11. Lobo em pele de leão

Acordei de repente com um aroma doce e agradável. Era Bella. Ela estava dormindo em um sono profundo sem qualquer preocupação, sem imaginar que ontem se alguém suspeitasse de suas origens, o cassino poderia virar um mar de sangue.

Estiquei o braço até o celular na cômoda ao lado e verifiquei as horas.

Porra, eu tinha dormido tanto assim?

Já passava das oito horas da manhã. Isso dificilmente acontecia, mas desde que conheci Isabella, muitas coisas das quais não faziam parte da minha vida estavam acontecendo. Por exemplo, dormir com uma mulher sem ao menos dar uma boa foda, o que não aconteceu nem mesmo na minha adolescência. Felizmente essa era uma situação que seria mudada em breve.

Relutei em tocar em Isabella e acordá-la da melhor maneira possível, afinal, teria ela completamente para mim hoje, sem olhos ou ouvidos alheios por perto. A timidez dessa menina me atrai de uma maneira que nenhuma outra mulher fogosa me atraiu. Sua bondade e luz atraíam a minha perversidade e escuridão, só não sabia até que ponto.

Segui para o banheiro. Precisava esfriar a cabeça e, principalmente, o meu pau que insistia em ficar duro perto de Isabella. Essa garota estava torrando a minha sanidade e nem ao menos se dava conta disso.

A água fria escorria pelos meus músculos, isso acalmava a maioria dos conflitos internos que rodeavam a minha cabeça perturbada. Mas, de uma coisa eu estava certo, depois dessa viagem contaria tudo sobre mim para a Isabella, não conseguiria agir como um bom moço para sempre. Eu só não faria isso agora, pois com certeza ela entraria em colapso.

Depois do banho fiquei em frente ao espelho olhando o filho da puta refletido no espelho. Passei a mão pelo meu rosto pensando em fazer a barba ou deixá-la crescer novamente e acabei escolhendo deixar crescer. Sem barba eu ficava um pouco parecido com meu pai e isso era algo que eu detestava.

Saí do banheiro com uma toalha em volta ao meu quadril e fui até o closet onde comecei a me vestir. Optei por uma bermuda folgada e uma camiseta sem mangas por causa do calor. Quando saí do closet olhei na direção da cama e vi a Isabella já acordada, sorrindo de lado fui na sua direção.

— Bom dia, Bella. — Me aproximei da cama mordiscando o seu lábio.

— Bom dia, Jayden. — Disse sorrindo corada. Só não sabia se era por conta da timidez ou do calor que fazia.

— Vou descer para fazer algumas ligações do trabalho.

Ela me olhou curiosa.

— Até no domingo?

— Imprevistos.

De fato, eu tinha uma empresa de tecnologia onde haviam investidores, sócios, além das dezenas de funcionários que trabalhavam para mim. Porém dentro das grandes entregas de mercadorias, parte delas, não eram apenas aparelhos de tecnologia de ponta, mas sim armamento pesado e drogas ilícitas. E o melhor, tudo dentro da lei.

Ninguém imaginava que os aviões da Hunter House eram o meio de transporte mais eficaz para o maior tráfico da América do Norte.

— Em meia hora irei descer com a Ava.

— Ótimo — isso seria tempo o suficiente para me atualizar dos meus negócios.

Antes que eu mudasse de ideia, a deixei no quarto sozinha e desci para o andar de baixo. Também deixaria Adam aproveitar a sua folga, mas depois de amanhã iria saber porque diabos ele deixou Isabella sozinha na companhia de Nikolai.

Cʀɪsᴛɪɴᴀ, ᴀ ɢᴏᴠᴇʀɴᴀɴᴛᴀ, ᴇsᴛᴀᴠᴀ em seu posto me aguardando na sala de refeições.

— Bom dia, Sr. Hunter.

— Bom dia, Cristina.

— O que gostaria para o café da manhã?

— Ovos mexidos, bacon, panquecas e um café preto.

Estava faminto.

Um homem do meu porte deveria se alimentar muito bem. Além da fome, eu estava mal humorado com algumas questões que teriam que ser resolvidas em breve.

Sentado à mesa enquanto esperava o café da manhã ser preparado e servido, peguei meu celular e conferi as últimas mensagens. Depois disquei o número de Lorenzo que atendeu no terceiro toque.

— Don, como posso ajudar.

