12. Um tipo de homem

Acabamos dormindo a tarde inteira no sofá. Acordei com os braços de Jayden em volta do meu corpo e ainda com preguiça, o abracei de volta sentindo nossos corpos quentes e sua respiração tranquila bater no meu pescoço.

Com cuidado para não acordá-lo, me movi devagar para olhar seu rosto que parecia ter sido esculpido. O homem maduro e misterioso parecia mais jovem e relaxado.

Ah, se eu pudesse ler mentes.

Mal nos conhecíamos, mas eu já sentia uma conexão muito forte com ele. Era evidente que Jayden tinha segredos, um temperamento forte e um vício quando se tratava de ser controlador com simplesmente tudo à sua volta. Eu queria desvendar seus segredos mais íntimos, entender o porquê dessa necessidade de controle e, claro, permanecer na sua vida.

Estiquei meu braço até meus dedos tocarem levemente no seu rosto, ombro e depois peito. No mesmo instante ele mostrou um resquício de um sorriso em seus lábios.

— Boa noite — disse ele, convencido.

— Boa noite — eu respondi sem graça mesmo ele ainda estando com os olhos fechados. — Acordou agora?

— Não, faz tempo.

— Ah — eu me remexi no sofá.

— Não sabia que você era uma voyeur.

Voyeur? O que seria isso?

— O que é isso? — eu perguntei franzindo a testa.

Jayden abriu os olhos com um sorriso mais largo desta vez. Passou a mão em meu queixo.

— Às vezes eu esqueço o quanto você é inocente.

— Mas o que é? Agora fiquei curiosa.

— Voyeur é a pessoa que se excita ao ver outras pessoas nuas ou fazendo sexo.

Senti meu rosto esquentar.

Isso era novo para mim, surreal na verdade. As pessoas realmente faziam isso?

— Eu não sabia.

— Claro que não — ele se aproximou passando o dedo nos meus lábios. — Tenho tanta coisa para te ensinar, garota.

Eu desviei o olhar envergonhada, mas logo o encarei de volta.

— Se você tiver paciência eu posso aprender.

Jayden me olhou surpreso com o olhar brilhando em meio a escuridão. Por um segundo me recordei dessa mesma energia no cassino, onde ele literalmente me atacou contra a parede como um verdadeiro homem primitivo das cavernas, e o pior que eu havia gostado.

— Você me tira o juízo, Isabella. — Eu mordi o lábio à medida que ele suspirava forte. — Você me distrai muito assim.

E você a mim Jayden.

Sem pestanejar, ele se levantou rapidamente e me puxou pela mão para que eu ficasse em seus braços.

— Apesar de aqui estar muito bom, quero aproveitar o resto dessa noite com você. — Ele enroscou os dentes no meu lábio inferior e o mordiscou para si. Sua mão em volta da minha cintura afirmava sua presença dominante. — Te encontro na hidromassagem em 15 minutos, fica nos fundos da casa.

— Certo — assenti com a cabeça o vendo desaparecer da minha vista.

Eɴᴄᴀʀᴀɴᴅᴏ ᴍᴇᴜ ᴘʀᴏᴘʀɪᴏ reflexo no banheiro do quarto, eu passei os dentes do pente no meu cabelo enquanto me perguntava o que realmente me esperava no andar de baixo. Meu coração disparava com a minha mente criando inúmeras versões do que poderia acontecer.

Calma, Isabella.

Balancei a cabeça tentando me acalmar.

Antes de sair da suíte decidi deixar meu cabelo em um coque simples já que iríamos entrar na água novamente.

Seguindo as instruções de Jayden, segui para o fundo da propriedade. O ambiente estava um pouco escuro, mas tinha uma meia luz deixando todo o lugar um pouco azul pela iluminação da hidromassagem e pelas pequenas luzes no pergolado onde havia uma mesinha com garrafa de champanhe e outra de suco acompanhada de duas taças de cristal, tudo estava muito bem organizado.

Assim que dei mais dois passos ele se virou e veio até mim com um olhar indecifrável e desejoso.

— Estava à sua espera.

O homem grande mesmo usando apenas uma bermuda era de tirar o fôlego de qualquer mulher. Suas coxas grossas e o peitoral cheio de pêlos o deixavam com uma aparência poderosa. Desci meu olhar rapidamente para a sua curvatura da perdição, abaixo do seu abdômen perfeito e ao pensar em algo a mais minhas bochechas esquentaram no mesmo segundo.

