Perfídia

Enquanto repouso, a cidade anda acordada. Cheia de luzes, sons, cores, sensações...                       

E o que restou de nosso amor? Apenas sua perfídia.                                                                                                 

Ousaste trocar meu aconchego pelos desvarios das ruas vis.                                                                        Substituíste meu carinho eterno, por uma embriaguez ludibriante passageira.                                       O êxtase de nossa paixão pelo efêmero prazer deliberado.                                                                                O Doce pelo insípido.

Fizeste perfunctório o nosso amor...

Fizeste transeunte a tua malícia de forma que não percebi o quanto já ausentara-te da minha presença...

E quando vi... O vento levou...

Num piscar de olhos, devastaste tu nossas fantasias, deixaste-me a beira de uma chuva fria de lágrimas de solidão. Até os céus choraram diante de tal lorpa...

Ao proferir a mim palavras, só sinto amargura e obscuridade...

Mas que posso eu fazer? foi o rumo que escolhestes para ti.

E a mim o que resta? Juntar o pouco de sanidade que ainda possuo e prosseguir em frente à minha estrada vindoura, deixando o que me causa desalento ao léu.

Certo estava *Newton sobre a inércia. Pois o que os olhos não veem o coração não sente... Se nenhuma força é exercida sobre meus pensamentos para que me lembre de ti, não sentirei efeitos dos desastres que causaste a mim e a nós.

Despeço-me com desprezo. Tristeza. Profunda mágoa de ver que te reconheço apenas na foto passada, e esse que és nunca o vi em parte alguma do teu ser.

 Discrepante é teu passado e teu presente, pesaroso teu futuro.

Futuro o qual pelo andar da carruagem, não estarei.

Mas ausente ainda sei, que uma parte de ti lembrará de nossos momentos, e que não te seja tarde a percepção de tua metanoia.




















































*Isaac Newton, Físico Inglês

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top