— Vou ficar o resto do dia indisponível, se tem algo importante a me dizer diga agora.

— No momento não. Deixamos o traidor do Bailey achar que sua miserável vida não corre risco, como o senhor mandou e a encomenda das drogas da Sra. Sanchez devem chegar entre hoje e amanhã.

— Perfeito. Dê meus cumprimentos a Esmeralda.

— Certamente, Don.

Desliguei a ligação e coloquei o aparelho no bolso. Em seguida o farto café da manhã foi servido na mesa com todas as opções possíveis. Comecei a comer enquanto organizava mentalmente quais seriam os próximos passos que eu daria em direção de Isabella e do filho da puta do seu pai. Ultimamente ele e a polícia federal tinham se afastado dos meus negócios, mas uma das melhores maneiras de assegurar que seus inimigos não vão se aproximar é a morte. Mortos não falavam.

Antes mesmo que eu terminasse de comer vi Adam descer com uma mala, o que me deu a entender que de fato não teria que olhar a cara dos dois pombinhos no mínimo até amanhã.

Ele se sentou e se serviu com um café notando o meu mau humor matutino, que era péssimo.

— Más notícias de Nova York.

— Por lá está tudo bem, por aqui parece que não.

— Como assim?

Eu bati a mão na mesa que estremeceu com a minha força. Me levantando em fúria tentando dizer a mim mesma que não podia matar o fodido do meu sub-chefe e mão direita do meu império.

— Você perdeu a porra do juízo em deixar Nikolai Smirvov chegar perto da Isabella?

— Puta que pariu, não acredito que isso aconteceu. Eu saí por um minuto e encarreguei os seguranças de ficarem de olho nela.

— Pois é, alguém falhou e vai pagar com a própria vida com isso. Soldados a menos não fazem a mínima diferença para mim.

— Mas você acha que ele contou algo a ela? Algo que entregue o que fazemos?

— Receio que não, caso contrário ela estaria surtando cheia de perguntas ou até com medo.

— Porra — ele respirou aliviado. — Eu vou cuidar pessoalmente da equipe de segurança que estava no cassino quando voltarmos a Nova York.

Um erro desses não passaria em branco, eu nunca fui um homem de dar segundas chances e não seria agora que eu o faria.

Depois de tomarmos café e resolvermos algumas questões que seriam executadas em breve, as meninas desceram famintas para o café da manhã. Durante a refeição, comentavam animadas como a noite anterior no cassino havia sido extasiante. Brevemente troquei um olhar cúmplice com Isabella que desviou os olhos dos meus com um sorrisinho envergonhado.

Se ela achava pervertido o que nós fizemos no cassino, desceremos para o próprio inferno com o que iremos fazer em breve.

Sorri de lado achando graça da sua inocência, era quase fascinante, se não soubesse da sua história, da forma que foi criada, iria jurar que toda essa ingenuidade era puro fingimento, mas não era, Isabella era uma das precocidades que ainda restavam nesse mundo, que veio para justamente nas minhas mãos.

Lobo em pele de leão.

Antes dos pombinhos loiros irem, Ava se despediu de Isabella e cochichou algo no ouvido dela que eu não fazia ideia do que podia ser, boa coisa não era, já que a loira não me via com os melhores olhos, porém o que me intrigou foi Isabella rir logo em seguida.

Cᴏᴍ ᴀ ᴄᴀsᴀ sᴏ ᴘᴀʀᴀ ɴᴏs e um dia ensolarado como esse, sugeri de usarmos a piscina da casa, além disso, poderia desfrutar do corpo de Isabella mesmo que não fôssemos até o final. Ela animadamente concordou com a ideia e disse que iria se trocar. Eu apenas assenti e fui para a cozinha da mansão comunicar as novas ordens para os empregados.

— Bom dia, Sr. Hunter, como podemos ajudá-lo?

— Preparem a área da piscina para nós dentro de meia hora.

— Sim, senhor. Algo de especial para o almoço?

— Me surpreendam.

— Combinado, algo a mais, senhor?

— Isso é tudo.

A chefe das cozinheiras acenou com a cabeça e as outras voltaram normalmente aos seus afazeres.

Iria aproveitar o máximo desse dia sem olhares alheios para deixar a ruivinha confortável. Franzi a testa. Desde quando me importava tanto assim com uma acompanhante? As outras se jogavam aos meus pés, uma simples foda e presentes caros eram o suficiente para elas ficarem contentes, mas com Bella era diferente, luxo, presentes, mimos, não faziam a mínima diferença para ela.