Me aproximei dele com um sorriso nos lábios e fiquei na pontinha dos pés para conseguir colocar meus braços ao redor do seu pescoço. Essa aproximação foi o bastante para Jayden agarrar a minha cintura e colar nossos corpos.

— Isabella, desde o momento em que coloquei meus olhos em você — ele expira ao tocar o nariz no meu pescoço. — Quis você para mim.

— E não mediu esforços para isso, até descobriu onde eu trabalho.

— Não foi difícil te achar, homens como eu tem certas vantagens.

Ele sorriu de lado e segurou meu rosto com as duas mãos. Aproximou nossos lábios e iniciou um beijo molhado e quente, ele exigia minha língua sobre a sua enquanto sua boca buscava a minha incansavelmente. Jayden mordiscou meu lábio e seguiu para o pescoço dando alguns chupões que me arrepiavam dos pés a cabeça. Com a ponta dos dedos eu busquei sua nuca a apertando forte na mesma medida que ele explorava meu colo. Jayden me olhava faminto e necessitado. Eu não precisava ler mentes para saber o que ele queria nesse momento.

— Vem, vamos entrar na hidromassagem — disse ele me analisando.

Eu tirei o short que vestia e fiquei apenas de biquíni na sua frente.

Jayden repentinamente envolveu minha cintura e me pegou no colo de frente para ele como se eu não pesasse nada. Dei um gritinho, surpresa, me apoiando nos seus ombros e o beijei novamente, mas isso não o impediu de nos levar para dentro da hidromassagem. Já dentro da água eu permaneci no seu colo, levei minha mão para a sua fazendo carinho com a ponta dos meus dedos. Ele se aproximou de mim com um sorriso de derreter qualquer mulher.

A sensação da sua mão em meu rosto e a outra na minha nuca puxando alguns fios me deixaram desconcertada. Mas não parou por aí, ele desceu os dedos pelas minhas costas perto do nó do biquíni e chegou até a minha bunda com certa agilidade, a apertou me fazendo dar alguns gemidos quase inaudíveis.

Instantaneamente comecei a me mover no seu colo sentindo a presença de algo duro entre as minhas pernas, isso estava me causando uma sensação quente entre as pernas, a mesma sensação que senti quando ele me tocou na noite anterior, no cassino. Jayden vendo que eu não parei com os movimentos começou a me conduzir pela cintura, sua ereção era esfregada bem na minha intimidade coberta pelo biquíni molhado e colado na minha pele.

— Quero que se concentre nas minhas mãos no seu corpo, passarinho — sua voz rouca no meu ouvido me deixava em febre.

— Isso é perigoso — eu sussurrei. — Você tão perto assim de mim.

— E você gosta?

— Muito — sussurrei.

Jayden passou a mão entre minhas pernas e eu não tive forças para detê-lo. Seus dedos imediatamente foram para a minha intimidade por cima do biquíni me fazendo suspirar. Apenas um pequeno tecido nos separava do puro prazer. Eu ergui meu rosto para o dele e mordi o lábio com as mãos espalmadas no seu peito.

— Não precisa se segurar — disse ele mordiscando o lóbulo da minha orelha.

Se dessa forma era tão gostoso estar com ele, imagina quando realmente acontecer?

Só esse pensamento me fazia ficar sem estruturas. Esse homem era o próprio pecado encarnado. Estava começando a sentir o começo daquela sensação deliciosa até que ele parou, o que surpreendentemente me frustrou.

Eu queria que ele continuasse? Sim, por favor. Iria pedir? Não.

Olhei para ele não entendendo.

— Você vai ter que me pedir.

— Pedir o quê?

— O que você quer de mim?

Fiquei sem palavras. Como eu pediria algo assim para alguém? Eu não sabia nem por onde começar.

— Vamos lá, passarinho — ele sussurrou no meu ouvido.

— Eu quero... que você me dê prazer.

Jayden me olhou com os olhos brilhando em êxtase e fez com que eu tocasse os dedos na sua ereção dura.

— Ouvir sua voz me pedindo isso me faz querer ir muito além com você.

Olhando para mim, ele voltou a mão para a minha intimidade ainda coberta pelo biquíni molhado e ali voltou a estimular os dedos, bem em cima onde estava o meu clitóris. Eu mordi o lábio fechando os olhos deixando a sensação tomar conta de mim. Mas, Jayden era articuloso, queria tudo de mim. Seus lábios não paravam de se mover no meu pescoço, às vezes iam para a minha orelha onde me dizia absurdos sexuais que minha mente julgava como impróprio, mas meu corpo gostaria de conhecer.

