. E antes de vim pra cá, quando eu estava saindo de casa. Quase atropelei ele com o skate, aí ele começou a falar um monte lá, que me deixou com uma puta raiva dele. - ela novamente bufou. - Aquele vizinho babaca idiota. 

Eu: Ah, vai dizer que ele não é bonito? - sorri sapeca. 

Elena: É... É bonitinho, daqueles que dá pro gasto. Ele até que tem um tanquinho gostosinho, mais nada demais. 

Eu: Amiga, eu preciso conhecer ele. - falei animada. 

Elena: Fica pra você, então. Do jeito que tu é, conhecer pra você, significa pegar e levar pra cama. - falou, e se levantou. 

Eu: Nada a vê isso, Lena. Só quero vê-lo com meus próprios olhos. - dei de ombros, e levantei também. 

Elena: Comê-lo, você quis dizer. - falou, e revirei os olhos. 

Pegamos nossos skates, e saímos andando pela pista. Fizemos algumas manobras em diversas rampas, até mesmo no estreito fizemos manobras. Jhonatan e seus amigos, que estavam ali perto, ficaram boquiabertos com a gente e nosso talento. 

Eu e minha best, mandamos bem nisso... 

[...] 

Elena: Galerinha, já ta tarde. Eu já vou indo, pois amanhã infelizmente tem aula. Até mais. - disse saindo. 

Eu: Espera, Lena. - a mesma parou, e se virou para me olhar. - O... O Jhonatan vai levar você, já ta escuro, vai que algum maluco tenta abusar de você. 

Elena: Esse maluco, seria o Jhonatan mesmo amiga. Por que ninguém vai fazer isso, deixa que eu vou sozinha mesmo. Beijos. - falou e se virou novamente. 

Marcos: Se quiser, eu levo você. - se ofereceu, mas meu objetivo não era esse. 

Elena: Obrigada, mais como já disse, eu vou sozinha. - falou e foi embora de vez. 

Elena P.O.V. 

Assim que saí da pista de skate, fui caminhando até em casa. Pensei em usar o skate para chegar mais rápido, mas meus pés doíam muito. Caminhei com o olhar voltado para o chão, como sempre ando de costume. Peguei meu celular para ver as horas. 

Puts, já são 09:59PM. Ta tarde pra caramba, a Ju deve estar muito preocupada comigo... 

Guardei meu celular no bolso, e comecei a andar em passos rápidos, para que assim chegasse logo em casa. Já estava na rua onde moro, passando em frente a casa do vizinho. Até que escuto alguém me chamar, causando arrepio em meu corpo. 

Eu juro, que se for aquele vizinho medíocre, eu dou um soco nesse imbecil... 

Me virei lentamente, com o corpo quase paralisado. Também, quem chamaria minha atenção na rua, quase dez da noite? Um maluco estrupador, só pode. Mais fiquei surpresa ao ver que era... 

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Olá, pessoal!

Aqui está o oitavo capítulo de O Inesperado, espero que gostem, fiz com muito amor e dedicação.

Esse ficou um pouco mais grande que os outros, pois teve mais narrador do que de costume. 

Me digam se vocês gostaram da maneira que escrevi essa cap. 

Se possível, votem e comentem. E logo sairá o nono capítulo, então aguardem.

Um beijo do coração, e até a próxima... 😘👽🌟

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