Bátega


Li e reli teus versos...

Digo que são teus porque de mim saíram para ti.

Se te entreguei pois, não me pertence mais...

E  pensar, que, lá fora os céus choravam

Enquanto meus olhos choviam...

E passeando entre as águas frias,

Confundia-se o salseiro e o pranto.

O engano e o desengano abraçavam-se...

As gotas borradas nas janelas,

pareciam formar teu nome...

A chuva ao cair ao chão,

Lembrava-me as marchas de teus pés imponentes

Os ventos sussurravam teu assobio,

E as flores, teu cheiro...

A borrasca jogava meus cabelos

Na mesma violência que quando corria em tua direção...

O frio que tomava conta de mim

Gelava-me até o coração...

A alma tentou se esvair 

Numa pequena e doce canção...

A gélida fumaça que saia de meus lábios
Tentando pronunciar teu nome

Formavam desenhos dançantes pelo ar...

E hoje, me restam apenas versos

Para lembrar do resto que há.

A chuva se foi, o que sentia-se também

A garoa goteja apenas nos versos

Pra não deixa-los morrer sem ninguém.




Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top