Medo de sangue
Já são 8h23m e eu estou morta de sono.
Mas, infelizmente, tenho aula e só 5 dias de ensaio, então eu sou obrigada a ir pra a escola.
Depois de escolher uma roupa, vou para sala de jantar e vejo a minha avó e meu pai tomando café da manhã, estava faltando o Edu e a mamãe.
- Bom dia. - Falo sem ânimo algum. - Cadê o edu e a Mãe?
- Bom dia. - Laurinha responde.
- Tua mãe ta lá em cima com um paciente dela e o Eduardo ta na casa da Megh. - Meu pai fala.
Ótimo, agora eu vou ter que ir para a escola sozinha.
- Pai, você sabe o quanto eu te amo? - Uso o meu charme para tentar convencê-lo a me levar.
- Sei filha, mas hoje é minha folga e eu tenho séries pra atualizar. Você tem um cara afim de você que mora na frente da sua casa, então você não vai sozinha. - Richard fala e eu logo fecho a cara.
- Ah não pai, até você. - Falo e depois vou para a cozinha.
Pego uma garrafa térmica e ponho café, depois eu pego uma rosquinha.
Vou até a casa do Lucas, toco a campainha, mas ninguém atende. Toco mas 3 vezes e ele atende.
Puta merda, ele tá lindo.
- Lucas, já falei que te amo? - Falo depois de dar uma imenso sorriso.
- Liv... - Ele pausa para espirrar. - Você ta bem?
- Eu? Ah sim, eu estou ótima. Você vai para a escola?
Depois de espirrar mais uma vez ele fala:
- Tô gripado, cadê o Eduardo? - Pergunta.
- Tá na casa da namorada. Já que você não vai, eu vou indo. - falo e antes de ir acrescento: Ah, e eu não te amo.
- É né, fazer o que? Mas eu te levo. - Lucas fala e fecha a porta atrás dele.
- Já vou avisando que não vou te dar nada em troca. - Falo.
É sempre bom me previnir em relação à isso.
- Poxa, nem um beijo? - Ele brinca.
- Nem um beijo. - Confirmo e ele finge estar magoado.
- Você sabe que está machucando o meu coração né, Lívia Gomez?
- Tá certo, Lucas. Você vai comigo ou não? - Pergunto o apressando.
- Vou, mas eu vou só te levar. - Ele fala e depois que eu respondo um "tudo bem" nós começamos a andar.
- Quer me dar... - Ele espirra. - a bolsa? - Pergunta e eu entrego.
- Obrigada, tem um remédio pra gripe ai no primeiro bolso, você tá precisando. - Falo.
Ele não para de espirrar.
- Porque você tem remédio pra gripe aqui? - Ele pergunta.
- Bianca que colocou ai já faz um tempo. - Respondo. - Você vai na minha casa hoje?
-Por que tá me chamando pra ir na sua casa? - Ele da um sorriso malicioso.
- Pro ensaio, idiota. - Respondo e reviro os olhos.
Ele ri.
- Sei lá, eu acho que vou ter que ficar em casa. Mas se você quiser ir pra lá tudo bem. - Ele responde e espirra novamente.
- Ok, vou ver.
Nos calamos e andamos um pouco em silêncio.
- Lucas, você me disse que tinha viajado para vários lugares por conta do emprego dos seus pais. Para quais lugares você já foi? - Pergunto me lembrando que ele havia dito isso.
- Los Angeles, Paris, Bruxelas, Cancún... - Faz uma pausa para espirrar. - Itália, califórnia, São Paulo e Austrália.
- Eu não acredito que você já foi para a Austrália. - Falo animada. Sempre quis ir para lá.
- Por que? - Ele pergunta observando a minha empolgação.
- É meu sonho conhecer a Austrália. - Falo e sorrio.
- Lá é muito bonito. Se você um dia der bola pra mim, quem sabe um dia eu te leve. - Ele responde e dá mais um sorriso maroto.
