Capítulo 4 - O Destino em Nova Orleans
O som dos pneus do carro de Noah Stilinski contra o asfalto úmido ecoava pela estrada. Stiles estava no banco do passageiro, olhando pela janela enquanto as paisagens familiares de Beacon Hills desapareciam lentamente. Ele havia passado a maior parte do trajeto em silêncio, processando tudo o que estava deixando para trás e tudo o que estava por vir.
Noah dirigia com uma expressão séria, mas havia um peso em seus olhos que não podia ser ignorado. Ele sabia que estava entregando seu único filho a um destino incerto, mas também sabia que essa era uma escolha que Stiles precisava fazer.
— Você tem certeza disso? — perguntou Noah, quebrando o silêncio, sua voz baixa, mas cheia de preocupação.
Stiles continuou olhando pela janela por um momento antes de responder.
— Eu tenho que fazer isso, pai. Eu preciso descobrir quem eu sou, e... quem a mamãe era.
Noah assentiu lentamente, mantendo os olhos na estrada.
— Eu entendo. Só quero que você saiba que, não importa o que aconteça, sempre terá um lar aqui.
— Eu sei, pai. — Stiles finalmente olhou para Noah, tentando oferecer um sorriso que não alcançava seus olhos. — Obrigado.
O restante do trajeto foi silencioso, mas não desconfortável. Quando chegaram ao aeroporto, Noah estacionou o carro e ajudou Stiles a pegar sua bagagem. O adolescente segurava a alça de sua mala com força, como se aquilo fosse sua âncora em um mar de incertezas.
— Certo, garoto — disse Noah, virando-se para encarar o filho. — Tem certeza de que não quer que eu entre com você?
Stiles balançou a cabeça, um sorriso leve e nervoso surgindo em seus lábios.
— Não precisa, pai. Eu consigo lidar com isso.
Noah suspirou, mas não insistiu. Ele sabia que Stiles estava tentando ser forte, mesmo que fosse evidente que ele estava nervoso.
— Tudo bem. Mas, por favor, mantenha contato. Me ligue assim que chegar lá.
— Pode deixar — respondeu Stiles, ajustando a mochila nos ombros. Ele deu um passo à frente e envolveu o pai em um abraço apertado. — Obrigado por tudo, pai.
Noah o abraçou de volta, segurando o filho como se quisesse protegê-lo de tudo.
— Eu te amo, Stiles.
— Eu também te amo, pai.
Com um último olhar, Stiles se afastou e entrou no terminal do aeroporto.
A viagem para Nova Orleans foi longa e cansativa, mas Stiles não conseguiu dormir. Sua mente estava cheia de pensamentos, perguntas e dúvidas. Ele não sabia o que esperar, mas havia uma sensação de que sua vida estava prestes a mudar para sempre.
Quando o avião finalmente pousou, Stiles sentiu um misto de alívio e ansiedade. Ele pegou sua bagagem e se dirigiu para o saguão do aeroporto, onde deveria encontrar alguém que ele nunca havia visto antes: Esther Mikaelson.
O nome era estranho e misterioso, mas ele sabia que ela estava conectada à linhagem de sua mãe. Isso era o suficiente para convencê-lo de que ela poderia ter as respostas que ele procurava.
No meio da multidão de passageiros, uma figura chamou sua atenção. Uma mulher de postura elegante e olhar firme estava parada perto da saída. Seus olhos claros encontraram os de Stiles, e ela ofereceu um pequeno sorriso.
— Stiles Stilinski, suponho? — disse a mulher, sua voz suave, mas carregada de autoridade.
Stiles parou por um momento, surpreso com a presença imponente da mulher. Ele finalmente assentiu, ajustando a mochila em seu ombro.
— Sim. E você deve ser... Esther Mikaelson?
— Exatamente — respondeu ela, estendendo a mão em um gesto educado. — É um prazer finalmente conhecê-lo.
Stiles apertou a mão dela, notando que seu toque era frio, mas não desagradável.
— O prazer é meu, eu acho.
Esther sorriu levemente, como se estivesse estudando-o.
— Você deve estar cansado depois de uma viagem tão longa. Vamos, meu carro está lá fora.
Sem dizer mais nada, ela começou a caminhar em direção à saída, e Stiles a seguiu, ainda tentando processar o que estava acontecendo.
O carro de Esther era um modelo antigo, mas impecavelmente conservado, refletindo o mesmo ar de sofisticação que ela exalava. Durante o trajeto, Stiles olhou pela janela, observando as ruas vibrantes de Nova Orleans enquanto tentava pensar no que dizer.
Finalmente, ele quebrou o silêncio.
— Então... você conhecia minha mãe?
Esther olhou para ele pelo canto do olho antes de responder.
— Não pessoalmente. Mas conheço muito sobre a linhagem dela. Sua mãe vinha de uma linha de bruxas poderosas, com um legado que remonta séculos.
Stiles franziu a testa, intrigado.
— E como você se encaixa nisso tudo?
— Minha família está conectada à sua de maneiras que você ainda não compreende, Stiles. — A voz dela era calma, mas havia algo enigmático em suas palavras. — E é exatamente por isso que você está aqui. Para aprender.
Stiles assentiu lentamente, mas ainda estava cheio de perguntas.
— E onde você mora?
Esther sorriu levemente, como se antecipasse a curiosidade dele.
— Não muito longe daqui. Um lugar tranquilo, longe do caos. Você vai ver.
A casa de Esther era grande, mas discreta, cercada por árvores e envolta em uma atmosfera de mistério. Stiles desceu do carro, olhando ao redor enquanto Esther pegava suas malas.
— Bem-vindo ao meu lar, Stiles — disse ela, gesticulando para que ele entrasse.
O interior da casa era tão impressionante quanto o exterior, com móveis antigos, estantes cheias de livros e um ar de elegância que parecia saído de outro tempo.
— Você deve estar faminto. Vou preparar algo para você comer enquanto você se instala. Seu quarto é no andar de cima, segunda porta à direita.
Stiles assentiu, ainda absorvendo tudo.
— Obrigado.
Enquanto subia as escadas, ele sentiu uma mistura de nervosismo e excitação. Ele não sabia o que o esperava em Nova Orleans, mas, pela primeira vez em muito tempo, sentia que estava no caminho certo.
E isso era tudo o que ele precisava para continuar.
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