No estado em que eu estava, tão entregue a esse homem e excitada a ponto de perder a cabeça, foi inevitável não chegar até o clímax. Me contorci em cima dele explodindo com seus dedos habilidosos. Encostei minha testa no seu peito e gemi arranhando o seu peitoral com certa força enquanto meu quadril se movia.

— Parece que alguém gozou bem gostoso.

Quase sem fôlego eu tentei pronunciar uma pergunta que fizesse sentido.

— Nossa isso foi... o que você está fazendo comigo?

— Por enquanto nada, passarinho — ele disse erguendo meu rosto para si. — Mas quero muito mais de você, Isabella.

Levei minha mão para sua face e ele me olhou curioso pelo carinho.

Sim, quero cuidar de você, Jayden, e, conhecê-lo por completo.

— Eu estou aqui, não vou a lugar nenhum.

Ele sorriu de lado satisfeito concordando com a cabeça e juntou nossos lábios em um beijo intenso, exigindo cada parte dos meus lábios.

— Não, você não vai.

Pᴇʟᴀ ᴍᴀɴʜᴀ, ᴛᴏᴅᴏs ᴀᴄᴏʀᴅᴀʀᴀᴍ bem cedo para a nossa volta à Manhattan. As malas já haviam sido devidamente arrumadas e organizadas pelas funcionárias da casa,  nossos pertences já se encontravam dentro do porta-malas dos carros. E para falar a verdade, eu não queria ir embora, esse final de semana havia sido um dos melhores da minha vida, mas, todos como bons adultos tinham suas responsabilidades e obrigações.

Depois de um belo café da manhã feito pelas cozinheiras decidimos partir, a final, eram mais de 4 horas de viagem.

Antes de irmos, fiz questão de ir até a cozinha e agradecer a todos pela ótima recepção que fizeram para mim e para a Ava mesmo Jayden insistindo que não era necessário me sujeitar a isso. Eu apenas ignorei seu comentário e entrei na cozinha. Percebi que todas presentes ali rapidamente mudaram a postura e me olhavam com toda atenção possível.

Será que Jayden era um patrão tão exigente a esse ponto?

— Desculpe atrapalhar vocês, mas antes de ir embora gostaria de agradecer pela ótima recepção.

— É apenas o nosso trabalho, senhorita — disse Cristina, a governanta mantendo sua postura profissional.

— Mesmo assim, fico agradecida pelo eficiente trabalho de vocês.

— Espero que a senhorita volte em breve — disse uma das cozinheiras mais novas.

— Eu também espero.

Depois de cumprimentar todas voltei para o hall da casa vendo Jayden impaciente pela minha volta. Nós fomos em carros diferentes de Ava e Adam, os mesmos que nos trouxeram até aqui junto com os demais carros com os seguranças. Durante o caminho enquanto o motorista nos levava para o aeroporto Jayden respondeu algumas mensagens no celular.

Não consegui assimilar do que se tratava, mas parecia ser algo que o aborrecia.

— Está tudo bem? — eu perguntei colocando a mão na sua coxa.

— Sim — ele disse guardando o celular no bolso interno da calça. — Só são problemas do trabalho.

— Um homem bem ocupado, será que terá tempo para mim?

Ele sorriu de lado passando a mão no meu cabelo e levou a boca até a minha orelha.

— Sempre terei tempo para você.

Eu sorri olhando para os seus olhos azuis enigmáticos e pressionei minha boca na dele com gentileza. Jayden passou os braços em volta do meu corpo me arrastando para o seu colo e enterrando o nariz no meu pescoço.

— Melhor assim, não acha?

Estremeci com seu toque passando as mãos por cima dos seus braços em volta da minha cintura.

Cᴏᴍ ᴏ ᴘᴀssᴀʀ ᴅᴏs ᴍɪɴᴜᴛᴏs, havíamos chegado no aeroporto, o carro andou próximo do jatinho que já estava a nossa espera na pista, saímos do carro e logo observava Jayden apertar a mão do piloto, em seguida ele segura minha mão me ajudando a subir na aeronave e nos sentamos nas mesmas poltronas que viemos para essa viagem.

Após o procedimento do vôo, as portas foram fechadas e anunciaram as informações importantes, duração do vôo, temperatura de Nova York, ainda bem que não vai estar frio. Jayden colocou seu cinto de segurança e em seguida o meu, segurou minha mão beijando suas costas e entrelaçou nossos dedos, o olhei sorrindo com o seu ato, fiz um carinho com meu dedão na sua.

Logo senti a aeronave sair do solo e decolar, seria algumas horas aqui dentro. Isso significava mais tempo com ele, o que era muito bom.