E justamente isso que me enlouquecia. Não estar no controle da situação.

Mas com o tempo eu iria saber exatamente os pontos fracos e fortes de Isabella, por mais que sua companhia me agradasse eu precisava estar no controle o tempo inteiro. É por isso que cada passo que eu dava era perfeitamente calculado.

Sᴇɴᴛᴀᴅᴏ ᴇᴍ ᴜᴍᴀ ᴅᴀs ᴇsᴘʀᴇɢᴜɪᴄᴀᴅᴇɪʀᴀs debaixo do guarda-sol, eu folheava o Las Vegas Review-Journal, aqui só aconteciam duas coisas e todo mundo sabia: grandes donos de cassino prosperavam e grandes roubos eram feitos pelos arredores das ruas movimentadas, por consequências grandes mortes. Felizmente tanto eu como Travis nunca fomos roubados no cassino, até porque, nesta cidade, quem sequer pensasse em trapaça estaria a sete palmos do chão, mas antes da morte, uma gostosa tortura era feita, para dar de exemplo aos próximos que se atravessem a nós desrespeitar.

Apenas deixei o jornal de lado quando Isabella chegou, afastei os óculos de sol para olhá-la. Ela estava radiante com seu biquíni amarelo e o shorts jeans que acentuavam a sua bunda carnuda. Ela se aproximou sentando no meu colo. Meu braço passou ao redor da sua cintura sem nenhuma dificuldade.

— Está fazendo um lindo dia hoje — disse ela entusiasmada.

— De fato, melhor do que o tempo de Nova York.

O lugar estava exatamente como eu pedi aos empregados: guarda-sóis alinhados com as espreguiçadeiras, as mesas redondas no meio e baldes de gelo com garrafas de champanhe, vinho, havia também suco e cerveja.

— Quero aproveitar cada momento a sós com você — passei o polegar em seu lábio inferior.

Ela sorriu encabulada.

Nos levantei da espreguiçadeira e de imediato tirei a camiseta ficando apenas com a bermuda, Isabella me observando tratou de fazer o mesmo, começou a tirar suas roupas exibindo o seu corpo delicioso vestido por um biquíni laranja, cor essa que combinava e realçava ainda mais sua bela pele branca. Não pude deixar de notar o quão vermelha suas bochechas ficaram, pensei em fazer algum comentário, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa ela me perguntou se poderia passar protetor nela, respondi que sim.

Isabella se inclinou para pegar o protetor solar sobre a mesa da esquerda onde haviam vários filtros, vitaminas corporais e protetores. Nesse momento tive um belo deslumbre da sua bunda carnuda e perfeitamente redonda. Me aproximei dela por trás. Quando ela voltou a ficar em pé se segurou no meu braço surpresa com a minha aproximação.

— Não vi que você estava aí — ela disse sorrindo e me mostrando o protetor solar.

Eu peguei o produto e abri a embalagem, coloquei um pouco do creme na palma da mão e esfreguei uma na outra começando a passar o conteúdo nas costas dela, em seguida em seus ombros, cintura, coxas e parei na panturrilha. Procurei não me concentrar muito no que estava fazendo para não acabar com uma ereção, pois estava sentindo sua pele arrepiada com meus toques e afinal, ela era uma mulher que estava atraído, na verdade eu sabia que era bem mais que uma atração, era algo que eu nunca tinha sentido antes por nenhuma mulher a qual me relacionei.

— Muito obrigada! — pegou o protetor e ficou na minha frente. — Sua vez... — ligeiramente abriu a tampa do protetor e colocou um pouco do creme na sua outra mão.

Fechei os olhos sentindo suas delicadas mãos passando pelas minhas costas e subindo até os meus ombros.

Se essas mãos pequenas conseguiam me arrancar suspiros dessa forma, imagino como seria quando Isabella tocasse a parte preferida do meu corpo.

Assim que abri os olhos presenciei ela passando as mãos no meu peitoral e descendo até o fim do meu abdômen. Eu sorri de lado a vendo parar com os movimentos e sussurrei no seu ouvido:

— Cuidado, o caminho até a perdição é rápido e viciante, sou a melhor pessoa para mostrá-la isso.

