Desvario
Solidão...
Apenas frio. Chuva. Que se emenda com as lágrimas que banham meu rosto.
Confusão...
Na minha alma, um turbilhão de imagens como um flash. Todas ao mesmo tempo. E em vão, esforço-me na tentativa de acompanha-las.
O tempo passa veloz ao meu redor, de forma que me sinto quase estagnada ao tentar me mover. Enquanto tento comprimir meus olhos para alçar uma melhor visão de onde pôr os meus pés, a ampulheta não espera minhas decisões. Sinfonia dos "tic-tacs."
Minha mente tornou-se uma sala com tantos espelhos, que nem sei mais o que é apenas reflexo ou verazmente eu. Um paradoxo sem fim. Uma velha tv no canto, retratando numa imagem chiada o maldito Loop temporal de minhas atitudes, fazendo questão de mostrar que não tenho como ausentar-me do que já cometi.
Deveras, almejaria que a vida fosse menos arbitrária e mais autoritária, pois assim, justificaria os fins.
De qualquer forma, somos marionete da peça teatral do destino, acorrentados aos grilhões de nossas escolhas, que nos traçam um caminho a qual não podemos fugir: Consequências.
Felicidade, Tristeza, frustração, ódio, amor, ansiedade... todos produtos, seguimentos de escolhas e atitudes que partem de nós, ou de quem nos rodeiam.
A roda viva não poupa seus esforços de continuar em rotação, e enquanto ela gira, por vontade própria ou não, acabamos nos movendo com ela.
Epitáfio... pesadelo de todos os homens.
Ouvir o som das correntes do medo arrastando-se pelo o resto de sua maldita e medíocre existência, tornando seus dias apenas uma repetição monótona.
E por fim, O sussurro de *Heráclito: "Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras."
O Grito da minha alma, no estupor de um seco silencio.
* (540 a.C. – 470 a.C.) filósofo pré-socrático da Ásia Menor.
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