Depois de algumas horas havíamos chegado no Aeroporto Internacional John F. Kennedy. Assim que a aeronave parou por completo, Jayden tirou os nossos cintos e segurou a minha mãe enquanto saíamos do jatinho, logo Ava e Adam fizeram o mesmo.

Os seguranças moviam-se sem esforço carregando as malas e as colocando nos carros que já estavam a nossa espera na pista dos aviões particulares. Depois das nossas malas serem guardadas novamente, entramos no carro que seguia em direção à Manhattan, ainda faltavam cerca de 30 quilômetros para chegarmos.

— Você vai direto para a sua casa Bella? — Jayden perguntou assim que sentei do seu lado e o motorista fechou a porta e voltou para o seu lugar dando partida no carro.

— Vou sim Jay, amanhã será um longo dia no trabalho, por hoje vou descansar um pouco — eu disse vendo o casal loiro entrando no carro da frente.

— Então deixaremos vocês lá.

— Obrigada.

Acariciei a lateral do seu rosto sentindo sua barba começando a crescer. Ele pegou minha mão e a beijou me olhando fixamente com seus olhos azuis enibriantes.

Eu sorri pousando a cabeça no seu ombro e suspirei quando senti seu braço forte ao redor da minha cintura.

Eᴍ ᴛᴏʀɴᴏ ᴅᴇ 50 ᴍɪɴᴜᴛᴏs chegamos no bairro do condomínio que eu morava com Ava. Quando o carro estava se aproximando do prédio segurei a mão de Jayden e olhei nos seus olhos. Como era possível eu já estar com saudades dele? Sendo que ele ainda estava aqui na minha frente.

— Quero agradecer o final de semana incrível que você me proporcionou, eu amei cada momento do seu lado.

Ele sorriu de leve tocando o meu rosto e fez um carinho nele com as pontas dos seus dedos.

— Disponha, passarinho, mas acho que eu que deveria agradecer por ter aceitado embarcar nessa aventura comigo e ter me dado a chance de conhecer você melhor, ter me deixado mostrar quem eu sou e quem quero ser pra você.

Selei nossos rapidamente por não estarmos sozinhos no carro. Ele notou a minha timidez e balançou a cabeça achando graça.

Em frente do condomínio nós saímos do carro, eu já conseguia ver Ava saindo do carro enquanto os seguranças tiravam suas malas.

Resolvemos sair do carro, e, a medida que minhas malas também eram retiradas do veículo, Jayden puxava a minha cintura com força para si e enterrava o nariz no topo da minha cabeça. Com a ajuda dos saltos facilmente coloquei meus braços ao redor do seu pescoço. Ele começou a devorar minha boca em um beijo intenso e febril, a sensação de sentir sua língua junto a minha me arrepiava por completa, eu mordiscava seus lábios vendo o meu corpo pedindo por mais dele.

Mas, não era o local e hora apropriada para isso. Após encerrar o beijo eu o abracei sentindo as batidas do seu coração e então ele sussurrou próximo do meu ouvido:

— Assim vai ser difícil eu ir embora, vou acabar te sequestrando para te ter só pra mim.

Eu ergui o rosto para cima avistando sua face com um sorriso diabólico e dei uma breve risada.

— Ah, é? — eu perguntei. — Vai me manter em cárcere privado na sua luxuosa mansão?

— Não me tente, passarinho — ele beijou minha testa antes de se afastar.

Eu assenti vendo ele retornar para o carro e peguei na alça da minha mala de rodinhas vendo Ava se despedir do Adam que me dá um tchau com a mão. Eu e a loira vamos para a portaria que automaticamente liberam a nossa passagem.

Assim que passamos pela portaria e subimos alguns degraus até o saguão do prédio, Ava me olhou de relance e começou com o seu questionário.

— Você vai me contar tudinho sobre o dia de ontem.

— Calma, Ava, nem entramos no apartamento ainda.

— Eu sou muito ansiosa por informações ainda mais sobre aquele grandão que está de quatro por você.

Dei risada.

Adorava o jeito extrovertido da minha irmã.

— Eu vou contar tudo, mas antes, vamos entrar e descansar um pouco.

— Acho bom mesmo.

Olá, gente! Tudo bem?
Depois de um bloqueio terrível de escrita eu estou de volta e bem animada!

Jayden doido pra tomar a Isabella
de vez e ela ainda dando ideia haha
Que perigo! 🔥🔥

Por enquanto tudo são rosas, mas lembrem-se: toda rosa tem espinho.

Até daqui a pouco 🖤

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