— Tenho que ter muito cuidado com você, essa sua artimanhas de sedução talvez seja minha ruína.

— Isabella — passei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. — Nós ainda vamos queimar juntos muitas e muitas vezes.

Como esperado, ela ficou vermelha e desviou o olhar inquieta com a minha declaração, mas, era mais um fato.

— Venha cá. — Estendi minha mão e ela pegou.

Entramos na piscina de mãos dadas e assim que ela mergulhou sentei em um dos degraus da escada observando a minha pequena sereia voltar para superfície vindo em minha direção com um sorriso no rosto. Passei meus braços em volta da sua cintura e fui descendo minhas mãos por suas costas até chegarem uma de cada lado na sua bunda a apertando de leve.

Encarei os olhos de Isabella.

— Então... — sinto ela colocar seus braços em volta do meu pescoço. — Eu estou gostando muito desses dias aqui, mas a melhor parte é estar te conhecendo.

— Eu fico feliz em ouvir isso, para mim é importante que veja o homem que sou independente de qualquer outra coisa. — Falei com sinceridade.

— Estou gostando muito desse homem aqui na minha frente. — Disse enquanto fazia carinho em meu rosto com a ponta dos dedos da mão.

— Essa com certeza é a melhor viagem que já fiz a Las Vegas e tudo isso porque você está aqui comigo.

Aproximei nossos lábios em um beijo breve e ela correspondeu imediatamente, o que me agradou muito.

Isabella sorriu passando a ponta dos dedos no meu peitoral até o meu queixo.

— E sabe de uma coisa? — perguntou baixinho. — Duvido você me pegar — num golpe baixo jogou água no meu rosto para ter um pouco de vantagem. Começou a nadar primeiro.

Ergui as sobrancelhas e passei a mão nos olhos para recuperar a visão.

Dei uma gargalhada como há tempos não fazia. Ela ainda era uma garota, uma garota no corpo de uma mulher. Isabella fazia eu me sentir velho, mas ao mesmo tempo um jovem de 20 anos.

Mergulhei nadando por dentro da água atrás dela o mais rápido que consegui. Quando cheguei perto o suficiente a segurei pela perna embaixo da água e me levantei a pegando pela cintura. Comecei a fazer cócegas na barriga dela, que ria em desespero tentando se esquivar.

— Não me desafie — eu disse parando com as cócegas. — Eu sempre ganho.

E isso não era apenas nessa brincadeira, mas eu basicamente tudo. Não importava como, eu sempre ganhava para atingir os meus objetivos.

Sorri de lado encarando seus olhos verdes e passando meu dedo nos seus lábios. A semblante de Isabella mudou quase instantaneamente com o meu toque, o sorriso em seu rosto já não estava mais ali, mas sim um olhar concentrado de devoção. Ela insistia em morder o lábio inferior, o que causava sensações puramente carnais.

Peguei seu corpo delicado e curvilíneo e o sentei de frente para mim na beirada da piscina. Fiquei entre suas pernas com a vista deslumbrante da parte debaixo do seu biquíni onde a sua buceta estava marcando. Ainda não satisfeito, levei as mãos até suas coxas molhadas e subi para a sua barriga. Isabella se arrepiou ficando inquieta com a respiração alterada.

Ela aqui, sozinha comigo, com quase sem roupa, dessa forma tão convidativa, não iria prestar. Antes que a minha cabeça de baixo começasse a falar, eu apenas me afastei dela alguns centímetros.

Ela abriu os olhos devido a ausência do meu toque e me olhou confusa.

— O que foi? — ela perguntou.

— Melhor entrarmos agora, você deve estar com fome.

— Certo, você também deve estar.

— Sim, eu estou e com muita. Mas tenha certeza que não é de comida.

Ela mordeu o lábio desviando o olhar ansiosa e eu tive que me controlar para não trazê-la em meus braços, tirar seu biquíni aqui mesmo nessa piscina e foder cada parte do seu corpo perfeito. Apesar de ser o que minha mente imaginava, não seria justo com ela.

Mas isso estava perto de acontecer.

Aᴘᴏs ᴘᴏᴜᴄᴏ ᴍᴀɪs ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʜᴏʀᴀ,
estávamos na sala deitados no sofá. Isabella mantinha o corpo deitado sobre o meu e a cabeça apoiada no meu peito. Comecei a fazer carinho por dentro dos seus cabelos de forma suave em movimentos circulares com as pontas dos meus dedos.