- Sonha querido, sonha porque a gente nunca vai ter intimidade e muito menos um relacionamento. - Falo.
- Olha que tem sonhos que se realizam. - Ele responde.
- Cala a boca. - Digo.
- Pronto... - E mais uma fez espirra. - chegamos.
- Obrigada, dá a minha bolsa. - Agradeço e ele me entrega a bolsa.
Eu me viro e vou até o portão.
- Pera, Lucas. - Falo antes que ele se virasse. - Eu não quero ir para a aula hoje, então por que a gente não dá uma volta por aí e fica de bobeira?
- Senhorita Gomes, você está me chamando pra sair? - Ele pergunta e eu dou risada.
- Seu sonho. - Falo. - E como é seu nome inteiro?
- Lucas Figueiredo Castilho. - Ele responde.
- Então, senhor Figueiredo, você vai querer? - Pergunto.
- Ok, vamos. - Ele fala.
Então nós voltamos para casa e, silenciosamente, entramos no meu quarto.
Começamos a assistir a 5ª temporada de supernatural.
- Fala ele não é lindo? - Pergunto fazendo referência ao Dean.
- Lívia, você acha mesmo que eu vou ficar reparando se eles são lindos? - Ele pergunta virando para mim e revirando os olhos logo em seguida.
- Ai Lucas, como você é chato! - Falo.
- Eu, chato?
- Sim.
- Você vai ver o chato. - Ele fala e logo se ajoelha na cama.
- Nem adianta fazer cosquinha, eu não tenho. - Me posiciono em moto de defesa.
- Não tem? - Ele duvida.
- Não. - Confirmo.
- E se eu fazer assim? - Ele fala apertando minha cintura. Droga!
- Lucas não. - Falo soltando uma gargalhada.
Ele me olha com cara de quem vai aprontar e antes que eu conseguisse sair da cama o Lucas pula em mim fazendo cócegas .
- ahhh Lucas para! - Peço enquanto as gargalhadas não param de sair.
- Se você der risada é porque eu sou muitooooo legal. - E eu tentei não rir mas foi engraçado demais.
- Tá bom Lucas, para. - Falo parando com os meus surtos e ele para.
- Teu sorriso melhora qualquer terça-feira. - Ele fala me encarando, viro o rosto e acabo sorrindo.
- Obrigada.
- Liv, não é melhor a gente ir para minha casa, nessa hora não tem ninguém lá. - Ele fala ainda bem perto de mim.
- Ok. Mas pega a minha bolsa. Vai que alguém vem aqui no meu quarto. - Falo e ele pega a bolsa.
Vou descendo a escada quando vejo a minha vó.
Rapidamente eu paro e ele quase se esbarra em mim.
- Minha vó. - Falo baixinho.
Desço mais um degrau e vejo que a velha estava dormindo.
...
Eu estava na casa do lucas colocando um filme quando esculto um grito.
- LUUCAASS? - Grito, mas quando ninguém responde eu resolvo descer.
- Lucas...? - Pergunto novamente, dessa vez mais baixo.
Ele estava parado com uma cara assustada olhando para o dedo que escorria sangue. Eu não aguentei e comecei a dar risada e vou ate ele.
- Meu dedo... - Ele fala ainda assustado.
- Ahh vem cá. - Falo ainda rindo.
- Não dá risada. - Ele fala parecendo zangado.
- Lucas, calma, você só corto o dedo. - Levo o dedo dele até a pia e lavo. Depois vou até a sala pegar a minha bolsa e procuro o Band Aid.
- Deixa eu colocar... - Falo e coloco o curativo. - Pronto.
- Valeu. - Ele agradece.
- Então que dizer que você tem medo de sangue? - Falo sorrindo e ele revira os olhos.
O livro foi revisado até aqui.
A revisão vai ser feita novamente. Então para aqueles que permanece lendo, peço uma pausa, para a revisão.
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