Restam para mim poucos verbos. Um destes é expectar.

Esperar que o tempo resgate o brilho de meus olhos; Aguardar que a vida me traga algo novo. Um novo motivo para sorrir, ao invés de razões para chorar e me lamentar.

Há situações que apenas o tempo soluciona. Não há muito o que se fazer.

Esperar em Deus, ou talvez no acaso, quem sabe destino ou sina, carma... como preferir...

O fato é que, nós Homo Sapiens , odiamos esperar. Seja numa fila bancária, seja no aguarde do amor eterno...

Mas como já dissera, apenas a sinfonia dos "tic-tacs" rege certas ocasiões. Limitados estão nossos passos no tocante ao futuro, pois não sabemos o que será.

Quantos castelos de areia construístes alegremente sem prever que as ondas das adversidades os destruiriam?

Por mais que tenhamos o passado por alicerce e o presente por firmamento, o futuro será sempre uma incógnita.

Nunca seremos capazes de previsões exatas; Mal sabemos onde pisamos! Não sei dizer se será chuva ou sol, tristeza ou alegria, carência ou alento;

As vezes parece que todo o esforço feito para sair do lugar é vão; Que nada muda; Sentimos-nos de mãos atadas e impotentes por não controlar o que vem...

Apenas restam a fé e a esperança.

A esperança de um futuro promissor e recompensador...

A fé que o amanhã chegará...

Quisera eu ser um oráculo... Ou não. Talvez saber do futuro e não poder nada fazer deva ser mais doloroso que o desconhecido.

Na verdade, se bem analisarmos, mesmo expectando, devemos ser gratos pelo hoje. Porque o hoje, fora a esperança das dores de ontem que conseguimos alcançar, pois o amanhã sempre será duvidoso quanto a sua veracidade de chegar. O presente é a maior dádiva que podemos ter pois é a única certeza que se há de fato.

Tudo o que vivemos é válido. E esperar é a maneira mais sábia de colher os frutos que plantamos.