Apesar do silêncio na casa ser um pouco estranho, era tudo o que eu estava precisando. Tranquilidade e paz. Porém,  essa paz acabaria amanhã, onde eu voltaria para a minha verdadeira vida.

— Jay — disse Isabella, aninhada em mim. — Como sua família é?

Que porra de pergunta era essa? De repente assim?

— Minha família?

— Isso. Eu estava imaginando... como era a sua família e como você cresceu. Tudo bem eu perguntar isso?

— Claro — que não.

O que eu poderia dizer? Eu não poderia simplesmente falar: minha família é chefe do tráfico há décadas, começou com meu avô que passou para o meu pai e sou eu que comando um dos maiores esquemas de tráfico de armas e drogas de Nova York. Ah, e minha mãe, não a vejo faz um tempo porque prefiro ela o mais longe possível de mim do que perto, por vários motivos do passado.

Eu não poderia ser sincero com ela, pelo menos não agora, ela não estava pronta para a verdade. Mas, eu tinha que achar um jeito de contar ao menos uma verdade sem ir muito fundo na podridão que era a Família Hunter, ou como éramos conhecidos no meio: Ravaganni.

— Então, minha família é composta por um pai morto e uma mãe viva que sempre esteve ausente na minha vida, o que resta apenas eu. Adam é o que tenho de mais próximo de uma família atualmente e sou satisfeito com isso.

Falei com sinceridade ainda fazendo carinho no seu cabelo.

— Eu sinto muito, Jay — disse ela se sentindo culpada. — Eu não sabia...

— Calma passarinho, eu não sinto nada há muitos anos referente a isso.

Uma vida inteira quase.

— E a sua como é? — Perguntei. Não que eu já não soubesse, mas acho que esse era o tipo de pergunta que provavelmente ela estava esperando.

— Minha família não é uma das melhores, minha mãe morreu quando eu tinha quinze anos e foi muito difícil viver sem ela, ainda é. — Respirou fundo negando com a cabeça. — O meu pai é um homem bem... digamos que ele é um homem bem difícil de se lidar, vejo ele umas três ou quatro vezes por ano. A família que tenho mesmo é a Ava, sempre esteve comigo desde quando entrei pra faculdade.

Isabella era um passarinho raro, perdido pelo mundo e eu tinha exatamente o melhor e mais seguro lar para ela.

Felizmente ela mudou de assunto, o que me deixou aliviado.

— Chegando em Nova York a gente... podia ser ver mais, não é? — mordeu seu lábio.

— Pode ter certeza que isso faz parte dos meus planos Bella, e é ótimo saber que também faz parte dos seus. — Passei o polegar em seus lábios vermelhos quando o soltou entre os dentes.

Eu sabia que assim que voltasse para casa teria muita coisa para fazer e era uma longa lista que incluía: acertos de contas com um dos meus funcionários e com alguns clientes que não cumpriram sua parte dos nossos acordos, lidar com a Louise e talvez mandá-la dentro de um caixote para o outro lado do mundo e me assegurar que ela iria ficar mesmo por lá, e, o que seria o maior dos meus desafios, contar para a Isabella quem eu realmente sou.

Fui interrompido dos meus pensamentos com a voz dela.

— Fico feliz em ter te conhecido naquela noite na boate.

Dei um beijo na sua testa.

No momento em que coloquei meus olhos em Isabella já soube que a queria para mim a todo custo, e aqui eu estava, com muita paciência arquitetando tudo para tê-la em minhas mãos.

— Também me sinto da mesma forma. Agora que te encontrei, Isabella, nem tão fácil você irá conseguir sumir da minha vida.

Nem o capeta tira essa mulher das minhas mãos.

Ela sorriu dando uma breve risada balançando a cabeça e abraçou meu corpo ainda deitada por cima de mim.

Gostaram do capítulo? Esse foi
mais calmo, mas o próximo
será 🔥🔥 no parquinho!!

Jayden parece que tem planos para Isabella, o que será que é?

Gostaria de pedir desculpas pelo meu bloqueio criativo durante esses meses e agradecer imensamente quem continua aqui, vocês são demais 🙏🏼❤️

Mas trago boas notícias, a partir de hoje estou de férias, portanto, terei mais tempo de me dedicar a escrita!

Abraços 🖤

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