Capítulo 7 - Descobertas e Provocações
A tensão na mansão dos Mikaelson era palpável. Klaus estava em pé ao lado da grande janela de seu escritório, os punhos cerrados enquanto olhava para a movimentada cidade de Nova Orleans. Ele havia passado semanas esperando pacientemente, ou pelo menos tentando, mas sua paciência estava se esgotando.
— Ela está tramando algo, Elijah. Sei que está — disse Klaus, a voz baixa e cheia de raiva contida.
Elijah, como sempre, estava sentado em uma poltrona próxima, com um livro nas mãos. Sua expressão era de absoluta calma, mas seus olhos mostravam que estava atento às palavras do irmão.
— E você acredita que se agitar como um cão enjaulado ajudará a descobrir o que é? — respondeu Elijah, sem levantar os olhos do livro.
Klaus se virou, o olhar furioso cravado no irmão.
— Não posso simplesmente esperar que Esther decida aparecer com suas intenções sombrias. Ela está aqui, em minha cidade, Elijah, escondendo-se como uma covarde. E aquele garoto... ele é a chave para tudo isso. Eu sei.
Antes que Elijah pudesse responder, a porta do escritório se abriu com um estrondo, revelando Kol e Rebekah. Kol tinha um sorriso travesso no rosto, enquanto Rebekah parecia estar mais interessada em seu próprio reflexo em um espelho de mão.
— Ah, o eterno Niklaus, sempre tão obcecado com o que nossa querida mamãe está fazendo — provocou Kol, entrando no escritório com as mãos nos bolsos. — Será que você não cansa?
Klaus estreitou os olhos para o irmão mais novo.
— Cuidado com suas palavras, Kol. Não estou de humor para suas brincadeiras.
Kol levantou as mãos em um gesto de rendição, mas o sorriso nunca deixou seu rosto.
— Só estou dizendo, irmão. Você deveria relaxar. Talvez até mesmo apreciar o fato de que mamãe não está tentando nos matar... ainda.
Rebekah, finalmente levantando os olhos do espelho, suspirou dramaticamente.
— Kol tem razão, por mais irritante que seja admiti-lo. Você está deixando essa situação consumir você, Nik.
— E o que você sugere que eu faça, Rebekah? — perguntou Klaus, a voz carregada de sarcasmo. — Que eu me sente e finja que nossa mãe não é uma ameaça?
— Talvez você devesse fazer o que sempre faz — respondeu ela, revirando os olhos. — Intimidar, ameaçar e gritar até conseguir o que quer.
Antes que Klaus pudesse retrucar, um dos informantes de Marcel entrou no escritório, visivelmente nervoso ao estar diante dos Originais. Ele fez uma leve reverência antes de falar.
— Senhor Klaus, tenho informações sobre o garoto que está com Esther.
Instantaneamente, o humor de Klaus mudou. Ele avançou até o informante, sua presença intimidante preenchendo o espaço.
— Fale. Agora.
O informante engoliu em seco, mas começou a falar rapidamente.
— O garoto se chama Stiles Stilinski. Ele é de Beacon Hills. Há rumores de que ele esteve envolvido em várias situações sobrenaturais na cidade, incluindo um incidente com um Nogitsune.
Elijah levantou uma sobrancelha, finalmente fechando o livro em suas mãos.
— Nogitsune? Interessante.
— Continue — exigiu Klaus, ignorando a intervenção do irmão.
— Ele também tem uma linhagem de bruxas. Parece que a família de sua mãe está ligada a feitiços antigos... especificamente àqueles que criaram os vampiros originais.
Por um momento, o silêncio tomou conta do ambiente. Os olhos de Klaus brilharam com uma mistura de raiva e curiosidade.
— Então é isso — murmurou ele, mais para si mesmo do que para os outros. — Ela encontrou um herdeiro de sua linhagem.
Kol soltou uma risada baixa, quebrando o silêncio.
— Bem, isso explica por que ela está tão quieta. Está treinando o garoto para fazer... o quê, exatamente?
Rebekah cruzou os braços, sua expressão cética.
— Você acha que ela planeja usar esse Stiles contra nós?
Klaus virou-se para os irmãos, sua expressão endurecendo.
— Não há dúvidas disso. Esther nunca faz nada sem um propósito. Se ela está investindo tempo nesse garoto, é porque ele tem um papel crucial em seu plano.
Elijah levantou-se, ajustando o paletó enquanto falava.
— Se esse é o caso, então talvez devêssemos agir antes que ela tenha a chance de colocar esse plano em prática.
— Finalmente, algo em que concordamos, irmão — disse Klaus, um sorriso predatório se formando em seus lábios.
Kol, ainda encostado na porta, balançou a cabeça.
— E qual é o plano, Nik? Invadir a casa de mamãe e sequestrar o garoto? Parece bem típico de você.
— Se for necessário, sim — respondeu Klaus sem hesitação.
Rebekah suspirou novamente, parecendo entediada.
— Vocês dois podem fazer o que quiserem. Eu, pessoalmente, prefiro ficar longe disso. Já lidei com os planos de mamãe o suficiente para uma eternidade.
— Então fique fora disso, Rebekah — retrucou Klaus, voltando sua atenção para Elijah. — Mas você, irmão, me ajudará a acabar com essa farsa antes que ela comece.
Elijah assentiu lentamente, mas havia uma leve preocupação em seus olhos.
— Devemos ser cuidadosos, Niklaus. Esther não é alguém que subestimamos, especialmente quando ela está preparada.
Klaus deu um passo à frente, seus olhos ardendo com determinação.
— Não importa o quão preparada ela esteja. Eu não permitirei que ela destrua o que construí aqui.
Enquanto os irmãos Mikaelson discutiam estratégias, Stiles estava na casa de Esther, inconsciente das conversas sobre ele. Ele estava no quintal, praticando os exercícios que Esther havia ensinado. Mas, mesmo enquanto tentava se concentrar, uma sensação inquietante crescia dentro dele.
Algo estava prestes a acontecer. Ele podia sentir isso.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top